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terça-feira, 29 de dezembro de 2015


Em dia com o Machado 191 (jlo)

Boa noite, leitora amiga.

Hoje eu comecei dirigindo-me à leitora, mas o leitor amigo, que está aqui do meu lado, entenderá que o bate-papo é com ele, assim como a leitora inteligente que me lê perceberá que é a ela que me refiro. Dito isso, vamos ao que nos interessa.
Ainda ressoam em nossos ouvidos os suaves dobres natalinos.
Deixada de lado a controvérsia de historiadores sobre se Jesus Cristo nasceu de três a cinco anos antes do ano primeiro e também se foi ou não num dia 25 de dezembro, o que importa é que ele nasceu, viveu entre nós e morreu como qualquer um de nós tem de morrer, embora o como faça a diferença. Uns morrem placidamente deitados em sua cama, em idade avançada, como Chico Xavier, que desencarnou aos 92 anos de idade; outros não chegam nem mesmo a dar um suspiro e já retornam à pátria espiritual tão logo saiam do ventre materno. Outros, ainda, como o profeta nazareno, são brutal e covardemente assassinados em plena juventude, com pouco mais ou menos três décadas de vida, pois, como sabemos, Jesus foi crucificado aos 33 anos de idade. A diferença é que, cumprindo sua promessa, três dias depois, o Cristo estava novamente entre seus discípulos e, dias após, apareceu e falou, do alto do monte, aos 500 da galileia, antes de subir definitivamente ao Reino de Deus.
Não sem antes prometer que ficaria conosco até o fim dos tempos.
Embora não reste nada escrito por Ele, pois a única vez que escreveu algo o fez na areia, após lhe perguntarem se deveriam ou não apedrejar a adúltera, os três anos de seu trabalho diuturno nas terras palestinas foram suficientes para separar as eras em antes dele (a.C.) e depois dele (d.C.).
Agora, amiga leitora, não só você como eu ficamos curiosos: o que teria escrito o Mestre na terra, quando lhe disseram ter surpreendido a mulher em adultério e lhe indagaram se deveriam ou não a apedrejar, como previa a lei de Moisés?
Inicialmente, escrevia na terra com a cabeça inclinada e nada respondia. Porém os escribas e fariseus insistiram; e o Mestre, erguendo-se, propôs-lhes que atirasse a primeira pedra aquele que estivesse sem pecado.
Nenhum deles se atreveu a tanto.
E, voltando a inclinar-se, Jesus ainda anotou algo mais na terra, antes que, um por um, os acusadores da mulher se retirassem cabisbaixos, desde o mais velho até o mais novo. (João, 8:3-9.)
Resolvi, então, perguntar a João, único evangelista a relatar esse caso, o que teria escrito o Cristo. Eis o que ele me respondeu:
— Da primeira vez que se abaixou, para que seus interlocutores tivessem tempo de refletir, escreveu o seguinte: “Não faça a outrem o que não deseja que lhe seja feito”.
 — E após ter dito para atirar a pedra quem estivesse sem pecado, estimado evangelista, o que o Cristo escreveu? Perguntei ao apóstolo, que me respondeu com uma síntese do que o Evangelho espera de cada um de nós:
— Quando quiser julgar seu irmão, volte seu olhar para dentro de si mesmo, e consulte sua consciência se você, na situação dele, não teria feito igual ou pior.
E nada mais perguntei. E nada mais me foi dito.
Afastou-se João volitando em direção a todos os demais evangelistas, apóstolos e Moisés, que o aguardavam no alto do monte Sinai e dali todos eles estenderam suas bênçãos sobre nós...
Que em 2016, querida leitora, possamos trabalhar em nosso íntimo o sentimento de piedade e tolerância para com o nosso próximo, assim como as desejamos para nós mesmos.


Ps: “Machado” sugere-lhe que confira as palavras acima de João no vol.4, cap. 8 da obra de J. B. Roustaing intitulada Os quatro evangelhos, publicada pela Federação Espírita Brasileira. 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015


Em dia com o Machado 190 (jlo)

Minha proposta para a moralização política, econômica e social do país é muito simples: forma monarquista e sistema de governo parlamentarista tripartite subdividido em democrático, liberal e conservador. O rei e seus familiares participarão dos três partidos sem privilegiar nenhum deles. 
Para reinar sobre esta nação, é preciso que o monarca e sua família morem no palácio adredemente construído para si e seus familiares no local onde atualmente é o Palácio da Alvorada, em Brasília, sem quaisquer outros gastos além dos previstos em lei. O salário do rei nunca excederá a dez salários mínimos. O transporte e coisas públicas não poderão jamais ser propriedades do monarca e, sim, do país, que os cederão nas mesmas condições cedidas a seus súditos.
A atual Carta Magna, respeitadas as suas cláusulas pétreas, será substituída por outra, a ser elaborada por nova Constituinte com a inclusão das seguintes novas cláusulas pétreas próprias da Constituição Monarquista:
Art. t. Doravante, fica proibida qualquer iniciativa de mudança da forma de governo do Brasil.
§ 1º. Qualquer tentativa pessoal ou de grupos nesse sentido será punida com prisão e extradição para um dos países que mantenham acordo extraditório com o nosso.
§ 2º. Incluem-se nessa extradição todos os políticos corruptos atuais, dos três poderes, independentemente de partido ao qual se filiem e ainda que estejam sem partido.
Art. u. Ninguém poderá ter lucro pessoal maior do que o do rei, inclusive na iniciativa privada.
§ 1º. Fica proibida qualquer remessa de dinheiro para o exterior, em qualquer moeda, ou metais preciosos, a não ser em caso de transação comercial autorizada pelo primeiro ministro, se aprovada pelo rei.
§ 2º. Os salários de ministros, governadores, deputados, vereadores, juízes, advogados, procuradores, médicos, professores e agentes de segurança (militares, policiais civis e federais, corpo de bombeiros, polícia militar), serão fixados após rigorosa classificação em concursos públicos, e nunca poderão ser inferiores a seis e nem superiores a dez salários mínimos.
§ 3º. O salário mínimo mensal será de 3.333 reais com paridade com o dólar atualizado.
§ 4º. O imposto de renda será único e seu percentual máximo nunca ultrapassará 11% (onze por cento), mesmo teto previsto para os juros máximos anuais.
Art. v. Os salários estabelecidos pelo artigo anterior serão regidos por leis próprias federais ou estaduais, conforme o caso.
Art. w. Todo aquele que atentar contra o monarca e/ou sua família será severamente punido.
Parágrafo único. Ninguém será submetido, no Brasil, a tortura e a qualquer tratamento que fira os direitos humanos.
Art. x. Os casos omissos nesta lei serão resolvidos pelo rei.
Art. y. Esta Lei entrará em vigor tão logo a nova forma de governo seja referendada pelo povo.
Parágrafo único. A transmissão de Poder e posse do rei será feita no prazo impostergável de quinze dias após o referendo popular.
Art. z. Revogam-se as disposições em contrário.
Por fim, sugiro o filósofo grego Diógenes para procurar, até encontrar, no prazo de trinta dias, o homem ad referendum popular, que reúna as condições morais para ser o soberano do Brasil.
E não falemos mais em república.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Em dia com o Machado 189 (jlo)

Bom dia, querida leitora. E a você também, amigo leitor. Em minha última crônica comecei pedindo aos deuses para impedir o advento da República no Brasil e concluí com o Pai Nosso comentado dirigido ao Deus único, Nosso Pai. Agora, reinicio o tema conforme o prometi.
Com a monarquia, ao contrário da república, os projetos de longo curso têm continuidade. Não se começa uma obra, no governo monárquico, na qual se investirá milhões, para deixá-la inacabada; não se constrói uma estrada, como a Belém-Brasília, para depois abandoná-la e deixar as centenas de populações, formadas ao longo dela, isoladas por crateras que também impedem o escoamento de nossa produção comercial etc. etc.
Na monarquia, não é preciso fingir que o acesso aos poderes governamentais é facultado a qualquer cidadão do povo, quando se sabe que somente aqueles filiados escolhidos pelo partido têm condições para isso. Na monarquia, não se permite que bilhões sejam roubados e depositados em paraísos fiscais internacionais em benefícios pessoais ou de grupos corruptos. A casa régia não permitirá a evasão de divisas, com o consequente empobrecimento do seu reino. E, por fim, se o monarca se mostra incapaz, sua própria família, interessada no progresso do país, que também é o seu, o interditará e substituirá pelo primeiro herdeiro da linha sucessória da casa do rei e assim por diante.
O ideal para o Brasil seria a criação de uma monarquia parlamentarista.
Numa monarquia parlamentarista, o monarca exerce a chefia de Estado, cujos poderes e funções de moderador político são determinados pela Constituição. A Carta Magna pode estabelecer como atribuição exclusiva do monarca, em cláusulas pétreas, a resolução dos impasses políticos, a proteção da Constituição e a defesa dos seus súditos contra projetos-de-leis que contradigam as legislações vigentes ou não integrem os planos econômicos e sociais equânimes para todos os cidadãos.
A chefia de governo será exercida por um primeiro-ministro nomeado pelo monarca, dentre os indicados e aprovado pelos parlamentares, após a apresentação do seu gabinete ministerial e do seu plano de governo, podendo ser cassado pelo rei, a pedido do Parlamento e por meio de uma moção de censura. 
Por fim, o rei só poderá alterar a constituição por decisão majoritária do parlamento formado pelos três poderes: executivo, legislativo e judiciário independentes e harmônicos entre si.
Faça uma pesquisa, meu caro leitor, verifique quais são os países mais prósperos do mundo e você se surpreenderá: entre as quinze mais ricas nações do mundo, ao menos dez são monarquistas. 
As maiores ditaduras de todos os tempos foram republicanas. Exemplifico citando apenas três: a República Socialista Russa, a Nazista da Alemanha e a Comunista da China.
No Brasil, em nome da República, instalaram-se as mais corruptas des-governanças de nossa história.
Atualmente, foi institucionalizada a corrupção, no governo, e sua total inversão de valores éticos. Com isso, o Ministério Público e o Poder Judiciário jamais tiveram tanto trabalho como agora, em que até um senador se encontra preso. E não é um senador qualquer. Ele foi líder do Governo petista. Os três poderes atuais da República têm, em seus quadros, membros suspeitos de corrupção e improbidade administrativa. 
Por tudo isso sugiro o retorno da monarquia para o bem do Brasil ad referendum popular. (Conclusão no próximo número.)

terça-feira, 8 de dezembro de 2015



Em dia com o Machado 188 (jlo)

Eu pedi aos deuses para que não permitissem ao Brasil se tornar uma República porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou” (crônica de 5 de março de 1867).
Há quem diga que o rei não existe, mas a maioria dos súditos confirma a existência do soberano. Outros dizem que ele não governa, mas ninguém melhor do que ele para nomear os governantes, que são substituídos por ele mesmo, de tempos em tempos, para o bem do país e de sua honra, fortuna e dignidade. De mais a mais, sendo vitalício seu cargo e sendo transmitido por herança a seus descendentes, apenas estes ficarão ricos com os estipêndios generosos que lhes forem assegurados por direito de nobreza e não por assalto aos cofres públicos de milhares de sanguessugas da nação, qual acontece nas repúblicas, em especial nas presidencialistas.
Então, quando se diz que o rei não existe, respondo que também se costuma dizer, nos meios profanos, que Deus não existe, embora a maioria dos brasileiros discorde disso. E a maioria tem sempre razão. Acreditam em Deus, Inteligência Suprema, Arquiteto do Universo, nosso Pai até mesmo os escritores, como eu, que leio as Escrituras Sagradas todos os fins de semana; ou Augusto dos Anjos, que praticava sessões mediúnicas em sua residência[1]; ou Mikhail Bakhtin, que era católico ortodoxo[2]; ou Nietzsche, que aderira ao budismo, antes de enlouquecer[3], e muitos outros escritores e filósofos considerados niilistas, agnósticos, ateus, só porque se deixaram rotular assim enquanto “a indesejada das gentes” não os procurou, ou simplesmente por conveniências econômicas. Era e é chique dizer-se ateu num mundo em que, em nome da religião, foram mortos mais seres humanos do que em todas as guerras político-econômicas de toda a história mundial.
Então, despeço-me da estimada leitora e leitor amigo com um comentário da oração dominical, também chamada Pai Nosso, a Quem rogo a proteção para o nosso país arruinado pela República:
Pai Nosso, tu estás em nossas consciências, nas dos homens e mulheres bons, dos marginais, criminosos e dos políticos, portanto não podemos negar tua existência, estando, como estás, dentro de nós. Exceção apenas para os psicopatas, que necessitam de cuidados especiais de todos os teus filhos lúcidos, a quem deste livre-arbítrio, mas submetes à lei de ação e reação.
Santo, Santo é o teu nome, Pai de pobres e de ricos, poderoso e boníssimo, que faz nascer o sol sobre os bons e sobre os maus.
Que o teu Reino de Amor venha a nós, para que possamos entender que somente vivendo para o bem seremos felizes, sem a ninguém lesar, pois quem lesa será lesado, quem rouba será roubado, quem mata será morto e quem mente tem ideias curtas.
Que seja feita a Tua Vontade, pois ela é sábia e sabe das nossas necessidades, antes mesmo que a sintamos, quer estejamos na Terra, por breves anos, quer voltemos ao Mundo Espiritual...
Dá-nos o pão diário, mas que não tenhamos o “olho maior do que a barriga” e avancemos no pão do vizinho ao lado, pois isso é um grande e inaceitável pecado. Que aprendamos a repartir com todos o que sobeja em nossa mesa.
Perdoa-nos as dívidas na exata medida que aprendermos a perdoar as dívidas do nosso próximo para conosco.
E não nos deixes cair nas tentações da cupidez, do desvairamento sexual, da ignorância voluntária, da preguiça, da ambição desregrada, da sede inconsequente pelo poder, de todo o mal que nos faça mal e ao nosso próximo, enfim... Amém. (Continua no próximo número.)




[1] MACHADO, Ubiratan. Os intelectuais e o Espiritismo. 2. ed. Niterói: Lachâtre, 1996, p.214- 215.
[2] TODOROV, Tzvetan. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal: introdução e tradução do russo Paulo Bezerra; prefácio à ed. Inglesa Tzvetan Todorov. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. XXIX.
[3] LEFRANC, Jean. Compreender Nietzsche. 3. ed. Petrópolis: Vozes, p. 192- 194. Apenas um reparo: Nietzsche foi simpático ao Budismo, que não aceita Deus como os cristãos...

terça-feira, 1 de dezembro de 2015




Em dia com o Machado 187 (jlo)

Amiga leitora e paciente leitor. Como vocês puderam observar, em minha crônica nº 185, de futebol eu não entendo nada... Também pudera! O que ali está nada mais é do que a representação do meu pseudo pessimismo. Nunca joguei em minha vida, nem mesmo apostei em corridas de cavalos. Não poderia, realmente, se concretizar o que disse daquele jogo Brasil 3 X 0 Peru, como já ocorrera em “previsão” que eu fizera em crônica anterior, durante a Copa do Mundo de futebol no Brasil. O que ali está nada mais é do que uma constatação: o futebol brasileiro, ganhando ou perdendo, está decadente e os 7 a 1 que a seleção alemã nos aplicou deixou marcas para sempre. Por isso, não é preciso ser entendido de futebol para dizer que vai ser dura a classificação do futebol brasileiro nas eliminatórias para o mundial da Rússia, pois qualquer comentarista de botequim sabe disso.
Entremos, agora, na porta aberta para esta crônica, antes que ela se feche, como ocorre com a porta de Margaret Atwood desde sua primeira estrofe:
A porta se abre de repente,
Você espia.
Está escuro lá dentro,
Provavelmente aranhas:
Nada que você queira.
Sente medo.
A porta se fecha de repente.[1]

Quanto a mim, estou como diz Pseudo-Makaire: “(...) ces hommes sont loin d’eux-mêmes, comme ivres de boisson, ivres em esprit de mystère et de Dieu.”[2]  Entretanto, em seu estudo sobre meu “testamento estético”, Eugênio Gomes[3] chega a uma conclusão que me não faz justiça ao temperamento. Afirma o nobre crítico que minha ironia “desaconselha, porém, qualquer afirmativa antecipada e concludente” a respeito de minhas “intenções”, em especial “quando a religião esteja em causa”, em virtude de minha “atitude agnóstica [...] na linha de Renan”, que eu teria mantido sempre. Não leu, por certo meu texto intitulado “A paixão de Jesus” publicado no Jornal do Comércio em 1 de abril de 1904. Nele, faço um resumo de tudo o que há de mais importante na vida de Cristo, com base nos escritos de seus evangelistas, nos quais deposito minha fé e concluo dizendo o seguinte: “A doutrina produzirá os seus efeitos, a história será deduzida de uma lei, superior ao conselho dos homens”. A frase final é condicional: “Quando nada houvesse ou nenhuma fosse, a simples crise da Paixão era de sobra para dar uma comoção nova aos que leem neste dia os evangelistas”. Em carta a Joaquim Nabuco, de 20 de novembro de 1904, na qual relato o meu pesar pelo falecimento de minha adorável Carolina, digo-lhe o seguinte: “Tudo me lembra a minha meiga Carolina. Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará”. Não afirma tal coisa quem é agnóstico. Hoje, que reencontrei Carola, continuamos trabalhando literariamente, “pelas mãos de Joteli”, para desvendar ao mundo a verdadeira natureza de seus habitantes.
A porta se abre de repente. A porta se fecha de repente. A porta se abre. A porta se fecha. A porta se abre... A vida é eterna, leitor amigo, crê nisso, aproveita bem a vida, e sê feliz!



[1]  ATWOOD, M. A porta. Trad. Adriana Lisboa, Rio de Janeiro: Rocco, 2013, p. 123.
[2] Pseudo-Makaire. Homélies spirietuelles. In: LACARRIÈRE, J. Les hommes ives de Dieu. France: Librairie Artehème Fayard, 1975. Epígrafe. Tradução livre de Joteli: “Esses homens estão longe de si mesmos, como embriagados pelo álcool, ébrios em espírito do mistério e de Deus”.
[3] GOMES, E. O testamento estético de Machado de Assis. In: ASSIS, M. de. Machado de Assis. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, v. 3, p. 1.097.

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