Páginas

terça-feira, 26 de janeiro de 2016



Em dia com o Machado 195 (jlo)

Pai nosso que estás nos Céus, é a Ti, Divino Senhor, que me dirijo neste instante, para refletir sobre a oração que nos ensinou Jesus Cristo para te evocarmos. Então começo pelo Teu tratamento:
Pai, o que faz com que Tua criação aconteça. O Criador. Na definição dos espíritos superiores, a Inteligência Suprema, Causa Inicial de tudo o que existe.
Nosso, ou seja, que não és somente meu Pai, mas o de todos nós, Tuas criaturas.
Que estás nos Céus. Sendo os Céus a significação de tudo o que existe no Universo visível e invisível, Tua presença está em todas as coisas, quer tenham ou não movimento segundo nosso olhar limitado.
Santificado é o Teu Nome. Por seres a expressão máxima de bondade e justiça, Santo! Santo! és Tu. És de tal modo Sagrado que não nos é lícito falar Teu nome em vão.
Venha a nós, pois o mundo, pelo menos o deste pontinho do universo que se chama Terra necessita que venhas...
– Eis-me aqui! Mas por que me pedes que Eu venha, filho, se jamais deixei de estar presente? Mesmo diante dos mais trevosos assassinos estou ali. Ignoras, pois ainda me imaginas com a forma antropológica que jamais possuí, como também não a possuis, em essência, vez que te criei para seres luz. Basta, todavia, que consultes tua consciência para saberes que estou contigo.
O Teu Reino... – Meu Reino está dentro de ti.
Seja feita a Tua Vontade... – Condição eterna de quem permanece trabalhando, minha Vontade se expande por todo o espaço, seja ele material ou imponderável. Se quiseres, poderás desenvolvê-la em ti, e nada te será impossível, pois essa é a manifestação superior de meu poder criativo.
Assim na Terra, como nos Céus. – No mar, na água, no ar e no mundo etéreo, que ainda desconheces, meu poderosíssimo Poder se manifesta como expressão máxima de minha Vontade. Tudo é espaço, até mesmo o que alguns ingênuos teóricos denominam “não espaço”. Os espaços dos Céus são os do Universo material e os do Universo chamado por vossa vã filosofia de transcendental ou metafísico. Um dia, todos compreenderão que tudo provém do Espírito, pois Eu sou Espírito, conforme Jesus, um dos meus filhos prediletos do Universo, já te revelou.
Dá-nos o pão diário. – Quanto pão já não te dou, filho de meu Espírito: os cinco sentidos, a luz do dia para o trabalho, as bênçãos da natureza, tudo, tudo o de que necessitas para a tua evolução.
O sentido do pão é também sagrado. Releia a passagem de Jesus Cristo, quando te disse ser Ele o “pão da vida”. Está nas Escrituras, não tão sagradas assim, pois, em meu nome, praticaste atrocidades inaceitáveis em quem se diz filho de um Pai amoroso que tudo vê e a tudo provê.
Perdoa as nossas dívidas. – Eu perdoo sempre, filho meu. Por entender o quanto cada um de meus filhos ainda precisa saber, faço-os aprender com os próprios erros, até que não mais tenham dívidas.
Assim como nós... – Não filho, não há como perdoar como tu, pois teu perdão é muitíssimo limitado.
Perdoamos aos nossos devedores. – Perdoe sempre, pois quem deve, mesmo perdoado, terá de pagar sua dívida. E quem perdoa se livra dos tormentos da mágoa, do ódio, do ressentimento...
Não nos deixes cair em tentação. – Em meu dicionário só existe a palavra Sim, pois Eu te amo, filho amado. Por isso, proponho-te uma humilde correção aos Dez Mandamentos que inspirei ao teu irmão Moisés, com a retirada da palavra "não":
1 – Eu sou a Inteligência Suprema, Causa única de tudo o que há no Universo material e espiritual, teu Pai e teu Deus.
2 – Adorarás a mim e a toda a minha criação, por mais insignificante te pareça o que  vês e mais o que já sabes existir por revelação de Jesus Cristo, meu Filho unigênito.
3 – Procura-me no silêncio de tua alma e me encontrarás aí pelas orações e conversações elevadas. Ouve tua consciência e estarás ouvindo minha Voz.
4 – Trabalha o mais que puderes, mas observa o descanso físico e mental, enquanto estiveres sob o jugo da matéria e mesmo nas regiões espirituais onde o períspirito seja denso.
5 – Ama teu pai e tua mãe incondicionalmente, pois a eles foi destinada a missão de tua atual existência física. Honra-os, pois, assim, porque tudo o que fizeres a eles um dia teus filhos te farão.
6 – Conserva toda a vida existente conhecida por ti na Terra; afasta apenas a que  te prejudique, mas mantém principalmente a tua e a do teu próximo, pois tudo tem uma finalidade em minha Lei, e o que fizeres a este também ser-te-á feito.
7 – Sê leal a todas as pessoas.
8 – Mantém o que é alheio na posse alheia  e deseja apenas o que podes ter com teu esforço pessoal.
9 – Respeita o teu irmão e a todos os seres vivos como desejas ser respeitado por eles.
10 – Evita a inveja e esforça-te para exercitar o amor incondicional ao teu semelhante.
Livra-nos do mal... – Se seguires os mandamentos acima, certamente estarás livre de todo o mal.
Por que Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre!
Assim seja, filho amado!



terça-feira, 19 de janeiro de 2016



Em dia com o Machado 194 (jlo)

Boa tarde, amiga leitora, você sabe a diferença entre ouvir e escutar? Ouvir é captar os sons com o aparelho auditivo, mas não necessariamente entendê-lo. Exemplo:
– Juca, você gostaria de almoçar agora? Resposta do Juca, que ouviu claramente, mas não escutou o que a esposa lhe disse:
– Minha nora é tão boazinha, porque eu iria amansá-la?
Deixo a você, leitora, a interpretação do que o Juca ouviu.
Há poucas horas, um amigo ligou para Joteli e, conversa vai, conversa vem, disse-lhe que foi com dois amigos ao Detran para fazer a transferência de um automóvel para um desses amigos, que o comprara do Manoel, o amigo que ligou.
Depois de tudo certo, na hora de citar a marca do carro para o funcionário do Detran, o ex-proprietário do veículo disse-lhe que se tratava de um Honda Fit.
Na pressa de saírem, o novo proprietário pegou o documento e não o conferiu. Chegando a casa, observou que o veículo fora registrado como Honda Civic. 
Conclusão número 1: o funcionário ouviu Civic e não Fit. Conclusão número 2: ouviu, mas não escutou o nome da marca do carro.
Você sabia que há pessoas que têm boa audição, mas não escutam bem e vice-versa? No caso do Juca, o que ele ouve não lhe deixa dúvida; por vezes, entretanto, o problema é o que escuta. Ele não tem um ouvido, o que não o impediu de lecionar durante 22 anos em uma faculdade particular.
Antes que você diga alguma coisa, ele não tem é a audição de um dos pavilhões auditivos, mas tem as duas orelhas. Então, ultimamente, nosso amigo pode ouvir uma coisa e escutar outra. Entretanto, paradoxalmente, possui excelente audição, em especial para os sons musicais. Exemplo de músico que o agrada muito: Amado Batista. 
Você já percebeu, amigo leitor, como o Amadão canta bem? Que voz! O mais próximo que um cantor pode chegar à sua altura foi o Frank.
— Quem, o Frank Aguiar?
— Não, despiciendo leitor, o Frank Sinatra.
Outras palavrinhas que causam confusão são entender e compreender. Entender é saber alguma coisa sem necessariamente conhecer o seu porquê. Compreender é saber o significado daquilo que foi entendido, para que serve, o porquê daquilo. Quem entende não reflete sobre o que leu ou ouviu; mas quem compreende reflete, compara, questiona, busca saber o porquê da coisa. Não é o que acontece com os conteúdos decorados, que podem ser entendidos, mas não compreendidos. A pessoa repete tudo direitinho, mas nem sempre sabe qual a finalidade daquilo.
O grande problema do entendimento sem compreensão é que, por vezes, a pessoa decora um assunto sem procurar saber a sua utilidade, para que serve e, na hora de responder uma pergunta sobre ele, dá respostas sem sentido, como ocorre nos exames do Enem. Se a pessoa compreende bem o assunto, responde com suas próprias palavras. Se o entendeu, mas não compreendeu, ao esquecê-lo tenta fazer associações com outras informações também não compreendidas. Então sai isto no exame do Enem:
– O que é ditongo e tritongo?
– Ditongo é uma palavra com dois tongos e tritongo é a que possui três tongos...
Ou, na redação, uma conclusão como esta: "A leitura permite ao homem tornar-se míope", que, nem se interpretada literalmente, faz sentido, pois a miopia é a dificuldade de ver a distância e não de perto.
Sem desejar cansar o leitor e a leitora, algumas pérolas famosas do Enem são as seguintes:
"A prosopopeia é o começo de uma epopeia";
"Um paralelepípedo é um animal cujos dois pés são paralelos";
E, para finalizar: "Triângulo são os filhos trigêmeos do ângulo".
Ah, fala sério, meu!



quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



Em dia com o Machado 193 (jlo)

Começo com uma frase de Noam Chomsky, linguista: “Se não acreditamos em liberdade de expressão para gente que desprezamos, não acreditamos nela de forma nenhuma”. (Seleções Reader’s Digest, jan. 2016, p.35). Para muitas pessoas, nada é mais irritante do que serem contrariadas em suas ideias, especialmente no que se refere à política ou à religião.
Hoje, falar-lhe-ei, caro leitor, sobre o primeiro tema. Tenho um amigo que foi militar do Exército durante mais de duas décadas. Exatamente 22 anos. Em plena “ditadura”.
Está falando de cátedra, portanto, quando se refere à instituição de uma das três Forças Armadas. Segundo Joteli (ou você pensou que era outro o amigo, meu prezado leitor?), a instituição militar é um verdadeiro modelo no que tange à disciplina e à hierarquia. Em sua época, o Estatuto dos militares – E1, era o seu terror, tal o rigor das normas disciplinares desse regulamento.
Joteli serviu, no Rio de Janeiro, na 5ª Brigada de Cavalaria Motorizada, na época, comandado pelo Gen. Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, cujo rigor militar era deveras conhecido. Certa vez em que meu secretário estava de plantão, o comandante, ao passar pelo sentinela do quartel e observar que este estava um pouco relaxado em sua posição de sentido, mandou dobrar a guarda.
Ah, você não sabe o que é “dobrar a guarda”? É ficar mais 24 horas de plantão no quartel depois de um período igual, já bastante cansativo e mal dormido.
Hoje em dia, apenas para citar um exemplo, um cidadão com três passagens pela polícia joga o carro em cima de uma família, que passeava com um carrinho de bebê na calçada, simplesmente por ter o carrinho encostado, acidentalmente, em seu carro e o delegado diz que vai ouvir o criminoso, pois ele poderá alegar (e já diz o que este pode dizer como justificativa) que "fez isso só para assustar a família, mas não tinha intenção de machucar ninguém". A mãe da criança ficou com a perna ralada e ainda se encontra ralada de raiva, só para usar uma figura de linguagem chamada aliteração. Ainda bem que não aconteceu nada com o bebê que estava no carrinho.
Sabe no que vai dar o caso, cidadão? Deixo a resposta a você.
A honestidade dos militares e seu amor à Pátria, entretanto, são outras características que os credenciam como cidadãos altamente confiáveis, caso seja necessária sua convocação para manter a segurança ordeira e disciplinada de nosso povo, quando esses mandriões da pátria forem daqui defenestrados, mas nova "ditadura", nem pensar! Por isso, é de entristecer o fato de atualmente ouvirmos o brado de altas patentes militares indignados (silepse de gênero) com o rumo tomado por nosso país, ante os desmandos de um governo sem ética e corrupto.
O último manifesto, proveniente do Clube Militar, é o de um general carioca que intitula seu comunicado como “E o crime venceu uma vez mais”.
Entre outras constatações, arrola Sua Excelência as seguintes:
a) o fracasso da segurança pública no Rio de Janeiro, com a vitória do crime organizado, o que obriga as unidades de polícias pacificadoras – UPPs a fazerem acordos informais com criminosos;
b) queixas de policiais sobre a falta de apoio, de munição, alimentação adequada e atraso de salários;
c) receio do general de que se não forem definitivamente “extinguidos” os marginais “nos destroem”.
Por fim, constata que o Rio não está em condições de sediar um evento global como são as Olimpíadas”.
Data vênia, discordo, general, de sua constatação final (rimou sem querer, Excelência). O Rio de Janeiro tem, sim, plenas condições de sediar esse e outros eventos internacionais.  Com o dinheiro da Petrobras que está sendo “repatriado” por nossa presidenta, com o aumento dos impostos e da gasolina, com a convocação das três Forças Armadas, do Ministério Público, das polícias militares, civis, federais, paraquedistas e corpo de bombeiros para darem cobertura aos atletas dos quatro cantos do mundo, com certeza, esse será o período de maior calmaria nos ventos, mares e terras cariocas.
O problema é que depois das Olimpíadas, como diria V. Exª, “tudo ficará como dantes, no quartel de Abrantes”. Então, general, acalme-se, pois, como dizem os americanos: “o crime não compensa”.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016


Em dia com o Machado 192 (jlo)


Amigo leitor, falar-lhe-ei hoje sobre um assunto muito sério: a fraude das comunicações supostamente mediúnicas.
Há alguns anos, foram publicadas duas obras pretensamente ditadas por mim a duas médiuns brasileiras. Fraude, pura fraude. Não acredite em nenhuma delas.
Imitaram a forma, mas não o estilo. Uma vergonha. Numa das obras, minha madrasta, com quem convivi muito pouco, foi tida como alguém que exerceu grande influência e ascendência moral sobre mim, durante muitos anos.
Pura desinformação da pessoa que se disse psicógrafa de meus ditados espirituais. Se não houve má fé de sua parte...  Na outra obra, a médium narra uma história cheia de erros gramaticais e com expressões formais copiadas das minhas produções literárias...
Há médiuns extraordinários, que psicografaram obras ditadas pelos meus amigos do além com quase 100% de acerto. Sem citar as cerca de 500 obras baseadas na psicografia de Chico Xavier, lembro os nomes de Fernando de Lacerda, médium português, Wera Krijanowsky, médium russa, e, ainda no Brasil, as médiuns Zilda Gama e Yvonne do Amaral Pereira entre outros. Um excelente médium, ainda envolto na vestimenta carnal, é Divaldo Pereira Franco. Nesses e em poucos outros medianeiros da atualidade você pode confiar, meu leitor assíduo e honesto.
Nenhum dos médiuns brasileiros citados recebeu um único centavo em benefício próprio, em virtude dos trabalhos mediúnicos que protagonizaram, embora o verdadeiro autor estivesse do lado de cá, ou seja, no espaço metafísico.
Esses esclarecimentos são um alerta, em especial ao incipiente leitor amigo, para preveni-lo das mistificações na área da literatura espírita.
Nos últimos dias, um autossugestionado autor, que se faz passar por médium do espírito Dr. Inácio Ferreira, segundo informação do douto José Passini, no site O Consolador, do nosso amigo Astolfo, chegou ao cúmulo de publicar uma obra supostamente mediúnica intitulada Reencarnação no mundo espiritual. Ridícula atitude, pois se é reencarnação isso só é possível no mundo material.
Outros escritores espertos voltaram a publicar uma obra cujo título não vem ao caso citar aqui, para não fazer sua propaganda, que nada mais é do que uma cópia dos princípios básicos do Espiritismo permeados de ideias mirabolantes e falsas inexistentes na Doutrina Espírita. Obras como tais visam, principalmente, explorar a boa fé do leitor e ganhar dinheiro desonestamente. Cuidado, amigo, com esses "médiuns", Contra eles, Jesus recomendou-nos cautela.
Não acredite no que dizem esses falsos “profetas”. Eles falam do que está repleto seu coração: cobiça, desejos impuros, sede de notoriedade, riquezas espúrias, má fé e, principalmente, desonestidade com Deus, com o próximo e consigo mesmos.
Se você, amigo leitor, quer conhecer, de fato, o Espiritismo, comece pelo começo: leia, estude, compare e reflita sobre o conteúdo das cinco obras codificadas por Allan Kardec: O livro dos espíritos, O livro dos médiuns, O evangelho segundo o espiritismo, O céu e o inferno e A gênese. Leia, depois, as obras psicografadas por Chico Xavier, Divaldo Franco, Zilda Gama, Yvonne Pereira e outros médiuns confiáveis, cujo conceito e boa fé, no movimento espírita brasileiro, os recomende.
O resto é imitação fraudulenta e mistificação inaceitável em nome de uma Doutrina que é puro amor e caridade para com todas as criaturas de Deus: o Espiritismo cristão.
Desejo-lhe saúde e luz em 2016.

  Quando o texto é escorreito (Irmão Jó)   Atento à escrita correta É o olho do revisor, Mas pôr tudo em linha certa É com o diagramador.   ...