EM
DIA COM O MACHADO 299 (jó)
Que escrever nesta penúltima crônica,
antes de alcançar metade da produção estimada, em vida, de Machado de Assis
durante o século XIX? Afinal, estamos em cidade alagoana, e ele escrevia sempre
no Rio de Janeiro.
Talvez mereça comentário minha constatação
de que o preço dos remédios continua absurdo, em qualquer estado do Brasil, do
Monte Caburaí (RR) ao Arroio Chuí (RS). O mais impressionante é que fui
consultar o preço de antialérgico, em cidade de Alagoas, e constatei que aqui
ele custa o triplo do que paguei em Brasília, uma das cidades de renda per capita mais alta do país. Pobres
aposentados...
Quem sabe, valha a pena dizer que,
estando eu em Japaratinga (AL), percebi que, mesmo com um notebook velho, em casa alugada para curta temporada, continuo
produzindo, eletronicamente, meus textos com muito mais rapidez do que os
textos manuscritos do Bruxo do Cosme
Velho.
Mas o conteúdo... quanta diferença!
Enquanto da genial cabeça machadiana brotavam mil ideias e sabedoria, de minha
ignara cachola só sai fumacinha...
Falarei um pouco, então, do que as grandes
almas fazem quando são atacadas por pessoas tacanhas: nada. A pretensão de ser
mais que alguém é própria de quem nada é...
Segundo Evandro Noleto Bezerra, quando
Allan Kardec era agredido com mentiras verbais, não revidava, de imediato, a
essas atitudes torpes. O Codificador da Doutrina Espírita dizia que a melhor
resposta é o silêncio, quando saltam à vista a inveja, o despeito e a baixeza
moral dos críticos.
Mas Kardec não deixava de anotar tais
infâmias, para que a história mostrasse, futuramente, onde estava a verdade. E,
ainda, esclarecia: “[...] há um gênero de polêmica do qual tomamos por norma
nos abster: é aquela que pode degenerar em personalismo; não somente ela nos
repugna, como nos tomaria um tempo que podemos empregar mais utilmente [...]”.
A única polêmica da qual Kardec jamais se
esquivava era a que pudesse colocar em dúvida a seriedade dos princípios
espíritas e suas verdades.
Na página 28 da revista mensal Reformador, de jan. 2018, editada pela
Federação Espírita Brasileira (FEB), Evandro cita algumas refutações
kardequianas a “aleivosias assacadas contra o Espiritismo”, as quais vale a
pena conferir: artigo do Univers,
maio de 1859; resposta à réplica do abade Chesnel, desse mesmo periódico, em
jul. 1859; resposta à Gazette de Lyon
em out. 1860 etc.
A relação é grande. Se fôssemos citá-la
completa, o espaço desta crônica seria insuficiente...
Não é difícil ao leitor estudioso
acessar esse rico material pela internet. Basta clicar no Google: acervo da Revista Espírita publicado pela
FEB.
No mais, amigo leitor, até o
tricentésimo número de nossas crônicas.
Au
revoir!
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