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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018



Em dia com o Machado 347 (jLo)

Um Natal com Machado

Enquanto comemorávamos a vinda ao mundo do Cordeiro de Deus, com rabanadas, tender, sucos, vinhos etc., conversávamos sobre diversos temas, menos sobre o homenageado. Nisso não vai nenhuma crítica, pois os diálogos variavam da política aos crimes e destes aos vídeos pornográficos de WhatsApp que parentes e amigos compartilham.
            A conclusão a que cheguei, em relação à questão do sexo, tão vulgarizada em nossos dias, em diálogo com um irmão, foi a seguinte:
— No meu entendimento, meu querido irmão, o sexo banal, realizado sem qualquer comprometimento moral, é puro instinto animalizado, eu falei.
            — Também penso assim, ele respondeu-me. Há alguns anos, quando alguém desejava ver cenas picantes na internet, a pessoa ocultava de sua esposa o que estava vendo ou, no caso desta, ocultava do marido o que não desejava que ele visse. Atualmente, a nossa privacidade é invadida com esses compartilhamentos no celular e até as crianças podem ter acesso fácil a eles.  
— Antigamente, eu disse-lhe, bastava à sociedade que alguém fosse casado, tivesse filhos e uma relação matrimonial estável para que não pairasse sobre si qualquer dúvida sobre sua opção sexual. Atualmente, a todo tempo é preciso demonstrar que não se aderiu à moda da libidinagem. É por isso que às vezes costumo pedir mentalmente: — Para o mundo, que eu quero descer!
— E a criminalidade? já foi calculado um número próximo de setenta mil assassínios, no Brasil, a cada ano.
— Recorde mundial, confirmei ao Paulinho, meu querido irmão. Acredito que somente a educação responsável, sem o viés materialista porá fim, no médio prazo, a essa triste  estatística.
De repente, eis que Machado de Assis, presente ao conclave familiar, entra na conversa:
— Meus caros, segundo Emmanuel, ausente por ter sido convidado à comemoração do Natal pelo Senhor em Mundo Sideral, Deus, em sua bondade e sabedoria, corrige amando. Ao contrário dos homens, que enviam o criminoso à condenação com penas cruéis e os atira a prisões úmidas e infectas, nosso Pai Eterno exige somente o retorno à carne de todo ser ainda imperfeito para sua redenção por meio de expiações e provas.
— Amigo Bruxo, haja vista a ausência do nobre Emmanuel, você poderia brindar-nos com um dos seus poemas em homenagem ao natalício de Jesus? Pedi-lhe.
Machado não se fez de rogado e brindou-nos com o seguinte poema antes de se despedir de todos nós:

A presença de Deus (J.L.O.)  

Perguntava aquele filho
A seu douto genitor
A respeito de alguns temas
Sobre o Supremo Senhor:

— Pai, onde é que Deus está?
— Ele está em toda a parte,
No espaço, na Terra e mar...
E até no singelo altar...

— Mas como podemos vê-Lo?
— Na vastidão do universo,
Na força da natureza
E até num bonito verso...

— Porém, como percebê-Lo?
— Nas conquistas da Ciência,
Nos pensamentos dos sábios,
E na nossa Consciência...

— Podemos, pai, ouvir Deus?
—Nos pios de um passarinho,
Nos zumbidos de um inseto,
No amor provindo de um ninho...

— Que fazer para senti-Lo?
— No banho da cachoeira,
Nos raios do Sol ameno,
No perfume da roseira...

— Em tudo Ele está presente?
— Vivemos no seio d’Ele...
Sendo Deus o nosso Pai,
Tudo vem e volta a Ele.

Deus é o Amor Infinito!
Ele está em toda parte,
Está dentro de você,
E na beleza das artes.

E por ser Deus puro Amor,
A ninguém tem por eleito.
Deu-nos por modelo o Cristo,
Dentre nós o mais perfeito.

O nosso Mestre Jesus,
Que nasceu pobre em Belém,
Mas que pregamos na cruz,
E nunca matou ninguém...

Pois Ele bem que sabia
Que, por ser bom e imortal,
Logo ressuscitaria,
E o bem sempre vence o mal.

Aqui deixo meu abraço
À família universal.
Aperte mais esse laço.
A todos, feliz Natal!
                     
Nota do autor: À exceção das citações, todos os textos de minhas crônicas são fictícios, ou seja, de minha elaboração pessoal ou por mim parafraseados. Nada há neles que se possa dizer ter sido psicografado, exceto o que for mediúnico e, nesse caso, referenciado.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018



Faremos um recesso nesta semana, mas apenas da postagem da livre tradução d'O Evangelho. Retornaremos na segunda segunda-feira de janeiro de 2019.


Jesus, o Messias da Verdade
Autor: Jorge Leite de Oliveira.

Natal! e nasceu Jesus
Em humilde manjedoura.
E a bênção da amizade
Fez-se forte e duradoura.

Visando ao mundo melhor
De paz, amor e esperança,
Foi o mais sábio dos sábios,
Mas simples como criança.


Na despedida do horto,
Disse-nos o Cristo-Rei:
“— Amai-vos, caros irmãos,
Assim como vos amei!”

E Kardec, o missionário,
Lembrou-nos que a caridade
Resume toda a Doutrina
Do Messias da Verdade.

Brasília, 23 de dezembro de 2018.

BOAS FESTAS! E QUE EM 2019 NÃO PERCAMOS A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE, GOZANDO BOA SAÚDE, PAZ E FELICIDADE!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018



Em dia com o Machado 346 (Jó*

            Eu corria no parque da cidade de Brasília, quando percebi ao meu lado um vulto luminoso: era Emmanuel. Cumprimentei-o, ele respondeu-me, e logo começamos a conversar, enquanto os quilômetros da pista se escoavam...
            — Dileto amigo espiritual, que me tens a dizer sobre esta frase do Cristo: “O que foi gerado da carne é carne, o que foi gerado do espírito é espírito” (João, 3:6)?
            — Digo-te que

Atingido o plano espiritual, depois da morte, sentimentos indefiníveis nos senhoreiam o coração. Nos recessos do espírito, rebentam mágoas e júbilos, poemas de ventura e gritos de aflição, cânticos de louvor pontilhados de fel e brados de esperanças que se calam, de súbito, no gelo do sofrimento...
Rimos e choramos, livres e presos, triunfantes e derrotados, felizes e desditosos... Bênçãos de alegria, que nos clareiam pequeninas vitórias alcançadas, desaparecem, de pronto, no fundo tenebroso das quedas que nos marcaram a vida. Suspiramos pela ascensão sublime, sedentos de comunhão com as entidades heroicas que nos induzem aos galardões fulgentes dos cimos, todavia trazemos o desencanto das aves cativas e mutiladas. Ao invés de asas, carregamos grilhões, na penosa condição de almas doentes...
Na concha da saudade, ouvimos as melodias que irrompem das vanguardas de luz, entretecidas na glória dos bem-aventurados, no entanto austeras admoestações nos chegam da Terra pelo sem-fio da consciência. Nas faixas do mundo, somos requisitados pelas obrigações não cumpridas. Erros e deserções clamam, dentro de nós, pedindo reparos justos...
Longe das esferas superiores que ainda não merecemos e distanciados das regiões positivamente inferiores em que nossas modestas aquisições evolutivas encontraram início, concede-nos, então, a Providência Divina o refúgio do lar, entre as sombras da Terra e as rutilâncias do Céu, por um instituto de tratamento, em que se nos efetive a necessária restauração.
É assim que, reencarnados em nova armadura física, reencontramos perseguidores e adversários, credores e cúmplices do pretérito na forma de parentes e companheiros para o resgate de velhas contas. Nesse cadinho esfervilhante de responsabilidades e inquietações, afetos renovados nos chamam ao reconforto, enquanto que aversões redivivas nos pedem esquecimentos...
À vista disso, no mundo, por mais atormentado nos seja o ninho familiar, abracemos nele a escola bendita do reajuste, onde temporariamente exercemos o ofício da redenção. Conquanto crucificados em suplícios anônimos, atados a postes de sacrifícios ou semiasfixiados no pranto desconhecido das grandes humilhações, saibamos sustentar-lhe a estrutura moral, entendendo e servindo, mesmo à custa de lágrimas, porque é no lar que, esteja ele dependurado na crista de arranha-céus, ou na choça tosca de zinco, que as leis da vida nos oferecem as ferramentas do amor e da dor para a construção e reconstrução do próprio destino entregando-nos, de berço em berço, ao carinho de Deus que verte inefável, pelo colo das mães (XAVIER, F. C. O Livro da Esperança, cap. 8).

            Após essa verdadeira aula sobre o elo entre a vida física e a espiritual, indaguei de Emmanuel se suas palavras significavam que não existe acaso nas ligações familiares em nosso plano físico. Em resposta, disse-me ele:
            — Meu caro Jó, “Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados”. O princípio da existência única na Terra, sim, é que destruiria esses laços, como disse Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 4, it. 18).
            De repente, percebi que chegáramos ao fim da pista e da conversa, pois Emmanuel entrou por uma porta invisível, acenou-me adeus e desapareceu.

Nota do autor: À exceção das citações, todos os textos de minhas crônicas são fictícios, ou seja, de minha elaboração pessoal ou por mim parafraseados. Nada há neles que se possa dizer ter sido psicografado, exceto o que for mediúnico e, nesse caso, referenciado.




O Evangelho segundo o Espiritismo - continuação da tradução livre gratuita...

ESCRIBAS – Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, essa denominação foi aplicada especialmente aos doutores que ensinavam  a lei de Moisés e a interpretavam ao povo. Eles faziam causa comum com os fariseus, cujos princípios partilhavam, assim como da antipatia que aqueles tinham para com os inovadores. Eis porque Jesus os confunde na mesma reprovação.

SINAGOGA – (Do grego synagogé = assembleia, congregação. Só havia  na Judeia um templo, o de Salomão, em Jerusalém, no qual se celebravam as grandes cerimônias do culto.
Anualmente os judeus dirigiam-se a ele em peregrinação para as festas principais, como a da Páscoa, a da Dedicação e a dos Tabernáculos. Foi nessas ocasiões que Jesus viajou para lá algumas vezes. As outras cidades não tinham templos, mas sinagogas, edifícios nos quais os judeus reuniam-se aos sábados, para orarem sob a direção dos anciãos, dos escribas ou dos doutores da lei. Faziam-se ali também as leituras  extraídas dos livros sagrados, seguidas de comentários e explicações a que cada um podia participar. É por isso que Jesus podia ensinar nas sinagogas, sem ser sacerdote, aos sábados.
            Após a ruína de Jerusalém e a dispersão dos judeus, as sinagogas, nas cidades em que eles habitavam servem-lhes de templo para a celebração do culto.

SADUCEUS – Seita judia formada por volta do ano 248 antes de Cristo, também chamada por causa de Sadoc, seu fundador. Os saduceus não criam na imortalidade da alma, nem na ressurreição, nem nos anjos bons e maus. Todavia, acreditavam em Deus, mas, nada esperando após a morte, eles só o serviam interessados em recompensas temporais, ao que se limitavam sua providência segundo acreditavam. Para eles, a satisfação dos instintos era o objetivo principal da vida. Quanto às Escrituras, eles atinham-se ao texto da lei antiga e não admitiam nem a tradição nem interpretação alguma. Eles colocavam as boas obras e a execução pura e simples da lei acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas e os sensualistas da época. Essa seita era pouco numerosa, as ela contava com importantes personagens e tornou-se um partido político constantemente oposto aos fariseus.

ESSÊNIOS OU ESSEUS – Seita judia fundada por volta do ano 450 antes de Jesus Cristo ao tempo dos macabeus, e cujos membros, que habitavam uma espécie de mosteiro, formavam entre si uma espécie de associação moral e religiosa. Eles se distinguiam por seus costumes moderados, virtudes austeras e ensinavam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade da alma e acreditavam na ressurreição. Eram celibatários, condenavam a escravidão e a guerra, punham seus bens em comum e praticavam à agricultura. Opunham-se aos saduceus sensuais, que negavam a imortalidade, e aos fariseus de rígidas práticas exteriores e de virtudes aparentes. Não tomavam parte nas discussões que dividiam essa duas seitas. Seu gênero de vida se aproximava  ao dos primeiros cristãos, e os princípios da moral que professavam fizeram algumas pessoas suporem que Jesus fizera parte dessa seita, antes do início de sua missão pública.  Certamente o Mestre deve tê-la conhecido, mas nada prova sua filiação a ela, e tudo que se escreveu a esse respeito é hipotético.[1]

TERAPEUTAS (do grego thérapeutaï, derivado do verbo thérapeueïn, servir, cuidar, isto é, servidores de Deus ou curadores). Sectários judeus contemporâneos do Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito.  Eles tinham grande relação com os essênios, cujos princípios professavam, aplicando-se, como esses, à prática de todas as virtudes. Sua alimentação era de extrema frugalidade. Votados ao celibato, à contemplação e à vida solitária, eles formavam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico, de Alexandria, foi o primeiro a falar dos terapeutas. Apresentou-os como uma seita judaica. Eusébio, São Jerônimo e outros pais da Igreja pensavam que eles eram cristãos. Que eles fossem judeus ou cristãos, é evidente que, como os essênios, eles formam o traço de união entre o judaísmo e o cristianismo.


[1] A Morte de Jesus, que dizem ter sido escrita por  um irmão essênio, é um livro completamente apócrifo, escrita para servir a determinada opinião, e que traz em si mesma a prova de sua moderna origem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018



Em dia com o Machado 345 §Jó§

Tem sido divulgado na mídia o caso de um médium brasileiro da atualidade, que atua em Abadiânia – GO, conhecido internacionalmente pelas curas que dizem ter realizado ao longo de décadas. Acusam-no, agora,  de assédio sexual a mulheres, tendo mesmo estuprado algumas.
Consultada, a Federação Espírita Brasileira (FEB) explicou, em seu site, que o Espiritismo não se responsabiliza pelo que alguém faz de sua suposta mediunidade ou mesmo dos seus conhecimentos.
No caso do dom da cura, não é preciso ser considerado médium para curar enfermos. Ainda hoje, durante o féretro de uma cunhada evangélica, sua filha lembrou-nos que a mãe, antes de falecer, tinha uma imensa fé em Jesus Cristo e também possuía o dom da cura. Lembrou o caso da neta desta, que chegou a Brasília com febre e a avó a curou com sua oração.
Casos como esse, de cura espiritual, estão espalhados pelo mundo inteiro. Isso não depende da religião e sim de um dom pessoal e da fé de quem é abençoado pela oração e tratamento magnético. Foi por esse motivo que Paulo de Tarso afirmou em I Coríntios, 12:8- 9:  “8 [...] a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; 9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar [...]”.
O lema da FEB e também o do Espiritismo, conforme anunciado por Allan Kardec, é “Deus, Cristo e Caridade”. Com base nessa tríade, a FEB e o Movimento Espírita têm por objetivo não explorar a fé alheia e, sim, a prática do bem gratuito, o “consolo e esclarecimento à humanidade” com base na moral exemplificada e pregada por Jesus.
Esse mesmo Messias Divino, ao curar alguém, costumava dizer-lhe como disse à mulher que tinha um fluxo de sangue há doze anos: “[...] Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal” (Mc., 5: 25 e 34).
O dom da cura nem mesmo depende da crença de alguém numa religião. Se é mal utilizado, esse dom é neutralizado e a pessoa fica entregue ao seu livre-arbítrio e a todas as consequência que fizer de sua liberdade de escolha. Por isso, foi bem lembrada, no site da FEB, a frase do Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, contida na obra Seara dos Médiuns, cap. 12: “Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela”.
Ainda bem que, atualmente, quando ocorre um escândalo supostamente provocado por médium, vinculado ou não ao Movimento Espírita, a FEB, como  representante deste Movimento doutrinário, é consultada e pode esclarecer o leigo de que a Doutrina Espírita nada tem a ver com o mau uso que fazem de sua mensagem consoladora. Assim também, Jesus Cristo e o próprio Cristianismo jamais podem ser inculpados das deturpações que os maus cristãos vêm fazendo de sua mensagem ao longo dos séculos.
Nós, espíritas-cristãos, seguimos rigidamente a moral do Cristo: “[...]  tudo o que vós quereis que alguém vos faça, fazei-lhe também, porque essa é a lei e os profetas” (Mateus, 7:12).  
A responsabilidade do que se faz é, pois, individual. Seja para o bem, seja para o mal, cada um de nós torna-se credor ou devedor ante o julgamento do mundo e a Justiça de Deus, esta última inscrita em nossa própria consciência.



Prosseguimos abaixo com nossa livre tradução d'O Evangelho segundo o Espiritismo:

III - NOTÍCIAS HISTÓRICAS

Para bem compreender certas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de muitas palavras que são frequentemente empregadas e que caracterizam o estado dos costumes e da sociedade judia naquela época. Essas palavras, já não tendo para nós o mesmo sentido, foram quase sempre mal interpretadas, gerando algumas incertezas. O entendimento da sua significação explica também o verdadeiro significado de certas máximas, que parecem estranhas à primeira vista.

SAMARITANOS - Após o cisma das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída muitas vezes, ela foi, sob o domínio romano, sede administrativa da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, chamado o Grande, a embelezou com suntuosos monumentos e, para agradar a Augusto, deu-lhe o nome de Augusta, em grego Sebaste.
Os samaritanos estiveram quase sempre em guerra contra os reis de Judá. Uma aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as formas de relações recíprocas. Os samaritanos, para tornarem a cisão mais profunda e não terem de ir a Jerusalém, para a celebração das festas religiosas, construíram um templo próprio e adotaram certas reformas. Admitiam apenas o Pentateuco, que contém a lei de Moisés, e rejeitavam todos os livros que lhe haviam sido posteriormente anexados. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebraicos da mais alta Antiguidade. Para os judeus ortodoxos, eles eram heréticos, e por isso eram desprezados, anatematizados e perseguidos. O antagonismo das duas nações tinha, portanto, como único princípio, a divergência de opiniões religiosas, embora as suas crenças tivessem a mesma origem. Eles eram os protestantes daquele tempo.
Ainda hoje encontram-se samaritanos em algumas regiões do Oriente, particularmente em Naplouse e em Jaffa. Eles observam a lei de Moisés com maior rigor do que os outros judeus, e só se casam entre si.

NAZARENOS - Nome dado, na antiga lei, aos judeus que faziam votos, por toda a vida ou por algum tempo, de conservar-se em pureza perfeita. Adotavam a castidade, a abstinência de bebidas alcoólicas e não cortavam os cabelos. Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos.
Mais tarde, os judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por referência a Jesus de Nazaré.
Esse foi também o nome de uma seita herética dos primeiros séculos da era cristã, que, assim como os ebionitas, dos quais adotara certos princípios, misturava práticas mosaicas aos dogmas cristãos. Essa seita desapareceu no século quarto.

PUBLICANOS - Eram assim chamados, na Roma antiga, os cavalheiros arrendatários das taxas públicas, encarregados da cobrança dos impostos e das rendas de toda espécie, fosse em Roma mesmo ou noutras partes do Império. Eles assemelhavam-se aos arrendatários gerais e aos contratantes do antigo regime na França, e aos que ainda existem em algumas regiões. Os riscos  que corriam faziam que se fechassem os olhos para o seu enriquecimento que, para muitos, eram produtos de cobranças e de lucros escandalosos. O nome publicano foi dado, mais tarde, a todos os que lidavam com o dinheiro público e aos seus agentes subalternos. Hoje, a palavra é tomada em sentido pejorativo, para designar os negocistas e seus agentes pouco escrupulosos. Diz-se, às vezes: "ávido como publicano; rico como um publicano", ao se referir a fortunas de má procedência.
Da dominação romana, o imposto foi o que os judeus mais dificilmente aceitaram, e o que mais causava irritações entre eles. Ele provocou muitas revoltas e foi transformado numa questão religiosa, porque era considerado contrário à lei. Chegou-se mesmo a formar um partido poderoso, que tinha por chefe um certo Judas, chamado o Gaulonita, que estabelecera como princípio o não pagamento do imposto. Os judeus tinham, portanto, horror ao imposto e, por consequência, a todos os que se encarregavam de arrecadá-lo. Esse o motivo de sua aversão pelos publicanos de todas as categorias, entre os quais podiam encontrar-se pessoas  bastante estimáveis, mas que, em virtude de suas funções, eram desprezadas, juntamente com as pessoas de suas relações, todas confundidas na mesma repulsa. Os judeus bem considerados julgavam comprometer-se, tendo relações íntimas com eles.

PORTAGEIROS - Eram os cobradores de baixa categoria encarregados do recebimento dos direitos de entrada nas cidades. Suas funções correspondiam mais ou menos à dos funcionários aduaneiros e dos cobradores de taxas sobre mercadorias. Eles sofriam também a reprovação aplicada aos publicanos em geral. É por essa razão que encontramos frequentemente no Evangelho o nome de publicano ligado à designação de gente de má vida. Essa qualificação não se referia aos devassos e aos vagabundos; era uma expressão de menosprezo, sinônimo de gente de má companhia, indigna de relações com gente de bem.

FARISEUS - (do hebraico: parasch, divisão, separação). A tradição constituía parte importante da teologia judaica. Consistia na reunião das interpretações sucessivas dadas aos trechos das escrituras, que se haviam transformado em artigos de dogma. Isso era, entre os doutores, motivo de discussões intermináveis, na maioria das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, à semelhança das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica medieval. Daí surgiram diferentes seitas, que pretendiam cada qual o monopólio da verdade, e como acontece quase sempre, detestando-se cordialmente umas às outras.
Entre essas seitas, a mais influente era a dos fariseus, que tinha HileI como chefe, doutor judeu nascido na Babilônia, fundador de uma célebre escola, onde se ensinava que a fé só era dada pelas Escrituras. Sua origem remonta aos anos 180 ou 200 antes de Cristo. Os fariseus foram perseguidos em diversas épocas, principalmente sob o domínio de Hircânio, sumo pontífice e rei dos judeus, Aristóbulo e Alexandre, reis da Síria. No entanto, como este último lhes restituiu as honras e os bens, eles recuperaram o poder, conservando-o até a ruína de Jerusalém, no ano 70 da Era Cristã, quando então o seu nome desapareceu, em consequência da dispersão dos judeus.
Os fariseus desempenhavam papel ativo nas controvérsias religiosas. Observadores servis das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de ardoroso proselitismo, inimigos das inovações, eles afetavam grande severidade de princípios. Mas, sob as aparências de uma devoção meticulosa, escondiam costumes dissolutos, muito orgulho, e sobretudo excessivo desejo de dominação. A religião, para eles, era mais um meio de subir do que objeto de uma fé sincera. Tinham apenas exterioridades e ostentação de virtudes, mas com isso exerciam grande influência sobre o povo,  aos olhos de quem  eram considerados santas personagens. Eis porque eram muito poderosos em Jerusalém.
Eles criam, ou pelo menos fingiam crer na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos (cap. IV, n° 4). Jesus, que acima de tudo prezava a simplicidade e as qualidades de coração, que preferia da lei o espírito que vivifica à letra que mata, entregou-se, durante toda a sua missão, a desmascarar essa hipocrisia e, em consequência disso, os transformou em seus inimigos encarniçados. Foi por isso que eles se ligaram com os príncipes dos sacerdotes para revoltar o povo contra Ele e eliminá-lo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018



Brasília, 6 de dezembro de 2019.

VALE A PENA LER PARA REFLETIR, REFLETIR PARA AGIR NO BEM SEMPRE, SEM PRECONCEITO E COM AMOR À VERDADE.



Pode o cristão fazer reparo à Bíblia?
Por Astolfo Olegário Oliveira Filho 
Domingo, 25 de novembro de 2018.

Há entre católicos e evangélicos quem julgue que não, que o cristão não pode desmerecer as Escrituras, e, com base nesse pressuposto, retiram do Espiritismo a qualidade de religião cristã porque, no entendimento deles, dois dos principais pensadores espíritas – Kardec e Denis – teriam negado, em seus escritos, a inspiração divina da Bíblia.
Utilizar textos bíblicos para refutar os ensinos que compõem a doutrina espírita é uma prática antiga. A Bíblia é, para essas pessoas, uma obra intocável, divina, irrepreensível!
Isso é curioso porque, como se sabe, as Escrituras publicadas pelas editoras protestantes, repetindo conduta atribuída aos judeus, não contemplam os livros de Judith, Tobias, Livros I e II dos Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e parte do livro de Ester.
Rejeitar parte da Bíblia torna as religiões que assim procedem não cristãs?
As religiões derivadas da Reforma não são cristãs?
Quando católicos e evangélicos deixam de cumprir o rito da circuncisão, constante das leis mosaicas, deixam, por causa disso, de ser cristãos?
As perguntas acima servem apenas para mostrar que uma pessoa ou uma doutrina pode desaprovar parte da Bíblia e nem por isso perder a condição de cristã.
Jesus também fez sérias restrições a práticas que no Antigo Testamento receberam o status de lei, como a observância do dia de sábado.
A revogação da lei do olho por olho; a proposta do amor aos inimigos; o não apedrejamento da mulher adúltera; o tratamento digno que deu aos leprosos, que o Antigo Testamento determinava fossem banidos, eis alguns exemplos de uma nova ordem, incompatível com as prescrições mosaicas, isto é, com a chamada Bíblia.
*
A implicância que alguns religiosos têm para com o Espiritismo não é fruto apenas de preconceito, mas também de ignorância do que vem ocorrendo nos próprios arraiais do Cristianismo.
No Brasil, o frei Boaventura Kloppenburg, o mais ferrenho adversário do Espiritismo em nosso país; na Itália, o padre Gino Concetti, comentarista do Osservatore Romano, órgão oficial do Vaticano; na França, o padre François Brune, autor do livro "Os Mortos nos Falam" – todos eles admitem os fatos mediúnicos e as relações entre nós e os mortos. Padre Brune admite até mesmo a reencarnação, um dos princípios básicos da doutrina espírita.
Em entrevista concedida à Rede Globo de Televisão e à agência de notícias Ansa, Gino Concetti tornou pública, em 1997, a nova postura da Igreja com relação à mediunidade e às relações entre nós e os Espíritos.
Afirmou então o padre Concetti que a Igreja não só admite a comunicação com os falecidos, como reconhece que ter um contato com a alma dos entes queridos que já partiram para o Além pode aliviar os que tenham, porventura, ficado perturbados com esse transe. "Segundo o catecismo moderno – explicou o teólogo – Deus permite aos nossos caros defuntos que vivem na dimensão ultraterrestre enviar mensagens para nos guiar em certos momentos da vida. Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal, a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os falecidos, sob a condição de que elas sejam levadas com uma finalidade séria, religiosa e científica."
Não deve causar nenhuma surpresa, portanto, o que o frei Boaventura Kloppenburg escreveu em seu livro "Espiritismo e Fé", no qual afirma que, tal como os espiritistas, os católicos admitem:
a) que os falecidos não rompem seus laços com os que ainda vivem na Terra;
b) que eles podem, portanto, nos socorrer e ajudar;
c) que os Espíritos desencarnados podem manifestar-se ou comunicar-se perceptivelmente conosco;
d) que tais manifestações podem ser de dois tipos: espontâneas e provocadas. As espontâneas são as que têm sua origem ou iniciativa no Além, como a do anjo Gabriel (Lucas, 1:26-38). As provocadas são as que têm sua iniciativa no mundo físico, como, por exemplo, o caso do rei Saul, que evocou Samuel por meio da pitonisa de Endor (Samuel, 28:3-25).
Com respeito ao padre François Brune, lembremos – como dissemos oportunamente – que ele admite que os mortos nos falam e o fazem de inúmeras maneiras, como demonstrou nos livros “Os Mortos nos Falam” e “Linha Direta com o Além”, publicados no Brasil pela Edicel.
Vale ressaltar que nenhum deles é dissidente do catolicismo; ao contrário, são pessoas de expressão e em atividade no seio da Igreja.

Acesse se e quando puder:  
1.            blog Espiritismo Século XXI – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/
2.            revista O Consolador - http://www.oconsolador.com  
3.            jornal O Imortal - link d' O Imortal 
4.            editora EVOC - http://www.oconsolador.com.br/editora/evoc.htm  

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018







Em dia com o Machado 344 * jó *
Deus conosco
— Que domingo! Eu estava pensando em fazer minha corrida no parque, mas a chuva não nos quis dar folga.
— É, Jó, a natureza proporciona-nos grandes ensinamentos em seu incessante recomeçar.
— Aqui mesmo em Brasília, Emmanuel, é comum passar meses sem chover. Tudo seca, até as árvores borrachudas ficam um pouco murchas. De repente, vêm as chuvas e tudo muda. As gramas renascem, as árvores florescem, a umidade, que costuma chegar a menos de quinze por cento, na época da seca, sobe a mais de sessenta por cento.
— Enquanto ligado à matéria, Jó, cada ser humano dispõe, anualmente, de 365 oportunidades de renovação moral durante cada existência. Do passado, ficam as boas ações, o que se conserva de nobre, belo, justo e bom. Desse modo, faça por você mesmo o trabalho que outrora a negligência deixou aos cuidados de seus amigos e benfeitores espirituais. Aproveite as horas diárias, no seu reajustamento.
Não adie para depois  os laços de amor e entendimento fraterno que lhe forem possíveis criar no presente. É difícil romper as algemas dos preconceitos mundanos e servir, mesmo a quem nos fere. Todavia, sua boa vontade será o melhor antídoto contra os sentimentos negativos dirigidos a você por quem o odeia. Suas atitudes de tolerância e de compaixão para com seus desafetos neutralizam as aversões destes.
A quem o magoa, recomece seu esforço de compreensão.
A quem não o entende, persevere em demonstrar-lhe as mais nobres intenções.
Esforce-se, diariamente, em agir bem, e não se esqueça desta frase do Cristo: “Só pode alcançar o Reino de Deus quem renascer para o bem”. Então, renasça em suas boas deliberações e atitudes e trabalhe para vencer as próprias limitações.
Assim como a natureza está sempre renovando a vida ao longo do tempo, e nunca deixa de nos servir, embora nos envie mudos apelos para que preservemos o meio ambiente, renove-se para o bem. E nunca se esqueça de que “Mais vale auxiliar, ainda hoje, que ser auxiliado amanhã” (Fonte Viva. Editora FEB, cap. 56).
— Obrigado, amigo! Deus conosco!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018





Continuação da tradução livre d’O Evangelho segundo o Espiritismo sem fins comerciais (Jorge Leite de Oliveira)

O princípio da concordância é ainda uma garantia contra as alterações que, em proveito próprio, pretendessem introduzir no Espiritismo as seitas que dele quisessem apoderar-se, acomodando-o à sua maneira. Quem quer que tente fazê-lo desviar de seu fim providencial fracassaria, pela bem simples razão de que os Espíritos, devido à universalidade dos seus ensinos, farão cair toda modificação que se afaste da verdade.
Resulta de tudo isso uma verdade capital: é que quem desejasse atravessar-se na corrente de ideias estabelecida e sancionada, poderia provocar uma pequena perturbação local e momentânea, mas jamais dominar o conjunto, mesmo no presente e ainda menos no futuro.
E resulta mais, que as instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos da Doutrina ainda não esclarecidos, não teriam força de lei, enquanto permanecessem isoladas, só devendo, por conseguinte, ser aceitas sob todas as reservas, a título de informações.
Daí a necessidade da maior prudência na sua publicação, e no caso de julgar-se que devem ser publicadas, só devem ser apresentadas como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas tendo, em todo o caso, necessidade de confirmação. É essa confirmação que se deve esperar, antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, se não se quiser ser acusado de leviandade ou de credulidade irrefletida.
Os Espíritos Superiores procedem, em suas revelações, com extrema prudência. Só abordam as grandes questões da doutrina gradualmente, à medida que a inteligência se torna apta a compreender as verdades de uma ordem mais elevada, e quando as circunstâncias são propícias para a emissão de uma ideia nova. Eis porque, desde o começo, eles não disseram tudo, e nem o disseram até agora, não cedendo jamais à impaciência de pessoas muito apressadas, que desejam colher os frutos antes de amadurecerem. Seria, pois, inútil, desejar antecipar o tempo marcado pela Providência para cada coisa, porque então os Espíritos verdadeiramente sérios recusam positivamente sua ajuda. Mas os Espíritos levianos, pouco se incomodando com a verdade, respondem a tudo. É por isso que, sobre todas as questões prematuras, há sempre respostas contraditórias.
Os princípios acima não são o resultado de uma teoria pessoal, mas a forçosa consequência das condições em que os Espíritos se manifestam. É evidente que, se um Espírito diz uma coisa num lugar, enquanto milhões dizem o contrário por toda parte, a presunção de verdade não pode estar com aquele que ficou só, e nem se aproximar da sua opinião, pois pretender que um só tenha razão contra todos seria tão ilógico de parte de um Espírito como de parte dos homens. Os Espíritos verdadeiramente sábios, quando não se sentem suficientemente esclarecidos sobre uma questão, não a resolvem jamais de maneira absoluta. Declaram tratar do assunto de acordo com a sua opinião pessoal e aconselham esperar-se a confirmação.
Por maior, mais bela e justa que seja uma ideia, é impossível que reúna, desde o princípio, todas as opiniões. Os conflitos de que dela resultam são a consequência inevitável do movimento que se processa. São mesmo necessários, para melhor fazer ressaltar a verdade, e convém que se produzam desde logo, para que as ideias falsas sejam afastadas desde logo. Os espíritas que revelam alguns temores devem ficar tranquilos. Todas as pretensões isoladas cairão, pela força mesma das coisas, diante do grande e poderoso critério do controle universal.
Já não será à opinião de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos Espíritos. Não será um homem, e muito menos nós ou qualquer outro que fundará a ortodoxia espírita. Nem será tampouco um Espírito, vindo impor-se a quem quer que seja. É a universalidade dos Espíritos, comunicando-se sobre toda a Terra, por ordem de Deus. Esse é o caráter essencial da Doutrina Espírita, nisso está a sua força e a sua autoridade. Deus quis que a Sua Lei fosse assentada sobre uma base inabalável, e foi por isso que não a fez repousar sobre a cabeça frágil de um só.
É diante desse poderoso tribunal, que nem conhece o conluio, nem as rivalidades ciumentas, nem o sectarismo, nem as divisões nacionais,  que virão quebrar-se todas as oposições, todas as ambições, todas as pretensões à supremacia individual, que nos quebraríamos nós mesmos, se quiséssemos substituir esses decretos soberanos por nossas próprias ideias. Será ele somente que resolverá todas  as questões litigiosas, que fará calar as dissidências e dará razão a quem de direito. Diante desse imponente acordo de todas as vozes do céu, que pode a opinião de um homem ou de um Espírito? Menos que uma gota d’água que se perde no oceano, menos que a voz de uma criança abafada pela tempestade.
A opinião universal, eis portanto o juiz supremo, aquele que pronuncia em última instância. Ela forma-se de todas as opiniões individuais. Se uma delas é verdadeira, tem na balança o seu peso relativo; se ela é falsa, não pode prevalecer sobre as outras. Nesse imenso concurso, as individualidades desaparecem, e eis aí uma nova derrota para o orgulho humano.
Esse conjunto harmonioso já se esboça; portanto, este século não passará antes que ele brilhe em todo o seu esplendor, de maneira a resolver todas as incertezas; porque, de ora em diante, vozes poderosas terão recebido a missão de se fazerem ouvir, para reunir os homens sob a mesma bandeira, uma vez que o campo esteja suficientemente preparado. Enquanto isso, aquele que flutuar entre dois sistemas opostos poderá observar em que sentido se forma a opinião geral: é o indício certo do sentido em que se pronuncia a maioria dos Espíritos nos diversos pontos em que se comunicam. É um sinal não menos certo de qual dos dois sistemas prevalecerá.

  Quando o texto é escorreito (Irmão Jó)   Atento à escrita correta É o olho do revisor, Mas pôr tudo em linha certa É com o diagramador.   ...