quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
EM
DIA COM O MACHADO 300 (jÓ)
Anuncio ao leitor radical mudança temática
em nossas postagens. Para tal, proponho a três estudiosos das Escrituras Sagradas divulgar seus
estudos sobre a personalidade ímpar de Jesus de Nazaré, o Cristo, Filho de Deus,
Cocriador Divino e Governador da
Terra, à qual Ele trouxe sua mensagem e ação incomparável no bem.
Pergunta o leitor quem serão essas almas
iluminadas e o que nos dirão, de novo, sobre o Ser mais perfeito que Deus nos
enviou, “para nos servir de guia e modelo”. A resposta seguir-se-á, primeiro, a
um esclarecimento: das três “almas”, só uma é alma, no sentido estrito dessa palavra. Refiro-me a Jó, que já leu as
Escrituras Sagradas completas e ainda estuda os Evangelhos de Jesus publicados
pelos quatro evangelistas. Além disso, é assíduo estudioso d’O Evangelho segundo o Espiritismo, que
já leu diversas vezes, assim como as demais obras do pentateuco kardequiano,
com suas mensagens consoladoras e eternas.
Os outros estudiosos são espíritos:
Emmanuel e eu, Machado... Esclareço ao bom leitor, entretanto, que iluminado só
o primeiro. Este articulista aqui, também conhecido como Bruxo, nesta tarefa, é
apenas esforçado discípulo daquele, tanto quanto Jó é meu secretário.
─ Mas... Emmanuel não já está reencarnado?
─ Ainda que esteja... “à noite, todos os
gatos são pardos”. Nunca ouviu dizer isso? É nas altas horas que ele virá,
livre da matéria, atendendo nossa evocação e permissão de Deus.
Por oportuno, desde já, meu secretário pede que ignorem seu nome
Joteli e o tratem apenas por Jó. Lembra, também, que, à parte o conteúdo dos
estudos que publicaremos, tudo o mais é ficção do articulista.
Caberá ao leitor e à leitora discernirem
ficção de realidade... Jó apenas lembra que detesta mentir e empenha-se, com
todas as forças do seu ser, em cultivar a verdade. Por esse motivo, relembra
que, embora ele seja, em tese, inspirado, assume a autoria deste conteúdo e dos
que, futuramente, vier a publicar aqui, respeitados os créditos alheios.
─ Quer dizer que nada do que for
atribuído a você é seu, Bruxo?
─ Geralmente, não, mas pode ser que esse antena curta capte algo provindo de mim
e se aproprie disso.
─ Quem é “esse antena curta”?
─ Quem poderia ser, senão, meu secretário?
─ E quanto ao que for dito por Emmanuel,
também Jó poderá ser seu médium?
─ Quem falou em médium aqui? Ele pode ser
inspirado por nós, e a responsabilidade pelo conteúdo, citações e análises será
sempre dele. Entretanto, quem pode garantir a propriedade única dos próprios pensamentos? Releia a questão 459 d’O Livro dos Espíritos: “Influem os
Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?” Resposta: “Muito mais do que
imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem”.
Comecemos, então, nossos estudos. Anote
aí, Jó...
O advento do Cristo foi anunciado por
diversos profetas. O primeiro deles foi Moisés, que esclareceu o povo hebreu
sobre o envio de um novo profeta, semelhante a ele, por Jeová. Aparentemente, Moisés
estava sendo pouco modesto, pois, excetuados os Dez Mandamentos recebidos por ele, no Monte Sinai, quase tudo o
mais, em sua lei justiceira, era
proveniente dele próprio, influenciado por espíritos afins...
Jesus, ao contrário, dizia, modestamente,
que o que falava provinha de Deus, seu Pai e nosso Pai, que nos criou por Amor
e para Amar.
Entretanto, para a época em que viveu e a
missão que desempenhou, inclusive trazendo ao mundo a ideia de Deus único, a
figura de Moisés é, sim, altamente importante na preparação da Terra para a
vinda de Jesus, o Cristo de Deus... No Mundo, porém, jamais houve ou haverá
alguém de maior elevação espiritual do que o Cristo, Nosso Senhor, modelo e
guia.
Outros profetas também anunciaram a vinda
de Jesus Cristo, sua missão, incompreensão dos sacerdotes, escribas e fariseus
da época, bem como sua morte ignominiosa e seu triunfante ressurgimento do
túmulo, provando-nos que apenas o corpo físico se extingue. A alma, espírito
encarnado, é imortal.
Agora, leitor, você dar-me-á licença para
eu fazer uma petição humilde ao nobilíssimo espírito Emmanuel, a quem
entrevistarei sobre os temas anunciados nesta crônica. Jó será nosso discreto e
disciplinado secretário, já a partir da próxima crônica, e tudo o que o amigo
leitor desejar saber, ou ainda não conhece dessa extraordinária história,
ser-lhe-á revelado página a página, a
conta-gotas, até onde Deus, nosso Pai amantíssimo, o permitir.
A
quien quiera escuchar.
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
EM
DIA COM O MACHADO 299 (jó)
Que escrever nesta penúltima crônica,
antes de alcançar metade da produção estimada, em vida, de Machado de Assis
durante o século XIX? Afinal, estamos em cidade alagoana, e ele escrevia sempre
no Rio de Janeiro.
Talvez mereça comentário minha constatação
de que o preço dos remédios continua absurdo, em qualquer estado do Brasil, do
Monte Caburaí (RR) ao Arroio Chuí (RS). O mais impressionante é que fui
consultar o preço de antialérgico, em cidade de Alagoas, e constatei que aqui
ele custa o triplo do que paguei em Brasília, uma das cidades de renda per capita mais alta do país. Pobres
aposentados...
Quem sabe, valha a pena dizer que,
estando eu em Japaratinga (AL), percebi que, mesmo com um notebook velho, em casa alugada para curta temporada, continuo
produzindo, eletronicamente, meus textos com muito mais rapidez do que os
textos manuscritos do Bruxo do Cosme
Velho.
Mas o conteúdo... quanta diferença!
Enquanto da genial cabeça machadiana brotavam mil ideias e sabedoria, de minha
ignara cachola só sai fumacinha...
Falarei um pouco, então, do que as grandes
almas fazem quando são atacadas por pessoas tacanhas: nada. A pretensão de ser
mais que alguém é própria de quem nada é...
Segundo Evandro Noleto Bezerra, quando
Allan Kardec era agredido com mentiras verbais, não revidava, de imediato, a
essas atitudes torpes. O Codificador da Doutrina Espírita dizia que a melhor
resposta é o silêncio, quando saltam à vista a inveja, o despeito e a baixeza
moral dos críticos.
Mas Kardec não deixava de anotar tais
infâmias, para que a história mostrasse, futuramente, onde estava a verdade. E,
ainda, esclarecia: “[...] há um gênero de polêmica do qual tomamos por norma
nos abster: é aquela que pode degenerar em personalismo; não somente ela nos
repugna, como nos tomaria um tempo que podemos empregar mais utilmente [...]”.
A única polêmica da qual Kardec jamais se
esquivava era a que pudesse colocar em dúvida a seriedade dos princípios
espíritas e suas verdades.
Na página 28 da revista mensal Reformador, de jan. 2018, editada pela
Federação Espírita Brasileira (FEB), Evandro cita algumas refutações
kardequianas a “aleivosias assacadas contra o Espiritismo”, as quais vale a
pena conferir: artigo do Univers,
maio de 1859; resposta à réplica do abade Chesnel, desse mesmo periódico, em
jul. 1859; resposta à Gazette de Lyon
em out. 1860 etc.
A relação é grande. Se fôssemos citá-la
completa, o espaço desta crônica seria insuficiente...
Não é difícil ao leitor estudioso
acessar esse rico material pela internet. Basta clicar no Google: acervo da Revista Espírita publicado pela
FEB.
No mais, amigo leitor, até o
tricentésimo número de nossas crônicas.
Au
revoir!
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Em dia com o
Machado 298
(Jó)
Amigo Jó, estive refletindo na entrevista dada
por famoso político em nosso tempo. Indagado
sobre suas crenças antes de tornar-se espírita, ele respondeu o seguinte: “— Nasci
e criei-me, até os dezoito anos, no seio de uma família tradicionalmente
católica [...].”
Em seguida, diz que, indo do Ceará para o
Rio de Janeiro, objetivando morar e estudar, na escola carioca, entrou em
conflito com a fé católica. Os argumentos de seus colegas ateus, aos quais
tentara converter, pareciam-lhe superiores à fé sem raciocínio até então
desposada.
Sua rebeldia contra a antiga crença
tornar-se-ia maior ao enviuvar, após quatro anos de casado com esposa católica,
a quem muito amava. Ele teria, então, de criar sozinho seus dois filhinhos, um
de três e outro de um ano de idade.
Como já clinicava, nessa época, recebeu,
certo dia, um exemplar da Bíblia, como presente de um colega. Resolveu ler toda
a obra e sentiu-se consolado com o que leu, mas ainda tinha necessidade de uma
fé “firmada na razão e na consciência”.
Passado mais algum tempo, outro colega
presenteou-o com O Livro dos Espíritos.
Ao terminar o trabalho no consultório, seu deslocamento de bonde do centro da
cidade para sua casa, na Tijuca, costumava demorar uma hora. Então, contra
todos os preconceitos que o Espiritismo desfrutava em sua época, resolveu ler o
livro. E... eureca! Parecia-lhe que nada do que lera lhe era desconhecido e que
“era espírita inconsciente”.
Entretanto, o que o convenceria
definitivamente sobre as “verdades do Espiritismo” seriam as curas mediúnicas
extraordinárias obtidas, mais tarde, e os resultados positivos de todas as suas
pesquisas sobre o assunto. Havia, no Rio, um médium receitista homeopata
chamado João Gonçalves do Nascimento, a quem nosso amigo recorrera, “em
desespero de causa”. Entretanto, como ainda tinha suas dúvidas sobre as curas provenientes
da mediunidade, combinou com colega, tanto quanto ele desconhecido do médium, para
consultar este.
A descrição da doença do político, pelo
espírito, foi tão precisa quanto os efeitos do remédio sobre seu organismo, que
nenhum médico anterior conseguira curar ao longo de cinco anos de tratamento. Já
com a receita espiritual, após um ano de medicação, ficou curado.
Depois desse acontecimento, quem fora
diagnosticada com tuberculose, por “importantes médicos”, foi a segunda esposa
do político doutor. Novamente, este tomou as devidas cautelas, para não ser
reconhecido, e voltou a consultar o médium Nascimento. A resposta do espírito,
pelo médium, foi surpreendente. Após dizer que os médicos estavam enganados ao
diagnosticarem tuberculose, sem que ninguém lhe houvesse dito nada a respeito,
esclareceu o seguinte: “[...] Esta doente não tem tubérculo algum. Seu
sofrimento é puramente uterino e, se for convenientemente tratada, será
curada”.
Feito o tratamento “espírita”, em poucos
meses, os sintomas de febre, suor e todos os sinais parecidos aos da
tuberculose cessaram, e a doente ficou curada. Conclui nosso político:
Como resistir à
evidência dos fatos?
Depois deles,
comecei as investigações experimentais sobre os vários pontos de doutrina e
posso afirmar, daqui, que tenho verificado quanto é permitido ao homem
alcançar, em certeza, a perfeita exatidão de todos os princípios fundamentais
do Espiritismo.
E
conclui o notável político, que viria a ser conhecido como “médico dos pobres”,
após abandonar a política e dedicar-se inteiramente à Doutrina Espírita e à
ajuda humanitária a todos os enfermos do corpo e da alma: “O Espiritismo é para
mim uma ciência, cujos postulados são demonstrados tão perfeitamente como se
demonstra o peso de um corpo” (Bezerra de Menezes).
(Quer saber mais?
Leia a obra Bezerra, ontem e hoje. 4.
ed. Brasília: FEB, 2013.)
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