Em
dia com o Machado 200 (jlo)
Quando
os historiadores, antropólogos e biólogos se empenham em pesquisar a “história
da humanidade”, como o fez o dr. Harari (2015), descobrem, com base na
determinação da idade estabelecida pelo carbono e pelos fósseis, que nossa
suposta primeira mãe nasceu há 6 milhões de anos. E era chimpanzé. Seríamos,
pois, primatas, com ancestral comum aos chimpanzés, embora estes não tivessem
tido a mesma sorte que a nossa de nascer com algo mais na estrutura cerebral. Daí
as duas ramificações de chimpanzés, propriamente ditos e homo, gênero humano que originou diversas espécies, como a do Homo neanderthalensis, Homo erectus, Homo soloensis, Homo
floresiensis e Homo sapiens, só
para citar algumas e tendo restado apenas a última.
O
Homo sapiens teria exterminado todas
as outras espécies humanas e, de 12.000 anos para cá vem reinando absoluto e
destruindo a natureza e diversos gêneros de animais como nunca isso ocorrera em
milhões de anos.
Mas
no que toca ao cérebro mais desenvolvido ser a causa desse predomínio, isso não
é bem assim... A causa primordial está nas leis que regem o espírito,
desconhecidas pelos cientistas e pesquisadores que somente levam em conta o
elemento material das leis universais e não os três elementos citados pelos
espíritos a Allan Kardec: Deus, espírito e matéria (O livro dos espíritos, questão 27).
Amiga
leitora, você que é cocriadora divina, que está apta a nos proporcionar um
corpo físico, quando desejamos reencarnar, certamente entenderá, quando eu lhe
disser que o ser humano possui duas naturezas: participa da natureza animal,
pelo corpo com seus instintos e da natureza espiritual por sua alma (KARDEC,
op. cit, questão 605). Entretanto, somos seres à parte, que tanto podemos nos
rebaixar ao nível dos “brutos”, como também elevar-nos aos píncaros da luz
espiritual (Id., q. 592).
Minha
teoria é a de que todas as chamadas espécies de homens existentes, até o
predomínio total do Homo sapiens, nos
últimos doze mil anos, nada mais foram do que a evolução de uma mesma espécie
que passou a se intitular sapiens.
Por outro lado, o que Harari chama de chimpanzé é o primeiro protótipo de ser
humano criado na Terra por Deus, cujos elementos espirituais formadores não
derivaram de primatas, mas sim de um organismo apropriado a espírito simples e
ignorante. O homem, embora fisicamente provenha de uma espécie aperfeiçoada dos
primatas, há milhões de anos, pelo que toca à alma, é um ser à parte, doutor
Harari.
O
sapiens, foi o resultado da evolução
desse chamado hominídeo ao longo de milhões de anos, até chegar ao estágio
atual. Harari afirma que o seu predomínio sobre todos os demais animais se
deveu à característica única da linguagem fictícia e à cooperação grupal
superior ao número de 150 indivíduos, o que não ocorre com os demais animais.
Segundo esse historiador, a ficção é o que há de mais “singular na linguagem do
sapiens” (2015, p. 32) e, junto com a “fofoca”, esse poder de comunicação
torna-nos imbatíveis. Entretanto, o que ele chama de ficção é, na realidade, a
influência do mundo espiritual, que sempre existiu, no mundo físico, e o que ele
denomina “fofoca” é o uso inteligente das faculdades cognitivas do homem,
inspirado por essas entidades invisíveis, para reagir contra tudo aquilo que
lhe prejudica os interesses individuais e coletivos. Daí surgir a lei de ação e
reação ou de causa e efeito, única lei a explicar racionalmente as provas e
expiações individuais e coletivas, bem como a superioridade intelectual e moral
de algumas pessoas sobre outras, como fruto do merecimento proveniente do bom
uso do livre arbítrio e do seu desenvolvimento cognitivo.
A
revolução cognitiva, ocorrida há 70.000 anos, teria sido o começo da ascensão
do sapiens sobre todos os demais
gêneros e espécies animais. Depois dela, a revolução agrícola fez do homem
caçador-coletor o “rei da criação”. O sapiens
também domesticou animais, como o cão, cujo vínculo conosco data de, no
mínimo, 15.000 anos. A evolução e não a revolução cognitiva humana ocorre desde tempos imemoriais, ou seja, desde que este surgiu na Terra, há milhões de anos, como nos explicam os espíritos superiores. É lenta porque o espírito, antes de se revestir de um corpo hominal, estagia pelos demais reinos, como bem explica o filósofo Léon Denis na obra O problema do ser, do destino e da dor, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Chegamos
ao estágio em que a ligação espírito e matéria é observada pelo nosso amigo
historiador, assim como muitos outros pesquisadores que se ressentem de
conhecimentos básicos sobre a evolução do espírito, concomitante à do corpo.
Nesse ponto, conclui Harari que os caçadores-coletores, ou seja, nossos
antepassados, eram animistas. Para eles, “todo lugar, todo animal, toda planta
e todo fenômeno natural têm consciência e sentimentos”. Além disso, seria
possível nossa comunicação com todos esses seres animados ou inanimados, e também ser possível nossa comunicação com os chamados mortos. Veja, leitor,
que a informação dos espíritos a Allan Kardec simplesmente ratifica esse eterno
intercâmbio entre os chamados “vivos” e “mortos”.
Pronto,
está confirmada a informação dos espíritos superiores, sob a direção de Jesus
Cristo, de que os fenômenos mediúnicos, portanto, o contato dos homens com os
espíritos, existe desde que o homem adquiriu consciência, na Terra, de sua
origem distinta da dos demais animais e a certeza de que seu destino é a perfeição. Mas para isso, é preciso complementar as pesquisas do livro Sapiens, Doutor Yuval Noah Harari, com o que nos dizem os espíritos superiores nas cinco obras codificadas por Allan Kardec, acrescidas de obras complementares de inúmeros pesquisadores do tema, como o citado León Denis, Victor Hugo, Arthur Conan Doyle, César Lombroso, William Crookes e médiuns de todos os tempos, entre os quais, no Brasil, se destacam Chico Xavier, Zilda Gama, Yvonne Pereira e Divaldo Franco.
Por
isso, disse-nos o Cristo: Brilhe a vossa luz! (Mateus, 5:16).
Então,
despeço-me de todos vocês, muitíssimo agradecido por todos esses cerca de 7000
acessos a este blog, prometendo-lhes que breve retornarei, ou seja, na próxima
semana, pois depois que me "encostei" nesse "médium",
não mais o largo.
Saúde
e luz!