Em dia com o Machado 303 (jÓ]
— Boa noite, Emmanuel, que nos traz à reflexão
nesta noite?
— Boa noite, irmão Machado. Continuando a
expor nosso humilde conhecimento sobre o Cristo, reitero-lhe que “Jesus foi a
manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita”[1]
aos habitantes da Terra. É Ele, Jesus Cristo, o Messias Divino que coordena a
evolução anímica dos seres terrestres. Os fenômenos da Natureza,[2]
em nosso orbe, são manifestados segundo a sua augusta vontade e direção, o que
lhe confirma a condição de Governador espiritual, Verbo da Vontade de Deus, com
o qual se identifica e afirma aos fariseus incrédulos: “Eu e o Pai somos um”[3].
— Concordo com sua afirmação, Emmanuel, sobre
a evolução anímica[4], coincidente, em parte,
com as teorias darwinianas e de outros cientistas do passado e do presente,
como, por exemplo, o Dr. Yuval N. Harari, em sua obra intitulada Sapiens: uma breve história da
humanidade (L&PM). Mas, que você nos pode informar sobre o corpo
espiritual, de modo simples ao entendimento do leitor?
— O corpo espiritual tem sua origem no fluido
universal[5].
Já o “princípio vital é o agente entre o corpo espiritual, fonte de energia e da vontade,
e a matéria passiva”. O princípio vital
é a “força inerente aos corpos organizados, que mantém coesas as
personalidades celulares”[6].
— Então, é o corpo espiritual que
exerce a “ação criadora e plasmadora” sobre os elementos físicos, tendo como
agente o princípio vital?
— Exatamente, Machado. A morte do corpo físico
decorre do “enfraquecimento do princípio vital”, que leva à “ausência de tônus
vital” e, consequentemente à “destruição orgânica”.
— Não posso negá-lo, irmão. Isso está na
página 170 da obra citada na sexta nota de rodapé desta crônica.
— Pois é, Machado, conforme explico, na página
seguinte:
O
corpo espiritual não retém somente a prerrogativa de constituir a fonte da
misteriosa força plástica da vida, a qual opera a oxidação orgânica; é também
ele a sede das faculdades, dos sentimentos, da inteligência e, sobretudo, o
santuário da memória, em que o ser encontra os elementos comprobatórios da sua
identidade, através de todas as mutações e transformações da matéria.[7]
— E por que os pesquisadores materialistas
tudo atribuem ao cérebro humano?
— Machado, poderíamos dizer, na linguagem de
hoje, que o cérebro é como um computador complexo, no qual se manifesta o
espírito, efetuando “inimagináveis associações atômicas e moleculares,
necessárias às exteriorizações inteligentes”. Mas é no corpo espiritual que
fica gravada a memória, em todas as minúcias. Por trás das manifestações da
matéria, está o comando da vontade e do livre-arbítrio do Espírito que, salvo
nos casos patogênicos, é o soberano artífice do seu destino. Continuem lendo a
obra intitulada Emmanuel, você e nosso
leitor, para que entendam como são sábias as leis de evolução infinita,
supervisionadas pelo Cristo, neste maravilhoso mundo azul.
— É, Emmanuel... parafraseando suas palavras,
quando a humanidade terrestre já não mais duvidar da “soberana influência do
espírito sobre a matéria”, teremos alcançado a era do espírito, que extinguirá
os desastres morais e materiais do materialismo e proporcionará a todos a paz e
a felicidade prometidas pelo Cristo aos justos.
— Exatamente, Machado, mas façamos pausa aqui,
para descanso de nossos leitores.
Que o Senhor da Vida nos abençoe os esforços
incessantes em prol do bem de todos os seres da Terra. Até nosso próximo
encontro, se assim o desejar o Messias Divino, sob as vistas do Pai Eterno.
[1]
XAVIER, Chico. Emmanuel. Pelo
Espírito Emmanuel. 27 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, cap. 2, p. 29.
[2]
______. A caminho da luz. Pelo
Espirito Emmanuel. 22. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1996, cap. 1.
[3]
In: João, 10: 30.
[4]
______. Emmanuel. Pelo Espírito
Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, cap. 17.
[5] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93. ed.
(histórica). Brasília: FEB, 2013, q. 65.
[6]
XAVIER, Chico. Emmanuel. Pelo
Espírito Emmanuel. 27 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008., cap. 24, p. 169- 170.
[7]
Id., ibid., p. 171.