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O Evangelho segundo o Espiritismo — tradução no português atual





Prosseguimos, passo a passo, na tradução livre, sem fins comerciais, em terceira pessoa, de L’Évangile selon le SpiritismeO Evangelho segundo o Espiritismo, 3. ed., rev., corr. e modificada. Paris, 1866.
Que os bons Espíritos nos auxiliem a concluir este trabalho, se essa for a Vontade de Deus.

Muitos pontos do Evangelho, da Bíblia e dos autores sacros em geral são ininteligíveis, alguns até parecem irracionais, devido à falta da chave para compreensão do seu verdadeiro significado. Tal chave está completa no Espiritismo, como já se convenceram aqueles que o estudam seriamente, e como todos o  reconhecerão ainda melhor mais tarde. O Espiritismo é encontrado por toda parte na Antiguidade e em todas as épocas da Humanidade. Por todo lado encontram-se seus traços: nos escritos, nas crenças e nos monumentos. Por isso, ele abre novos horizontes para o futuro e projeta luz intensa sobre  mistérios passados.
Como complementação de cada ensinamento, adicionamos algumas instruções selecionadas dentre as que foram ditadas por Espíritos em vários países e por diferentes médiuns. Se essas instruções viessem de uma única fonte, poderiam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto que a diversidade de origens prova que os Espíritos dão seus ensinos por toda a parte e que não há ninguém privilegiado nessa relação.[1]
Este livro é para uso de todos. Todos podem recorrer aos seus meios para conformar sua conduta com a moral de Cristo. Os espíritas também encontrarão as aplicações que lhes dizem respeito, mais especificamente. Graças às comunicações agora estabelecidas, permanentemente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica ensinada a todas as Nações pelos próprios Espíritos não mais será letra morta, porque todos irão entendê-la e serão incessantemente estimulados a colocá-la em prática pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espríritos são verdadeiramente as vozes do Céu, que vêm iluminar os homens e convidá-los à prática do Evangelho.









[1] Poderíamos, sem dúvida, ter dado mais comunicações sobre cada assunto do que as que citamos, numa infinidade de outras cidades e centros espíritas. Mas optamos por evitar a monotonia de repetições desnecessárias e limitar nossa escolha àqueles assuntos que, tanto pelo fundo quanto pela forma, se enquadram melhor ao plano deste livro, reservando para publicações posteriores os que aqui não puderam caber.  
Quanto aos médiuns, evitamos nomeá-los, na maioria dos casos, a seu pedido, e por julgar inapropriado fazer exceção nesse sentido. Além disso, os nomes dos médiuns não teriam acrescentado valor à obra dos Espíritos. Citá-los somente satisfaria o amor-próprio a que os médiuns realmente sérios não dão importância. Eles entendem que seu papel é puramente passivo, e o valor das comunicações não destaca seus méritos pessoais, além do que seria infantil se envaidecer por uma obra de inteligência na qual sua participação é simplesmente mecânica.



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