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sábado, 30 de setembro de 2023

O EVANGELHO POR EMMANUEL

Comentários às cartas de Paulo 



Destruição e miséria

 

Em seus caminhos há destruição e miséria.  Paulo (Romanos 3:16)

 

Quando o discípulo se distancia da confiança no Mestre e se esquiva à ação nas linhas do exemplo que o seu  divino apostolado nos legou, preferindo a senda vasta de infidelidade à própria consciência, cava, sem perceber, largos abismos de destruição e miséria por onde passa. Se cristaliza a mente na ociosidade, elimina o bom ânimo no coração dos trabalhadores que o cercam e estrangula as suas próprias oportunidades de servir.

Se desce ao  desfiladeiro da negação, destrói as esperanças tenras no

sentimento de quantos se abeiram da fé e tece vasta rede de sombras para si mesmo.

Se transfere a alma para a residência escura do vício, sufoca as virtudes nascentes nos companheiros de jornada e adquire débitos pesados para o futuro.

Se asila o desespero, apaga o tênue clarão da confiança na alma do próximo e chora inutilmente, sob a tormenta de lágrimas destrutivas. Se busca refúgio na casa fria da tristeza, asfixia o otimismo naqueles que o acompanham e perde a riqueza do tempo, em lamentações improfícuas.

A determinação divina para o aprendiz do Evangelho é seguir adiante, ajudando, compreendendo e servindo a todos.

Estacionar é imobilizar os outros e congelar­-se.

Revoltar­se é chicotear os irmãos e ferir­-se.

Fugir ao bem é desorientar os semelhantes e aniquilar­-se.

Desventurados aqueles que não seguem o Mestre que encontraram, porque conhecer Jesus Cristo em espírito e viver longe dele será espalhar a destruição, em torno de nossos passos, e conservar a miséria dentro de nós mesmos.

(Fonte viva. FEB Editora, cap. 27)

 

EM DIA COM O MACHADO 595:

Para uma vida familiar feliz (Jó)

 

 


    Em excelente artigo de cinco páginas da revista Reformador do mês de outubro de 2023, Wesley Caldeira trata sobre a obsessão no lar, título de seu texto. Esse autor começa dizendo que nossas experiências de evolução são mais bem apreciadas na convivência familiar, cujo planejamento é feito por nós, geralmente, ainda no mundo espiritual. É o que lemos nas obras da coleção ditada pelo Espírito André Luiz a Chico Xavier, intitulada pela Federação Espírita Brasileira de “A vida no mundo espiritual”, que se inicia com o livro Nosso Lar, cuja história já foi retratada em filme cinematográfico de grande beleza, e termina com a obra E a vida continua...

    Esse planejamento é supervisionado pelos espíritos amigos. Pode ter por objetivo, segundo Caldeira, “(re)construir vínculos afetivos ou fortalecê-los, por meio das ligações de aprendizado, trabalho e amor que o lar terrestre promove”.

    Quando Jesus se refere a si como causa futura de dissenções familiares, segundo Mateus, 10:36, certamente está-se referindo aos diferentes estados espirituais de cada membro da família. Caldeira lembra que, ao se referir aos que estão no mesmo lar, Jesus também abrange os desencarnados que exercem ali suas influências. Isso nos faz lembrar a questão d’O Livro dos Espíritos em que somos influenciados pelos espíritos todo o tempo.

    O “ressentimento”, lembra o articulista citado, é aproveitado pelos obsessores para levar a cizânia aos familiares em conflitos diversos, tanto espirituais quanto materiais. É a ofensa que não é esquecida. São as discórdias de opinião que levam aos melindres pelo orgulho ferido. É a infidelidade, causada por fraqueza moral. Tudo isso e muito mais é aproveitado pelas entidades obsessoras desencarnadas ou mesmo encarnadas, pois a obsessão pode dar-se de espírito sobre encarnado e também de encarnado sobre encarnado.

    Dos ressentimentos ao ódio vai apenas mais um passo. As contendas podem gerar o rancor e a raiva. Daí surgir o rompimento das relações. Explica Caldeira: “Ao invés do exame tranquilo da ocorrência, a ausência de qualidades morais melhores permite ao orgulho exaltar o instinto de predominância do mais forte”.

    O articulista prossegue informando sobre todos os defeitos pessoais explorados pelos inimigos invisíveis, cujo início ocorre pelo ressentimento. Na última página de seu artigo, esclarece: “Aprender a analisar a existência e a família à luz das Leis Divinas, notadamente a Lei de Reencarnação e a Lei do Progresso, facilita imensamente a tarefa da remoção do alicerce do orgulho”. Em seguida, diz que a lei básica para o socorro interno, que se contrapõe ao orgulho derivado do conhecimento como auxílio externo, é a Lei do Amor.

   Nesse sentido, o Espiritismo, explicando-nos de onde viemos, o que fazemos na Terra e o porquê de nossas provas e expiações, desde o meio familiar, dá-nos um sentido para tudo o que ocorre conosco e proporciona-nos a diretriz para a reconciliação com os que, no passado, foram nossos adversários. Esse é o roteiro para uma vida familiar feliz.

      Reflitamos nisso.


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

Comentários aos atos dos apóstolos 


Há muita diferença


E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. (Atos, 3:6) 

É justo recomendar muito cuidado aos que se interessam pelas vantagens da política humana, reportando-­se a Jesus e tentando explicar, pelo Evangelho, certos absurdos em matéria de teorias sociais.

Quase sempre, a lei humana se dirige ao governado, nesta fórmula: —  “O que tens me pertence.”

O Cristianismo, porém, pela boca inspirada de Pedro, assevera aos ouvidos do próximo: — “O que tenho, isso te dou.”

Já meditaste na grandeza do mundo, quando os homens estiverem resolvidos a dar do que possuem para o edifício da evolução universal?

Nos serviços da caridade comum, nas instituições de benemerência pública, raramente a criatura cede ao semelhante aquilo que lhe constitui propriedade intrínseca.

Para o serviço real do bem eterno, fiar­-se-­á alguém nas posses perecíveis da Terra, em caráter absoluto?

O homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os necessitados do seu caminho, entretanto, não fixará em si mesmo a luz e a alegria que nascem dessas dádivas, se as não realizou com o sentimento do amor, que, no fundo, é a sua riqueza imperecível e legítima.

Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior.

Não olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no esforço de salvação, porquanto quem espera pelo ouro ou  pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio.

(Pão nosso. FEB Editora, cap. 106)

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

 



O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

Comentários ao Evangelho Segundo João 

 

A exemplo do cristo

Ele bem sabia o que havia no homem (João, 2:25).


Sim, Jesus não ignorava o que existia no homem, mas nunca se deixou impressionar negativamente.

Sabia que a usura morava com Zaqueu, contudo, trouxe-­o da sovinice para a benemerência.

Não desconhecia que Madalena era possuída pelos gênios do mal, entretanto, renovou-­a para o amor puro.

Reconheceu  a vaidade intelectual de Nicodemos, mas deu-­lhe novas concepções da grandeza e da excelsitude da vida.

Identificou a fraqueza de Simão Pedro, todavia, pouco a pouco instala no coração do  discípulo a fortaleza espiritual que faria dele o  sustentáculo do Cristianismo nascente.

Vê as dúvidas de Tomé, sem o desamparar.

Conhece a sombra que habita em Judas, sem lhe negar o culto da afeição.

Jesus preocupou­-se, acima de tudo, em proporcionar a cada alma uma visão mais ampla da vida e em quinhoar  cada espírito com eficientes recursos de renovação para o bem.

Não condenes, pois, o próximo porque nele observes a inferioridade e a imperfeição.

A exemplo do Cristo, ajuda quanto possas.

O Amigo Divino sabe o que existe em nós... Ele não desconhece a nossa pesada e escura bagagem do pretérito, nas dificuldades do nosso presente, recheado de hesitações e de erros, mas nem por isso deixa de nos estender amorosamente as mãos.


(Fonte viva. FEB Editora, cap. 109)


quarta-feira, 27 de setembro de 2023

 


O EVANGELHO POR EMMANUEL 

 

Comentários ao Evangelho Segundo Lucas 

O trabalhador divino 

Ele tem a pá na sua mão; limpará a sua eira e ajuntará  o  trigo  no seu  celeiro, mas  queimará  a  palha  com  o fogo  que  nunca se apaga.” João Batista (Lucas, 3:17).

Apóstolos e seguidores do  Cristo, desde as organizações primitivas do movimento evangélico, designaram-no através de nomes diversos.

Jesus foi chamado o Mestre, o Pastor, o Messias, o Salvador, o Príncipe da Paz; todos esses títulos são justos e veneráveis; entretanto, não podemos esquecer, ao lado dessas evocações sublimes, aquela inesperada apresentação do Batista. O Precursor  designa­o por trabalhador  atento que tem a pá nas mãos, que limpará o chão duro e inculto, que recolherá o trigo na ocasião adequada e que purificará os detritos com a chama da justiça e do amor que nunca se apaga.

Interessante notar que João não apresenta o Senhor empunhando leis, cheio de ordenações e pergaminhos, nem se refere a Ele, de acordo com as velhas tradições judaicas, que aguardavam o Divino Mensageiro num carro de glórias magnificentes. Refere-se ao trabalhador abnegado e otimista. A pá rústica não descansa ao seu lado, mas permanece vigilante em suas mãos, e em seu espírito reina a esperança de limpar a terra que lhe foi confiada às salvadoras diretrizes.

Todos vós que viveis empenhados nos serviços terrestres, por uma era melhor, mantende aceso no coração o devotamento à causa do Evangelho do Cristo. Não nos cerceiem dificuldades ou ingratidões. Desdobremos nossas atividades sob o precioso estímulo da fé, porque conosco vai à frente, abençoando­nos a humilde cooperação, aquele Trabalhador divino que limpará a eira do mundo.

(Pão Nosso. FEB Editora, cap. 90)


terça-feira, 26 de setembro de 2023

 


O EVANGELHO POR EMMANUEL

Comentários ao Evangelho Segundo Marcos 

Doença e remédio

 

Jesus, ouvindo [isso], diz: Os sãos não têm necessidade de médico, mas os que estão doentes. Não vim chamar justos, mas pecadores (Marcos, 2:17).


     No trato com as chagas da ignorância, na esfera da Humanidade, quais sejam a incompreensão e a vingança, a crueldade e a rebeldia, anotemos a conduta da Misericórdia Divina, no quadro das doenças terrestres.

Porque alguém acusa os reflexos tóxicos dessa ou daquela enfermidade, não sofre condenação a permanente desajuste. Recebe a atenção da Ciência, que lhe examina as possibilidades de cura ou melhoria.

Porque o médico deve observar detritos corruptores, não lhe impele a saúde à perturbação e ao relaxamento. Dá-lhes luvas protetoras.

Porque processos infecciosos alteram a constituição celular nessa ou naquela parte da província corpórea, não sentencia a zona atacada a simples extirpação. Oferta-lhe recurso adequado para que elimine a infestação virulenta.

E grandes lesões comparecem na estrutura do carro físico, ameaçando-lhe a segurança, traça o plano necessário à intervenção cirúrgica, mas não deixa o doente a insular-se no desespero, estendendo-lhe à dor o amparo da anestesia.

Se moléstias epidêmicas surgem, insidiosas, distribui a vacinação que susta o contágio.

Vemos, assim, que a Lei De Deus não se conforma com o mal; ao contrário, opõe-lhe a cada instante o socorro do bem.

Dessa forma, se os agentes da lama se te infiltram no passo, exibindo-te aos olhos perigosas ações de discórdia e infortúnio naqueles que mais amas, não podes realmente acomodar-te aos golpes com que te impulsionam à imersão na maldade, mas podes esparzir a água viva do amor, auxiliando em silêncio as vítimas do desequilíbrio que tombam sem saber que se arrastam no lodo.

Usa, pois, cada hora, a compaixão sem termos e o perdão sem limites, porque o próprio Jesus, perante os nossos males, exclamou, complacente: “Em verdade, eu vim para curar os sãos”. 

(Reformador. FEB, maio 1960, p. 114. Canais da vida. Ed. Cultura Espírita União. Cap. 18 com pequenas alterações.)

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

 

 

 

 

 



O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

Comentários ao Evangelho Segundo Mateus (2.ª f. - 25/09/2023)

 

Auxílio eficiente 

E abrindo a sua boca os ensinava (Mateus, 5:2).

O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.

Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.

Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.

Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.

E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.

A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.

O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.

O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.

De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.

Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo. Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.

Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.

Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor. 

(Vinha de Luz, Ed. FEB, cap. 17).





 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

domingo, 24 de setembro de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 


Comentários às cartas universais e ao apocalipse (24/09/2023)

A respeito da humildade

Todo dom precioso e toda boa dádiva vêm do alto e descem do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação (Tiago, 1:17).


Afinal, que possuímos que não devemos a Deus?

A própria vida de que dispomos se reveste de tanta grandeza e de tanta complexidade, que só a loucura ou a ignorância não reconhecem a Divina Sabedoria em seus fundamentos.

Para a consideração disso, basta que o homem reflita no usufruto inegável de que se vale na mobilização dos bens que o felicitam no mundo.

O corpo que lhe serve de transitória moradia é uma doação dos Poderes Superiores, por intermédio do santuário genético das criaturas.

Os familiares se lhe erigem como sendo apoios de empréstimo.

A inteligência se lhe condiciona a determinados fatores de expressão. O ar que respira é patrimônio de todos.

As conquistas da ciência, sobre as quais baseia o progresso, são realizações corretas, mas provisórias, porquanto se ampliam consideravelmente, de século para século.

Os seus elementos de trabalho são alteráveis de tempo a tempo.

A saúde física é uma dádiva em regime de comodato.

A fortuna é um depósito a título precário.

A autoridade é uma delegação de competência, obviamente transferível.

Os amigos são mutáveis na troca incessante de posições, pela qual são frequentemente chamados a prestação de serviço, segundo os ditames que os princípios de aperfeiçoamento ou de evolução lhes indiquem.

Os próprios adversários, a quem devemos preciosos avisos, são substituídos periodicamente.

Os mais queridos objetos de uso pessoal passam de mão em mão.

***

Em qualquer plano ou condição de existência, estamos subordinados à lei da renovação. À vista disso, sempre que nos vejamos inclinados a envaidecer-nos por alguma coisa, recordemos que nos achamos inelutavelmente ligados à Vida de Deus que, a benefício de nossa própria vida, ainda hoje tudo pode rearticular, refundir, refazer ou modificar.

(Ceifa de luz. Editora FEB, cap. 17)

sábado, 23 de setembro de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL
 
 
Comentários às cartas de Paulo (sábado -23/09/2023)
 
Sepulcros abertos
 
A sua garganta é um sepulcro aberto - Paulo (Romanos, 3:13).
 
Reportando-se aos espíritos transviados da luz, asseverou Paulo que têm a garganta semelhante a sepulcro aberto e, nessa imagem, podemos emoldurar muitos companheiros, quando se afastam da Estrada Real do Evangelho para os trilhos escabrosos do personalismo delinquente.
Logo se instalam no império escuro do “eu”, olvidando as obrigações que nos situam no Reino Divino da Universalidade, transfigura-se-lhes a garganta em verdadeiro túmulo descerrado.      Deixam escapar todo o fel envenenado que lhes transborda do íntimo, à maneira dum vaso de lodo, e passam a sintonizar, exclusivamente, com os males que ainda apoquentam vizinhos, amigos e companheiros.
Enxergam apenas os defeitos, os pontos frágeis e as zonas en- fermiças das pessoas de boa-vontade que lhes partilham a marcha.
Tecem longos comentários no exame de úlceras alheias, ao invés de curá-las.
Eliminam precioso tempo em palestras compridas e ferinas, enegrecendo as intenções dos outros.
Sobrecarregam a imaginação de quadros deprimentes, nos domínios da suspeita e da intemperança mental.
Sobretudo, queixam-se de tudo e de todos.
Projetam emanações entorpecentes de má-fé, estendendo o desânimo e a desconfiança contra a prosperidade da santificação, por onde passam, crestando as flores da esperança e aniquilando os frutos imaturos da caridade.
Semelhantes aprendizes, profundamente desventurados pela conduta a que se acolhem, afiguram-se-nos, de fato, sepulcros abertos...
Exalam ruínas e tóxicos de morte.
Quando te desviares, pois, para o resvaladiço terreno das la- mentações e das acusações, quase sempre indébitas, reconsidera os teus passos espirituais e recorda que a nossa garganta deve ser consagrada ao bem, pois só assim se expressará, por ela, o verbo sublime do Senhor.
 
(Fonte viva. FEB Editora, cap. 51)

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

 EM DIA COM O MACHADO 594:
Setembro Amarelo (Jó)


Em 1994, em Westminster, no Colorado, EUA, um jovem de 17 anos chamado Mike Emme, muito habilidoso, dias após pintar de amarelo um automóvel Mustang 68, no mês de setembro, suicidou-se. No dia do seu velório, seus pais distribuíram cartões amarrados com fitas amarelas com frases de apoio a quem estivesse passando por problemas emocionais. Algum tempo depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs a fita amarela como símbolo da campanha de prevenção do suicídio e setembro passou a ser conhecido como Setembro Amarelo. Em especial, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) adotaram, em 2015, o Setembro Amarelo como símbolo do mês destinado às campanhas de prevenção ao suicídio. A campanha visa a reduzir o tabu sobre o assunto e o estigma nas famílias marcadas pelo suicídio. Além disso, são feitos esclarecimentos e disponibilizados tratamento para o público que esteja em situação de risco de vida, como é o caso das pessoas portadoras de distúrbios mentais e as viciadas em drogas, com sérios problemas sentimentais ou de saúde.


Tabu é o nome que se dá à proibição ou ao receio de falar sobre um assunto julgado como incentivo a alguém de prática do ato considerado violento e nocivo a si ou à sociedade. Estigma é a ferida emocional incurável, derivada do sentimento de culpa ou omissão por algo ruim acontecido.

Tendo conhecido, ao longo desta existência, diversos casos de suicídio e observado que algumas pessoas com tendência a esse desatino foram desestimuladas a atentarem contra a própria vida, com conversas fraternas à luz da revelação mediúnica, sempre me preocupei com o tema. Por esse motivo, ofereci à Federação Espírita Brasileira (FEB) a proposta de publicação da obra intitulada Suicídio e vida após a morte: amargura e remorso de poetas suicidas, que será lançada na sede da FEB em Brasília, na Av. L2 Norte, quadra 603, às 18 horas deste sábado, 23 de setembro, quando estarei presente para autografar as obras que forem compradas.



O livro também estará à venda pelo site da FEB: www.febnet.org.br, cujos direitos autorais foram cedidos a essa casa querida por nós. Todo o valor arrecadado com a venda da obra, como é comum ocorrer, será utilizado em benefício das atividades de assistência social material e espiritual dessa instituição centenária, cujo trabalho na difusão do Espiritismo vem consolando e socorrendo nosso próximo há 149 anos.

Quem não puder comparar o livro com desconto promocional nesse dia, poderá adquiri-lo acessando o site www.febnet.org.br.



     Também sobre a prevenção ao suicídio, recomendamos acesso aos seguintes serviços:

valorizaçãodavidafebnet.org.br;

febnet.org.br/portal/prefiro-viver;

febnet.org.br/portal/1919/07/17suicidio-nao/


Que Deus nos fortifique nas tarefas do Consolador prometido por Jesus, a quem rogamos paz e amor em benefício de toda a humanidade, cujo momento difícil será superado pela união de homens e mulheres de bem.

Finalizo estes comentários com a seguinte quadrinha ditada a Chico Xavier pelo Espírito de Cornélio Pires: 

Suicídio, não pense nisso

Nem mesmo por brincadeira...

Um ato desses resulta

Na dor de uma vida inteira.



O EVANGELHO POR EMMANUEL


Comentários aos atos dos apóstolos 


No estudo da salvação

 

E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se encontravam em salvação (Atos, 2:47).

 

A expressão fraseológica do texto varia por vezes, acentuando que o Senhor acrescentava à comunidade apostólica todos aqueles “que estavam se salvando” ou “que se iam salvar”.

De qualquer modo, porém, a notícia serve de base a importante estudo da salvação.

Muita gente acredita que salvar-se será livrar-se de todos os riscos, na conquista da suprema tranquilidade.

Entretanto, vemos o Cristo apartando as almas em processo de salvação para testemunho incessante no sacrifício.

Muitos daqueles que foram acrescentados ao serviço da Igreja nascente conheceram aflição e martírio, lapidação e morte. Designados por Jesus para a Obra Divina, não se forraram à dor. Mãos calejadas em duro trabalho, conheceram sarcasmos soezes e vigílias atrozes.

Encontraram no Excelso Amigo não apenas o benfeitor que lhes garantia a segurança, mas também o Mestre ativo que lhes oferecia a lição em troca do conhecimento e a luta como preço da paz.

É que salvar não será situar alguém na redoma da preguiça, à distância do suor na marcha evolutiva; tanto quanto triunfar não significa deserção do combate.

Consoante o ensinamento do próprio Cristo, que não isentou a si mesmo do selo infamante da cruz, salvar é, sobretudo, regenerar, instruir, educar e aperfeiçoar para a Vida Eterna. 

(Palavras de vida eterna. Ed. FEB; Ed. CEC, cap. 29. Reformador, fev. 1958, p. 27)



quinta-feira, 21 de setembro de 2023

 O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

 

 



Comentários ao Evangelho Segundo João (5.ª f.-21/09/2023)

 

Palavras de mãe


Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser (João, 2:5).


O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta da Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo.

Recebemos aí recordações amigas de Paulo, de João, de Pedro, de companheiros outros do Senhor, e que não poderemos esquecer. Temos igualmente, no Documento Sagrado, reminiscências de Maria. Examinemos suas preciosas palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor materno.

Geralmente, quando os filhos procuram a carinhosa intervenção de mãe é que se sentem órfãos de ânimo ou necessitados de alegria. Por isso mesmo, em todos os lugares do mundo, é comum observarmos filhos discutindo com os pais e chorando ante corações maternos. Interpretada com justiça por anjo tutelar do Cristianismo, às vezes é com imensas aflições que recorremos a Maria.

Em verdade, o versículo do apóstolo João não se refere a paisagens dolorosas. O episódio ocorre numa festa de bodas, mas podemos aproveitar-lhe a sublime expressão simbólica.

Também nós estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porquanto não se verificou até agora a perfeita união... Nesse grande concerto da ideia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgota-se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desiludidos... Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: “Fazei tudo quanto ele vos disser”.

O conselho é sábio e profundo e foi colocado no princípio dos trabalhos de salvação.

Escutando semelhante advertência de Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o Mestre nos disse.

(Caminho, verdade e vida. FEB Editora, cap. 171)

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

 


O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

Comentários ao Evangelho Segundo Lucas (4.ª f.-20/08/2023) 

Salários

E contentai-vos com o vosso soldo – João Batista (Lucas, 3:14).


A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e de bom senso.

Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum.

Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes.

Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos.

Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.

Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos.

Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranquilo.

Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta. Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso.

Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.

(Pão Nosso. FEB Editora, cap. 5)

terça-feira, 19 de setembro de 2023

 



O EVANGELHO POR EMMANUEL

 Comentários ao Evangelho Segundo Marcos (3.ª f.-19/09/2023)

 

Levantar e seguir

 

Passando adiante dali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me. Após levantar-se, ele o seguiu (Marcos, 2:14).

 

É interessante notar que, por todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem, houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.

André e Tiago deixam as redes para acompanhar o Salvador. Mateus levanta-se para segui-lo. Os paralíticos que retomam a saúde se erguem e andam. Lázaro atende-lhe ao chamamento e levanta-se do sepulcro. Em dolorosas peregrinações e profundos esforços da vontade, Paulo de Tarso procura seguir o Mestre Divino, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado às portas de Damasco. Numerosos discípulos do Evangelho, nos tempos apostólicos, acordaram de sua noite de ilusões terrestres, ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.

Isso constitui um acervo de lições muito claras ao espírito religioso dos últimos tempos.

A maioria dos cristãos vai adotando, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço. Muitos esperam pela visita pessoal de Jesus, no conforto das poltronas acolhedoras, outros fazem preces, por intermédio dos discos. Há os que desejam comprar a tranquilidade celeste com as espórtulas generosas, como também os que, sem nenhum trabalho em si próprios, aguardam intervenções sobrenaturais dos mensageiros do Cristo pelo bem-estar de sua vida.

Pergunta a ti mesmo se estás servindo a Jesus, ou apenas as normas do culto externo do teu modo de filiação ao Evangelho. Isso é muito importante, porque levantar e renovar-se ainda é o nosso lema.

 

(Reformador, revista mensal da Editora FEB, jan. 1942, p. 1)

  Propriedade Intelectual (Irmão Jó) Houve época em que produzir Obra de arte legal Era incerto garantir Direito intelectual.   Mas com tant...