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sábado, 9 de setembro de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 


Comentários às cartas de Paulo (sábado - 09/09//2023)

Que retribuirá a cada um segundo suas obras. (Romanos, 2:6.)

 

De acordo

 

A vida, exprimindo os desígnios do Criador, assumirá para contigo atitudes adequadas às atitudes que assumes para com ela.

Honra aos títulos que procuras honrar.

Tratamento correto à conduta correta.

Dignidade ao que dignificas.

Experiência na pauta de tua escolha.

Instrução no nível em que te colocas.

Confiança no grau de tua fé.

Distinção naquilo em que te distingues.

Respeito em tudo o que te faça respeitável.

Versão disso ou daquilo, conforme os teus desejos.

Clareza ao que alimpes.

Isso significa, igualmente, que seja qual for a posição em que te situes, tens a resposta da Vida na vida que procuras.

É assim que dor ou alegria, paz ou inquietação, merecimento ou desvalia, sombra ou luz, em nosso caminho, será sempre salário moral, de acordo com as nossas próprias obras.

(Reformador, set. 1961, p. 194. Palavras de vida eterna. FEB e CEC, cap. 101. Vereda de luz. Ed. GEEM)

 

As três escolhas 

O discípulo apresentou-se ao orientador cristão e indagou:

— Instrutor, em sua opinião, qual é a lei que englobaria em si todas as Leis de Deus?

O interpelado respondeu:

— A Lei do Bem.

— Entretanto – acrescentou o aprendiz – quem diz “lei” refere-se a clima de ação que todos devemos observar.

— Isto mesmo.

— Nesse caso, onde ficaria o livre-arbítrio?

O orientador meditou alguns momentos e considerou:

— O livre-arbítrio é concedido a todas as criaturas conscientes, porquanto, “a cada espírito será dado o que lhe cabe receber, conforme as próprias obras”. O Criador, porém, não é autor de violência. Por isso, até mesmo ante a Lei do Bem, a pessoa humana dispõe de três opções distintas. Poderemos segui-la, parar na senda evolutiva, de modo a não segui-la, ou afastarmo-nos dela pelos despenhadeiros do mal.

— Instrutor amigo, esclareça, por obséquio, a que resultados nos levam as três escolhas

referidas?

O mentor aclarou, com serenidade:

— Os que observam a Lei do Bem se encaminham para as Esferas Superiores; os que preferem descansar em caminho, por vezes se demoram muito tempo na inércia, retomando a marcha com muitas dificuldades para a readaptação às tarefas da jornada; e os que se distanciam voluntariamente, nos resvaladouros do desequilíbrio, muitas vezes, gastam séculos, presos nos princípios de causa e efeito, até que, um dia, deliberem aceitar a própria renovação... Compreendeu?

O aprendiz fez leve movimento afirmativo e começou a pensar.

(O essencial. Ed. Cultura Espírita União. Cap. As três escolhas)

 

Usar e abusar


Alguém já disse que Deus criou os homens, oferecendo-lhes as ferramentas com que possam construir, por si mesmos, os caminhos da própria evolução.

Esses recursos são aqueles de que todos dispomos, quando na Terra, a fim de realizar o nosso aperfeiçoamento individual e empreender a conquista de nossa própria felicidade.

Usar e não abusar de semelhantes concessões são as alavancas simbólicas que se nos fazem necessárias ao equilíbrio.

Recorramos aos ensinamentos vivos da Natureza.

O homem dispõe do arado para o amanho do solo, não para investir conta a existência dos outros. Conta com o auxílio da tesoura, a fim de cortar, construtivamente, não para ferir a quem quer que seja.

Ocorre o mesmo quanto ao corpo físico que nos serve no mundo por temporária moradia.

A criatura usufrui as energias mentais de modo a criar o bem, não para planejar o mal.

Possui o mecanismo da voz com o objetivo de falar educando e construído, não para suscitar a perturbação e o sofrimento nas sendas alheias.

Detém o prodígio dos olhos para ver e discernir, não a fim de vasculhar os detritos e amargores que, porventura, se mostrem na estrada de alguém.

Carrega o estômago por auxiliar da própria sustentação, não para recheá-lo com alimentos desnecessários, estabelecendo desequilíbrios no campo orgânico.

Todas as possibilidades da existência são concedidas ou emprestadas por Deus à pessoa humana, habilitando-a a promover a solução de suas próprias necessidades, mas não a armando para lesar os interesses e os sentimentos de pessoa nenhuma.

Em síntese. O Criador estabelece os meios de elevação, em auxílio a todos na aprendizagem da escola terrestre. Por isso mesmo, usar as concessões do Senhor ou abusar delas significa problema pertinente a cada um.

Escolhas são opções.

Decerto, por esse motivo, resumindo as leis do Universo que nos governam em toda parte, asseveram as informações de procedência divina que, nos caminhos da vida, “a cada um de nós será dado, conforme as nossas próprias obras”.

(Confia e segue. Ed. GEEM, cap. 11. Usar e abusar)

 

Pelas próprias obras


O mundo é oficina.

O corpo é ferramenta.

A existência é oportunidade.

O dever a executar é a missão a cumprir.

O pensamento escolhe.

A ação realiza.

O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar.

Eis porque, segundo as Leis que nos regem, “a cada um será dado pelas próprias obras”.

(Ação e caminho. Ed. Ideal, cap. 4 Pelas próprias obras)

 

 Deus e nós

 

            Deus nos garante a vida.

            Cabe a nós outros aperfeiçoá-la e engrandecê-la.

            Deus nos provê de inteligência.

            Respondemos pela formação da cultura.

            Deus nos ilumina com a razão.

            O discernimento corre por nossa conta.

            Deus nos alimenta através do amor.

            Obteremos sempre do amor o que fizermos com ele.

            Deus suscita as circunstâncias.

            De nós depende a escolha da ação para utilizá-las.

            Deus cria a possibilidade.

            O trabalho é obra nossa.

            Deus concede o dom de falar.

            A palavra nos diz respeito.

            Deus espalha recursos.

            Somos chamados a valorizá-los e desenvolvê-los.

            Deus sugere o bem.

            Está em nós o senso de concordância.

            Deus cria a semente.

            Temos o privilégio da plantação no cultivo do solo.

            Deus nos envia o melhor que somos capazes de receber.

            Aceitação ou rebeldia vertem de nós com os resultados atribuíveis a cada uma.

            Deus estabelece o pensamento livre.

            Detemos o poder de manejá-lo na pauta dos princípios de causa e efeito. 

            Em todos os lugares encontraremos a criatura associada ao Criador nas ocorrências da Criação.

            A Divina Providência e a Humana Cooperação surgem sempre juntas em todas as realizações da vida, isso porque de Deus vem a dádiva e do Homem dimana a aplicação. E já que a Justiça Perfeita nos acompanha e observa em todos os passos da jornada evolutiva a lei da responsabilidade funciona em todos os climas, determinado méritos ou necessidades de toda pessoa em particular e reduzindo todas as teorias de recompensa e punição ao sábio preceito evangélico: "A cada um segundo as suas obras".

 (Chico Xavier pede licença. Ed. GEEM, cap. 34)

 

 Prefácio (Esperança e luz)

 

            A esperança é o estímulo com que a Divina Providência marcou o crescimento e a elevação da vida.

            A luz do conhecimento é o poder da visão e da análise com que todas as criaturas estão dotadas da faculdade de discernir.

            A esperança é a força de compreender e de esperar.

            A luz aclara os caminhos que devemos percorrer, a fim de que nosso livre arbítrio possa agir com a responsabilidade de nossas escolhas.

            A própria Natureza nos proporciona lições na área de nossas afirmativas.

            A semente espera condições para germinar e oferece-nos a planta da espécie em que se configura; o embrião nascente espera crescer, aspirando a ser tronco; o tronco verde aguarda a formação das frondes que lhe proporcionará a posição da árvore que deseja ser; e a árvore adulta mobiliza as suas energias para produzir o fruto, que após nascido se desenvolve e amadurece, doando gratuitamente as possibilidades do plantio de outras árvores iguais a ela para o enriquecimento da Natureza.

***

            Em síntese tão simples, temos uma noção de vida da criatura humana perante o mundo que lhe serve de temporária moradia e diante do próprio Universo.

            Primeiramente o Espírito Humano se prende à vida fetal; nasce nas condições em que se encontra trazendo consigo as qualidades ou os defeitos que procurou adquirir nas existências passadas; no estágio da primeira infância, anseia crescer e senhorear um corpo que lhe forneça oportunidade de expressar-se; chegando à meninice, quer a posse da juventude; atingindo a mocidade, sonha expandir as próprias tendências felizes ou infelizes.

***

            Aproximando-se da maturidade, a criatura caminha sob os impulsos da esperança, encontrando sempre, diante de si, o conhecimento ou a luz do bem e do mal, com o ensejo de reconstituir-se nas disciplinas e ensinamentos do bem ou descambar para as complicações e despenhadeiros do mal.

***

            Entendemos, assim, facilmente que a personalidade humana vive sob o estímulo da esperança nas estradas do conhecimento que é a luz a desvendar-lhe o caminho,  aprendendo que, em verdade, conforme a promessa das Revelações Divinas: “A cada um será dado segundo as próprias obras”.

(Esperança e luz. Ed. Cultura Espírita União. Prefácio “Esperança e luz”)

 

 Anotações espíritas

De todas as mensagens que provavelmente aguardas do Além, nenhuma delas mais expressiva que a do Cristo no Evangelho: “ama e serve”.

O conhecimento superior é clarão que verte do Mais Alto para que te ilumines, clareando os caminhos por onde transites.

Amar sem exigir.

Compreender sem condenar.

Cultivar o otimismo, no entanto, não crer que a verdade se erija em vitórias fáceis.

Unge-te de confiança, contudo, sente raciocinando, para que não raciocines sem apoio no sentimento.

Indiscutivelmente o mal existe em forma de ignorância, no entanto, as vítimas do mal serão, um dia, recuperadas no Bem Eterno.

Em todas as circunstâncias, particularmente naquelas que se enunciem no desfavor de teus interesses, deixa que a caridade te inspire a benefício dos outros.

Pensa na própria imortalidade e, acima de quaisquer patrimônios, prefere sempre o da consciência tranquila

Não permitas que o dia se escoe, sem que atendas, pelo menos, a um ato de bondade ou a breve aquisição de algum conhecimento nobilitante.

Não levarás para o Mundo Espiritual nem as possibilidades materiais que usufruas e nem os títulos que te exornem o nome, mas, sim, a vida que levas, com todo o cortejo das imagens dignas ou menos dignas, felizes ou menos felizes que hajas criado. Por isso mesmo, no Além, antes de conviveres com os outros, viverás contigo mesmo, em plena observância da Lei: “a cada um por suas obras”.

Devotados Instrutores Espirituais não apenas te amam e te protegem, todavia esperam também por teu aperfeiçoamento, a fim de que lhes expresses no mundo a mensagem de cooperação e de amor.

Valoriza a tua permanência na Terra e, cumprindo retamente todos os deveres que as circunstâncias te designam, faze o bem que possas.

A vida eterna vibra em nós, agora.

Movimenta-se a Terra em plenos Céus.

Hoje, o grande momento.

Melhoremo-nos hoje e tudo ser-nos-á melhor amanhã.

 (No portal da luz. Ed. IDE, cap. 21)

 

Reações

 

Mediante a realidade de que daremos conta de nós próprios às Leis do Universo, importa reconhecer que os acontecimentos que nos sobrevenham não são para nós as coisas mais importantes da existência e sim as nossas reações diante delas.

Através das circunstâncias, a vida traça as lições de que carecemos. À vista disso, na sucessão dos dias sempre renovados, somos impelidos aos testemunhos de nosso aproveitamento dos valores recebidos na fase da encarnação.

Há quem recolha a saúde do corpo, dela fazendo trampolim para a aquisição de prejuízos do espírito, e há quem carregue enfermidades dolorosas no envoltório físico, transfigurando-as em instrumentos preciosos para o reajuste da alma. Vemos quem desfruta os benefícios de imensa fortuna material, cavando com eles a fossa de sofrimento a que se arrojam, e encontramos aqueles outros que se prendem a pesados laços de penúria, metamorfoseando-os em recursos de acesso à prosperidade.

Anotamos dessa maneira que, se existem reações individuais semelhantes, não as identificamos, em parte alguma, absolutamente análogas entre si.

Em face do problema, considera, de quando em quando, a própria estrada percorrida.

Que fazes dos sucessos e dos insucessos que te interessam a personalidade? Que realizas com o reconforto? Como ages à frente da colaboração dos amigos e da hostilidade dos inimigos? Em que transformas aquilo que és, o que tens, o que recebes, o que sabes e o que desfrutas?

Ponderemos quanto a isso, enquanto se nos garantem, dos Planos Superiores, as oportunidades da permanência na Terra, seja na condição de espíritos encarnados ou desencarnados, porque os supostos bens e males do mundo se expressam por material didático, sobre o qual apomos o selo de nossas réplicas, induzindo o mundo quanto ao que deva fazer por nós.

Afirma a Divina Escritura que “a cada um será dado por suas obras”, o que, no fundo, equivale a dizer-se que as reações dos homens perante a vida é que decidirão sobre o destino de cada um.

(Reformador, set. 1968, p. 206)

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