EM DIA COM O MACHADO
595:
Para uma vida
familiar feliz (Jó)
Em excelente artigo de cinco páginas da revista Reformador do mês de outubro de 2023, Wesley Caldeira trata sobre a obsessão no lar, título de seu texto. Esse autor começa dizendo que nossas experiências de evolução são mais bem apreciadas na convivência familiar, cujo planejamento é feito por nós, geralmente, ainda no mundo espiritual. É o que lemos nas obras da coleção ditada pelo Espírito André Luiz a Chico Xavier, intitulada pela Federação Espírita Brasileira de “A vida no mundo espiritual”, que se inicia com o livro Nosso Lar, cuja história já foi retratada em filme cinematográfico de grande beleza, e termina com a obra E a vida continua...
Esse planejamento é supervisionado pelos espíritos amigos. Pode ter por objetivo, segundo Caldeira, “(re)construir vínculos afetivos ou fortalecê-los, por meio das ligações de aprendizado, trabalho e amor que o lar terrestre promove”.
Quando Jesus se refere a si como causa futura
de dissenções familiares, segundo Mateus, 10:36, certamente está-se
referindo aos diferentes estados espirituais de cada membro da família.
Caldeira lembra que, ao se referir aos que estão no mesmo lar, Jesus também
abrange os desencarnados que exercem ali suas influências. Isso nos faz lembrar
a questão d’O Livro dos Espíritos em que somos influenciados pelos
espíritos todo o tempo.
O “ressentimento”, lembra o articulista
citado, é aproveitado pelos obsessores para levar a cizânia aos familiares em conflitos
diversos, tanto espirituais quanto materiais. É a ofensa que não é esquecida.
São as discórdias de opinião que levam aos melindres pelo orgulho ferido. É a
infidelidade, causada por fraqueza moral. Tudo isso e muito mais é aproveitado
pelas entidades obsessoras desencarnadas ou mesmo encarnadas, pois a obsessão
pode dar-se de espírito sobre encarnado e também de encarnado sobre encarnado.
Dos ressentimentos ao ódio vai apenas
mais um passo. As contendas podem gerar o rancor e a raiva. Daí surgir o
rompimento das relações. Explica Caldeira: “Ao invés do exame tranquilo da
ocorrência, a ausência de qualidades morais melhores permite ao orgulho exaltar
o instinto de predominância do mais forte”.
O articulista prossegue informando sobre todos os defeitos pessoais explorados pelos inimigos invisíveis, cujo início ocorre pelo ressentimento. Na última página de seu artigo, esclarece: “Aprender a analisar a existência e a família à luz das Leis Divinas, notadamente a Lei de Reencarnação e a Lei do Progresso, facilita imensamente a tarefa da remoção do alicerce do orgulho”. Em seguida, diz que a lei básica para o socorro interno, que se contrapõe ao orgulho derivado do conhecimento como auxílio externo, é a Lei do Amor.
Nesse sentido, o Espiritismo, explicando-nos de onde viemos, o que fazemos na Terra e o porquê de nossas provas e expiações, desde o meio familiar, dá-nos um sentido para tudo o que ocorre conosco e proporciona-nos a diretriz para a reconciliação com os que, no passado, foram nossos adversários. Esse é o roteiro para uma vida familiar feliz.
Reflitamos nisso.
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