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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017




Em dia com o Machado 252 (jlo)


— Joteli, vou contar-lhe uma história interessante. Há algum tempo, uma grande família real estava com um problema difícil de resolver. O rei, alegando problemas de saúde, abdicara em favor da rainha.
Um dia, descobriu-se que o ex-monarca possuía bens não declarados à Receita Federal, os quais sua imensa família considerava ilegais e, então, contratou-se um juiz para julgá-lo e encarcerá-lo.
— E qual foi o resultado da ação judicial familiar, meu caro Bruxo?
— Sobrou para a rainha, que tentou nomear seu companheiro como ministro da justiça e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Alegou-se que a monarca cometera uma farsa, a fim de que o marido obtivesse foro judicial privilegiado. A decisão da Corte Maior foi a seguinte: nem o ex-rei poderia ser ministro, nem a rainha deveria permanecer no cargo, embora esta mantivesse seus direitos políticos e patrimônio público, em virtude da interpretação do artigo constitucional ter sido confundida por uma vírgula...
— Mas não havia vírgula no artigo, ó grande guru!
— Se não havia, alguém a colocou lá, para confundir o presidente do Supremo... Depois disso, novo rei assumiu o poder e, como tinha um amigo muito influente ameaçado de ser preso, criou um ministério e o nomeou ministro.
— Já sei o que aconteceu, Machado, ele também foi impedido pelo STF de exercer o cargo, por estar sendo investigado por lavagem de dinheiro etc.
— Negativo, Joteli, retiraram a vírgula do texto constitucional, acrescentada ilegalmente, o que possibilitou sua nomeação. Mas vou aproveitar para contar-lhe o que levou esse político a tão elevado conceito. O atual monarca, que diminuíra o número de ministérios do governo, alegando desperdício do erário, viu exagero em sua própria conduta e, desse modo, criou o “Ministério da Agricultura”, para o qual nomeou o amigo...
— Vá lá, chefe, termine logo a história e acabe com minha ansiedade, uma vez que meu nutricionista me passou um regime à base de farináceos...
— Aconteceu que o amigo, agora ministro, vendia farinha, proveniente de sua grande fazenda, aos súditos do rei. Esse produto era comercializado em dois armazéns situados um à esquerda, outro à direita do Paço Imperial. No início, a maioria dos compradores pensava que o produto do armazém da direita fosse melhor que o da esquerda... Um dia, porém, os clientes perceberam que estavam sendo logrados, pois a farinha de ambos os armazéns era da mesma qualidade, embora tivesse preços diferentes. Por isso, o agora “ministro” fora processado, mas, como diz o ditado: “Aos amigos do rei, tudo...”, esse político virou ministro da Fazenda e continua fazendo das suas...
— Sabendo disso, não compro mais farinha provinda desse ministério, meu caro Bruxo, pois é tudo farinha do mesmo saco... Vou propor ao meu nutricionista mudança de regime...
— Não sei não, Joteli... atualmente, mudança de regime só será possível com a troca dos políticos atuais desta república de bananas.
— Agora entendi, Machado, o que você quis dizer em sua crônica de 5 de março de 1867: “[...] eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o Sol jamais alumiou...”
— Pois é, há exatos 150 anos. Mude seu regime, amigo; mude seu regime com urgência!




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017



Em dia com o Machado 251 (jlo)

Amigo leitor, hoje vou falar-lhe de um assunto pueril, mas nem por isso menos importante: a educação de nossas crianças. É preciso cuidado com a escolha da escola de seu(s) filho(s) neste tempo de transição por que passa o orbe terreno. 
Infelizmente, as ideias materialistas vêm tomando conta de nossas escolas e programas eletrônicos, quando estes não se valem da carência e ignorância popular para explorá-la financeiramente, vendendo um lugar no céu. Assim agem religiosos inescrupulosos, supostos representantes divinos, que desejam mesmo é o paraíso na Terra à custa das pessoas bem-intencionadas, mas mal-informadas.
Desde o século XIX, na defesa de suas teorias, os adeptos da existência única se esforçam em impor suas crenças nas escolas, a começar dos professores que aderem à negação de Deus e da imortalidade da alma humana. O materialismo não somente vem grassando entre acadêmicos. Muitos religiosos por conveniência aderem a essa negação da espiritualidade, embora um número cada vez maior de cientistas venha convencendo-se da realidade da alma e sua sobrevivência à decomposição da matéria corporal.
Os adeptos das filosofias niilistas e materialistas afirmam taxativamente que a moral religiosa está ultrapassada. Dizem que a instituição da família é bobagem e instigam os pais e responsáveis a educarem as crianças com base nas tendências inatas destas. Tudo isso, desde o nascimento do ser humano, quando este não faz a mínima distinção entre o bem e o mal, o certo e o errado.
Programas pornográficos são vistos facilmente em diversos canais de TV pelas crianças. Jogos violentos estimulam-nas à agressividade, sites e blogs aliciadores da mente infantil, com promessas de entretenimentos excitantes, são facilmente acessados por qualquer um. Cabe aos pais e responsáveis uma vigilância permanente, não somente no lar, mas nos programas oferecidos pelas escolas e outros ambientes em que sua criança esteja presente.
Contribuindo conosco para que essas nefastas doutrinas não contaminem a educação familiar e a estrutura social, o espírito Emmanuel esclarece-nos que “Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agasalhar corpinhos enregelados. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação” (In: XAVIER, F. C. Fonte viva. Brasília: FEB, 2005, cap. 157).

Esse sábio amigo de Allan Kardec alerta os pais de que não é suficiente assegurar à sua prole o bem-estar material, é preciso também garantir-lhe a saúde da alma. E esta, em todas as épocas da humanidade, não prescinde da educação espiritual. Continua Emmanuel:

A vadiagem na rua fabrica delinquentes que acabam situados no cárcere ou no hospício, mas o relaxamento espiritual no reduto doméstico gera demônios sociais de perversidade e loucura que, em muitas ocasiões, amparados pelo dinheiro ou pelos postos de evidência, atravessam largas faixas do século, espalhando miséria e sofrimento, sombra e ruína, com deplorável impunidade à frente da justiça terrestre (op. cit.).

            Se, como disse Machado, “A ocasião não faz o ladrão, só o revela; o ladrão já nasce feito”, a boa formação moral, desde o berço, no lar, até os bancos escolares, é fundamental para corrigir as más tendências da criança e formar um futuro bom cidadão. Por isso, prossegue o guia espiritual de Chico Xavier: “Não desprezes, pois, a criança, entregando-a aos impulsos de natureza animalizada” (id.).
            Em seguida, após lembrar-nos que a educação e reeducação é um processo que envolve todos nós ante a grandiosidade de Jesus Cristo, acrescenta a famosa frase atribuída a Jesus, quando tentado no deserto: “Nem só de pão vive o homem”.
            Para finalizar, deixa-nos impressa a derradeira frase de alerta em relação à educação infantil: “Lembremo-nos da nutrição espiritual dos meninos, através de nossas atitudes e exemplos, avisos e correções, em tempo oportuno, de vez que desamparar moralmente a criança, nas tarefas de hoje, será condená-la ao menosprezo de si mesma, nos serviços de que se responsabilizará amanhã” (id.).
            Os supostos “salvadores da pátria”, por ignorarem a lei de causa e efeito ou descrerem dela, como dizia Jesus dos antigos fariseus, não movem um dedo sequer para se desprenderem de seus bens materiais, que aumentam desenfreadamente, com base em seus atos corruptos. Entretanto, onde a educação falece e o roubo prospera, a miséria moral e material impera. Os adeptos do materialismo tentam iludir a sociedade com falácias supostamente benéficas a uma sociedade melhor, mas como não creem nem mesmo na realidade do próprio espírito, que atribuem a mera secreção cerebral, seus dias estão contados, haja vista que “os tempos estão chegados” e, como disse Jesus, aproxima-se a hora da separação das ovelhas e dos bodes.
            Preparemos nossas crianças para essa nova era, não permitindo que as doutrinas materialistas e niilistas prosperem em nossos lares e escolhendo cuidadosamente a escola sintonizada com os princípios da moral elevada na educação de nossos pequeninos. A existência na Terra é curta, mas o espírito eterno poderá avançar séculos, se ela for bem aproveitada ou, caso contrário, estacionar milênios. A todos os pais e responsáveis cabe esta elevada missão e tremenda responsabilidade: alimentar os corpos e as almas de suas crianças, com o que de melhor tiverem, mas sobretudo com seus bons exemplos.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017



Em dia com o Machado 250 (jlo)


— Amigo Machado, como diz o “filósofo” Roberto Carlos (RC): “só se vive uma vez”...
— Então não temos múltiplas vidas?...
— Não, meu caro Machado, nossa vida é única e eterna; mas necessitamos de diversas existências até que nos tornemos perfeitos. Por isso, disse o Espírito André Luiz: “Uma existência é um ato” (mensagem introdutória da obra Nosso lar).
— Explique melhor, meu caro Joteli...
— Vou explicar-lhe com a narrativa de diversas etapas de minha existência atual. Vamos lá:
Primeiro enredo: Rua Aymoré, na Penha, Rio de Janeiro. O menino de cinco anos, irmão de outros quatro, brincava inocentemente na sala de sua casa. O pai, sentado em cadeira, à direita do filho, na pequena sala com porta para o quintal minúsculo de seu modesto lar, conversa com a vizinha, sentada ao seu lado, que diz ao menino:
— Que menino bonito! Meu namorado!
Era eu... Abraça-me e beija-me as bochechas rosadas.
Essa cena repetia-se toda semana, até o dia em que minha família precisou mudar-se para próximo à igreja da Penha.
Segundo enredo: Última casa à esquerda de quem se dirige à ladeira da igreja da Penha por um dos morros que a antecedem. O futebol no campinho de terra cercado por matagal logo abaixo. As recomendações paternas para não brincarmos com os “moleques” do lugar. O nascimento dos nossos irmãos gêmeos, Jairo e Jaciel. Os bullyings. As brigas (e como brigávamos!)  sem exageros de violência com os “moleques” e também entre irmãos. A doença do pai e sua desencarnação aos 53 anos. O curso no Senai/Light. O jornaleiro. A interrupção dos estudos para servir ao Exército. Os cursos militares. O início da frequência à Mocidade Espírita Irmão Isaac, em Rocha Miranda. A indicação para “presidir” a mocidade sem conclusão de “mandato”. A transferência para a “distante” cidade de Salvador-BA. Lá vou eu...
Terceiro enredo: As atividades no 19º Batalhão de Caçadores em Salvador. As amizades do quartel. A frequência ao Centro Espírita Caminho da Redenção e à Juventude Espírita Nina Arueira. Os problemas com a saúde. A transferência para o 4º Batalhão de Engenharia e Construção em Barreiras, BA. A solidão. O descobrimento do Centro Espírita Joanna de Ângelis e as “memoráveis palestras” que fiz e ouvi ali. O primeiro “encontro” com a futura esposa. O casamento e o nascimento da filha primogênita, Fabiane. A transferência para Brasília.
Quarto enredo: Os primeiros anos em Brasília. As atividades na 6ª Companhia de Comunicações. Os cursos intensivos para concluir o ensino médio. A transferência para o Comando Militar do Planalto. O nascimento de Cristiane e Daniel, últimos filhos do casal. Os cursos. O início das atividades de magistério nos colégios Compacto (1,5 ano) e Projeção (seis meses) e, por fim, no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) durante 22 anos. A frequência à Federação Espírita Brasileira. O aprendizado e ensino nessa “universidade da alma” (mais aprendizado que ensino).
Quinto enredo: A aprovação em três concursos públicos. A baixa do Exército após 22 anos de serviços na organização militar. Dois anos de magistério pela Secretaria de Educação do Distrito Federal e meu pedido de exoneração... Os cursos superiores no UniCEUB (três) e na UnB (mais três). A demissão do UniCEUB após dois pedidos meus à nova coordenadora do curso de Língua Portuguesa. A aposentadoria. Os cursos de redação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Os netos. As atividades voluntárias. O blog, as palestras, as revisões, os artigos...
— Só isso, Joteli?
— Em linhas gerais...
Como diz o Espírito André Luiz: “Uma existência, um ato”. E eu completo: Entretanto, quantos enredos há nesse ato! Espero ainda não tê-lo terminado, pois creio ter iniciado o sexto enredo...
Leitor amigo, que minha gratidão se fixe nesta página e recolha sua tolerância e simpatia.
Reencontros e despedidas, esperanças e renovação, amor e trabalho, humildade e caridade são elementos de nossa realização espiritual de eterna evolução. Mas quantas existências necessitamos ainda até que nos tornemos perfeitos...
A vida é única, as existências são múltiplas, mas só temos um caminho: evoluir para a perfeição.









quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017



Em dia com o Machado 249 (jlo)

— Joteli, qual é o animal mais perigoso para o ser humano?
— Com certeza, são dois: em terra, é o cão raivoso; na água, é o tubarão. Nas praias de Recife, por exemplo, quase todo o ano há dois ou três casos de morte por esse peixe...
— Pois eu lhe digo, meu caro Joteli, que mesmo se somássemos as mortes mundiais provocadas pelos animais de grande porte, seja da água ou da terra, constataríamos que a soma de todas as suas vítimas, num ano, é menor do que a causada, num só dia, por um simples mosquito, milhares de vezes menor que nós. Veja, por exemplo, o caso do Aedes aegypti, cuja fêmea nos transmite três doenças que podem deformar o cérebro do recém-nascido ou nos matar: Zika vírus, Dengue hemorrágica e Chikungunya.
— Pois agora a ameaça é a volta da Febre amarela, que tem matado, neste ano, quase cem pessoas, além de milhares de macacos, nossos irmãos primatas... Atualmente, a contagem de humanos mortos por mosquitos, apenas citando os óbitos na terra mineira, está parecendo com o cômputo do aumento de arrecadação do imposto de renda no Brasil.
— Como assim?...
— Há um painel, no Setor Comercial Sul de Brasília, que muda sem parar, sempre para maior, o montante  da arrecadação de impostos que pagamos ao governo. Então, imaginei um painel parecido, com o aumento de óbitos por Febre amarela. Seria assim: 60, 61, 62, 63, 64...
Isso somente na Terra do Chico Xavier, o maior brasileiro de todos os tempos, segundo pesquisas feitas por canais de TV.
— Sim, é verdade, Jo; e ainda lhe digo mais, se o pernilongo fêmea transmissor dessa doença infectar o Aedes, adeus população brasileira. Vai morrer mais gente do que na Segunda Guerra Mundial.
— Isso demonstra que, na Natureza, o verdadeiro sexo forte, entre nós, é a fêmea. Insetos femininos sempre foram o terror dos primatas...
—Para você ver como são as coisas; quando o homem pensava ter erradicado a Febre amarela do Brasil, há quase cem anos, eis que ela ressurge com seu causador, tão voraz quanto antes...
— É por isso, Machado, que tenho minhas dúvidas em relação à teoria da geração espontânea. Já pensou se, “de repente, não mais que de repente”, como dizia Vinícius de Moraes, os dinossauros voltassem?
— Pois eu lhe garanto, Joteli, que mil deles causariam menos estragos do que os que estão para ocorrer, se houver uma proliferação do mosquito Haemagogus, o transmissor da Febre amarela, do meio rural para as cidades de todo o Brasil, quando a transmissão também passa a ser feita pela fêmea do Aedes aegypti.
— É por isso que eu acredito na geração espontânea, Bruxo. Esse inseto é um demagogo...
— Demagogo ou não, se você não se cuidar, logo estaremos nos cumprimentando do lado de cá, meu caro secretário.
— Pois então vou parodiá-lo, meu caro Bruxo, com meu poema intitulado Inseto

Um inseto, um miserável mosquito
Tem trazido pânico a tanta gente
Setenta anos após ter sido extinto,
E quem esteve são, agora jaz doente...

Mísera, quisera não ser eu homem,
Que dorme aqui na praça sem ter lume,
Enquanto os pernilongos me consomem.
Por que não nasci eu um vaga-lume?


— Vá treinando, Joteli, também fui mau poeta... adeus!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

APRENDENDO FRANCÊS COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra da 1ª edição francesa. 1. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013.
10ª AULA - 29 /01/2017
10 Si nous ne pouvons comprendre la nature intime de Dieu, pouvons-nous avoir une idée de quelques-unes de ses perfections ?
Oui, de quelques-unes. L’homme les comprend mieux à mesure qu’il s’élève au-dessus de la matière; il les entrevoit par la  pensée.
— Lorsque nous disons que Dieu est éternel, infini, immuable, immatériel, unique, tout-puissant, souverainement juste et bon, n’avons-nous pas une idée complète de ses attributs?
A votre point de vue, oui, parce que vous croyes tout embrasser; mais sachez bien qu’il est des choses audessus de l’intelligence de l’homme le plus intelligent, et pour lesquelles votre language, borné à vos idées et à vos sensations, n’a point d’expressions.
La raison vous dit en effet que Dieu doit avoir ces perfections au suprême degré, car s’il en avait une seule de moins, ou bien qui ne fût pas à un degré infini, il ne serait pas supérieur à tout, et par conséquent ne serait pas Dieu. Pour être au-dessus de toutes choses Dieu ne doit subir aucune vicissitude, et n’avoir aucune des imperfections que l’imagination peut concevoir.

La raison nous dit que Dieu est éternel, immuable, immatériel, unique, tout-puissant, souverainament juste et bon, et infini dans toutes ses perfections.
Dieu est éternel; s’il avait eu un commencement il serait sorti du néant, ou bien il aurait été créé lui-même par un être antérieur. C’est ainsi que de proche en proche nous remontons à l’infini et à l’eternité.
Il est immuable; s’il était sujet à des changements, les lois qui régissent l’univers n’auraient aucune stabilité.
Il est immatériel; c’est-à-dire que sa nature differe de tout ce que nous appelons matière, autrement il ne serait pas immuable, car il serait sujet aux transformations de la matière.
Il est unique ; s’il y avait plusieurs Dieux il n’y aurait ni unité de vues, ni unité de puissance dans l’ordonnance de l’univers.
Il est tout-puissant, parce qu’il est unique. S’il n’avait pas la souveraine puissance, il y aurait quelque chose de plus puisant ou d’aussi puissant que lui ; il n’eût pas fait toutes choses, et celles qu’il n’aurait pas faites seraient l’oeuvre dun autre Dieu.
Il est souverainement just et bon. La sagesse providentielle des lois divines se révèle dans les plus petites choses comme dans les plus grandes, et cette sagesse ne pemet de douter ni de sa justice, ni de sa bonté.
10 Se não podemos compreender a natureza íntima de Deus, podemos ter ideia de algumas de suas perfeições?
Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se extrapola a matéria. Ele as entrevê pelo pensamento. (12)
10a Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, não temos uma ideia completa de seus atributos? (13)
Do seu ponto de vista, sim, porque você crê abranger tudo. Mas fique sabendo que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente e para as quais a sua linguagem, limitada às suas ideias e sensações, não tem como expressar.
A razão, com efeito, diz-lhe que Deus deve possuir essas perfeições em grau supremo, porque, se tivesse uma só de menos, ou não a tivesse em grau infinito, não seria superior a tudo e, por conseguinte, não seria Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus não pode ficar sujeito a qualquer vicissitude, nem sofrer nenhuma das imperfeições que a imaginação conceba.

A razão diz-nos que Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente bom e justo; infinito em todas as perfeições.
Deus é eterno; se Ele tivesse tido um começo teria saído do nada, ou Ele teria sido criado por um ser anterior. Assim, passo a passo, remontamos ao infinito e à eternidade.
Ele é imutável; caso se sujeitasse a alterações, as leis que regem o Universo seriam instáveis.
É imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, caso contrário ele não seria imutável, pois estaria sujeito às transformações materiais.
Ele é único; se houvesse muitos deuses não haveria unidade de vistas, nem de poder na ordenação do Universo.
É onipotente, porque é único. Se Ele não tivesse  o poder supremo, haveria algo mais ou tão poderoso quanto Ele, que não teria feito todas as coisas; e aquelas que não fizesse seriam obras de outro Deus.
É soberanamente bom e justo. A sabedoria providencial das suas Leis revela-se nas  menores como nas maiores coisas; e essa sabedoria não permite que se duvide de sua justiça ou de sua bondade. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017


Em dia com o Machado 248 (jlo)

— Meu caro Machado, as pessoas estão preocupadas com a situação do Brasil. É desemprego, violência, economia no “buraco”, corrupção... não sei o que será de nós, amigo Bruxo...
— Espera um pouco, Joteli, vou evocar um dos elevados Espíritos para uma entrevista. Quem sabe ele não nos esclarecerá sobre estes tempos apocalípticos?
— E quem você pensa chamar, ó Mestre?
— Não me chames de Mestre, Mestre só Jesus o é...
— Seja... então responda-me, amado guru: quem descerá?
— Em verdade, já desceu... Apresento-lhe o Marechal Deodoro da Fonseca, que, gentilmente, aceitou meu convite para nos falar sobre o momento atual da Terra de Santa Cruz.
— Prazer, sou Joteli, secretário de Machado, o Bruxo...
— Já conheço seu chefe. Trocamos algumas farpas fraternas na transição da Monarquia à República.
— Fraternas é um eufemismo do caro Deodoro... Mas, polêmicas à parte, o que me diz o ilustre amigo sobre o futuro do Brasil?
— Machado, nosso país — e digo nosso porque ainda fazemos parte de seu território, no plano espiritual em que labutamos — está predestinado a, em futuro próximo, ser o centro de irradiação do Evangelho em toda a sua plenitude. Leia minha mensagem no capítulo 20 da obra psicografada por Di, intitulada Compromissos de amor, publicada pela editora LEAL em 2014.
— Ótima sugestão, mas, como ainda não a li, vou continuar questionando-o, meu caro Marechal de Ferro. É verdade que o amarelo de nossa bandeira republicana confirma a existência de enormes filões auríferos em terras tupiniquins?
— Certamente, Bruxo. Nesses montes brasileiros, escondem-se “tesouros inimagináveis”, que restaurarão a economia de nosso país e o tornarão uma das potências econômicas entre as grandes nações do Mundo.
— Mas... e a devastação atual de nossas terras e vegetações, e a depredação amazônica, motivada por ambições desmedidas de madeireiros inescrupulosos e governos corruptos, omissos? Esses vândalos não estão causando a derrocada de nosso patrimônio material?
— Bruxo, tu sabes tanto quanto eu que, apesar de toda a atual “conspiração”, em detrimento de nossos tesouros vegetais, minerais e animais, a Amazônia “permanecerá como o último pulmão da Terra, sustentando a sociedade que hoje se encontra sem rumo”.
— Também gostaria de fazer-lhe algumas perguntas, Excelentíssimo Sr. Marechal...
— Não me chames assim, Joteli. Deste lado, o último dos soldados pode estar mui acima de qualquer um de nós, que fizemos parte da história profana terrena. Todavia, em relação à tua proposta, podes fazer-me as perguntas que quiseres... responderei se puder, pois, como sabes, os Espíritos nem tudo podem responder e nem tudo sabem.
— Então, eis aqui a primeira pergunta: como resolver a inversão de valores morais que muitos políticos e pseudossábios, iludidos pelas concepções materialistas do mundo, impõem à sociedade atual?
— Tudo o que ocorre no Brasil também acontece no Mundo; entretanto, esses transgressores da Lei Divina morrerão e, em seu lugar, Espíritos de escol se encarregarão de restaurar os valores morais imperecíveis, instituídos por Deus para a paz de todas as nações. Em especial, restaurarão a missão da Pátria do Evangelho, que é e continuará a ser o nosso país.
— E os bilhões desviados para contas no exterior de todos esses incontáveis corruptos? Não causarão grandes prejuízos à nossa nação?
— Por certo, já estão causando enormes danos materiais; mas essas pessoas também morrerão, e seus lucros incontáveis ficarão para as “traças que roem e para os ladrões que roubam”. Leia o Evangelho... Tudo isso passará... o Sol da liberdade, nesse berço esplêndido, raiará para todos os que agora sofrem resignados. Trabalhemos e oremos, Ismael segue à nossa frente, e Jesus está no leme.
— Amigo Deodoro, como você disse, também eu estou aprendendo, do lado de cá, que ao Brasil está destinada a missão de fraternidade e de amor ao Mundo. E, se na vida física, fui conhecido pelas tiradas ferinas contra a Doutrina Espírita, agora me preparo para juntar minhas humildes forças no sentido de trabalhar pela libertação das consciências, o que já começa a ocorrer, quando os causadores de todos os sofrimentos da sociedade brasileira vêm respondendo, perante a justiça humana e divina por todo o mal que causaram.
— A vocês, nobres Espíritos Machado e Deodoro, o meu muito obrigado pelos elevados esclarecimentos. Para terminar, convoco as brasileiras e os brasileiros do bem para orarmos por esta “terra iluminada pela constelação do Cruzeiro do Sul”.


(Crônica baseada na obra de FRANCO, Divaldo Pereira. Compromissos de amor. Ditada por diversos espíritos. Salvador: LEAL, 2014, cap. 20.)

  Dia do Índio?  (Irmão Jó) Quando Cabral chegou neste país, quem dominava a terra eram tupis; Mas não havia autoridade aqui, predominava a ...