Em dia com o Machado 251 (jlo)
Amigo leitor,
hoje vou falar-lhe de um assunto pueril, mas nem por isso menos importante: a
educação de nossas crianças. É preciso cuidado com a escolha da escola de
seu(s) filho(s) neste tempo de transição por que
passa o orbe terreno.
Infelizmente, as
ideias materialistas vêm tomando conta de nossas escolas e programas
eletrônicos, quando estes não se valem da carência e ignorância popular para
explorá-la financeiramente, vendendo um lugar no céu. Assim agem religiosos
inescrupulosos, supostos representantes divinos, que desejam mesmo é o paraíso na
Terra à custa das pessoas bem-intencionadas, mas mal-informadas.
Desde o século
XIX, na defesa de suas teorias, os adeptos da existência única se esforçam em
impor suas crenças nas escolas, a começar dos professores que aderem à negação
de Deus e da imortalidade da alma humana. O materialismo não somente vem
grassando entre acadêmicos. Muitos religiosos por conveniência aderem a essa
negação da espiritualidade, embora um número cada vez maior de cientistas venha convencendo-se
da realidade da alma e sua sobrevivência à
decomposição da matéria corporal.
Os adeptos das
filosofias niilistas e materialistas afirmam taxativamente que a moral
religiosa está ultrapassada. Dizem que a instituição da família é bobagem e
instigam os pais e responsáveis a educarem as crianças com base nas tendências
inatas destas. Tudo isso, desde o nascimento do ser humano, quando este não
faz a mínima distinção entre o bem e o mal, o certo e
o errado.
Programas
pornográficos são vistos facilmente em diversos canais de TV pelas crianças.
Jogos violentos estimulam-nas à agressividade, sites e blogs aliciadores
da mente infantil, com promessas de entretenimentos excitantes, são facilmente
acessados por qualquer um. Cabe aos pais e responsáveis uma vigilância
permanente, não somente no lar, mas nos programas oferecidos pelas escolas e
outros ambientes em que sua criança esteja presente.
Contribuindo
conosco para que essas nefastas doutrinas não contaminem a educação familiar e
a estrutura social, o espírito Emmanuel esclarece-nos que “Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agasalhar
corpinhos enregelados. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito
renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação” (In: XAVIER, F. C. Fonte viva. Brasília: FEB, 2005, cap.
157).
Esse sábio amigo
de Allan Kardec alerta os pais de que não é suficiente assegurar à sua prole o
bem-estar material, é preciso também garantir-lhe a saúde da alma. E esta, em
todas as épocas da humanidade, não prescinde da educação espiritual. Continua
Emmanuel:
A vadiagem
na rua fabrica delinquentes que acabam situados no cárcere ou no hospício, mas
o relaxamento espiritual no reduto doméstico gera demônios sociais de
perversidade e loucura que, em muitas ocasiões, amparados pelo dinheiro ou
pelos postos de evidência, atravessam largas faixas do século, espalhando
miséria e sofrimento, sombra e ruína, com deplorável impunidade à frente da
justiça terrestre (op. cit.).
Se, como disse Machado, “A ocasião
não faz o ladrão, só o revela; o ladrão já nasce feito”, a boa formação moral,
desde o berço, no lar, até os bancos
escolares, é fundamental para corrigir as más
tendências da criança e formar um futuro bom cidadão. Por isso, prossegue o
guia espiritual de Chico Xavier: “Não desprezes, pois, a criança, entregando-a
aos impulsos de natureza animalizada” (id.).
Em seguida, após lembrar-nos que a educação e
reeducação é um processo que envolve todos nós ante a grandiosidade de Jesus
Cristo, acrescenta a famosa frase atribuída a Jesus, quando tentado no deserto:
“Nem só de pão vive o homem”.
Para finalizar, deixa-nos impressa a
derradeira frase de alerta em relação à educação infantil: “Lembremo-nos da nutrição
espiritual dos meninos, através de nossas atitudes e exemplos, avisos e
correções, em tempo oportuno, de vez que desamparar moralmente a criança, nas
tarefas de hoje, será condená-la ao menosprezo de si mesma, nos serviços de que
se responsabilizará amanhã” (id.).
Os supostos “salvadores da pátria”,
por ignorarem a lei de causa e efeito ou descrerem dela, como dizia Jesus dos
antigos fariseus, não movem um dedo sequer para se desprenderem de seus bens
materiais, que aumentam desenfreadamente, com base em seus atos corruptos.
Entretanto, onde a educação falece e o roubo prospera, a miséria moral e
material impera. Os adeptos do materialismo tentam iludir a sociedade com
falácias supostamente benéficas a uma sociedade melhor, mas como não creem nem
mesmo na realidade do próprio espírito, que atribuem a mera secreção cerebral,
seus dias estão contados, haja vista que “os tempos estão chegados” e, como
disse Jesus, aproxima-se a hora da separação das ovelhas e dos bodes.
Preparemos nossas crianças para essa
nova era, não permitindo que as doutrinas materialistas e niilistas prosperem
em nossos lares e escolhendo cuidadosamente a escola sintonizada com os
princípios da moral elevada na educação de nossos pequeninos. A existência na
Terra é curta, mas o espírito eterno poderá avançar séculos, se ela for bem
aproveitada ou,
caso contrário, estacionar milênios. A todos os pais
e responsáveis cabe esta elevada missão e tremenda responsabilidade: alimentar
os corpos e as almas de suas crianças, com o que de melhor tiverem, mas
sobretudo com seus bons exemplos.
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