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sexta-feira, 29 de abril de 2016


Em dia com o Machado 209 (jlo)

O tolo quer que tudo aconteça no seu tempo e do seu jeito, o sábio espera e confia no tempo e no jeito de Deus. Roger Stankewski.

Naquela República, cujo nome você, leitora amiga, já conhece, há um parlamentar que, em verdade, é “para lamentar”. Sua convicção manifesta em atos de contracultura é tão firme como uma geleia fora do copo.
Exemplificando: é a favor da livre manifestação sexual, mas tem como líderes guerrilheiros “homofóbicos”, que não titubeavam em fuzilar tais cidadãos.
É homossexual assumido, contrário aos preconceitos contra sua turma, mas manifesta verdadeiro ódio a um seu colega de parlamento por não ser como ele, ainda que este reconheça seu direito de aquele ser como é, mas não o de impor, aos que não pensam como ele, suas opções materialistas.
Em seus devaneios enfermiços, imagina que liberdade é sinônimo de libertinagem.
A grande aberração é que propõe, junto com os desequilibrados morais e éticos, como ele, que as próprias crianças, em tenra idade, já sejam “educadas” a decidirem até mesmo pelo sexo contrário ao que a natureza lhes deu, atentando contra sua incapacidade de opção nessa e em outras áreas do conhecimento. O que é um incentivo ao crime da pedofilia.
Na votação pró-impeachment, “não percebeu” que um dos deputados de esquerda, como ele, fez apologia a um dos maiores terroristas que este país conheceu, Carlos Lamarca, citado em minha crônica anterior; entretanto, entrou com pedido de cassação de outro deputado, seu adversário político, por ter manifestado apoio a um militar, já falecido, que, em cumprimento às ordens das Forças Armadas, participou da repressão à era de assaltos a bancos, sequestros de diplomatas, assassinatos de militares a sangue frio etc. É claro que os fins não justificam os meios e, se o então major Ustra cometeu excessos, que ele respondesse por isso, o que também não significa que os métodos dos guerrilheiros, como os já citados, fossem os de ternura e carinho para com os defensores da pátria, segundo as ideologias anticomunistas então vigentes.
O objetivo desses guerrilheiros era implantar, em sua pátria, pelo terrorismo, o comunismo, que vem sendo substituído pelo chamado socialismo de centro e outras denominações atuais, por não ter, o comunismo, dado certo nos países que o adotaram. Sua ideologia profana é a de impor tratamento igual a desiguais, o que, segundo o grande jurista Rui Barbosa, não dá certo, uma vez que tal desigualdade não deriva de injustiça divina e, sim, da meritocracia individual que transcende uma só existência física, como o comprova minha manifestação extracorpórea.
O que não se justifica, jamais, é a agressão verbal ou com pedras, paus, facas e tiros a todos aqueles que possuem opções diferentes das nossas. São nossos irmãos e, portanto, tão filhos de Deus como nós, a quem devemos amar e não discriminar, de forma alguma. Entretanto, a recíproca é verdadeira...
Não podemos ser coniventes com tentativas de impor opções sexuais e ideologias nefastas como panaceia para a nossa desorientada sociedade, vítima de um materialismo que tanto tem provocado, no mundo atual, frustrações, arrependimentos, suicídios e amarguras, em virtude do seu afastamento das Leis Universais Divinas de todos os tempos.
Por isso, sugiro ao amigo leitor que oremos pelo nosso irmão parlamentar:
Senhor, peço-Te compaixão por nosso irmão.
Que não pensa o que fala e entra em contradição.
Envaidece-se por se ver sábio entre sábios,
Mas não percebe a estupidez dos tolos lábios.
É dominado pelo corpo perecível,
Pois não reage ante seu jugo desprezível.
E, antes que o destempero lhe conduza as falas,
Que atenda ao Teu pedido: por que não te calas?

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Em dia com o Machado 208 (jlo)

Amiga leitora, embora os políticos deste país sejam muito criticados, neste dia memorável, a Câmara dos Deputados mostrou ser mui digna representante da vontade popular. Percebendo que o povo não aceita mais um governo corrupto, que cometeu os maiores escândalos de corrupção jamais havidos em um país democrata, deu uma resposta à altura ao pedido de “fora Dilma” e “fora PT” e outros partidos comunistas nefastos, que assolam a nação brasileira.
Na oportunidade, destaco algumas frases ouvidas por parlamentares pró e contra o impeachment da presidenta:
Pró-impeachment: “Pelos fundamentos do Cristianismo...”
Contra: “Contra o golpe...”
Pró: “Pelo fim da corrupção...”
Contra: “Não ao golpe...”
Pró: “Corrupção não combina com democracia...”
Contra: “Fascistas... golpistas...”
Pró: “Pela família brasileira, pela moral e pela educação de nossos filhos...”
Contra: “Por Carlos Lamarca...”
Aí foi demais, amigo leitor. Lamarca foi considerado o mais perigoso terrorista do país, morto em confronto armado com as forças de segurança no Centro-Oeste da Bahia, em 17 de setembro de 1971. Chegou ao posto de capitão do Exército, mas roubou 63 fuzis FAL do quartel, do qual desertou e foi expulso em 1970.
Como militante da Vanguarda Popular Revolucionária, praticou assaltos a bancos, sequestrou um embaixador suíço, assassinou um tenente da Polícia Militar e um sargento da Polícia do Exército.
Quando foi morto, estava descansando à sombra de uma árvore com outro revolucionário e, ao perceberem que soldados da força de segurança os descobriram, abriram fogo contra os militares.
Mandou mulher e dois filhos para Cuba, em 1970, e aqui ficou com a amante, Yara Yavelberg, que se suicidou, em Pituba, Salvador BA, cerca de um mês antes  dele morrer. Sua família, após viver em Cuba, até 1979, voltou para o Brasil.
Em 13 de junho de 2007, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu à mulher e dois filhos do terrorista, assassino, ladrão e adúltero uma pensão equivalente ao soldo de um general, além de trezentos mil reais de indenização.
É justo. Afinal, a pobrezinha e seus filhos passaram décadas de dificuldades financeiras, além de terem sido privados da companhia de seu heroico provedor familiar.
Pena que nem todas as famílias de facínoras brasileiros tenham a mesma sorte.
Voltemos à votação na Câmara dos Deputados.
Todos os deputados delegados de polícia, em torno de meia dúzia, além de todos os representantes religiosos, votaram pelo impeachment de nossa sofrida presidenta. Donde se conclui que não se pode brincar com os emissários da lei e de Deus.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a forma carinhosa dos parlamentares pró impeachment dirigirem-se, em cartaz, à representante máxima da nação:
— Tchau, querida!


segunda-feira, 11 de abril de 2016


Em dia com o Machado 207 (jlo)

Por que a influência dos maus frequentemente prevalece sobre a dos bons no mundo?
Pela fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes quiserem, prevalecerão (KARDEC, A. O livro dos espíritos, questão 632).

         Como patriota que sempre fui, filho desta terra que tanto amo, proponho a você, leitor amigo, ler atentamente minha opinião e sugestões a seguir, para que nossa pátria, tão amada e sofrida, acorde, levante-se do “berço esplêndido” em que jaz e dê o seu grito, não de “independência ou morte”, mas de “fora, corruptos, devolvam o que nos roubaram e sumam de nosso país”. Aqui não é lugar de bandidos no poder e, sim, de gente honesta, que quer trabalhar, constituir família e, sobretudo, viver com dignidade. Queremos uma pátria, educadora, de fato, e não que finge educar, quando, na realidade, deseduca. Queremos políticos honestos, que cooperem, de fato, com o desenvolvimento de nosso país. Queremos geração de empregos, estradas asfaltadas, saúde e segurança.
             Por fim, convido-a, leitora amiga, a ler e atender a esta nossa convocação, em forma poética:

Quando a política é irmã do crime
  
Na República Banana
Foi inaugurado um balcão:
Quem prometesse seu voto
Faturaria um milhão...

Foi o que o representante,
Quase ministro de Estado,
Alojado em “cinco estrelas”,
Prometia ao deputado...

Dizem à boca pequena
Que quem não comparecesse
À sessão do impedimento
Ainda que adoecesse...

Por certo receberia
Nem nada menos, nem mais
Que um certo auxílio doença:
Quatrocentos mil reais.

— Mas isso não fica assim...
Disse alguém da oposição.
Política não é troca,
Basta de corrupção!

Apelou-se à Justiça
E ao manifesto do povo
Que reclamou providências
Para um governo novo.

E como a Justiça é cega
Ouviu o grande clamor
Da multidão revoltada
Com tanta cena de horror...

Porém, o chefe da gang
Impôs a cleptocracia*
Depois deu uma banana:
À nossa democracia!

Só não contou com uma coisa,
No seu afã de vencer:
Na real democracia,
Só o povo tem poder.

Proponho um desafio
Ao meu  povo varonil:
Devolver essa banana
A esse crápula vil.

Pois é preciso coragem
Para dizer: — Chega! basta!
Livre-nos, Deus, por favor,
De toda essa podre casta.

Vamos todos para a rua
Dizer a tais maus ateus:
— Não queremos mais vocês,
O nosso povo é de Deus.

            Esta é a convocação que faço a todo cidadão e cidadã de bem: — Vamos às ruas, neste dia 17 de abril de 2016, e ali fiquemos, até que esse governo corrupto caia e os verdadeiros patriotas passem a representar os verdadeiros interesses desta nação, numa manifestação ordeira, mas firme.
        Exijamos a reformulação de nossa política, para que supostos “salvadores da pátria” não a dilapidem e possamos escolher somente representantes honestos. Valorizemos os juízes, pedagogos, policiais e políticos incorruptíveis e oremos a Deus para que nossa pátria retome o reconhecimento mundial como um país onde prevaleça a “ordem e o progresso”, lemas de nossa pátria.
     Exijamos mudanças no sistema eleitoral, para que os eleitos sejam realmente nossos representantes legítimos; para que nosso país retome o rumo do progresso e para que todos tenhamos orgulhos de dizer:  “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho!”
______

* cleptocracia: regime político-social em que práticas corruptas, especialmente com o dinheiro público, são implicitamente admitidas ou mesmo consagradas (Dic. Houaiss).

terça-feira, 5 de abril de 2016



Em dia com o Machado 206 (jlo)

Estamos em 4743... Leia atentamente esta crônica, leitora amiga, faça a adição da diferença de anos em relação à data citada no quarto parágrafo, de baixo para cima, e perceberá algo que, por ora, não lhe posso revelar. Sua inteligência o dirá...
Quem primeiro acertar as datas reais ganhará um poema inédito meu. É só informar seu endereço eletrônico (assinado: Machado).
Na República das Bananas, uma quadrilha apossou-se do governo de um presídio onde estava a maioria dos corruptos, assassinos e ladrões, com o pretexto de que iria instaurar, ali, não o comunismo, pois este já não dera certo na ex-URSS, mas um novo socialismo, em que ninguém mais do povo precisaria trabalhar, pois sempre haveria bananas para todos. Os companheiros da direção central (única) trabalhariam, ops, fariam seus cabos eleitorais, pelegos e outros iludidos trabalharem para “extrair”, das grandes instituições financeiras da nação, tudo o que pudessem.
Além disso, aproveitando a “dica” do governo demagógico anterior, criariam dúzias de benefícios para a pobre e miserável criminosa população do presídio. Os indignados ladrões e assassinos teriam direito a todos as benesses governamentais quando fossem presos: visitas diárias de seus amantes e companheiros, peladas em campos adredemente preparados para o futebol e, para quem não gostasse de jogar bola, a opção do vôlei, do basquete, do ping-pong, da sinuca, do carteado... Ainda mais, cada presidiário teria direito a uma cela de 80m² com banheiro, sauna, chuveiro de água quente, cama para casal, tv, fogão e geladeira. O detalhe é que os gastos com alimentos e bebidas, ficaria por conta de cada presidiário. Afinal, para que serviria tanto dinheiro roubado?
Um desses gatunos, amigo da diretora do presídio, sugeriu-lhe criar mais quinze ou vinte ministérios, além dos 25 já existentes, anexos ao presídio, e nomeá-lo ministro de um deles. Justamente o da “Defesa Civil”, ainda inexistente, pois considerou uma injustiça estar sendo investigado após ter sido substituído pela atual diretora na administração do presídio. O motivo? Recusa de um tríplex de 220m² que considerou muito pequeno para abrigar sua família: ele, mulher e dois filhos. Um deles, gênio das finanças, que fez de uma microempresa, cujo valor não ultrapassava B$ 60.000,00 (sessenta mil bananas), um império de mais de um bilhão de bananas, graças à ajuda despretensiosa de empresários beneficiados por seu pai, quando diretor do presídio, para não serem presos.
Desse modo, como ministro da defesa civil, o ex-diretor adquiriria imunidade ante os tribunais inferiores e somente a Alta Corte da República o poderia julgar.
Imediatamente, sua sucessora concedeu-lhe um “salvo conduto” a ser apresentado, caso uma juizinha desajuizada pretendesse levá-lo para trás das grades. Desmascarado por um grampo de telefone que, inadvertidamente, surpreendeu a mandatária do presídio em tratativa com ele, o ex-diretor, sujo nome (não é cujo, e sim sujo mesmo) é Lalau ficou temporariamente impedido de exercer o cargo.
Mas a diretora apelou, e o caso foi parar no STF.
Nesse meio-tempo, descobriu-se que a diretora pedalava sua bicicleta no horário de expediente, deixando todos os presos com total liberdade no presídio, para saírem, assaltarem bancos, matarem inimigos do Estado, etc. Foi o bastante para alguém propor também seu impedimento.
Porém, entretanto, todavia, contudo, para isso ocorrer, todos os seguranças da cadeia, em número de 504 (conforme último censo) deveriam votar favoravelmente ao impeachment da querida diretora (fichada injustamente pelo DOPS, órgão de repressão a guerrilheiros, bandidos e bandidas da nação em 4691, junto com seu companheiro Lalau).
Ora, amigo leitor, 70% de todos os atuais seguranças, menos os de um partido moderador, que pulou fora, como ratos em fuga de navio afundando, além dos oposicionistas, que sempre os há, mesmo nas piores ditaduras, disseram que votariam a favor da diretora se (Há sempre um “se” em cada história.) a mandatária do presídio lhes garantisse a ínfima quantia de 1,5 milhão em suas contas e a permanência no cargo. Isso sem o desconto de B$500.000 (quinhentas mil bananas), foi o que ficou bem claro, para que todos contribuíssem, com seu imposto único em prol da melhoria do presídio. Afinal, um milhão é um milhão, não é mesmo, caro leitor?
Havia outra opção: quem faltasse à votação receberia B$600.000,00 (seiscentas mil bananas) livres de impostos. Tudo isso foi combinado pessoalmente... Olha o grampo!
Acertado isso, durante a votação pelo impeachment da diretora, apenas meia dúzia de otários optou por ser contra sua presença no governo. A diretora saiu aclamada, seu ministro foi restabelecido no controle civil e a República continuou sendo a das Bananas.

Os cidadãos da República, porém, estavam atentos. E o pau quebrou...

  Quando o texto é escorreito (Irmão Jó)   Atento à escrita correta É o olho do revisor, Mas pôr tudo em linha certa É com o diagramador.   ...