Em dia com o
Machado 208 (jlo)
Amiga
leitora, embora os políticos deste país sejam muito criticados, neste dia
memorável, a Câmara dos Deputados mostrou ser mui digna representante da
vontade popular. Percebendo que o povo não aceita mais um governo corrupto, que
cometeu os maiores escândalos de corrupção jamais havidos em um país democrata,
deu uma resposta à altura ao pedido de “fora Dilma” e “fora PT” e outros
partidos comunistas nefastos, que assolam a nação brasileira.
Na
oportunidade, destaco algumas frases ouvidas por parlamentares pró e contra o impeachment da presidenta:
Pró-impeachment: “Pelos
fundamentos do Cristianismo...”
Contra:
“Contra o golpe...”
Pró:
“Pelo fim da corrupção...”
Contra:
“Não ao golpe...”
Pró:
“Corrupção não combina com democracia...”
Contra:
“Fascistas... golpistas...”
Pró:
“Pela família brasileira, pela moral e pela educação de nossos filhos...”
Contra:
“Por Carlos Lamarca...”
Aí
foi demais, amigo leitor. Lamarca foi considerado o mais perigoso terrorista do
país, morto em confronto armado com as forças de segurança no Centro-Oeste da
Bahia, em 17 de setembro de 1971. Chegou ao posto de capitão do Exército, mas
roubou 63 fuzis FAL do quartel, do qual desertou e foi expulso em 1970.
Como
militante da Vanguarda Popular
Revolucionária, praticou assaltos a bancos, sequestrou um embaixador suíço,
assassinou um tenente da Polícia Militar e um sargento da Polícia do Exército.
Quando
foi morto, estava descansando à sombra de uma árvore com outro revolucionário
e, ao perceberem que soldados da força de segurança os descobriram, abriram fogo
contra os militares.
Mandou
mulher e dois filhos para Cuba, em 1970, e aqui ficou com a amante, Yara
Yavelberg, que se suicidou, em Pituba, Salvador BA, cerca de um mês antes dele morrer. Sua família, após viver em Cuba,
até 1979, voltou para o Brasil.
Em
13 de junho de 2007, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu à
mulher e dois filhos do terrorista, assassino, ladrão e adúltero uma pensão
equivalente ao soldo de um general, além de trezentos mil reais de indenização.
É
justo. Afinal, a pobrezinha e seus filhos passaram décadas de dificuldades
financeiras, além de terem sido privados da companhia de seu heroico provedor
familiar.
Pena
que nem todas as famílias de facínoras brasileiros tenham a mesma sorte.
Voltemos
à votação na Câmara dos Deputados.
Todos
os deputados delegados de polícia, em torno de meia dúzia, além de todos os representantes
religiosos, votaram pelo impeachment de
nossa sofrida presidenta. Donde se conclui que não se pode brincar com os emissários
da lei e de Deus.
Outra
coisa que me chamou a atenção foi a forma carinhosa dos parlamentares pró impeachment dirigirem-se, em cartaz, à
representante máxima da nação:
—
Tchau, querida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário