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sábado, 29 de agosto de 2020



Tempo de esquecer (J.L.O.)













Chegará o tempo em que as horas serão vazias,
Tempo vazio em que nada mais nos importa,
Tudo acabado! Não há mais noites, nem dias...
De que nos servirá nossas lindas mansões,

Riqueza, juventude, beleza e dinheiro...
Esse tempo será o de ouvirmos a voz
Que sempre afastamos para longe de nós:
— Meu filho, a hora é agora, seu tempo acabou...

Esqueça o sonho vão que na Terra deixou,
Agora é tempo de retorno à vida etérea
Nosso bom Deus está orando com você.

Mas nós só ouviremos, transtornados, mudos,
Ainda agrilhoados à dura matéria:
— Por enquanto é tempo de esquecer... de esquecer...

Brasília, DF, 28 de agosto de 2020.






Pascal
Sens, 1862

Se os homens se amassem com amor mútuo, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vocês se esforçassem no sentido de se livrarem dessa couraça que envolve seus corações, a fim de se tornarem mais sensíveis aos que sofrem.
A rigidez mata os bons sentimentos. O Cristo não se esquivava; aqueles que o procuravam, quem quer que fossem, não eram repelidos: tanto a mulher adúltera quanto o criminoso eram socorridos por Ele, que jamais temeu prejudicar sua própria reputação. Quando, pois, vocês o tomarão por modelo de todas as suas ações?
Se a caridade reinasse na Terra, o mau não imperaria nela, mas fugiria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrem-se bem disso.
Comecem por dar o exemplo vocês mesmos. Sejam caridosos para com todos, indistintamente. Esforcem-se para não atentar nos que os olham com desdém e deixem Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.
O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem a caridade não haverá descanso na sociedade humana. Digo mais, não haverá segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições serão pisoteadas, em que nem mesmo os sagrados laços de família serão respeitados.

Tradução livre do prof. dr. Jorge Leite de Oliveira


quinta-feira, 27 de agosto de 2020


COM VIDA... PARA SEMPRE!
Apesar da vida humana não ter preço, agimos sempre como se...

            Quando os saduceus interrogaram Jesus sobre com quem ficaria a mulher, na  ressurreição dos sete irmãos que faleceram, e, um a um, desposaram a viúva que não lhes dera filho, segundo a tradição mosaica, que afirmava que, se o marido falecesse sem deixar descendência, seu irmão desposaria a viúva,  o Mestre respondeu-lhes o seguinte:

Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, mas os que forem julgados dignos de ter parte no outro mundo e na ressurreição dos mortos não tomam nem mulher nem marido; como também não podem morrer [...]. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos; todos com efeito vivem para Ele (Lucas, 20:34-36,38).

            Pela resposta de Jesus, que antes citou Abraão, Isaac e Jacó como Espíritos imortais, que "vivem" para Deus, assim como todos nós, podemos deduzir que ninguém morre. Apenas passamos da vida física para a espiritual e vice-versa, no fenômeno da reencarnação, que muitos judeus confundiam com a ressurreição. A Torá (cinco primeiros livros da Bíblia) é passível de interpretações diversas. Segundo muitos judeus, podemos interpretar alguns dos seus versículos como  revelações sobre a realidade da reencarnação.
Mesmo assim, a ignorância a esse respeito ainda induz diversas pessoas a desconhecerem a lógica reencarnacionista como instrumento divino a proporcionar, de acordo com as palavras de Jesus: "A cada um segundo suas obras" (Mateus, 16:27). Ainda bem que Deus não se apressa com nada em sua Criação. Como o bom fazendeiro que semeia, aduba e aguarda o tempo da colheita, Deus, nosso bom Pai espera, pacientemente, o amadurecimento de cada filho, para que este, bem esclarecido, substitua as coisas pueris pelo trabalho que o realize material e espiritualmente.
No mundo físico, nem todos já estão preparados para viver de acordo com o entendimento que os Espíritos, sob a direção do Cristo, vêm revelando-nos; em especial, a partir da segunda metade do século XIX, principalmente a partir de 18 de abril de 1857, quando Allan Kardec publicou O livro dos espíritos. Entretanto, como veremos a seguir, já é possível calcular que há no mundo em torno de 2,5 vezes mais pessoas que creem na reencarnação do que as que nela não creem.
            O Judaísmo possui dois sistemas doutrinários: o esotérico, dos rabinos e demais estudiosos da Torá, que é o pentateuco moisaico (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), além da Cabala, que admite a reencarnação; e o exotérico, baseado  principalmente na Torá, dos judeus em geral, que podem ou não conhecer a Cabala, para os quais o tema é controverso.
            Essas doutrinas remontam a 3.700 anos a.C., apenas para os judeus. Outras religiões milenares já admitiam a reencarnação (transmigração da alma em novos corpos), como o Budismo Hinduísmo, o Taoísmo, o Confucionismo, o Bramanismo, o Jainismo etc., segundo Chaves (2006). Também de acordo com esse pesquisador, são reencarnacionistas outras religiões e filosofias, como o Islamismo esotérico (Surate II, 26 e Surate XVII, 52 do Alcorão),  e ainda:

[...] Igreja Católica Liberal (parte da Igreja Católica Apostólica Romana que não aceitou o Dogma da Infalibilidade do Papa, promulgado pelo Concílio Ecumênico Vaticano I, em 1870), Esoterismo, Eubiose, Seicho-No-Ie, Ocultismo, Catolicismo Liberal (não subordinado à orientação dogmática das autoridades da Igreja. Por exemplo, a grande percentagem de católicos reencarnacionistas), Gnose, Igreja Unida do Canadá, Protestantismo Liberal, Espiritualismo independente de religiões, Maçonaria (a maior parte dos maçons crê na reencarnação), Sufismo, Mahaísmo, Zen-Budismo, Magos, Espiritismo, Legião da Boa Vontade, Xamantismo, Candomblé, Umbanda, Quimbanda, Culturas religiosas indígenas dos cinco continentes, Teosofia, Brahma Kumaris, Igreja Messiânica, Hare Krisna, Martinismo, Rosa-Cruz, Templários, Santo Daime, União Vegetal, Cristianismo Cigano, Caodaísmo etc.[1]

Ainda segundo Chaves, há vinte anos,
A Igreja Protestante Anglicana, da Inglaterra, encomendou à Universidade de Oxford, uma pesquisa sobre a reencarnação. O levantamento foi feito em 212 países, por 500 pesquisadores. O resultado foi, com base no ano de 2000, que dos 6.260.000.000 (seis bilhões, duzentos e sessenta milhões) de habitantes da Terra, mas de 4.000.000.000 (quatro bilhões) de pessoas acreditavam na Doutrina da Reencarnação, ou seja, cerca de dois terços da população da Terra (Word Christian Enciclopaedia da Igreja Anglicana, da Inglaterra, e Time-Life, nº 18.[2]

            Em A gênese, Allan Kardec explica-nos que o ambiente da Terra possui duas populações: a espiritual e a dos encarnados, que "[...] deságuam incessantemente uma na outra".[3] Em seguida, diz que

Devem-se [...] considerar os flagelos destruidores e os cataclismas como ocasiões de chegadas e partidas coletivas, meios providenciais de renovamento da população corporal do globo, de ela se retemperar pela introdução de novos elementos espirituais mais depurados. É verdade que há destruição de grande número de corpos nessas catástrofes isso, contudo, não passa de vestimentas que se rasgam, já que nenhum Espírito perece; eles apenas mudam de planos [...].[4]

            Em seguida, o Codificador do Espiritismo explica-nos que esses "flagelos destruidores" proporcionam mais rápido progresso social:
É de notar-se que todas as grandes calamidades que diziam as populações são sempre seguidas de uma era de progresso de ordem física, intelectual ou moral e, por conseguinte, no estado social das nações nas quais elas ocorrem. É que têm por fim operar uma transformação da população espiritual, que é a população normal do globo.[5]

            Algumas pessoas que não acreditam na reencarnação, quando não têm mais argumentos para refutar essa crença e, mais do que crença, realidade comprovada por pesquisas científicas, argumentam que, se todos reencarnamos e, portanto, são sempre as mesmas pessoas que retornam aos corpos físicos, como explicar o aumento populacional da Terra? Quem assim reflete, mostra total desconhecimento das obras básicas do Espiritismo, em especial do que Kardec nos explica em A gênese. Nos itens 37 a 49 do capítulo 11 dessa obra, ele esclarece-nos sobre a transmigração dos Espíritos entre os diferentes mundos. Grande parte da população terrena atual proveio de outra esfera, outra quantidade de seres mais adiantados partiram para mundos mais evoluídos, assim como outros são degredados para mundos primitivos, em virtude de sua insistência no mal.
            O Espírito, porém, não regride em suas conquistas espirituais. As condições de cada existência é que variam, conforme este utilize seu livre-arbítrio para o bem ou para o mal. Mesmo sendo degredados para mundos inferiores, esses Espíritos auxiliarão as sociedades ali existentes com sua aquisição intelectual herdada no mundo de onde foram expulsos, até que, pelo trabalho e pelo sofrimento, mas também pela recompensa aos seus esforços no bem, eles possam ascender a planos mais elevados e mundos mais evoluídos.
            As calamidades ocorridas na Terra existem em todos os séculos. Já tivemos a gripe espanhola (H1N1), de 1918 a 1919, que, segundo se calcula, exterminou cerca de cinquenta a cem milhões de pessoas; a gripe asiática (H2N2), de 1957 a 1958, matou cerca de dois milhões de infectados, a gripe de Hong Kong (H3N2), de 1868 a 1869 provocou a morte de aproximadamente três milhões de pessoas[6]. Tudo isso sem citar as desencarnações por Aids, que até hoje mata muitas pessoas, a peste bubônica, que teria exterminado cerca de um terço da Europa, desde seu início, em 1343 até 1353 e, nos séculos seguintes, a malária, que ainda se calcula que mate três milhões de pessoas todo ano, cerca de um milhão somente de crianças. Ocorrem, ainda, os terremotos e outros cataclismos, como  o tsunami, que devastou parte da população asiática.
            Agora, o Covid-19 vem causando a desencarnação maciça, principalmente, de idosos e demais portadores de doenças pulmonares, hipertensão, diabetes e outras enfermidades que afetam seu sistema imunológico. A Lei Divina, entretanto, beneficia- nos com a eternidade. A finalidade da encarnação, conforme lemos na questão 132 d'O livro dos espíritos, além de ser a de nos tornar perfeitos, também objetiva "[...] pôr o Espírito em condições de cumprir sua parte na obra da Criação". Não foi sem outra razão que Jesus nos incentivou: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mateus, 5:48).[7]
            Estamos vivendo a era de transição planetária, o que não significa que ela vá ocorrer bruscamente, mas, pelo que vimos acima, de tempos em tempos, ocorrem esses cataclismos e epidemias que dizimam grande parte da população mundial. Diz Frigéri que essa mudança para um novo ciclo ocorrerá com "turbulências de percurso", porém "[...] nada que coloque em xeque a sobrevivência da Humanidade ou do planeta Terra como um todo, como às vezes mal-agouram os catastrofistas de plantão".[8]
            Na questão número 85 de O livro dos espíritos, quando pergunta sobre qual dos mundos é "o principal na ordem das coisas", se é o "mundo espiritual ou o mundo corpóreo", Kardec é informado de que o principal é "O mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo".[9] Em seguida, é confirmado que os mundos corpóreo e espiritual interagem incessantemente, mas o que preexiste é o mundo espiritual (op. cit., q. 86). Não devemos, portanto, ter medo da morte. Ela não existe, pois somos essência divina, filhos de Deus, que, conforme Jesus esclarece à samaritana, "é Espirito", pelo que o devemos adorar "em espírito e em verdade".[10]
            É importante, entretanto, que estejamos atentos às profecias milenares e dos tempos atuais, que Frigéri elenca em sua obra, como as dos Salmos, as de Isaías, Jeremias, Ezequiel, Joel, Zacarias, Jesus, Paulo, Pedro, Pietro Ubaldi e dos Espíritos, como André Luiz, Humberto de Campos e Emmanuel. Este último lembra os alertas de Jesus, na obra intitulada Há dois mil anos, psicografada por Chico Xavier:

[...] Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo aproveitamento e, quando as instituições terrestres reajustarem a sua vida na fraternidade e no bem, na paz e na justiça, depois da seleção natural dos Espíritos e dentro das convulsões renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos do homem espiritual.[11]

            Somos imortais. E fomos criados para a vida eterna. Entretanto, se o mundo alcançou culminâncias jamais vistas antes nas ciências, nas comunicações e na economia, o que é normal, pois o progresso intelectual surge antes do moral; agora é preciso que o ser humano atente para o que vem sendo avisado antes mesmo da presença de Jesus na Terra. Nossa rebeldia ao desprezar o espírito e cultuar a matéria, durante uma existência tão efêmera, que pode se extinguir de uma hora para outra, periodicamente recebe avisos provenientes da própria matéria que cultuamos como se fora nosso deus e relegamos nosso verdadeiro Deus a segundo plano. São as catástrofes, as epidemias e as pandemias.
            Frigéri lembra-nos ainda as palavras de Jesus, que colhemos do próprio Evangelho de Lucas, com acréscimo do versículo seguinte: "E olhai por vós para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra.[12]
É o que, mais uma vez, está acontecendo na Terra. Cabe a nós acatar o novo aviso, embora sem pânico e com responsabilidade, para que não venhamos a sofrer amargamente, quer estejamos encarnados ou venhamos a ser chamados à vida espiritual, que preexiste a esta, para darmos conta de nossa administração. Haja vista que esse é também nosso papel perante o Criador, nosso Pai, Senhor do Universo, e também como irmãos do Cristo, "Caminho, Verdade e Vida"... Com vida... Para sempre!                    



[1] CHAVES, José Reis. A reencarnação na bíblia e na ciência. 7. ed. rev. São Paulo: Bezerra de Menezes, 2006. p. 171- 173.
[2] Id., ibid.
[3] KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília, FEB: 2013, cap. X, p. 190.
[4] Id., p. 191.
[5] Id., loc. cit.
[6] BIERNATH, André. Gripe: quais foram as maiores epidemias da história. Disponível em: www.saude. abril.com.br/medicina/gripe-quais-foram-as-maiores-epidemias-da-historia. Acesso em 20/3/2020.
[7] BÍBLIA Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. 4. ed. rev. e corr. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.
[8] FRIGÉRI, Mário. As sete esferas da Terra. 4. ed. rev. e ampl. 2. imp. Brasília: FEB, 2017. Cap. 11, p. 73. cap. 11 O fim do mundo?
[9] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2017. q. 85, p. 85.
[10] BÍBLIA Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. 4. ed. rev. e corr. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. João, 4:24.
[11] XAVIER, F. C. Há dois mil anos. Pelo Espírito Emmanuel. p. 353-355. Apud FRIGÉRI, Mário. As sete esferas da Terra. 4. ed. rev. e ampl. 2. imp. Brasília: FEB, 2017. p. 84.
[12] BÍBLIA Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. 4. ed. rev. e corr. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.Lucas, 21:34-35.



terça-feira, 25 de agosto de 2020


EM DIA COM O MACHADO 433:
muitas vidas e eterno aprendizado

 
            Bom dia!

Gostaria de refletir um pouco sobre o que dizem alguns estudiosos estrangeiros contemporâneos que, ao longo de muitos anos de estudo e pesquisa, constataram a realidade da sobrevivência do espírito após a morte e seu retorno em novos corpos para a ascensão (quase) infinita rumo à perfeição.
Hoje, começo com o dr. Brian Weiss que, entre outras obras sobre a imortalidade do Espírito, publicou: Muitas Vidas, Muitos Mestres. No Brasil, a obra foi editada pela Sextante.
Weiss tornou-se doutor em medicina em 1970, em Yale, EUA, depois, professor e diretor na área de psiquiatria. O caso que inicia narrando ocorreu com sua paciente chamada Catherine, na época (1980), com 27 anos, que chegou ao seu consultório aterrorizada e deprimida.
Após 18 meses de acompanhamento de sua paciente, sem resultados pelos métodos tradicionais, Brian tentou a hipnose.
Foi quando sua paciente passou, para assombro dele, a relatar-lhe acontecimentos de vidas passadas. Essas ocorrências estavam relacionadas aos fatores causais de seus sintomas atuais.
Após algum tempo, Catherine começou a incorporar entidades espirituais que, segundo relato do autor do livro, possuíam grande evolução. Com elas, veio a conhecer diversos segredos da vida e da morte. Eis o que ele diz, no prefácio de seu livro:

Anos de um estudo disciplinado haviam-me permitido treinar a mente como cientista e como médico, conduzindo-me ao longo de estreitas veredas no conservadorismo da minha profissão. Desprezava tudo aquilo que não fosse passível de ser provado por métodos científicos tradicionais. Estava ao corrente de alguns estudos em parapsicologia que eram conduzidos em universidades de renome por todo o país, mas que não conseguiam despertar a minha atenção. Para mim parecia tudo demasiado rebuscado.

Diz o dr. Brian Weiss que a medicina psiquiátrica está repleta de teorias sobre o que ocorre na mente humana para lá de nossa compreensão. Uma delas é a de Carl Jung sobre o "inconsciente coletivo", que nos permitiria o acesso às memórias de toda a raça humana. Ou seja, apesar de todo o meu respeito a Jung, não faltam ideias para explicar o que não tem explicação para quem presencia o fenômeno. Por isso Kardec afirmou, com sabedoria, que o Espiritismo é ciência de observação e também de experimentação.
O leitor inconformado de que tudo termina nesta breve existência é motivado a continuar a leitura desse e de outros livros similares após ler a seguinte informação:

Os cientistas estão a começar a procurar essas respostas. Nós, como sociedade, temos muito a ganhar com a investigação sobre os mistérios da mente, da alma, da continuação da vida para além da morte, e da influência das experiências de vidas passadas no nosso comportamento atual. É óbvio, como se compreende, que as ramificações são ilimitadas, em especial nos campos da medicina, psiquiatria, teologia e filosofia.
No entanto, a investigação cientificamente rigorosa neste campo ainda se encontra na sua infância. Têm sido dados grandes passos para desvendar a informação a este respeito, mas o processo é lento e depara com grande resistência por parte de cientistas e leigos com ideias análogas.
Ao longo de toda a história, a humanidade sempre resistiu a mudanças e à aceitação de novas ideias. Os registos históricos estão repletos de exemplos. Quando Galileu descobriu as luas de Júpiter, os astrônomos da época recusaram aceitar ou até mesmo olhar para esses satélites, porque a existência dessas luas era motivo de conflito com as suas crenças aceites de antemão. O mesmo se passa agora com psiquiatras e outras terapeutas, que recusam examinar e avaliar as provas consideráveis que têm sido reunidas sobre a sobrevivência após a morte corporal e sobre as memórias de vidas passadas. Os seus olhos continuam obstinadamente fechados.

                Tudo isso, que Brian Weiss e outros cientistas atuais vêm investigando, já vem sendo revelado à humanidade há muito tempo. Começou na antiguidade, mas acentuou-se no século XIX, principalmente após a extraordinária obra coletada por Allan Kardec, que lhe foi transmitida por diversos médiuns. Muita coisa ainda está prevista para acontecer, como o retorno das materializações e outras manifestações de Espíritos, semelhantes às que tivemos por meio de médiuns como Daniel Dunglas Home, Kate Fox, Charles Edward Williams, Florence Cook, Anne Eva Fay, citadas por Samuel Magalhães em seu livro Daniel Dunglas Home: o médium voador (EBM Editora, 2013, p. 158), e ainda, do mesmo autor, Anna Prado, a Mulher que Falava com os Espíritos. Os fenômenos de cura e mediúnicos converteram o judeu Frederico Fígner ao Espiritismo. Fígner pôde conversar com o Espírito materializado de sua filha Ester, desencarnada na adolescência.
            Nunca me esqueço da leitura de jornais e revistas cariocas arquivados na Biblioteca de Obras Raras da Federação Espírita Brasileira, que fiz há cerca de 30 anos. Ali, estampavam-se matérias com títulos como: "César Lombroso diz que o Espiritismo é coisa de loucos", ou: "César Lombroso Ridiculariza o Espiritismo". Até que, algum tempo depois, era estampado, justiça seja feita, com o mesmo destaque: "César Lombroso converte-se ao Espiritismo". O relato desse psiquiatra espírita sobre sua conversão pode ser encontrado em sua obra intitulada Hipnotismo e Mediunidade, publicada pela Federação Espírita Brasileira. Os fenômenos com a médium napolitana Eusápia Paladino foram tão impressionantes e convincentes, que Lombroso se arrependeu de ter zombado do Espiritismo (op. cit., p. 38).
Também... quem não se converteria ao Espiritismo, após conversar com a própria mãe, desencarnada e materializada a sua frente? Por falta de espaço, não entrarei em detalhes, mas convido o leitor a ler também essa obra.
            Para quem deseja aprofundar seus conhecimentos sobre a materialização de Espíritos, sem receio de ser considerado louco ou mentiroso, outras informações poderão ser obtidas nas obras citadas e, ainda, em Charles Richet: o apóstolo da ciência e o espiritismo.
            Até a próxima...


domingo, 23 de agosto de 2020


11.4 O egoísmo


Emmanuel
Paris, 1861


O egoísmo, esta chaga da Humanidade, tem que desaparecer Terra, porque impede seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, portanto, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, sua força e sua coragem. Digo: coragem, porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo, do que para vencer os outros.
Que cada um dedique, então, todos os seus esforços em combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus lhes deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o de egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: "Que me importa!" E diz aos judeus: Esse homem é justo, por que querem crucificá-lo? Entretanto, deixa que o levem ao suplício.
É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. É a vocês, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabe a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam sua marcha.
Expulsem o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua roupagem viril e, para isso, é necessário primeiro expulsá-lo de seus corações.

Tradução livre do prof. dr. Jorge Leite de Oliveira

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Jorge, o sonhador: HUMANIDADEREAL E SEXUALIDADEJorgeLeite de Oliveira...

Jorge, o sonhador: HUMANIDADEREAL E SEXUALIDADEJorgeLeite de Oliveira...: HUMANIDADE REAL E SEXUALIDADE Jorge Leite de Oliveira   Como o Espiritismo é a terceira revelação divina, nunca é demais lembrar q...

HUMANIDADE REAL E SEXUALIDADE
Jorge Leite de Oliveira

 
Como o Espiritismo é a terceira revelação divina, nunca é demais lembrar que a primeira se inicia com a Lei recebida por Moisés no monte Sinai, sobre a qual Jesus, cujo Evangelho é a segunda revelação, disse que não viera destruir, mas dar-lhe prosseguimento. O que Ele não viera destruir é a Lei de Deus, que Moisés recebeu sintetizada nos Dez Mandamentos. O sétimo mandamento da Lei Divina, constante no Decálogo, é este: “Não cometerás adultério”.
Adultério, segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é “infidelidade conjugal; amantismo; prevaricação; [...] união destoante, aberrante”. O mesmo dicionário remete-nos ainda a adulteração: “ato ou efeito de adulterar; falsificação, contrafação, corrupção, adultério [...]”. O princípio do adultério, conforme lemos no Dicionário Aurélio é “manter relações carnais com outrem fora do casamento”.
Confirma a ideia de fidelidade sexual e honestidade o décimo mandamento do Decálogo: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher de teu próximo [...], nem coisa alguma que pertença a teu próximo”. O mandamento ratifica a noção de que tendo Deus criado homem e mulher, ao casal cabe fidelidade, além do que nada que não seja nosso deve ser cobiçado.
No Levítico, 18: 22- 23 lemos o seguinte: “Com varão te não deitarás, como se fosse mulher; abominação é; nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele: confusão é”.
Em Deuteronômio, 22: 5, está escrito: “Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher, porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor teu Deus”.
Outras normas rigorosas, com previsão de morte à adúltera e ao estuprador constam em Deuteronômio, como leis mais apropriadas à época de Moisés e não que viessem de Deus. O legislador hebreu teria morrido com 120 anos (Deuteronômio, 34, 7). Antes, porém, de anunciar Josué como seu sucessor, Moisés já anunciara a vinda de Jesus Cristo, como profeta semelhante a Moisés. E o novo profeta falaria o que Deus lhe ordenasse (Deuteronômio, 18: 18), como o próprio Cristo lembrou aos judeus e aos seus discípulos.
Eis o que registrou João, 5:30: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou”. E em 5: 46, confirmando o anúncio de Moisés, diz Jesus: “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele”.
No cap. 8:12, anota João estas sublimes palavras do Cristo: “[...] Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. E, no cap. 14:15- 17, Jesus anuncia o Espiritismo, cujos ensinamentos vieram para ficar eternamente conosco, assim como Ele:

Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber; porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

Ou seja, Jesus, o Cristo de Deus já vem atuando permanentemente para combater, no mundo, tudo aquilo que não está de acordo com nossa destinação de Espíritos imortais, destinados à perfeição e à felicidade decorrente dela.
Num dos seus últimos ensinamentos, antes de ser preso e condenado arbitrariamente pelos inimigos do bem, Jesus Cristo recomenda-nos: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João, 15: 12). Mais adiante, anuncia: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir” (João, 16:12, 13).
N’O livro dos espíritos, sob o título Sexos nos Espíritos, lemos estas três questões e suas divinas respostas:

200. Os Espíritos têm sexos?
Não como o entendeis, porque os sexos dependem do organismo. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos.

201. O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar, em nova existência. O de uma mulher e vice-versa?
Sim; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.

202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem ou no de uma mulher?
Isso pouco lhe importa. Vai depender das provas por que haja de passar (KARDEC, 2017, p. 131).

            Comentário de Allan Kardec:

Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social lhes oferece provações, deveres especiais e novas oportunidades de adquirirem experiência. Aquele que fosse sempre homem só saberia o que sabem os homens (KARDEC, op. cit., loc. cit.).

Ainda que alguém reencarne inúmeras vezes num mesmo sexo, o que lhe proporcionará características mais acentuadas desse corpo, chegará um tempo em que essa pessoa terá de reencarnar no sexo oposto ao que ela vinha tendo.
Há outra questão, número 700, sobre o casamento, que nos esclarece o seguinte: “A igualdade numérica aproximada entre os sexos é um indício da proporção em que devem unir-se?” Resposta: “Sim, porquanto tudo na Natureza tem um fim” (op. cit.).
O Espiritismo é uma Filosofia e Ciência de consequências morais e, nesse sentido, as informações colhidas por Kardec foram ampliadas noutras quatro obras do chamado pentateuco kardequiano e na Revista Espírita, além de Obras Póstumas. Nessas obras, complementadas por outras, ditadas, no Brasil, por Espíritos como Victor Hugo, Charles, André Luiz, Emmanuel, Philomeno de Miranda, Joanna de Ângelis e outros, encontramos a temática sexualidade explicada e exemplificada em casos reais, de modo altamente respeitoso e piedoso.
A homossexualidade ou transexualidade é explicada pelo Espírito Emmanuel, na obra Vida e Sexo, psicografada por Francisco Cândido Xavier. Explica-nos aquele:

A homossexualidade, também chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação.
Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais (XAVIER,  2016, cap. 21, p. 83).

Ou seja, devemos ter o máximo respeito para com aquelas pessoas que fazem parte dos grupos chamados transexuais, assim como para com os denominados heterossexuais, os bissexuais e ainda em relação aos assexuados, que são os que não manifestam desejos sexuais. Todas essas pessoas, em matéria de amor, podem expressar paixões em missões muitas vezes incompreendidas por nós, como também podem estar expiando desvios da sexualidade em encarnações pregressas.
Confirmando nossa interpretação, esclarece-nos o Espírito Emmanuel neste pequeno, mas notável livro, cuja primeira edição é de 1970, ou seja, de 49 anos atrás:

Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de justiça e misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um (id., cap. 21, Homossexualidade, p. 85).
           
            Nas duas frases finais da mensagem sobre Jesus, intitulada Humanidade real, esclarece-nos Emmanuel o seguinte: “Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana. Rememorando, pois, semelhante, passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real” (XAVIER, 2005, cap. 127).
            Vai bem nessa linha de raciocínio o poema do Espírito Augusto dos Anjos, com o qual encerramos nossas notas:
Aos fracos da vontade
Homem, levanta o véu do teu futuro,
Troca o prazer sensualista e obscuro
Pelo conhecimento da Verdade.
Foge do escuro ergástulo do mundo
E abandona o Desejo moribundo
Pelo poder da tua divindade.

Teu corpo é todo um orbe grande e vasto:
Livra-o do mal onífero, nefasto,
Com a espada resplendente da virtude;
Que o sol da tua mente, eterno, esplenda,
Dando a teu mundo a mágica oferenda
Da alegria em divina plenitude.

Deixa o conjunto de ancestralidades
Da carne — o eterno símbolo do Hades —
Onde o Espírito clama, sofre e chora;
Deixa que as tuas glândulas do pranto
Te salvem do cadinho sacrossanto
Da lágrima pungente e redentora.

Mas, sobretudo, observa o pensamento,
Fonte da força e altíssimo elemento,
Em que toda molécula se cria:
Da existência ele faz sepulcro abjeto
Ou jardim luminoso e predileto,
De arcangélicas flores de Harmonia.

Ouve-te sempre a ronda do mistério,
Mas faze de tua alma um grande império
De beleza, de paz e de saúde:
Que as tuas agregações moleculares
Vivam livres de todos os pesares,
Com os tônicos sagrados da Virtude.

Tua vontade esclarecida e forte
Triunfará das angústias e da morte
Além dos planos tristes da matéria,
Mas a tua vontade enfraquecida
É a meretriz no báratro da vida,
Amarrada no catre da miséria! 

(ANJOS, Augusto dos (Espírito). Psicografado por XAVIER, 2002, p. 137)

Referências

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2017.

XAVIER, Francisco Cândido. Vida e sexo. 27. ed. 3. imp. Brasília: FEB, 2016.

______. Fonte viva. Rio de Janeiro: FEB, 2005, cap. 127.

______. Parnaso de além-túmulo (poesias mediúnicas). 16. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002.

Publicado em Reformador, periódico mensal da Federação Espírita Brasileira (FEB), em fev. 2020. A foto é publicação exclusiva deste site.

terça-feira, 18 de agosto de 2020




EM DIA COM O MACHADO 432:
Treze pessoas e doze signos (Jó)

Signo do zodíaco Peixes - YouTube 

Salve, amiga leitora!
Sempre fui curioso sobre os signos do zodíaco. Desse modo, procuro identificar na pessoa que conheço alguma característica de seu signo. Hoje vamos conversar sobre as características sígnicas predominantes em cada uma delas.
1. Começo pela amiga Ariana, seu nome vem de áries, primeiro signo do zodíaco. Minha amiga é uma líder nata. É dinâmica e sempre quer algo mais do que já tem. Adora o poder. Profissionalmente, quase sempre é bem sucedida, tendo em vista ter espírito de iniciativa, mas não gosta de concorrência no que faz.
Ariana gosta de ser independente, mas costuma ser muito brava quando contrariada. Adora ter seu próprio negócio. Acorda muito cedo, toda animada. Faz exercícios de muay thai, vai à aula de francês, trabalha o dia todo, lê um bom livro e vai dormir.
2. Outra pessoa que admiro muito é meu amigo Touro. Isso mesmo, ele tem o mesmo nome do segundo signo do zodíaco: touro. Quando cisma com algo, ninguém tira isso da sua cabeça.
Generoso com os amigos, gostava tanto de futsal quanto eu. Éramos o terror dos times adversários, quando jogávamos no ataque...
3. Também tenho irmãos gêmeos que não são do signo de gêmeos. Por incrível que pareça, ambos diferem muito na aparência. Um deles é da minha altura, o outro, 11 centímetros mais baixo do que nós. Gostam de boas piadas e estão sempre compartilhando vídeos engraçados por WhatsApp.
São naturalmente alegres. Mas o baixinho, Jaci, gosta muito de tomar umas cervejinhas; já o mais alto, Jair, só toma refrigerante. Nunca me esqueço duma comemoração em família, há 40 anos, no Rio de Janeiro, em que os sete irmãos, estávamos muito animados. Jaci tinha tomado todas e estava dormindo em cima de uma poltrona; mas Jair, que só bebera refrigerantes, não parava de dançar, cantar e brincar com todos. De repente, alguém desperta Jaci e lhe pergunta se Jair também estava bêbado. Ao que ele abre um olho e responde: — Só se for de Coca-Cola. Em seguida, volta a dormir, enquanto todos gargalhávamos.
4. Meu quarto amigo chama-se Krebs. Não tinha a menor ideia do porquê de seus pais alemães lhe darem esse nome. Até o dia em que li, em pesquisa do Tradutor Google, que krebs significa câncer, em alemão. Krebs é do signo... Adivinha?
    Não magoe um canceriano. Ele remói durante anos algum mal que lhe façamos e, um dia, sem mais nem menos, diz ter ficado chateado com aquilo.
5. Agora, falo do Leão, não o ex-goleiro do Palmeiras e da seleção, mas meu amigo que também é do signo de leão. Como bom leonino, ele gosta de liderar e brilhar. Por isso mesmo, adora ser bajulado. É generoso, gosta de praticar o bem. É capaz de promover venda de livros antigos para arrecadar dinheiro e doar cestas de alimentos às famílias socialmente vulneráveis. Gosta de presentear as pessoas.
Possessivo, sua esposa diz que ele é muito ciumento. Por qualquer coisa, faz um barraco enorme. Conquista amigos com facilidade e é muito querido entre seus colegas de escola, de trabalho e por seus familiares.
Segundo fonte segura, as leoninas são as rainhas de tudo e de todos. Seu companheiro será sempre seu súdito.
6. Já minha amiga Virgínia é um doce de pessoa. Nasceu sob o signo de virgem, mas seu marido diz que ela é excelente esposa. Completa. Só não pode discutir com ela, pois é quando se lembra do que você lhe fez de mal há muitos anos e relata tudo minuciosamente. Ainda que não tenha sido nada muito sério.
7. Maria Libra é outra pessoa que, por onde passa, deixa sua marca. Seu signo, libra, é representado pela balança da justiça... da arte, da beleza, da música.
Minha amiga Libra é linda. Adora perfume, flores e tudo que é belo. Para ela, a arte é a representação da Divindade e do belo. Sem isso, não é arte... Adora fazer ginástica e, atualmente, como não pode ir à academia, faz seus exercícios via Zoom.
8. Escorpião é o signo de um jovem motorista de ônibus, mas seu nome nada tem a ver com o signo. É João. É também amigo de Dejair e motorista de lotação...
Adora o poder e procura impressionar bem, com seu charme, as pessoas com quem negocia. É muito trabalhador e persistente em tudo o que faz.
João não suporta ser enganado. Quando isso ocorre, ele percebe e, na primeira oportunidade, se vinga. Também não gosta que mintam para ele. Desconfiado, logo descobre que foi tapeado. Então...
9.  Jô Sagitariano é o nome do meu amigo que nasceu sob o signo de sagitário. Muito alegre e otimista, adora contar piada. Para ele, nada vai dar errado, até que dê.
Sua sinceridade é desconcertante. É capaz de dizer na caradura para uma jovem um pouco obesa que ela é um pouco obesa.
10. O pai de Leonardo, inspirado no Di Caprio, colocou o nome do filho de Leonardo Di Capricórnio. Pode?
Capricórnio, como gosta de ser chamado, é moralista. Muito inteligente, infelizmente tende a valorizar mais a teoria do que a prática. É também ambicioso, mas se julga melhor do que todo o mundo que o conhece, o que o torna meio chato.
11. Minha amiga Adriana é de aquário. Se não estou enganado... Antes que as pessoas percebam algo, Adriana já percebeu.
É uma pessoa tranquila e boa. Intelectual de bom quilate, é muito curiosa e adora teorizar sobre algo a ser explorado. Seu autor predileto é Camille Flammarion, o grande astrônomo francês que nos desvendou Deus na Natureza em excelente obra que escreveu com esse título.
12. O pisciano, ou nada para baixo ou nada para cima. Sou dos que preferem as alturas. Dizem que toda pessoa do signo de peixes é nefelibata. É o meu caso. Simples coincidência. A não ser coincidência, como é que Einstein era pisciano? Já conheceu alguém mais pragmático do que ele? Sua frase que admiro é esta: "A mente que se abre para uma grande ideia nunca mais é a mesma". Por isso estudo o Espiritismo há 48 anos, mas tenho a esperança de que, com mais outro tanto desse tempo, minha mente esteja menos fechada.
Enquanto isso, vou aprendendo, pois viver é aprender para melhor servir.
Hasta la vista!





  Contador e ciência contábil (Irmão Jó)   Contador, tu não contas dor, Mas no balanço das contas O crédito há que ser superior.   Teu saldo...