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terça-feira, 31 de março de 2015

Em dia com o Machado 151 (jlo)

A vida não está fácil, amiga leitora. O sapo barbudo e seus cúmplices foram presos e estão sob estrita vigilância do serviço de informação do Exército. Dizem que Vladimir Herzog acaba de se suicidar após o 31 de março de 1964...
51 anos depois...
Vamos fazer uma regressão de memória a um ex-soldado e fazê-lo lembrar-se da primeira entrevista que deu, em sua vida, sem ter a mínima noção do que estava acontecendo no país.
O ano é o de 1971...
— Soldado, qual é o seu nome, de onde você veio e o que faz aqui?
— Meu nome de guerra é Etiel, venho do morro das quatro bicas, na Penha, Rio de Janeiro, e não sei o que faço aqui...
— Como não sabe? Então não lhe ensinaram as perguntas básicas que um soldado encarregado de uma missão tem que ter na ponta da língua?
— Ah, sim... Pra aonde vou?
— Vai para o Batalhão da Polícia do Exército.
— Por que vou?
— Porque seu cinto está com a fivela suja e você tirou o boné quando passou pela equipe da Polícia do Exército (PE) encarregada de fazer a guarda nas ruas de seu bairro.
— Limpei meu cinto com Kaol, antes de sair de casa, e foi você quem retirou meu boné ao me abordar.
— O quê? Soldado, sentido! Está me chamando de mentiroso? Mais uma falta grave. E dobre a língua; como meu subordinado, deve chamar-me sempre de senhor. Senhor cabo Massinissa. Mas continue...
— Quando vou, Sr. cabo Massinissa?
— Agora mesmo.
— Como vou?
— Vai sentado ali, no camburão da gloriosa PE, junto com outros vinte soldados da Pátria.
Assim foi um dos primeiros dias em que Job Etiel saía de casa fardado para dirigir-se ao quartel em que incorporara, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro.  Transportado com seus vizinhos para o Batalhão da Polícia do Exército (BPE) por esse pelotão militar, desde que fora abordado pelo cabo que comandava o pelotão, observou, ali, que seus 1,77m de altura eram nada ante aqueles guardiães da ordem e da disciplina de 1,90m, no mínimo.
Dias antes, fora alertado pelo tenente Raminho, também de quase dois metros e catarinense, subcomandante de sua unidade militar, para não reagir às abordagens dos soldados da PE, pois estes eram recrutados entre os brasileiros mais altos e fortes, além de serem treinados nas lutas marciais, etc. etc.
No pátio do Batalhão, Etiel fora mandado ficar na posição de sentido e em forma com outras dezenas de cidadãos que foram obrigados a servir à Pátria. Ao ser lida uma relação com os nomes de cada um deles, tinham de gritar, bem alto, seu nome de guerra.
Horas depois seriam levados ao seu quartel de origem, onde deveriam aguardar, trabalhando, as informações sobre seu “comportamento sujo e desrespeitoso”.
Tudo isso lhe acontecia sem que Etiel tivesse a mínima noção do porquê estar sendo humilhado e punido. Inflado de orgulho por ter sido preso sem ter feito nada que justificasse isso, mas também por seu “batismo de fogo”, o jovem soldado se lembrava de como fora recrutado...
Ao se alistar, dissera ao oficial encarregado que era órfão de pai, tinha sete irmãos menores, precisava ajudar sua mãe financeiramente, pois esta não recebia pensão alimentícia e era muito pobre. Ela precisava cuidar da casa, costurar a troco de míseros trocados e alimentar seus sete filhos. Etiel era seu arrimo. Além disso, disse-lhe timidamente Etiel que tinha uns pequenos problemas de audição...
Em resposta, o oficial carrancudo informou-lhe que somente com atestado de pobreza e laudo médico poderia dispensá-lo do Serviço Militar.
Nesse momento, o jovem refletiu nas vantagens de ter um salário mínimo e uma carreira promissora no Exército para ajudar financeiramente sua família e desistiu de pedir dispensa do serviço militar. Muitos dos que estavam em sua situação bendiziam, também, a oportunidade...
No quartel, Etiel era estafeta e, certo dia, deixou de entregar ao destinatário um documento cujo prazo se encerraria dias depois. Outro soldado o substituíra, pois o sargento chefe da seção de Etiel mandou este apresentar-se ao rancho, para lavar panelas, ajudar o cozinheiro, arrumar o cassino dos sargentos, servir as refeições etc. etc. etc.
Desse modo, o jovem terminava o dia exausto, mas feliz por ver o tempo passar rápido e receber seu salário mínimo, que ele repassava à sua valorosa e querida mãezinha todo o fim de mês.
Tempo bom era aquele, deixou saudades... Quer ver? Continue lendo...
Um dia, o tenente Raminho mandou o nosso soldado comparecer ao seu Posto de Comando (PC). E o saldo da conversa foi que, após breve interrogatório sobre o tal documento que acabara por não ser entregue, resolveu puni-lo com uma semana de detenção no quartel.
A conclusão do oficial fora curiosa: ele e o sargento também eram culpados pelo atraso na entrega documental, pois não deram a Etiel o tempo necessário e nem a autorização para informar ao novo estafeta a situação dos documentos; mas a falta de Etiel, a seu ver, não se justificava, ainda que o jovem cometesse outra, se abandonasse os trabalhos do rancho sem autorização...
Faltara-lhe iniciativa e por isso seu soldado deveria ser punido. Não o outro, Etiel.
— Mas não se preocupe, concluiu bondosamente o ten. Raminho, essa punição não vai constar em seus assentamentos militares...
— É justo, respondeu-lhe o soldado Etiel. E, prestando-lhe continência, solicitou permissão para retirar-se altivo e quase feliz por tão grande lição de moral recebida naquele dia.
Naquela semana, Etiel faria aniversário no quartel sem que ninguém, nem mesmo ele, se lembrasse disso, a não ser na hora de responder ao pernoite num desses dias de detenção... Ao ouvir a data do boletim do dia, quase chorou, mas continuou calado...
Nos demais dias, antes de entrar em forma para o pernoite, às 22h, um ten. chamado Matusalém, que estava sempre de plantão, como oficial do dia, ficava até altas horas jogando damas com Etiel.  Uma noite, o jogo estava tão disputado entre ambos que o soldado lhe disse:
— Chefe, passamos da hora do pernoite...
Ao que este, bonachão, lhe respondeu:
— Deixa pra lá, Etiel, o sargento da guarda me substitui e eu justifico sua falta... Vamos continuar o jogo, pois aqui está mais quente que lá fora... (Jogavam na cozinha e o pernoite era no frio pátio do quartel em época de inverno).
E foi assim que tudo começou...
Vinte e dois anos depois, sem ter feito nenhum curso militar que lhe aproveitasse os conhecimentos na vida militar e civil, profissionalmente, Etiel deu baixa do Exército... 
Trouxe de lá, entretanto, boas recordações e bons amigos, mas suas melhores lembranças são as de que a disciplina, a honestidade, a verdade e a honra são valores inegociáveis.
Outra coisa importante é que Etiel não somente foi identificado, no Exército, como também ali foi imunizado com as vacinas antiamarílica, antitetânica e antitifoide...
Já este governo civil de agora, não brinca com ele, senão ele... 

terça-feira, 24 de março de 2015

Em dia com o Machado 150 (jlo)


Leitora amiga, você lê a Bíblia? Então conhece esta frase: “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões." (Joel, 2:28).
No final do século XIX e no início do século XX, não se falava em outra coisa. Dizia um:
— Eu ouço vozes!
Respondia outro:
— E eu não somente as ouço como vejo quem as diz.
Um terceiro acrescentava:
— Nisso, não há novidade alguma. Eu ouço as vozes dos espíritos, vejo-os e falo com eles...
— Mas será que não é com o diabo que falais, meu caro B.?
— Não, amigo, eu falo é com os espíritos superiores. Tudo começou com Santa Mônica, em seguida, com seu filho, Santo Agostinho...
— E o que eles disseram?
— Que nos preparássemos, pois breve o Cristo seria visto por todos os olhos, como está escrito no Evangelho.
Essa conversa se deu entre mim e um suposto vendedor de sonhos em 1908, que me precedeu na terra dos pés juntos, tão logo nos encontramos nos Campos Elísios. Passados 107 anos, reproduzo nosso diálogo com as efusões da alegria e não mais com a pena da galhofa e as tintas da melancolia do Brás Cubas. Então, era verdade, tudo o que se encontrava oculto nos seria, por fim, revelado!
Enfim, chegou o dia D; com os avanços da física quântica, da transcomunicação instrumental e da internet, de repente, em todos os recantos da Terra, tudo estava em todos e todos estavam em tudo.
Os dias passaram-se, as visões e comunicações tornaram-se normais, surgiu outro meio de viagem: o teletransporte; e o mundo tornou-se, de fato, uma aldeia global.
Agora, as pessoas assistiam, pela teleprojeção, em horários preestabelecidos, palestras de cunho elevado, proferidas pelos espíritos superiores, representantes do Cristo.
O somatotransporte permitiu a toda pessoa, deste e do outro mundo, transferir-se para qualquer lugar da Terra e mesmo do espaço, em questão de segundos, o que eliminou a necessidade desse absurdo número de carros que se arrastam pela terra, trens e aviões que explodem e batem uns nos outros, no chão e no ar.
Os espíritos inferiores e as criaturas humanas primitivas migraram para o planeta Chupão, e o policiamento na Terra ficou mais fácil, com a materialização instantânea dos guardas do Além...
Um belo dia, São Luís anunciou um comunicado do Governador espiritual da Terra. E o mundo parou para vê-lo e ouvi-lo, conforme sua profecia, e foi então que Ele falou:
— Hoje, cumpre-se minha promessa de voltar a vós e não vos deixar nunca mais! O mundo passará a ser administrado por Maria Santíssima e por mim, em revezamento maternal e filial; mas a direção suprema ainda é a do Pai...
— E quem vai ajudá-lo(la) nessa gigantesca missão, Mestre? Perguntei-lhe.
— Um deles será Francisco de Assis, os outros, Chico Xavier, Mahatma Gandhi, Sidarta Gautama, Sócrates...
— Esses estão em sua dimensão... E entre nós, quem os auxiliará?
— Emmanuel, reencarnado entre vós, revolucionará as religiões... 
Mas o Ministério de Maria ainda contará com Joanna de Ângelis, Bezerra de Menezes, Isabel de Aragão, Santa Mônica, João Paulo II, Cairbar Schutel, Nietzsche...
— Alto lá, Senhor, esse último não vos negou? Não criou o niilismo? ...
— Ele estava louco!...

quarta-feira, 18 de março de 2015

Em dia com o Machado 149 (jlo)

— Mino Carta, estou contigo: a corrupção no Brasil existe desde seu “descobrimento”, ou seja, 515 anos. E de quem é a culpa? Minha? Tua? De Dom Manuel, o venturoso? Negativo, respondo-te. É dos nativos desta terra de Santa Cruz, também confundida, por sua mandatária, com a “Ilha de Santa Cuba” ...
— Discordo de ti, meu caro Machado. A culpa é das elites (ver site CartaCapital, 2/3/2015).  “A par de suas grifes, ignorância, parvoíce, vocação de trapaça, incapacidade crônica para a ironia [...]”
— Pode parar! Tudo, menos ironia...
— A nossa conversa é coisa séria, Machado. “A culpa é das estrelas” ...
— Talvez por isso, Mino, há mais de dois mil anos, um carpinteiro humilde e desprezado pelo governo israelense tenha dito estas palavras: “— Graças te dou, Pai, por não teres revelado estas coisas aos doutos, mas aos simples e pequenos” (Mateus, 11:25). Os escândalos político-econômicos atuais, do Brasil, estão levando nosso país à falência não somente material como também moral.
Molto fumo e poco arrosto[1]. Para recuperar o crescimento, o Brasil tem que investir em infraestrutura: construção de portos, aeroportos, hidrelétricas...
— E já não investe? Segundo o site Spotniks (acesso em 17 mar. 2015), o BNDES financiou, de 2009 a 2014, mais de 3.000 empresas. Veja só isto:
1)  Porto de Mariel (em Cuba): US$ 682 milhões;
2) Hidroelétrica de San Francisco (no Equador): US$ 243 milhões;
3) Hidroelétrica Mandariacu (no Equador): US$ 90 milhões;
4) Hidroelétrica de Chaglla (Peru): US$ 320 milhões;
5) Aeroporto de Nacala (Moçambique): US$ 125 milhões...
E isso é só uma pequena amostra do que vem por aí. Há pouco, ouvi na TV que funcionários da Caixa Econômica Federal superfaturaram em até mil por cento o preço de imóveis...
— Creio que estejas procurando chifres em cabeça de cavalo, meu caro Assis...
— Aguarda um pouco, e ouve um velho tema em homenagem à economia brasileira.
— O quê?... Não vás dizer que vais declamar o soneto de Vicente de Carvalho...
— Não, Mino, o tema é de uma composição musical que, cantada na época do governo militar, nunca perde sua atualidade...
— Só gosto de música internacional...
— Certo, Carta, mas esta faz menção à cidade de um grande país, sempre imitado por nós, mas que, atualmente, morre de rir dos sucessivos e intermináveis escândalos políticos e econômicos da terra dos arawetés, bororos, guaranis, pataxós, tupinambás, yanomamis, etc. etc. etc.
— Adeus, Machado, continuas muito falador... Fatti i cazzi tua, ca campi cent’anni.[2]
— Vai com Deus, amigo, mas não vás embora sem antes ouvir a música que te recomendei. Quem sabe não te possas agradar o ouvi-la, dançar e até cantá-la? 












[1] Molto fumo e poco arrosto. Expressão italiana que significa “Muita fumaça, mas pouco fogo”.
[2] Fatti i cazzi tua, ca campi cent’anni. Em italiano: “Cuida da tua própria vida e viverás cem anos”.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Em dia com o Machado 148 (jlo)

Amiga leitora e paciente leitor, hoje quero falar-vos sobre o Senhor e Sua criação. No princípio, eram trevas, e Deus disse: — Fiat lux! E a luz se fez. E viu Deus que era bom.
Depois de criar todas as coisas e os animais, Ele criou o homem e a mulher. E viu que era bom.
Isso ocorreu no sexto dia. No sétimo, recomendou ao casal que repousasse, pois percebeu que, ainda jovens, Adão e Eva gostavam muito de brincar, principalmente, com os animais, que julgavam não ter alma, e comer frutas silvestres. Precisavam, pois, descansar... os animais e as plantas.
Então, Deus lhes disse: — De todas as árvores deste Éden comereis, menos da árvore da ciência do bem e do mal. Mas crescei-vos, amai-vos e multiplicai-vos fornecendo-me filhos por toda a Terra.
Foi então que Eva começou a indagar-lhe:
— Por que não podemos comer do fruto dessa árvore?
E, pacientemente, o Senhor lhe explicou: — Por que, quando o fizeres, começarás a raciocinar e a falar sem parar...
— Mas por que não lhe posso perguntar tudo o que não sei?
— Por que nem tudo eu lhe poderei responder... Agora vou passear um pouco pelas galáxias, formando novos mundos e seres e, no final da tarde, estarei de volta. Adeus...
— Até Deus, dá adeus - pensou Eva, tão logo lhe respondeu -, mas já que Ele não quer conversar comigo, vou procurar Adão...
— Adão!... Adão!... Onde ta tu?
— O tatu está debaixo da terra, mas eu estou aqui, Eva, o que desejas?
— Quero que trepes nesta árvore da ciência do bem e do mal e me tragas uma maçã que está madurinha lá no alto...
Não querendo contrariar a proibição divina, mas para agradar a mulher, Adão entrou num canavial ali perto, cortou um pedaço de cana, e, não sem antes descascá-la, ofereceu-a a Eva.
Contrariada, a mulher apontou para um trono de pedra e disse-lhe: — Aí tens teu trono; e a cana é teu cetro. Senta-te aí que eu mesma colherei a maçã para nós.
Feito isso, ambos comeram do fruto proibido, viram-se nus e começaram a descobrir as leis divinas. A primeira delas é a de que há um só Deus e um só Senhor.
Esse Senhor e Deus retornou mais tarde de seu passeio e, sabedor da transgressão de sua primeira lei, censurou o casal e rogou-lhe a praga de que haveriam de conquistar seu alimento com o suor do seu rosto. Essa foi sua terceira lei, a lei do trabalho. A segunda foi a do amor: “Amai-vos!”, dissera-lhes Deus assim que os criou... Está lembrada, leitora querida?
Adão teve muitos filhos com Eva. Além de Set, Caim, Abel... e Deus deu sete mulheres a cada um deles, cujas existências ultrapassavam fácil os oitocentos anos. Só Matusalém viveu 969 anos, 39 a mais que seu pai, Adão. Jarede viveu até os 962 anos... Um dos poucos que viveu pouco foi Abel, que foi assassinado por Caim, de acordo com as Sagradas Escrituras.
A ascendência, porém, era patriarcalista, pois, na época, o que parecia predominar era a força, embora a beleza e a astúcia feminina sempre tenham suplantado os músculos dos homens, como já vimos...
 Um dos primeiros produtos inventados pelo homem foi a aguardente da cana, que Adão compartilhou com a mulher, de preferência, na cama, que ela inventou...
Depois, Satanás criou o dinheiro, que vem causando todos os males que conhecemos até hoje. Para uns, é o meio de remuneração, por vezes brutalmente injusto, ao seu trabalho. Para outros, é um instrumento de rapina ou de apropriação indébita com o qual se apropriam dos bens e serviços alheios sem precisarem trabalhar. O carnaval já passou, mas muita água ainda vai rolar, amiga leitora...
— Já sei, você vai postar o link da música As águas vão rolar...

— Negativo, filha de Adão, o nome da música é Me dá um dinheiro aí; e o link para você clicar, ouvir, cantar e dançar é este aqui: http://letras.mus.br/ivan-ferreira/463663/

terça-feira, 3 de março de 2015

Em dia com o Machado 147 (jlo)

Outro dia, quando me preparava para algumas atividades físicas, em companhia deste meu secretário, parei e ouvi a seguinte conversa:
O meu problema é com o ADH... Ele não tem feito o controle da excreção da água com eficiência. Já o amigo GH parou na altura combinada...
— É, amiga, mas comigo a coisa é mais abaixo. O T4 precisa estar em perfeito equilíbrio, caso contrário, adieu, bonne vie.
Foi quando resolvi me apresentar e participar da conversa:
Enchanté! Je m’appelle Machado. Je voudrais parler à vous.
— Para nós, também, é um prazer conhecê-lo, Machado; mas falemos em português coloquial. Sou Agá e ela é . Fale à vontade, é uma satisfação conversar com você.
— Até rimou! Mas digam... sobre quem vocês falavam?
— Eu – disse  Agá – referia-me ao ADH e ao GH...
— E o que é isso?
— O ADH é o hormônio antidiurético que controla a excreção de água corporal.
— E para que serve esse controle?
— Então você não sabe? O ADH regula a pressão sanguínea e o volume de urina da bexiga. Se ele se destrambelhar, adeus, vida boa...
— E o GH?...
— Esse, há anos, parou de funcionar, depois que seu amigo parou de crescer...
— Entendo... Ele já está um pouquinho, digamos assim, com problema de DNA...
— Agora nós é que não sabemos. O que é DNA?
— Data de Nascimento Antiga...
— Certamente, meu caro Bruxo, o hormônio do crescimento cessa sua produção antes dos vinte anos de idade.
— E você, , de quem falava?
— Sobre o (hormônio) T4... Antes que me perguntes, esclareço-te que o T4, ou tiroxina é quem regula os batimentos cardíacos, o metabolismo e até o peso corporal do seu assistido... Ou será assistente?
— Sei lá... De nós dois, não sei quem é mais doido... O mais doído é ele, com certeza. Está na fase condor: com dor aqui, com dor ali, com dor lá, com dor acolá...
— Então, caro, Machado. Deixa Joteli correr em paz.
— Pois não, Agá! Obrigado, !
De repente, ouvi uma voz que disse:
— Já para dentro, H e T...
— Quem é você? Perguntei-lhe.
— Sou o Hipotálamo., e moro abaixo do Diencéfalo, parte do Cérebro, o grande Senhor de todos nós.
— E por que você ordenou às minhas amigas glândulas para entrarem?...
— Porque formamos o HHT e trabalhamos em equipe...
— Sei... Hipotálamo, Hipófise e Tireoide. Juntos, o que fazeis de especial?
— Entre outras coisas, formamos o sistema nervoso, que controla a temperatura, a sede, a fome, a libido e as emoções.
— Haja emoções, duas glândulas para um Hipotálamo! Adeus, amigo...
— Adeus! Diga a Joteli que se cuide. Se correr é bom, dançar e cantar também é ótimo!

Te cuida, Joteli! Clica neste link: http://letras.mus.br/julio-iglesias/205035/

  Quando o texto é escorreito (Irmão Jó)   Atento à escrita correta É o olho do revisor, Mas pôr tudo em linha certa É com o diagramador.   ...