Páginas

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

 


Comentários ao Evangelho Segundo João (5.ª f.-31/08/2023)

 

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória, como a glória     do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João, 1:14)

 

            Pergunta: Com referência a Jesus, como interpretar o sentido das palavras de João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade”?

            Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção das coletividades terrícolas.

      Enviado de Deus, Ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no infinito.

    Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros e ignorantes, dando ensejo às palavras do apóstolo, acima referidas.

            (O consolador. FEB Editora. Pergunta 283)


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL


 

 

Comentários ao Evangelho Segundo Lucas (4.ª f.-30/08/2023)

 

Na mesma região havia pastores que pernoitavam no campo e realizavam a vigília noturna do seu rebanho. E se aproximou um anjo do Senhor, a glória do Senhor iluminou ao redor deles, e encheram-se de grande temor. Disse-lhes, porém, o anjo: Não tenhais medo! Eis que vos trago boas-novas de grande alegria, que será de todo o povo, porque nasceu para vós, hoje, um salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi. (Lucas, 2: 8-11)

 

 Oferta de Natal

 

            Senhor!

            Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!...

            De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas:

            — Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...

            E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas:

            “Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro... O anjo, porém, lhes disse: ‘Não temais! Eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo... É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”.

            Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver-te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra.

            Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!

            Só tu sabes, Senhor, os nome daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria:

            A primeira frase de bênção...

            A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do

firmamento...

            Os panos que te livraram do frio...

            A manta humilde que te garantiu o leito improvisado...

            Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem...

            A primeira tigela de leite...

            O socorro aos pais cansados...

            Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência...

            A bondade que manteve a ordem, ao redor da manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos...

            O feno para o animal que devia transportar-te... 

            Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram, sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo te ofertar... Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que Tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!

            Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras de respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo:

            — “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!...”

 

            (Antologia mediúnica do Natal. FEB Editora. Prefácio)

 

O anúncio divino

 

Pois, na cidade de David, nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lucas: 2-11

 

            A palavra do anjo aos pastores continua vibrando sobre o mundo, embora as sombras densas que envolvem as atividades dos homens.

            Como aconteceu, há dois mil anos, a Espiritualidade anuncia que nasceu o Salvador.

            Onde se encontram os que desejam a luminosa notícia?

            Nas cidades e nos campos, há multidões atormentadas, corações inquietos, almas indecisas.

            Muita gente pergunta pela Justiça do Céu.

            Longas fileiras de criaturas procuram os templos da fé, incapazes, porém, de ouvir o anúncio Divino.

            A família cristã, em grande parte, experimenta a incerteza dos mais fracos.

            Muitos discípulos cuidam somente de política, outros apenas de intelectualismo ou de expressões sectárias.

            Entretanto, sem que o Cristo haja nascido na “terra do coração”, a política pode perverter, a filosofia pode arruinar, a seita é suscetível de destruir pelo veneno da separatividade.

            A paisagem humana sempre exibiu os quadros escuros do ódio e da desolação.

            No longo caminho evolutivo, como sempre, há doentes, criminosos, ignorantes, desalentados, esperando a Divina Influência do Mestre.

            Muitos já ouviram ou pregaram as mensagens do Evangelho, mas, não desocuparam o coração para que Jesus os visite.

            Não renunciam às cargas pesadas de que são portadores e, cedo ou tarde, dão a prova de que, nos serviços da fé, não passaram de ouvintes ou transmissores.

            No íntimo, não obstante a condição de necessitados, guardam, ciosamente, o material primitivista do “homem velho”.

            Esquecem-se de que Jesus é o amigo renovador, o Mestre que transforma.

            Os séculos transcorrem. As exigências de cada homem sucedem-se no caminho terrestre.

            E a espiritualidade continua convidando as criaturas para as esferas mais altas.

            Bendito, assim, todo aquele que puder ouvir a voz do anjo que ainda se dirige aos simples de coração, sentindo entre as lutas terrestres, que o Cristo nasceu hoje no país de sua alma.

            Aprende a viver o minuto que Deus te empresta no corpo físico, amealhando a luz do conhecimento nobre e fazendo aos outros o bem que possas.

            (Mentores e seareiros. Ed. IDEAL. Cap. “O anúncio divino”)

 

 

Saudando o Natal

 

            “Ninguém se mostrou, até hoje, na Terra, sob tamanhos contrastes.

Jesus Cristo!…

            Senhor e servo.

            Zénite da luz espiritual a ocultar-se nas sombras da meia-noite.

            Exaltação e humildade.

            Emissário de Deus, em socorro dos homens, não teme acolher-se ao reduto dos animais para desvincular-se de todos os preconceitos dos homens, a fim de abraçá-los e servi-los, sem distinção, por irmãos genuínos e, tanto quanto Ele próprio, filhos de Deus.

            Desde então, astro consciente, desce das estrelas para estancar o sofrimento de mansardas escuras, e faz-se o viajor de rincões singelos, acendendo clarões inextinguíveis na marcha dos povos!…

            Embaixador da Misericórdia Divina, sob o impacto da miséria humana, sol da vida, dissipando as trevas da morte!… Severidade de juiz, à frente do mal, brandura materna ante aqueles que o mal encarcera por vítimas…

            Jesus Cristo!… o Salvador que não salvou a si mesmo, a fim de realmente salvar!… No quadro de todos os triunfadores do mundo, é ele o supremo vencedor, porque deu a si mesmo pelo bem de todos, amando e servindo até à morte e além da morte! Por isso mesmo, de Natal a Natal, perante todas as lutas e conflitos da humanidade, repleta-se o mundo de esperança, ouvindo, de novo, o cântico inesquecível das milícias celestiais:

            – Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!…   (Reformador, dez. 1968, p. 267)

terça-feira, 29 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

 


Comentários ao Evangelho Segundo Marcos (3.ª f.-29/08/2023)

 

“Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.” — (Marcos, 1:24.)

 

Que temos com o Cristo?

 

            Grande erro supor que o Divino Mestre houvesse terminado o serviço ativo, no Calvário.

            Jesus continua caminhando em todas as direções do mundo; seu Evangelho redentor vai triunfando, palmo a palmo, no terreno dos corações.

            Semelhante circunstância deve ser lembrada porque também os Espíritos maléficos tentam repelir o Senhor diariamente.

            Refere-se o evangelista a entidades perversas que se assenhoreavam do corpo da criatura. Entretanto, essas inteligências infernais prosseguem dominando vastos organismos do mundo.

            Na edificação da política, erguida para manter os princípios da ordem divina, surgem sob os nomes de discórdia e tirania; no comércio, formado para estabelecer a fraternidade, aparecem com os apelidos de ambição e egoísmo; nas religiões e nas ciências, organizações sagradas do progresso universal, acodem pelas denominações de orgulho, vaidade, dogmatismo e intolerância sectária.

            Não somente o corpo da criatura humana padece a obsessão de Espíritos perversos. Os agrupamentos e instituições dos homens sofrem muito mais.

            E quando Jesus se aproxima, através do Evangelho, pessoas e organizações indagam com pressa: “Que temos com o Cristo? Que temos a ver com a vida espiritual?”

            É preciso permanecer vigilante à frente de tais sutilezas, porquanto o adversário vai penetrando também os círculos do Espiritismo evangélico, vestido nas túnicas brilhantes da falsa ciência.

 

            (Caminho, verdade e vida. FEB Editora. Cap. 144)


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 


 

Comentários ao Evangelho Segundo Mateus (2.ª f.-28/08/2023)

 

[...] Não somente de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Mateus: 4:4.

 

Não somente

 

           Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.

            Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.

            Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.

            Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.

            Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.

            Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.

      Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.

            Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.

            Não apenas flores, mas também frutos.

            Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa.

            Não só teoria excelente, mas também prática santificante.

            Não apenas nós, mas igualmente os outros.

            Disse o Mestre: – “Nem só de pão vive o homem”.

            Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo.

        Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.

            (Fonte viva. Ed. FEB, cap. 18)

 

Legendas do literato espírita


        Optar, como deseje, por essa ou aquela escola literária respeitável, mas vincular a própria obra aos ensinamentos de Jesus.

        Emitir com dignidade os conceitos que espose; no entanto, afeiçoar-se quanto possível, ao hábito da prece, buscando a inspiração dos Planos Superiores.

            Exaltar o ideal, integrando-se, porém com a realidade.

           Cultivar os primores do estilo, considerando, em todo tempo, a responsabilidade da palavra.

        Enunciar o que pense; entretanto, abster-se de segregação nos pontos de vista pessoais, em detrimento da verdade.

            Aperfeiçoar os valores artísticos; todavia, evitar o hermetismo que obstrua os canais de comunicação com os outros.

            Entesourar os recursos da inteligência, mas reconhecer que a cultura intelectual, só por si, nem sempre é fundamento absoluto na obra da sublimação do espírito.

       Devotar-se à firmeza na exposição dos princípios que abraça, sem fomentar a discórdia.

        Valorizar os amigos, agradecendo-lhes o concurso; no entanto, nunca desprezar os adversários ou subestimar-lhes a importância.

         Conservar a certeza do que ensina, mas estudar sempre, a fim de ouvir com equilíbrio, ver com segurança, analisar com proveito e servir mais.

             (Ceifa de luz. Ed. FEB. Cap. 7)


domingo, 27 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 


Comentários às cartas universais e ao apocalipse (domingo -27/08/2023)

[...] Porque aquele que duvida é semelhante às ondas do mar, impelidas e agitadas pelo vento — Tiago, 1:6. 

Não duvides

             Em teus atos de fé e esperança, não permitas que a dúvida se interponha, como sombra, entre a tua necessidade e o poder do Senhor.

            A força coagulante de teus pensamentos, nas realizações que empreendes, procede de ti mesmo, das entranhas de tua alma, porque somente aquele que confia consegue perseverar no levantamento dos degraus que o conduzirão à altura que deseja atingir.

            A dúvida, no plano externo, pode auxiliara a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a hesitação no mundo íntimo é dissolvente de nossas melhores energias.

            Quem duvida de si próprio, perturba o auxílio divino em si mesmo.

            Ninguém pode ajudar àquele que se desajuda.

            Compreendendo o imperativo de confiança que deve nortear-nos para a frente, insistamos no bem, procurando-o com todas as possibilidades ao nosso alcance.

            Abandonemos a pressa e olvidemos o desânimo.

            Não importa que a nossa conquista surja triunfante hoje ou amanhã. Vale trabalhar e fazer o melhor que pudermos, aqui e agora, porque a vida se incumbe de trazer-nos aquilo que buscamos.

            Avançar sem vacilações, amando, aprendendo e servindo infatigavelmente — eis a fórmula de caminhar com êxito, ao encontro de nossa vitória. E nessa peregrinação incansável não nos esqueçamos de que a dúvida será sempre o frio do derrotismo a inclinar-nos para a negação e para a morte.

(Fonte viva. FEB Editora, cap. 165)

Inconstantes

             Inegavelmente existe uma dúvida científica e filosófica no mundo que, alojada em corações leais, constitui precioso estímulo à posse de grandes e elevadas convicções; entretanto, Tiago refere-se aqui à inconstância do homem que, procurando receber os benefícios divinos, na esfera das vantagens particularistas, costuma perseguir variadas situações no terreno da pesquisa intelectual sem qualquer propósito de confiar nos valores substanciais da vida.

            Quem se preocupa em transpor diversas portas, em movimento simultâneo, acaba sem atravessar porta alguma.

            A leviandade prejudica as criaturas em todos os caminhos, mormente nas posições de trabalho, nas enfermidades do corpo e nas relações afetivas.

            Para que alguém ajuíze com acerto, com respeito a determinada experiência, precisa enumerar quantos anos gastou dentro dela, vivendo-lhe as características.

            Necessitamos, acima de tudo, confiar sinceramente na Sabedoria e na Bondade do Altíssimo, compreendendo que é indispensável perseverar com alguém ou com alguma causa que nos ajude e edifique.

            Os inconstantes permanecem figurados na onda do mar, absorvida pelo vento e atirada de uma para outra parte.

            Quando servires ou quando aguardares as bênçãos do Alto, não te deixes conduzir pela inquietude doentia. O Pai dispõe de inumeráveis instrumentos para administrar o bem e é sempre o mesmo Senhor Paternal, através de todos eles. A dádiva chegará, mas depende de ti, da maneira de procederes na luta construtiva, persistindo ou não na confiança, sem a qual o Divino Poder encontra obstáculos naturais para exprimir-se em teu caminho.

(Pão nosso. FEB Editora, cap. 22)


sábado, 26 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL


 

Comentários às cartas de Paulo (sábado -26/08/2023)

 

O justo viverá da fé – Romanos, 1:17.

 

Viver pela fé

 

            Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.

            Não poucos aprendizes interpretaram erradamente a assertiva. Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.

            Frequentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a simbologia sectária, indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.

            Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.

            Os dias são ridentes e tranquilos? Tenhamos boa memória e não desdenhemos a moderação. São escuros e tristes? Confiemos em Deus, sem cuja permissão a tempestade não desabaria. Veio o abandono do mundo? O Pai jamais nos abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a morte? Eles são todos bons amigos, por trazerem até nós a oportunidade de sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo.

 

(Caminho, verdade e vida. FEB Editora, cap. 23)

 

Excelente, para os jovens idosos refletirem... e para os velhos reagirem!...

 

 IDOSOS OU VELHOS? 

"Você se considera uma pessoa idosa ou velha? [...]

Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.

Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme. 

Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina. Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa. 

Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse. 

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada. 

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens. 

O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram. 

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado. 

O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. 

O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina. O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. 

O idoso tem planos. O velho tem saudades. 

O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte. 

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade. 

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega. 

O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. 

As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura. 

Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração. A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante. Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas. 

Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor. Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio. 

Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho."

Disponível no Quora por Roosevelt Silva. Acesso em 26 ago. 2023.


 

EM DIA COM O MACHADO 590:
OS JOVENS E O ESPIRITISMO (Irmão Jó)
 

 
        Alma amiga, estivemos refletindo sobre a função da “invasão organizada” das gerações atuais, enviadas pelo Cristo à Terra e resolvemos sintetizar, nesta crônica, as revelações sobre o tema, desde os conselhos salomônicos até nossos dias. Em Provérbios, 1:8 e 9, aconselha Salomão: “8Escuta, meu filho, a disciplina do teu pai, não desprezes a instrução da tua mãe, 9pois será formoso diadema em tua cabeça e colar em teu pescoço”.
        Em seguida, Provérbios, 2:1, 2 e 5 propõe: “1Se aceitares, meu filho, minhas palavras e conservares meus preceitos, 2dando ouvidos à sabedoria, e inclinando o teu coração ao entendimento; 5[...] encontrarás o conhecimento de Deus”.
        Destacamos, por fim, o que Salomão diz para a juventude em 6:16 a 19: “16 Seis coisas detesta Deus, e a sétima a sua alma abomina: 17olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam o sangue inocente, 18coração que maquina planos malvados, pés que correm para a maldade, 19testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia discórdia entre irmãos”.
        Por fim, destaco esta frase de Salomão em Eclesiastes, “12: Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento”.
        Quem atende essa recomendação é feliz desde a juventude, mas isso não significa que não mais haja esperança de felicidade para quem só se lembra do Senhor no fim de sua existência. Como disse Jesus, Deus faz nascer o sol e cair a chuva sobre justos e injustos, embora tenhamos de colher aquilo que semeamos, seja isso o bem ou o mal.
         Assim como já dissera Jeremias, 31:29 e 30, eis o que diz o profeta Ezequiel, 18:2 a 4: “2Que vem a ser este provérbio que vós usais na terra de Israel: ‘Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos ficaram embotados’? 3Por minha vida, oráculo do Senhor, não repetireis jamais este provérbio em Israel. 4Todas as vidas me pertencem, tanto a vida do pai, como a do filho. Pois bem, aquele que pecar, esse morrerá”. E, nos versículos 14 a 17 complementa Ezequiel que todo jovem que observa a Lei de Deus e pratica a caridade “não morrerá pelas iniquidades de seu pai, antes, certamente viverá”. Isso significa, também, que a observância aos mandamentos divinos é fundamental a uma vida espiritual feliz. Cada ser responde pelos próprios atos e não pelos de outrem, salvo se for seu cúmplice.
        Cerca de 740 a.C. Isaías, considerado o profeta que mais anunciou a vinda à Terra do Messias ou Cristo, disse o seguinte: “E será que, de lua nova em lua nova e de sábado em sábado, toda a carne virá adorar perante mim, diz o Senhor” (Isaías, 66:23).
        Ao serem cumpridas as profecias, eis o que Jesus diz a seus discípulos que tentavam impedir as crianças de irem a ele: “Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais, porque o Reino dos Céus pertence aos que lhes são semelhantes” (Mateus: 19:14). Sobre essa frase de Jesus, comenta Allan Kardec, no capítulo 8, item terceiro d’O Evangelho Segundo o Espiritismo: “A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. É por isso que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como a da humildade”. Mas na última frase do item 10, alerta-nos: “Não basta [...] ter as aparências da pureza; é preciso, acima de tudo, ter a pureza do coração”.
        Na obra Amanhecer de uma nova era, o Espírito de Manoel Philomeno de Miranda esclarece-nos que a Terra se encontra em período de transição. Para aqui, estão sendo encaminhados espíritos de alta evolução moral, com o objetivo de reencarnarem e auxiliarem-nos na construção de um mundo melhor. Os réprobos, desajustados em relação à lei do amor, serão banidos daqui para mundo compatível com seu estado evolutivo, onde expiarão suas faltas, mas também terão oportunidade de evoluir, trabalhados pelo arrependimento e pela dor.
        É por esse motivo que, atualmente, observamos a participação de verdadeiros gênios mirins e jovens em programas televisivos que promovem suas manifestações artísticas e intelectuais, o que jamais ocorreu com essa intensidade. Confiemos em Jesus, que nos socorre com as almas elevadas desde sempre. Com a devida urgência, mas sem açodamento, parafraseando mensagem do espírito de Bezerra de Menezes sobre o tema união e unificação. Pois o jugo suave e o fardo leve do Cristo vêm sendo conduzidos amorosamente pelos jovens atuais, cuja missão é transformar o mundo em benefício dos mansos: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra” (Mateus, 5:5).
        Será essa nova geração que promoverá o grande avanço nas áreas da ciência, das artes, da filosofia, da tecnologia e das religiões. E nisso, grande influência já tem o Evangelho, que prepara o terreno da humanidade há 2023 anos, e o Espiritismo, em cumprimento à promessa de Jesus, registrada por João:14, ao anunciar a vinda do Consolador, confirmada pela obra de  Allan Kardec, há 166 anos, após lançamento, em Paris, França, d’O Livro dos Espíritos.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

 

O EVANGELHO POR EMMANUEL

 


Comentários aos atos dos apóstolos (6.ª f.-25/08/2023)

 

            Outros, porém, ridicularizando, diziam: estão cheios de mostoAtos, 2:13.

 

Perante a multidão

 

             A lição colhida pelos discípulos de Jesus, no Pentecostes, ainda é um símbolo vivo para todos os aprendizes do Evangelho, diante da multidão.

            A revelação da vida eterna continua em todas as direções.

            Aquele “som como de um vento veemente e imperioso” e aquelas “línguas de fogo” a que se refere a descrição apostólica, descem até hoje sobe os continuadores do Cristo, entre os filhos de todas as nações.

            As expressões do Pentecostes dilatam-se, em todos os países, embora as vibrações antagônicas das trevas.

            Todavia, para milhares de ouvintes e observadores apenas funcionam alguns raros apóstolos, encarregados de preservarem a Divina Luz.

            Realmente, são inumeráveis aqueles que, consciente ou inconscientemente, recebemos benefícios da Celeste Revelação; entretanto, não são poucos os zombadores de todos os tempos, dispostos à irreverência e à ironia, diante da Verdade.

            Para esses, os leais seguidores do Mestre estão embriagados e loucos. Não compreendem a humildade que se consagra ao bem, a fraternidade que dá sem exigências descabidas e a fé que confia sempre, não obstante as tempestades.

            É indispensável não estranhar o assédio desses pobres inconscientes, se te dispões, efetivamente, a servir ao Senhor da Vida. Cercar-te-ão o trabalho, acusando-te de bêbado; criticar-te-ão as atitudes, chamando-te covarde; escutar-te-ão as palavras de amor, conservando a ironia na boca. Para eles, a tua abnegação será envilecimento, a tua renúncia significará incapacidade, a tua fé será interpretada à conta de loucura.

            Não hesites, porém, no espírito de serviço. Permaneces, como os primeiros apóstolos, nas grandes praças onde se acotovelam homens e mulheres, ignorantes e sábios, velhos e crianças...

            Aperfeiçoa tuas qualidades de recepção, onde estiveres, porque o Senhor te chamou para intérprete de Sua Voz, ainda que os mais zombem de ti.

 

(Vinha de luz. FEB Editora, cap. 103)

 


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 
O EVANGELHO POR EMMANUEL
 

 
Comentários ao Evangelho Segundo João (5.ª f.-24/08/2023)
 
E a luz brilha na trevas, mas as trevas não a apreenderam [...] – João, 1:5.
 
Sirvamos ao bem
 
    Não te aflijas porque estejas aparentemente só no serviço do bem.
   Jesus era sozinho, antes de reunir os companheiros para o serviço apostólico. Sozinho, à frente do mundo vasto, à maneira de um lavrador, sem instrumentos de trabalho, diante da selva imensa...
    Nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje, em construção na Terra, para a felicidade humana.
    Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo, não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.
     Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, em todas as situações e em todas as criaturas.
     Não perdeu tempo em reprovações descabidas.
     Não se confiou a polêmicas inúteis.
    Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e amando, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria exemplificação.
   Continuemos, pois, em nossa marcha regenerativa para a frente, ainda mesmo quando nos sintamos sós.
     Sirvamos ao bem, acima de tudo, entretanto, evitemos discussões e agitações em que o mal possa expandir-se.
     Foge a sombra ao fulgor da luz.
     Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite, não conseguem apagar alguns milímetros da chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.
 
(Fonte viva. FEB Editora, cap. 106)
 
Pergunta 308 do livro O consolador
 
   Pergunta: As palavras de João: “A luz brilhou nas trevas e as trevas não a compreenderam” tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era?
  Resposta: As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo da verdade.
 
(O consolador. FEB Editora, pergunta 308)


  Propriedade Intelectual (Irmão Jó) Houve época em que produzir Obra de arte legal Era incerto garantir Direito intelectual.   Mas com tant...