O EVANGELHO POR
EMMANUEL
Comentários às cartas universais e ao apocalipse (domingo -27/08/2023)
[...] Porque aquele que duvida é semelhante às ondas do mar, impelidas e agitadas pelo vento — Tiago, 1:6.
Não
duvides
A força coagulante de teus
pensamentos, nas realizações que empreendes, procede de ti mesmo, das entranhas
de tua alma, porque somente aquele que confia consegue perseverar no levantamento
dos degraus que o conduzirão à altura que deseja atingir.
A dúvida, no plano externo, pode
auxiliara a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a
hesitação no mundo íntimo é dissolvente de nossas melhores energias.
Quem duvida de si próprio, perturba
o auxílio divino em si mesmo.
Ninguém pode ajudar àquele que se
desajuda.
Compreendendo o imperativo de
confiança que deve nortear-nos para a frente, insistamos no bem, procurando-o
com todas as possibilidades ao nosso alcance.
Abandonemos a pressa e olvidemos o
desânimo.
Não importa que a nossa conquista
surja triunfante hoje ou amanhã. Vale trabalhar e fazer o melhor que pudermos,
aqui e agora, porque a vida se incumbe de trazer-nos aquilo que buscamos.
Avançar sem vacilações, amando,
aprendendo e servindo infatigavelmente — eis a fórmula de caminhar com êxito,
ao encontro de nossa vitória. E nessa peregrinação incansável não nos
esqueçamos de que a dúvida será sempre o frio do derrotismo a inclinar-nos para
a negação e para a morte.
(Fonte viva. FEB Editora, cap. 165)
Inconstantes
Quem se preocupa em transpor
diversas portas, em movimento simultâneo, acaba sem atravessar porta alguma.
A leviandade prejudica as criaturas
em todos os caminhos, mormente nas posições de trabalho, nas enfermidades do
corpo e nas relações afetivas.
Para que alguém ajuíze com acerto,
com respeito a determinada experiência, precisa enumerar quantos anos gastou
dentro dela, vivendo-lhe as características.
Necessitamos, acima de tudo, confiar
sinceramente na Sabedoria e na Bondade do Altíssimo, compreendendo que é
indispensável perseverar com alguém ou com alguma causa que nos ajude e
edifique.
Os inconstantes permanecem figurados
na onda do mar, absorvida pelo vento e atirada de uma para outra parte.
Quando servires ou quando aguardares
as bênçãos do Alto, não te deixes conduzir pela inquietude doentia. O Pai
dispõe de inumeráveis instrumentos para administrar o bem e é sempre o mesmo
Senhor Paternal, através de todos eles. A dádiva chegará, mas depende de ti, da
maneira de procederes na luta construtiva, persistindo ou não na confiança, sem
a qual o Divino Poder encontra obstáculos naturais para exprimir-se em teu
caminho.
(Pão nosso. FEB Editora, cap. 22)
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