EM DIA COM O MACHADO 507:
SALVE, SEBASTIÃO! (Jó)
Saúde e paz, amigos!
Hoje lhes falo do resort
Club Med Rio das Pedras, situado no meu saudoso Rio de Janeiro, de onde
saí há 47 anos. Mas o que motiva esta nova conversa é o fato de que, no dia 20
de janeiro, dia em que se homenageia São Sebastião, patrono desta Cidade
Maravilhosa, é meu desejo de homenagear Sebastião Ribeiro de Oliveira, o seu
Sebastião, como todos faziam questão de tratá-lo, e que recebeu esse nome por
ter nascido nessa data. Se vivo fosse, seu Sebastião, que foi meu pai em
sua última encarnação, faria 113 anos, haja vista ter desencarnado aos 54 anos,
em 1963, e estaria concorrendo ao posto de homem mais velho, se não do Brasil,
desta cidade onde nasci, pois sou carioca.
Espírita convicto,
embora em sua época, como ainda é comum ocorrer, os pais espíritas costumassem
batizar e crismar seus filhos na igreja católica, papai deixou-me a certeza,
como já citei em crônica anterior, de que nenhuma religião, como a espírita,
nos proporciona a verdade sobre a justiça divina, as provas de que somos
imortais e que reencarnaremos tantas vezes quantas forem necessárias à nossa
evolução espiritual. Católica era minha
mãe, nascida em Tombos, MG, neta de portugueses católicos, embora ela nunca se
opusesse à crença do marido e até frequentasse, por vezes, reuniões espíritas e
cultos afro-brasileiros. Lá em casa
mesmo, era comum haver sessões mediúnicas com manifestações de entidades
variadas: guias espirituais, caboclos, exus, pretos velhos etc.
Dos sete filhos que tiveram,
o que mais lhes deu
trabalho, na educação que nos puderam proporcionar, fui eu mesmo. Entretanto,
não creio que nenhum deles tenha chorado tanto quanto eu, 11 anos, na época, ao
ver o pai amado desencarnar, muito mais acabado, organicamente do que estou
agora, com 16 anos a mais do que ele tinha...
Casei-me com mulher
espírita e médium desde criança. Desde então, realizamos, uma vez por semana, o
culto do evangelho no lar. Nos primeiros anos de nossa união, Lourdes, a
esposa, teve a visão espiritual de meu pai, que lhe informou ter sido
encarregado de ser o mentor espiritual de nosso culto. Por cerca de 35 anos, ele
acompanhou-nos espiritualmente, especialmente nesse dia, quando costumava, vez por outra, ser visto
por Lourdes, a quem transmitia palavras edificantes...
Certa noite, novamente
visitou-nos em espírito e disse à Lourdes que faria um curso reencarnatório no
plano espiritual e, a partir de então, seria substituído por outro mentor. Desejou-nos
boa sorte, abençoou-nos e despediu-se para sempre.
Neste mês de janeiro,
mais uma vez, eu e Lourdes prestamos humilde homenagem a esse sábio Espírito, que
me brindou com a melhor herança que um pai pode deixar a seus filhos: a certeza
de que Deus existe; de que este é justo; de que Deus nos criou para sermos
felizes, na eternidade da vida; a convicção de que essa felicidade é fruto da
conquista de cada um, pelo bom uso do livre-arbítrio, em incontáveis reencarnações,
até que alcance a perfeição. Foi o que o Cristo quis dizer-nos com sua frase: Sede perfeitos!
Paz e bem!