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sábado, 22 de janeiro de 2022

 

EM DIA COM O MACHADO 507:
SALVE, SEBASTIÃO! (Jó)

 


Saúde e paz, amigos!

 

Hoje lhes falo do resort Club Med Rio das Pedras, situado no meu saudoso Rio de Janeiro, de onde saí há 47 anos. Mas o que motiva esta nova conversa é o fato de que, no dia 20 de janeiro, dia em que se homenageia São Sebastião, patrono desta Cidade Maravilhosa, é meu desejo de homenagear Sebastião Ribeiro de Oliveira, o seu Sebastião, como todos faziam questão de tratá-lo, e que recebeu esse nome por ter nascido nessa data. Se vivo fosse, seu Sebastião, que foi meu pai em sua última encarnação, faria 113 anos, haja vista ter desencarnado aos 54 anos, em 1963, e estaria concorrendo ao posto de homem mais velho, se não do Brasil, desta cidade onde nasci, pois sou carioca.

Espírita convicto, embora em sua época, como ainda é comum ocorrer, os pais espíritas costumassem batizar e crismar seus filhos na igreja católica, papai deixou-me a certeza, como já citei em crônica anterior, de que nenhuma religião, como a espírita, nos proporciona a verdade sobre a justiça divina, as provas de que somos imortais e que reencarnaremos tantas vezes quantas forem necessárias à nossa evolução espiritual.  Católica era minha mãe, nascida em Tombos, MG, neta de portugueses católicos, embora ela nunca se opusesse à crença do marido e até frequentasse, por vezes, reuniões espíritas e cultos afro-brasileiros. Lá em casa mesmo, era comum haver sessões mediúnicas com manifestações de entidades variadas: guias espirituais, caboclos, exus, pretos velhos etc.

Dos sete filhos que tiveram, o que mais lhes deu trabalho, na educação que nos puderam proporcionar, fui eu mesmo. Entretanto, não creio que nenhum deles tenha chorado tanto quanto eu, 11 anos, na época, ao ver o pai amado desencarnar, muito mais acabado, organicamente do que estou agora, com 16 anos a mais do que ele tinha...

Casei-me com mulher espírita e médium desde criança. Desde então, realizamos, uma vez por semana, o culto do evangelho no lar. Nos primeiros anos de nossa união, Lourdes, a esposa, teve a visão espiritual de meu pai, que lhe informou ter sido encarregado de ser o mentor espiritual de nosso culto. Por cerca de 35 anos, ele acompanhou-nos espiritualmente, especialmente nesse dia, quando costumava, vez por outra, ser visto por Lourdes, a quem transmitia palavras edificantes...

Certa noite, novamente visitou-nos em espírito e disse à Lourdes que faria um curso reencarnatório no plano espiritual e, a partir de então, seria substituído por outro mentor. Desejou-nos boa sorte, abençoou-nos e despediu-se para sempre.

Neste mês de janeiro, mais uma vez, eu e Lourdes prestamos humilde homenagem a esse sábio Espírito, que me brindou com a melhor herança que um pai pode deixar a seus filhos: a certeza de que Deus existe; de que este é justo; de que Deus nos criou para sermos felizes, na eternidade da vida; a convicção de que essa felicidade é fruto da conquista de cada um, pelo bom uso do livre-arbítrio, em incontáveis reencarnações, até que alcance a perfeição. Foi o que o Cristo quis dizer-nos com sua frase: Sede perfeitos!

Paz e bem!

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

 

EM DIA COM O MACHADO 506:
PARA VENCER A MORTE... (Jó)

 


Salve, amigos,

 

            Aprendemos, no Espiritismo cristão, que a vida é um dom divino que devemos valorizar sempre. Jesus Cristo veio provar-nos que a morte não existe. Morre o corpo físico, sobrevive o corpo espiritual. A maior prova sobre a imortalidade da alma é a ressurreição de Jesus, que durante vários séculos foi confirmada pela tradição oral e pelas anotações dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João. Mateus e João foram dois dos doze apóstolos do Cristo, e seus registros, também anotados por Marcos e Lucas, confirmam a vinda ao mundo desse Espírito puro, anunciado no Antigo Testamento por Moisés, Isaías, Jeremias e outros profetas.

            Tal foi a convicção que a presença de Jesus Cristo trouxe ao mundo, e tais foram os fenômenos que ele realizou, que, durante muitos séculos, seus discípulos não tiveram o mínimo receio de dar sua vida em testemunho de lealdade a ele e de fidelidade à prática de sua mensagem. Embora valorizando cada minuto de sua vida, todos os fiéis seguidores do Cristo jamais temem a morte do corpo físico, pois, ainda que de modo intuitivo, todos têm a certeza de que a vida prossegue no Além.

            O Espiritismo surge, no mundo, presidido pelo Espírito de Verdade, em cumprimento à promessa de Jesus registrada por João, 14:15 a 18, para tirar o véu da letra e nos trazer a confirmação, pela manifestação dos Espíritos, de que todo Espírito encarnado possui três elementos: a alma, o perispírito (corpo semimaterial) e o corpo orgânico. Quando este morre, a alma reassume-se como Espírito e continua a ter sensações até mais apuradas do que seus cinco limitados sentidos. É quando se reingressa no Plano espiritual, de onde se vem e para onde se volta. Ali se encontram as muitas moradas da casa do Deus, conforme nos assegurou Jesus em João, 14:2.

            Ao doutor da lei que lhe perguntara qual seria o maior mandamento, Jesus resume o Decálogo em dois mandamentos: amor  a Deus, em primeiro lugar, e ao próximo, em seguida. Quanto mais benevolência, perdão e indulgência para com as fraquezas alheias exercitarmos, mais estaremos amando e compreendendo o sentido da caridade. Desse modo, quanto mais caridade tivermos para com todas as criaturas de Deus, melhor será, no futuro, a nossa morada na casa de Deus, haja vista que Jesus promete dar "a cada um, segundo suas obras" (Mateus, 16:27).

            É assim que venceremos o temor da morte, pois tudo na obra de Deus remete à vida em abundância. Amemos, pois, e pratiquemos o bem incansavelmente, como nos recomenda Jesus e seus apóstolos de todos os tempos.

            Concluímos com este soneto intitulado:

Vencendo a morte!

 

  • O que fazer para vencer a morte,
  • Para alcançar as luzes da verdade?
  • Agir sempre no bem, ter humildade
  • Como Jesus pregou em toda a parte.

  • Jamais clamar com raiva da má sorte,
  • Exercitar com todos a piedade,
  • Opor sempre o amor à vã maldade,
  • Pois Cristo sempre faz do fraco um forte.

  • Vencer a morte é não somente crer
  • Que Jesus Cristo foi seu vencedor
  • E ter a fé de remover montanha.

  • É sobretudo pelo teu fazer
  • Que provarás que és merecedor,
  • Pois Cristo é vida e é vida tamanha!


            Despeço-me rogando a Jesus suas bênçãos de paz, fé e esperança para todos. Com o Cristo no pensamento, palavras e atos, venceremos todas as provas e expiações, pois ele será sempre o nosso guia na subida íngreme para a casa divina, suavizada pelo amor. Jesus Cristo é vida, e com ele venceremos o temor da morte.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

 


18.5 Instruções dos Espíritos


18.5.1 Será dado àquele que tem
Um Espírito amigo
Bordeaux, 1862


             E aproximando-se dele, seus discípulos lhe perguntaram: Por que lhes fala por parábolas? Respondendo, disse lhes Ele: Porque a vocês é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles isso não  é concedido. Porque ao que tem, mais se lhe dará e ele terá em abundância, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso é que eu lhes falo por parábolas: porque eles, vendo, não veem, e ouvindo não ouvem, nem entendem. E a profecia de Isaías neles se cumpre, quando diz: Vocês ouvirão com os ouvidos, e não entenderão; e olharão com os olhos e nada verão (Mateus, 13:10-14).

             Tenham bastante cuidado com o que ouvem. Por que com a medida com que medirem os outros vocês serão medidos, e ainda se lhes acrescentará. Porque ao que já tem, será dado, e ao que não tem, ainda o que tem lhe será tirado. (Marcos, 4:24-25).

             "Dá-se ao que já tem e tira-se do que não tem". Meditem sobre esses grandes ensinamentos, que frequentemente lhes parecem paradoxais. Aquele que recebeu é o que possui o sentido da palavra divina. Ele a recebeu porque se esforçou em tornar-se digno, e porque o Senhor, no seu amor misericordioso, encoraja os esforços que tendem para o bem. Esses esforços sustentados, perseverantes, atraem as graças do Senhor. São um imã que atrai a si tudo que é, progressivamente, melhor; as graças abundantes, que os tornam fortes para a subida da montanha santa, no topo da qual  está o descanso após o trabalho.

            "Tira-se àquele que nada tem, ou que tem pouco." Tomem isso como uma oposição figurada. Deus não tira das suas criaturas o bem que se dignou conceder-lhes. Homens cegos e surdos! abram suas inteligências e seus corações, vejam pelo seu espírito; entendam por sua alma; e não interpretem de modo tão grosseiramente injusto as palavras daquele que fez resplandecer aos seus olhos a justiça do Senhor! Não é Deus quem retira daquele que pouco havia recebido, é este mesmo que, pródigo e descuidado, não sabe conservar o que tem, e aumentar, fecundando-o o óbolo que caiu no seu coração.

            Aquele que não cultiva o campo que seu pai ganhou com o trabalho e lhe deixou como herança vê esse campo cobrir-se de ervas daninhas. É seu pai que lhe tira as colheitas que ele não quis preparar? Se ele deixou murchar as sementes destinadas a produzir nesse campo, por falta de cuidado, deve acusar seu pai pela falta de produção? Não, não, em vez de acusar aquele que tudo lhe havia preparado, de criticar suas doações, queixe-se do verdadeiro autor de suas misérias, e arrependido e ativo, ponha-se à obra com coragem.

            Cultive o solo ingrato com o esforço de sua vontade; lavre-o a fundo, com a ajuda do arrependimento e da esperança; lance nele, confiante, a semente que escolheu como boa entre as más; regue-a com seu amor e sua caridade, e Deus, o Deus de amor e caridade, dará àquele que já recebera. Então, ele verá seus esforços coroados de sucesso, e um grão produzir cem, e outro, mil. Coragem, trabalhadores! Tomem suas grades e arados, lavrem seus  corações, arranquem deles o joio; semeiem a boa semente que o Senhor lhes confia, e o orvalho do amor lhes fará produzir os frutos da caridade.


Tradução livre de Jorge Leite de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/0494890808150275

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

 

EM DIA COM O MACHADO 505:
Não vim destruir a Lei de Deus (Jó)

 


         Amigos leitores, como fui encarregado de expor virtualmente, na FEB, o tema desta crônica, no dia 9 de janeiro de 2022, após retornar de saudáveis dias em Florianópolis, pedi ao mentor Machado que me inspirasse na elaboração do poema abaixo sobre o assunto, que está no capítulo I d'O Evangelho Segundo o Espiritismo. Ele, gentilmente, acedeu ao meu pedido, que compartilho com vocês a seguir.

 

Não vim destruir a Lei... – Por: Jó

 

Após ter sido acusado por alguns homens judeus

de violar as leis de Deus, Jesus lhes diz inspirado:

— Moisés, o grande profeta, anunciou minha vinda

após receber de Iahweh as tábuas da Lei divina.

 

Nelas, os Dez Mandamentos, que ele entregou aos hebreus,

têm no início o ensinamento para amar primeiro a Deus.

Dos dez, esse é o primeiro!

 

Sete é proibição; e, se o descanso é o terceiro,

o quarto é o de devoção:

honrar mãe e pai honrar, é o que este nos ensina,

pois o amor familiar é parte da Lei divina.

 

O segundo mandamento faz-nos recomendação

que não citei logo atrás, mas é o seu primeiro não:

não falar seu nome em vão...

 

Depois diz pra não matar,

não praticar adultério,

como também não furtar.

 

A estes, seguem-se três:

não ser testemunha falsa; não cobiçar a mulher

e nem as coisas alheias.

 

Guardem os Dez Mandamentos da Lei divina que sigo.

O resto foi de Moisés: leis tão duras que eu nem digo...

 

Sendo, de Moisés, preciso, leis cruéis para conter

a dureza de uma tribo,

fingiu de Deus receber outra legislação forte

com dura intimidação;

mas a Lei divina é o norte de amor ao nosso irmão.

 

E, para o mundo querido, tudo o que eu lhe falei

e não foi compreendido está na divina Lei.

 

Não vim destruir a Lei, pois de todos os profetas,

embora sendo o maior, fui humilde e muito amei.

Moisés já me anunciara, dois mil anos antes d'Eu

vir ao mundo em Belém como o Messias de Deus.

 

500 anos depois, fora o profeta Isaías

que, em ocasiões diversas, ao mundo me anunciaria.

Para virem boas-novas, como previra Isaías,

Deus me enviaria ao mundo como o seu maior Messias.

 

Mais dois séculos na história, e o profeta Jeremias

alertou-lhe que eu viria restaurar a Lei divina.

 

Também disse Malaquias, quatro séculos depois,

que João já fora Elias e então me precederia.

 

Então eu, o Redentor, vim ao mundo em cumprimento

deste novo mandamento de nosso Pai e Senhor:

—Voz que clama no deserto, preparai ao Salvador

veredas endireitadas pela pureza do amor...

 

Trinta anos se passaram, e o precursor João Batista

falou-me da gratidão de todos que se curaram:

— Mestre, cegos veem, sarados;

mudos cantam ao falar;

surdos se alegram de ouvir;

e coxos dançam no andar...

 

E eu disse a João Batista que a maior enfermidade

que o mundo trazia n'alma era o desprezo à verdade.

De tanto explorar-se a crença com mentira mitológica,

a fé caiu em descrença, ante o domínio da lógica.

 

Por isso é que foi preciso depurar na rude dor,

com tragédia e pandemia, este mundo pecador.

 

Então, eu lhes asseguro: não vim a Lei destruir,

Vim, sim, tirá-los do escuro, para a Lei de Deus cumprir.

 

Não existe lei maior que a divina Lei do amor,

e, para seu cumprimento, presido ao Consolador

que anunciei por João, no capítulo quatorze,

e que deixará no mundo eterna consolação.

 

Trouxe-lhes o Espiritismo, que tira da letra o véu,

qual revelação do céu, restaurando o Cristianismo.

E, como seu bom pastor, reforço tudo o que disse:

amem-se como eu os amo; a Lei de Deus é o amor!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

 

18.4 Muito será pedido a quem muito recebeu

 


         O servo que souber a vontade de seu Senhor e que, no entanto, não estiver pronto e não fizer  o que se deseja dele, será castigado rudemente; mas aquele que não soube a vontade do senhor e fizer coisa digna de castigo será menos punido. Muito se pedirá àquele a quem muito se tiver dado, e ao que muito confiaram, mais contas lhe serão tomadas (Lucas, 12: 47-48).

         Vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem, tornem cegos. Alguns dos fariseus que estavam com ele, ouvindo essas palavras lhe disseram: — Logo, também nós somos cegos? Jesus respondeu-lhes: Se vocês fossem cegos, não teriam pecado; mas como agora mesmo dizem que veem; por isso permanece em vocês seu pecado (João, 9:39- 41).

         Essas máximas encontram sua aplicação sobretudo no ensino dos Espíritos. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo é seguramente culpado, se não os praticar. Mas além de não ser suficientemente difundido o Evangelho que os contêm, senão entre as seitas cristãs, mesmo entre estas, quantas pessoas existem que não o leem, e entre as que o leem, quantas não o compreendem! Disso resulta que as próprias palavras de Jesus ficam perdidas para a maioria dos homens.          O ensino dos Espíritos, que reproduz essas máximas sob diferentes formas, que as desenvolve e comenta, pondo-as ao alcance de todos, tem isto de particular, ou seja, não é circunscrito. Assim, todos, letrados ou não, crentes ou descrentes, cristãos ou não cristãos, podem recebê-lo, pois os Espíritos se comunicam por toda a parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outros, pode pretextar ignorância, ou pode desculpar-se com sua falta de instrução ou com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, pois, que não o põe em pratica para se melhorar, que o admira apenas como interessante e curioso, sem que seu coração seja tocado, que não se faz menos fútil, menos orgulhoso, menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo é tanto mais culpado, quanto teve maior facilidade para conhecer a verdade.

         Os médiuns que obtêm boas comunicações são ainda mais repreensíveis por persistirem no mal, porque escrevem frequentemente a sua própria condenação, e se não estivessem cegos pelo orgulho, reconheceriam que os Espíritos se dirigem a eles mesmos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que veem os outros escreverem, sua única preocupação é a de aplicá-las a outras pessoas, incidindo assim nestas palavras de Jesus: "Veem um argueiro no olho do próximo, e não veem a trave no seu." (cap. 9. n.º 9)

         Por estas palavras: "Se vocês fossem cegos, não teriam pecado", Jesus entende que a culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham pretensão de ser, e que realmente eram, a parte mais esclarecida da nação, tornavam-se mais repreensíveis aos olhos de Deus que o povo ignorante. O mesmo acontece hoje.

         Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito têm recebido,  como muito será dado aos que houverem aproveitado.

         O primeiro pensamento de todo espírita sincero deve ser o de procurar, nos conselhos dados pelos Espíritos, alguma coisa que lhe diga respeito.

         O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que concede, multiplicará também o número dos escolhidos.

          Tradução livre de Jorge Leite de Oliveira
         http://lattes.cnpq.br/0494890808150275

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

 

EM DIA COM O MACHADO 504:
 O PAI “CHATO” QUE EDUCA PARA A VIDA (Jó)

         


Amigos leitores, a crônica de hoje foi adaptada do texto traduzido por Rodrigo Faustino, com data de 17 de dezembro de 2021, que li no Quora. Se o conteúdo me ajudar a ser melhor, certamente lhe será de grande utilidade.

Segundo Faustino, um jovem estava insatisfeito em viver na casa paterna devido ao seu pai o irritar constantemente com observações como estas:

1. desligue o ventilador, se não vai usá-lo;

2. por que a TV está ligada onde não há ninguém;

3. feche a porta!

4. não gaste tanta água!

         E assim, dia a dia, o rapaz era admoestado pelo pai, quando se esquecia de desligar uma luz, se não arrumasse a própria cama etc. Até receber um convite para entrevista de emprego, quando viu nisso a oportunidade de sair de casa, caso fosse aprovado... Então, pensou: - Se eu conseguir esse emprego, sairei desta casa e nunca mais ouvirei reclamação do meu pai.

Quando foi para a entrevista, o pai o aconselhou: - Mesmo que você não saiba a resposta, responda sem hesitar as perguntas que lhe forem feitas.

Ao chegar ao local da entrevista, o filho percebeu que a porta estava aberta e resolveu encostá-la.

Antes de entrar no escritório, viu lindas flores sendo encharcadas com a água da mangueira, pois o jardineiro deixara sua torneira aberta. Então, fechou a torneira e a água pôde correr para outras plantas que precisavam dela.

Em seguida, entrou no escritório.

Na recepção não havia ninguém, mas leu um anúncio ali que informava o primeiro andar como sendo o local da entrevista. Subiu as escadas e apagou a luz da sala, que percebeu estar acesa há muitas horas sem necessidade, após se lembrar do conselho do pai: “Apague a luz ao sair da sala.”

Ao adentrar um grande salão, viu muitas pessoas sentadas, que esperavam sua vez de ser atendidas. Uma a uma foram sendo chamadas, enquanto o jovem imaginava se teria alguma chance de ser contratado. Até que chegou sua vez de ser entrevistado.

Dirigiu-se para o corredor da entrevista um pouco nervoso e viu um pequeno tapete com a expressão: Bem-vindo! de cabeça para baixo. Endireitou o tapete e, ao ser recebido pelo entrevistador, apertou-lhe com firmeza a mão.

O responsável pegou seus papéis e sem olhá-los perguntou-lhe: - Quando você pode começar a trabalhar?

O jovem ainda pensou se aquela não seria uma pergunta capciosa ou se lhe estaria sendo oferecido o trabalho sem teste. Mas antes que respondesse, ouviu do seu futuro chefe: - Você passou em todos os testes. O que avaliamos são as atitudes do candidato, e você foi aprovado em todas elas. Queríamos ver o comportamento dos candidatos e, para isso, instalamos câmeras por onde todos passaram. Ninguém, antes de você encostou a porta, desligou a mangueira, endireitou o tapete de boas-vindas e apagou a luz ligada sem necessidade. Por isso, selecionamos você para o trabalho. Seja bem-vindo!

Aquele rapaz que antes se incomodava com as regras disciplinares impostas por seu pai agora retornava feliz para casa. Ao chegar, abraçou seu pai e disse-lhe: - Obrigado, pai, por seus conselhos úteis para toda a vida!

Naquele momento, deu-se conta de que tudo o que os pais desejam é o bem de seus filhos, um futuro brilhante para estes. Quando os filhos respeitam seus pais e acatam o que estes lhes dizem, quando aceitam suas repreensões, correções e orientações tornam-se melhores.

Na idade de cinco ou seis anos, nossos pais são nossos professores. Aos vinte anos e mais, costumamos considerá-los vilões, mas por toda a vida eles são os guias que desejam o nosso bem. Por isso, reflitamos que é preciso amá-los sempre e honrá-los, mesmo se os consideramos equivocados e severos, para não nos lamentarmos quando não mais os tivermos conosco.

Tratemos nossos pais sempre com respeito e com amor! E aprenderemos com eles a fazer o mesmo às outras pessoas.

Feliz 2022!

  Propriedade Intelectual (Irmão Jó) Houve época em que produzir Obra de arte legal Era incerto garantir Direito intelectual.   Mas com tant...