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domingo, 23 de agosto de 2020


11.4 O egoísmo


Emmanuel
Paris, 1861


O egoísmo, esta chaga da Humanidade, tem que desaparecer Terra, porque impede seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, portanto, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, sua força e sua coragem. Digo: coragem, porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo, do que para vencer os outros.
Que cada um dedique, então, todos os seus esforços em combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus lhes deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o de egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: "Que me importa!" E diz aos judeus: Esse homem é justo, por que querem crucificá-lo? Entretanto, deixa que o levem ao suplício.
É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. É a vocês, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabe a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam sua marcha.
Expulsem o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua roupagem viril e, para isso, é necessário primeiro expulsá-lo de seus corações.

Tradução livre do prof. dr. Jorge Leite de Oliveira

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