Auxílio eficiente
E abrindo a sua boca os ensinava (Mateus, 5:2).
O homem que se
distancia da multidão raramente assume posição digna à frente
dela.
Em geral, quem
recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.
Quem alcança
patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram
companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes
para que os necessitados não o aborreçam.
Quem aprimora a
inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente
exploráveis.
E a massa, na
maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.
A política
inferior converte-a em joguete de manobra comum.
O comércio
desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.
O
intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que
lhe é peculiar.
De época em
época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas
necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e
atitudes.
Raríssimos são
os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo.
Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.
Jesus, porém,
traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando
que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a
ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra
educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos
os tempos.
Quem se honra,
pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais
próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e
a sentir-se melhor.
(Vinha de Luz, Ed. FEB, cap.
17).
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