O EVANGELHO POR
EMMANUEL
Comentários ao Evangelho Segundo João (5.ª
f.- 14/09/2023)
Que
buscais?
E
Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? (João,
1:38)
A vida em si é conjunto divino de
experiências.
Cada existência isolada oferece ao homem o
proveito de novos conhecimentos. A aquisição de valores religiosos, entretanto,
é a mais importante de todas, em virtude de constituir o movimento de
iluminação definitiva da alma para Deus.
Os homens, contudo, estendem a esse
departamento divino a sua viciação de sentimentos, no jogo inferior dos
interesses egoísticos.
Os templos de pedra estão cheios de
promessas injustificáveis e de votos absurdos.
Muitos devotos entendem encontrar na
Divina Providência uma força subornável, eivada de privilégios e preferências.
Outros se socorrem do plano espiritual com o propósito de solucionar problemas
mesquinhos.
Esquecem-se de que o Cristo ensinou e
exemplificou.
A cruz do Calvário é símbolo vivo.
Quem deseja a liberdade precisa obedecer
aos desígnios supremos. Sem a compreensão de Jesus, no campo íntimo, associada
aos atos de cada dia, a alma será sempre a prisioneira de inferiores
preocupações.
Ninguém olvide a verdade de que o Cristo
se encontra no umbral de todos os templos religiosos do mundo, perguntando, com
interesse, aos que entram: “Que buscais?”
(Caminho, verdade e vida. FEB
Editora, cap. 22)
Que
buscais?
(João,
1:38)
Esta simples indagação do Senhor aos dois
discípulos que o seguiam, é dirigida presentemente a todos os lidadores do
Espiritismo, diante da Boa-Nova renascente no mundo.
Ao obreiro modesto da assistência
fraternal, exprime a Voz Superior a reclamar-lhe os frutos na colheita do bem.
Ao colaborador da propaganda doutrinária,
representa a interpelação incessante acerca da tarefa de resguardar a pureza
dos postulados que consolam e instruem.
Ao orientador das assembleias de nossa fé,
é a pergunta judiciosa, quanto à qualidade do esforço no cumprimento dos
deveres que lhe competem.
Ao servidor da evangelização infantil,
surge a interrogação do Divino Mestre qual brado de alerta relativamente ao
rumo escolhido para a sementeira de luz.
Ao portador da responsabilidade mediúnica,
inquire Jesus pela aplicação dos talentos que lhe foram confiados.
Ao aprendiz incipiente da oficina espírita
cristã constitui adequada sindicância quanto à sinceridade que traz consigo,
alertando-o para os deveres justos.
A cada criatura que desperta em mais altos
níveis da fé raciocinada, soa a interpelação do Senhor como sendo convite às
obras em que se afirme a caridade real.
Assim, escuta no íntimo, em cada lance das
próprias atividades, a austera palavra do Condutor Divino, convocando-te à
coerência entre o ideal e o esforço, entre a promessa e a realização.
Analisa o que fazes.
Observa o que dizes.
Medita em torno de tuas aspirações mais
ocultas.
Que resposta forneces à indagação do
Senhor?
Quem segue o Cristo, vive-lhe o
apostolado.
Serve, coopera e caminha avante, sem temor
ou vacilação, lembrando-te de que o Verbo da Verdade incide sobre nós, cada
dia, perguntando incessantemente:
– Que buscais?
(O espírito da verdade. FEB
Editora, cap. 54)
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