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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016



Em dia com o Machado 200 (jlo)

Quando os historiadores, antropólogos e biólogos se empenham em pesquisar a “história da humanidade”, como o fez o dr. Harari (2015), descobrem, com base na determinação da idade estabelecida pelo carbono e pelos fósseis, que nossa suposta primeira mãe nasceu há 6 milhões de anos. E era chimpanzé. Seríamos, pois, primatas, com ancestral comum aos chimpanzés, embora estes não tivessem tido a mesma sorte que a nossa de nascer com algo mais na estrutura cerebral. Daí as duas ramificações de chimpanzés, propriamente ditos e homo, gênero humano que originou diversas espécies, como a do Homo neanderthalensis, Homo erectus, Homo soloensis, Homo floresiensis e Homo sapiens, só para citar algumas e tendo restado apenas a última.
O Homo sapiens teria exterminado todas as outras espécies humanas e, de 12.000 anos para cá vem reinando absoluto e destruindo a natureza e diversos gêneros de animais como nunca isso ocorrera em milhões de anos.
Mas no que toca ao cérebro mais desenvolvido ser a causa desse predomínio, isso não é bem assim... A causa primordial está nas leis que regem o espírito, desconhecidas pelos cientistas e pesquisadores que somente levam em conta o elemento material das leis universais e não os três elementos citados pelos espíritos a Allan Kardec: Deus, espírito e matéria (O livro dos espíritos, questão 27).
Amiga leitora, você que é cocriadora divina, que está apta a nos proporcionar um corpo físico, quando desejamos reencarnar, certamente entenderá, quando eu lhe disser que o ser humano possui duas naturezas: participa da natureza animal, pelo corpo com seus instintos e da natureza espiritual por sua alma (KARDEC, op. cit, questão 605). Entretanto, somos seres à parte, que tanto podemos nos rebaixar ao nível dos “brutos”, como também elevar-nos aos píncaros da luz espiritual (Id., q. 592).
Minha teoria é a de que todas as chamadas espécies de homens existentes, até o predomínio total do Homo sapiens, nos últimos doze mil anos, nada mais foram do que a evolução de uma mesma espécie que passou a se intitular sapiens. Por outro lado, o que Harari chama de chimpanzé é o primeiro protótipo de ser humano criado na Terra por Deus, cujos elementos espirituais formadores não derivaram de primatas, mas sim de um organismo apropriado a espírito simples e ignorante. O homem, embora fisicamente provenha de uma espécie aperfeiçoada dos primatas, há milhões de anos, pelo que toca à alma, é um ser à parte, doutor Harari.
O sapiens, foi o resultado da evolução desse chamado hominídeo ao longo de milhões de anos, até chegar ao estágio atual. Harari afirma que o seu predomínio sobre todos os demais animais se deveu à característica única da linguagem fictícia e à cooperação grupal superior ao número de 150 indivíduos, o que não ocorre com os demais animais. Segundo esse historiador, a ficção é o que há de mais “singular na linguagem do sapiens” (2015, p. 32) e, junto com a “fofoca”, esse poder de comunicação torna-nos imbatíveis. Entretanto, o que ele chama de ficção é, na realidade, a influência do mundo espiritual, que sempre existiu, no mundo físico, e o que ele denomina “fofoca” é o uso inteligente das faculdades cognitivas do homem, inspirado por essas entidades invisíveis, para reagir contra tudo aquilo que lhe prejudica os interesses individuais e coletivos. Daí surgir a lei de ação e reação ou de causa e efeito, única lei a explicar racionalmente as provas e expiações individuais e coletivas, bem como a superioridade intelectual e moral de algumas pessoas sobre outras, como fruto do merecimento proveniente do bom uso do livre arbítrio e do seu desenvolvimento  cognitivo.
A revolução cognitiva, ocorrida há 70.000 anos, teria sido o começo da ascensão do sapiens sobre todos os demais gêneros e espécies animais. Depois dela, a revolução agrícola fez do homem caçador-coletor o “rei da criação”. O sapiens também domesticou animais, como o cão, cujo vínculo conosco data de, no mínimo, 15.000 anos. A evolução e não a revolução cognitiva humana ocorre desde tempos imemoriais, ou seja, desde que este surgiu na Terra, há milhões de anos, como nos explicam os espíritos superiores. É lenta porque o espírito, antes de se revestir de um corpo hominal, estagia pelos demais reinos, como bem explica o filósofo Léon Denis na obra O problema do ser, do destino e da dor, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Chegamos ao estágio em que a ligação espírito e matéria é observada pelo nosso amigo historiador, assim como muitos outros pesquisadores que se ressentem de conhecimentos básicos sobre a evolução do espírito, concomitante à do corpo. Nesse ponto, conclui Harari que os caçadores-coletores, ou seja, nossos antepassados, eram animistas. Para eles, “todo lugar, todo animal, toda planta e todo fenômeno natural têm consciência e sentimentos”. Além disso, seria possível nossa comunicação com todos esses seres animados ou inanimados, e também ser possível nossa comunicação com os chamados mortos. Veja, leitor, que a informação dos espíritos a Allan Kardec simplesmente ratifica esse eterno intercâmbio entre os chamados “vivos” e “mortos”.
Pronto, está confirmada a informação dos espíritos superiores, sob a direção de Jesus Cristo, de que os fenômenos mediúnicos, portanto, o contato dos homens com os espíritos, existe desde que o homem adquiriu consciência, na Terra, de sua origem distinta da dos demais animais e a certeza de que seu destino é a perfeição. Mas para isso, é preciso complementar as pesquisas do livro Sapiens, Doutor Yuval Noah Harari, com o que nos dizem os espíritos superiores nas cinco obras codificadas por Allan Kardec, acrescidas de obras complementares de inúmeros pesquisadores do tema, como o citado León Denis, Victor Hugo, Arthur Conan Doyle, César Lombroso, William Crookes e médiuns de todos os tempos, entre os quais, no Brasil, se destacam Chico Xavier, Zilda Gama, Yvonne Pereira e Divaldo Franco.
Por isso, disse-nos o Cristo: Brilhe a vossa luz! (Mateus, 5:16).
Então, despeço-me de todos vocês, muitíssimo agradecido por todos esses cerca de 7000 acessos a este blog, prometendo-lhes que breve retornarei, ou seja, na próxima semana, pois depois que me "encostei" nesse "médium", não mais o largo.
Saúde e luz!


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