A árvore da vida
(Irmão Jó)

Nem toda árvore dá fruto,
Mas nenhuma nega a sombra.
Retira a água do solo,
Mas mantém o ar enxuto.
 
Por meio da fotossíntese,
Absorve o gás carbônico,
E nessa obra de síntese,
O oxigênio é seu tônico.
 
Árvore angiosperma
Dá flor, semente e fruto,
Mas árvore gimnosperma
Permite outro usufruto.
 
Além da sombra que dá,
Algumas delas têm folhas
Com as quais se fazem chás,
E outras nos fornecem rolhas...
 
Outras fornecem madeira
Como a do jequitibá,
A gigantesca altaneira,
Que produz móveis pro lar.
 
Protótipo utilizado
Com sentido polissêmico,
Seu nome é conjugado
A um processo sistêmico.
 
Árvore genealógica,
Árvore de coisa e tal,
Árvore que enfeita loja,
Linda árvore de Natal.
 
Toda árvore importa,
Mas a que é mais querida,
É a que nos faz e abre a porta,
É a árvore da vida.
 
Brasília, DF, 21 de setembro de 2024.
Dia da Árvore.

 

Brasil, um só povo de norte a sul
(Irmão Jó)

 
Num dia vinte de setembro,
O líder Bento Gonçalves,[1]
Respeitado estancieiro,
Grande produtor de charque,
Junto a outros produtores
Do imenso pampa gaúcho,
Criaram guerra local,
Revoltados contra o imposto
Do Governo Imperial.
 
Bento Gonçalves foi preso,
Mas ainda por dez anos
A luta continuou,
E povo gaúcho fundou
O Estado Republicano.
 
Gomes[2] e outras patentes
De coronéis e generais,
Presidindo os combatentes,
Firmaram trato de paz
Chamado de Ponche Verde
Com o Duque de Caxias.
 
E a paz se fez presente
Até estes nossos dias.
 
Bento Gonçalves foi solto,
E a política do imposto
Passou a ser bem mais justa
Para a família gaúcha,
Que, no 20 de setembro,
Comemora feriado.
 
E assim recriou-se o estado,
Primeiro republicano,
Festejado ano a ano.
 
Por esse feito, o gaúcho
Tem orgulho do seu povo,
Um povo com gê maiúsculo:
Gaúchos, Gonçalves, Gomes,
Que, mesmo com só mil homens
Contra doze mil de Caxias,
Com vontade e galhardia,
Após dez anos de lutas,
Sanearam terras gaúchas.
 
E, se algum dia o gaúcho,
Pensou em separação
De nossa grande nação,
Esse desejo sumiu.
 
Algo que jamais se viu
Foi a grande união
Dos estados do Brasil
Em socorro ao  seu irmão
Na maior inundação
Do Rio Grande do Sul.
 
Brilhou, por fim, céu azul
Nas terras do povo irmão,
E o Cruzeiro do Sul,
Brilhando no céu de anil
Abençoou a união
De norte a sul do Brasil.
 
Brasília, 20 de setembro de 2024.
Dia da Revolução Farroupilha
(ou Guerra dos Farrapos:[3] 20 de set. 1835 a 1º mar. 1845)
 
Vocabulário
 
Estancieiro: proprietário de fazenda de criação de gado.
Charque: carne seca.
Galhardia: valentia, destemor, elegância.
Pampa: bioma típico do Rio Grande do Sul, próprio para a pecuária e a agricultura.
Patente: posto militar de oficial. Alta patente: posto de coronel ou general.

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[1] General Bento Gonçalves.
[2] General Gomes Jardim.
[3] Nome dado aos revoltosos por cortarem pedaço de pano vermelho e colocarem-no sobre as calças.

 

O Teatro Brasileiro
(Irmão Jó)

 
O teatro surgiu na antiga Grécia,
E consagrou-se com a plebe romana.
Portugueses padres puseram preces
E fé no seu teatro Pindorama.
 
Os grupos brasileiros de teatro,
Após a secular dominação,
Mostram números caricatos
Aos amos portugueses da nação.
 
Nem mesmo nosso maior escritor
Deixou de lado os cômicos papéis.
Machado, do teatro foi autor
De apenas três comédias, só de três...
 
“Tu, só tu, puro amor” foi a primeira;
“Não consultes médicos”, a segunda;
E “Lição de botânica”, a terceira...
Dias Gomes, Boal e Suassuna
 
Sempre lembrados, sem nenhum favor,
São três autores bons dos nossos dias,
Mas o Nélson Rodrigues, tricolor,
Revolucionou a dramaturgia.
 
Brasília, DF, 19 de setembro de 2024.
Dia Nacional do Teatro.

 

Os quatro símbolos nacionais¹
(Irmão Jó)

 
Lá vem a nossa bandeira
Sendo içada no mastro escolar
Toda segunda-feira.
E os alunos, em forma,
Cantam o hino
nacional.
 
A autenticação do selo,
No documento oficial,
Encimado pelo símbolo
Do Brasão da República,
É o respeito
à coisa pública.
 
O Brasão simboliza a República;
A bandeira representa o Brasil;
O hino é cantado em muito evento;
O selo autentica o documento
oficial.
 
E todos simbolizam o país
Considerado coração do mundo,
Cujo escritor, Machado de Assis,
Diante deles,
respirava fundo.

Brasília, DF, 18 de setembro de 2024.

Dia dos símbolos nacionais.
 
Sugestões de leitura:
 
ASSIS, M. Esaú e Jacó. “Tabuleta velha”, cap. 49.
­ASSIS, M. Papéis avulsos. Conto: “Sereníssima República”.­­­­______. Obra completa, vol. 2. Rio de Janeiro: Cia. José Aguillar Editora, 1974.

ASSIS, M. de. Machado de Assis: crítica, notícia da atual literatura brasileira. São Paulo: Agir, 1959, p. 28- 34: Instinto de nacionalidade (1. ed. 1873). Notícia da atual literatura brasileira: Instinto de Nacionalidade.

 
Para ler qualquer obra machadiana, basta clicar no site: https://www.academia.org.br/ e ir em Domínio Público.
 
Vocabulário

Encimado: colocado acima.
Içada: hasteada, levantada, erguida...
Mastro: pau de levantamento da bandeira...

 Poema da paz
(Irmão Jó)

 
Ah! como seria bom
Se os homens procurassem
Viver como irmãos
Em perene paz.
 
Ah! se toda a humanidade
Entendesse que de nada vale
Possuir a bomba atômica
Para garantir a paz.
 
Ah! se os povos buscassem
Sanar as causas da miséria,
Educar as mentes juvenis
À conquista da paz.
 
Destruir armas de guerra,
Destruir brinquedos bélicos,
Controlar paixões e egoísmos
E cultivar virtudes e paz...
 
Derruir asilos solitários,
Acabar com as prisões
E construir em seu lugar
Colônias de trabalho, estudos, lazer e paz.
 
Nessas colônias felizes,
Abrigar-se-iam os enjeitados,
Aprendendo a amar, sendo amados,
E todos viveriam em paz.
 
Os marginalizados do mundo
Reeducar-se-iam para o bem
Sem represálias revoltantes,
Mas com tolerância e paciência.
 
“— Minha paz vos deixo,
Minha paz vos dou...”
Estas palavras do Cristo
Se concretizariam
 
Quando os homens deixassem
De buscar a paz, armando-se para a guerra,
De prometer o céu e ceder o inferno,
De pregar as virtudes e praticar os vícios.
 
Quando os homens quiserem
Transformar a Terra transformando-se,
Já não será utopia um mundo feliz,
E todos viverão contentes e... em paz!
 
Brasília, DF, 17 de setembro de 2024.
Dia da Compreensão Mundial.

Vocabulário

Derruir: deitar ou vir abaixo; aniquilar(-se), destruir(-se)...

Utopia: lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.

Ozônio
(Irmão Jó)

 
O mundo está em coma,
O fogo já destruiu
Grande parte do bioma
Do continental Brasil.
 
E não me refiro ao solo.
Este também sucumbiu
À devastação com dolo
De queimada torpe, vil.
 
Refiro-me ao ozônio
Com buracos nas camadas
Desse gás, por seus neurônios
Que alimentam queimadas.
 
Sem camada de ozônio,
Além da morte animal,
Nossa produção de hormônio
Passa por queda letal.
 
O sistema imunológico,
Além de nossa visão,
Cai de modo escatológico
Com sua diminuição.
 
O ozônio é condição
De toda vida animal,
Pra sua preservação,
Há um dia internacional.
 
Brasília, DF, 16 de setembro de 2014.
Dia Internacional Para a Preservação da Camada de Ozônio.
 
Vocabulário (Fonte: Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa):
 
Bioma: grande comunidade, ou conjunto de comunidades, distribuída numa extensa área geográfica, caracterizada por um tipo de vegetação dominante, e em que os organismos que nela vivem são adaptados às condições climáticas a ela associados (ex.: floresta tropical, tundra etc.).
Coma: med. Estado de inconsciência em que nem sequer uma estimulação enérgica desperta o doente, e durante o qual se perdem as atividades cerebrais superiores, conservando-se a respiração e a circulação.
Dolo: qualquer ato consciente com que alguém induz, mantém ou confirma outrem em erro; má fé, logro, fraude, astúcia; maquinação.
Jur. Vontade conscientemente dirigida ao fim de praticar crime ou ilícito civil, ou de assumir o risco de que ocorra um ou outro.
Escatológico: referente à escatologia; escatologia: doutrina sobre a consumação do tempo  e da história; tratado sobre os fins últimos do homem.
Escatológico: referente à escatologia: escatologia: tratado acerca dos excrementos.
Ozônio: quím. Gás azul pálido, muito oxidante e reativo, que é uma variante alotrópica do oxigênio.
Torpe: desonesto, abjeto. Repugnante.
Vil: desprezível, mesquinho, ordinário.

 
Democracia X Ditadura
(Irmão Jó)

 
Demos é povo, kratia é poder.
No grego, demokratia;
No latim, democratia,
No francês, démocratie,
No português, democracia.
 

Isso é democracia
No português bem falado,
Que não pode ser calado,
Pois povo que silencia
É um povo acovardado.
 
O povo representado
Pelo líder, empossado,
Não pode ser impedido
De saber que o escolhido
Não é o que foi votado...
 
Mas é muito bom saber
Que, em qualquer ditadura,
Por mais seja linha dura,
O ditador vai morrer
Ou vai cair das alturas.
 
E quanto mais alto for
O pedestal em que esteja,
Mais alta será sua queda
E mais intensa sua dor,
Paga co’a mesma moeda.
 
O preço do ditador,
Em toda democracia,
Está na última sílaba
Após dita vem a dor
Por isso muitos suicidam...
 
Portanto, Brasil, avante!
O Cristo segue adiante
Sereno na profecia
Nenhum mal pra sempre dura
Nem é eterna a ditadura.
 
E viva a democracia!

 
Brasília, DF, 15 de setembro de 2024.
Dia Internacional da Democracia.

A Cruz Sagrada
(Irmão Jó)

 
Deus, nosso Pai, que sois todo amor e bondade,
Protegei-nos contra os vícios, o ódio e a maldade.
Dai-nos confiança e coragem para a luta
E ao findar do dia, o descanso da labuta.
 
Fortificai, Senhor, os nossos pensamentos,
Purificai, bom Pai, os nossos sentimentos.
Ao nosso inimigo, perdoai, Pai querido,
E perdoai-nos, também, por tê-lo ofendido.
 
Confortai-nos na hora da angústia e solidão,
Trazei junto a nós, da venturosa amplidão,
Os nossos amigos a nos orientar
Nas orações que nos hão de fortificar.
 
Seja sempre feita a vossa sábia vontade
E não a nossa, fruto de egoica vaidade.
Se, pelos sofrimentos, alçarmos aos céus,
Dissipai, Senhor, de nossas almas os véus.
 
Senhor, tende piedade da vã humanidade,
Que, enlutada pelas guerras, busca a verdade,
E pede paz a vós na hora da desdita,
Mas que se cumpra vossa justiça infinita.
 
Obrigado, meu Deus, por tudo o que nos destes:
Amigos sinceros, o pão, as nossas vestes...
Obrigado, mesmo, Pai Sábio e Generoso,
Por nos ter tolerado os erros clamorosos.
 
Destes-nos o Cristo para nos consolar
Que, humilde, carregou a cruz pra se imolar...
Por tudo isso, Pai, tende piedade de nós,
Os filhos ingratos que recorrem a vós.
 
Fazei com que sejamos como o Cristo amado,
Que, sem deixar de amar-nos foi crucificado...
Fazei-nos suportar, humildes, nossa cruz
Para a glória do amor com o Mestre Jesus.
 
Brasília, DF, 14 de setembro de 2024.
Dia da Cruz.

 

O Engenheiro Agrônomo
(Irmão Jó)

 
O bom plano alimentar
Não vem do trabalho autônomo...
Começa no planejar
Do engenheiro agrônomo.
 
Desde o preparo do solo
À escolha das sementes,
O engenheiro agrônomo
Já estivera presente.
 
Nossa boa agricultura,
Por seu trabalho anônimo,
Começa pela cultura
Fruto do engenheiro agrônomo.
 
Irrigação e drenagem,
Colheita e pós-colheita
Bom manejo da pastagem,
Tudo isso ele implementa...
 
Planejando a produção
O agrônomo vai fundo...
Com boa alimentação
Do brasileiro e do mundo.
 
Brasília, 13 de setembro de 2024.
Dia do Agrônomo.

 

 

Viva o Urologista!
(Irmão Jó)

 
Hoje é o dia de quem trata
Com carinho das doenças
Da uretra, bexiga, próstata...
É ele o urologista.
 
Com amor, ele regista
Alterações diagnósticas
Atento à sua lista
Que inclui até biópsia.
 
Os níveis de testosterona
E outros hormônios quaisquer...
E os da progesterona
No homem e na mulher...
 
Seja qual for o paciente,
Cada cura é uma conquista,
Ele é o amigo permanente...
Viva o urologista!
 
Brasília, DF, 12 de setembro de 2024.
Dia do Médico Urologista.

Consequências do Terrorismo
(Irmão Jó)

Eram quatro aviões:
Dois abatem gêmeas torres
De gigante entre as nações,
Vitimada por terrores...
 
Outro cai contra o Pentágono.
O quarto é impedido
De causar maior estrago
Por ter sido advertido...
 
O Capitólio era o alvo,
Mas heroica intervenção
Deixa o Capitólio salvo
Heroica tripulação...
 
Todos morrem, mas a história
Anota outros herdeiros
Que registram na memória
Centenas de bons bombeiros.
 
Esse ataque absurdo
Causou mais de três mil mortes
E deixou o mundo mudo
Ante ataques de tais portes.
 
Enquanto houver violência
Contra qualquer criatura,
Deus é bondade e clemência,
Mas sua justiça é dura.
 
Sua Lei, na consciência,
Cobra de nós cada ação.
Quem mata, por consequência,
Morre noutra encarnação.
 
Brasília, DF, 11 de setembro de 2024.
Dia do Ataque Terrorista aos Americanos (11 de setembro 2001).

 

DEUS SEMPRE AJUDA QUEM A ELE CLAMA
(Irmão Jó)

 
A morte só existe na matéria
Do nosso corpo, que é constituído
Por oxigênio, carbono, hidrogênio
E em menores doses, nitrogênio,
Cálcio, potássio, sódio, enxofre e fósforo,
Mas quem comanda tudo é nossa mente.
 
É ela que nos move o corpo físico
E tem como instrumento o perispírito,
Nosso corpo real, mais que o carnal,
E que transmite à alma as sensações,
Que os sentidos físicos percebem,
De dores, sofrimentos e emoções.
 
Exceto em rompimento acidental,
Em que a vontade não participou,
A morte súbita, a morte brutal,
Que causa quem dum corpo se livrou,
Mantém-lhe o excesso de fluido vital
E a sensação de dor intemporal.
 
Não vale a pena, pois, tentar matar-se.
A vida é dom de Deus, o Pai clemente,
Mas suas leis estão no consciente;
Não cabe a nenhum filho rebelar-se,
Pois somos imortais, o suicídio
Por certo é o pior dos homicídios.
 
Mata-se apenas o corpo carnal,
Segue conosco o espiritual
Manifestando nossa consciência
A falta grave contra a lei divina
Quando, contrariando a paciência,
Nossa atitude a muitos indiguina.
 
Quem pensa praticar o autocídio
Lembre-se antes de buscar a luz.
Entregue seus problemas a Jesus,
A caridade é seu maior auxílio.
Não deixe órfão quem na Terra ama,
Deus sempre ajuda quem a Ele clama.
 
Brasília, DF, 10 de setembro de 2024.
Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Louvor ao Administrador
(Irmão Jó)

 
O administrador
Pode administrar tudo:
Empresa familiar,
Empresa hospitalar...
 
Administra, contudo,
Empresa educacional
E, com seu saber profuso,
Comércio internacional.
 
Sua nobre atividade
Requer comunicação
Com responsabilidade
Na administração...
 
O sucesso duma empresa
Requer de cada gestor
Empenho duro e presteza
Do administrador.
 
Por tudo isso, louvamos
O grande trabalhador
E ser humano que amamos:
Nosso administrador.
 
Brasília, DF, 09 de setembro de 2024.
Dia do Administrador.

 Crianças na Escola
(Irmão Jó)

Vão em bando as crianças para a escola,
Vão felizes, alegres e brincando.
Algumas vêm de longe, satisfeitas,
Trazem no peito um coração sonhando.

 
Ah! que saudade dá do nosso tempo
Em que também seguíamos pra escola
Brincando, cantando, correndo alegres,
Carregando a merenda na sacola.
 
Vejo uma porta aberta no colégio,
Uma porta aberta para o saber,
E sinto um grande júbilo no instante
 
Que se apresenta um professor egrégio
Falando a todos nós sobre o dever
Notável de alfabetizar o infante.
 
Brasília, DF, 08 de setembro de 2024.
Dia Mundial da Alfabetização.

 

Reflexões sobre a independência
(Irmão Jó)

Onde está a multidão
Que não seja a dos claques
Nesta comemoração
De um país livre de ataques?
 
“Nós amamos o Brasil”
Diz a nossa Força Aérea,
Mas seu povo inda não viu
Milhões fora da miséria.
 
O desfile tem por lema
Democrata independência,
Mas milico de alta gema
Já contesta a continência...
 
Movimentos ilegais
Promovem mil badernagens.
Invadem casas rurais,
Tacam fogo nas pastagens...
 
Avançam pela Esplanada
Onde ficam ministérios.
Lá, muita coisa é quebrada
Mas quem paga é um mistério...
 
Nosso povo estarrecido
Já não vê terra à vista.
Baderneiro é defendido,
E solto pela justiça.
 
Mas se o povo pede ajuda,
Sem independência à vista,
Vai preso lá na Papuda
Como reles terrorista.
 
Brasília, DF, 7 de setembro de 2024.
Dia da Independência do Brasil.

 

Respingos do Hino Nacional Brasileiro
(Irmão Jó)

 
O brado retumbante de um povo heroico
Foi ouvido às margens plácidas do Ipiranga
E lindo Sol da liberdade em raios fúlgidos
Brilhou, feliz, no céu da pátria nesse instante.
 
Se, com os nossos braços fortes, o penhor
Dessa igualdade conseguirmos conquistar,
Ó liberdade, no teu seio estará
O nosso peito em desafio à própria morte.
 
Salvem! Salvem! a nossa idolatrada pátria;
Libertem o Brasil de um sonho insosso e vil.
Acordem o país deitado em berço esplêndido;
Lutemos contra toda insensatez apátrida.
 
Agora, desde já, vamos unir os braços.
Não há futuro para pátria amortalhada...
Sigamos para a frente e para os altos laços...
Lutemos pela nossa pátria libertada...
 
E que possamos, desde então, entre outras mil
Pátrias libertas da opressão por povo unido,
Gritar bem alto: — Chega de ser oprimido;
A nossa pátria é livre e livre é o Brasil!
 
Brasília, DF, 06 de setembro de 2024.
Dia da Oficialização da Letra do Hino Nacional.

 

Não Matem a Amazônia
(Irmão Jó)

 
Amazônia, hoje é teu dia.
Antes de comemorar
Esta data co’ euforia,
Faço pausa para orar.
 
Para que tomem juízo,
Preservem teu habitat
E não causem prejuízos
Bandidos biopiratas.
 
Riqueza maior da Terra,
Abranges nove países
E só no Brasil encerras
Outras nove diretrizes...
 
Provindas de nove estados,
Desde o próprio Amazonas,
Até os mais afastados,
Com mais ou menores zonas...
 
Vais do Acre ao Amapá,
Cortas por dentro Roraima,
Grande parte do Pará
E outra parte de Rondônia.
 
Mas tu, Amazonas, enfim,
Que és maior extensão,
Também tocas Tocantins
E parte do Maranhão.
 
A mata de Mato Grosso,
Com rica fauna e flora,
É mais um grande colosso
De Geografia e História.
 
Maior bioma do mundo,
Queimadas e garimpagem
Provocam danos profundos
Queimando imensas paisagens...
 
Da Cordilheira dos Andes,
Lá no alto do Peru
Um rio chora os desandes
Na América do Sul.

É o nosso imenso Amazonas,
O maior rio do mundo,
Que triste chora nas zonas
Do assoreamento profundo...
 
Riqueza da humanidade,
O nosso imenso bioma
Implora, por caridade:
— Não matem a Amazônia!
 
Brasília, DF, 5 de setembro de 2025.
Dia da Amazônia.

 

A Lei e o Escravo
(Irmão Jó)

 
Hoje é dia da Lei Eusébio de Queirós,
Homenagem ao nobre deputado Eusébio,
Que teve sobrenome herdado dos avós
E proibiu trazer escravos para o Império.
 
A lei determinou a repatriação
De todo cidadão que para cá viesse,
Mas nem assim cessou a negra escravidão,
Embora o oficial final desse comércio.
 
Os nossos governantes fingiam não ver
O tráfico negreiro que aqui aportava
Para comércio vil no  arrepio da lei.
 
Nas lavouras de canas de açúcar, café...
O refém africano triste trabalhava,
E enquanto trabalhava não perdia a fé...
 
Brasília, DF, 4 de setembro de 2024.
Dia da Lei Eusébio de Queirós.

 

O biólogo
(Irmão Jó)

 
Todos os seres da Terra
Fazem parte de pesquisa
Que a biologia encerra
E o biólogo analisa.
 
Por seu amor pela vida,
Traço com louvor meu prólogo
De alma agradecida:
Feliz dia do biólogo!
 
Brasília, DF, 03 de setembro de 2024.
Dia do biólogo.
 
 

O florista
(Irmão Jó)

 
Como são lindas as flores
Em formatos multicores.
 
Os seus perfumes suaves
São curtidos pelas aves.
 
Rosas, violetas, jasmins...
Enfeitam vários jardins.
 
Feliz é quem cuida delas
Nos jardins ou nas janelas...
 
Hoje, dia do florista,
Cada flor bela que é vista
 
Agradece pela vida
Na jardinagem florida.
 
Brasília, DF, 02 de setembro de 2024.
Dia do Florista.

 
Educador Físico
(Irmão Jó)

 
Nenhum corpo foi feito pra ficar parado;
A própria Natureza é movimento ativo.
Veja as ondas do mar, que está sempre agitado;
Mesmo não formando ondas, nunca está inativo.
 
Observe os insetos, correndo adoidado,
Até mesmo o leão, para manter-se vivo,
Nunca ataca sozinho o inimigo espreitado
E sua presa que foge num ato instintivo.
 
Entre nós, é certeza que o corpo parado
Pode ter AVC ou ser prejudicado
Por qualquer mal-estar, até mesmo mal tísico.
 
Mas o esporte sadio, com bom professor,
Traz saúde, euforia, bem-estar e vigor,
Valoriza o trabalho do educador físico.
 
Brasília, DF, 1.º de setembro de 2024.
Dia do Profissional de Educação Física.