Guillon Ribeiro, arauto do Espiritismo cristão
(*17 jan. 1875 + 26 out. 1943)
(Irmão Jó)
Há 150
anos nasceriaO
mensageiro espírita cristãoChamado,
desde então, Guillon Ribeiro,Seguindo, assim,
pro Rio de Janeiro. Ficou
órfão de pai aos sete anosE
trabalhava duro como arrimoDa mãe
zelosa que, dos Altos Cimos,Fora
inspirada em sua educaçãoE pro
Senado, lá se foi Guillon. Tal era
dele a dedicação,Que se
formou no cargo de engenheiro,Mas sua
grande, enorme vocação,Era pras
letras, para a redação,Mostrou
jornal do Rio de Janeiro. Já no
Senado, chega a diretor,E, em seus
anais, mantém-se registradoUm elogio
célebre de RuiBarbosa,
gênio nunca contestado,Mas a meu
ver, Guillon é pura luz. Sempre
simpático ao Espiritismo,Passou,
aos 36 anos de idade,A
frequentar a Casa de Ismael,Federação
Espírita Brasileira,À qual se
dedicou a vida inteira... Casado,
foi esposo carinhoso,Pai
exemplar de cinco filhos bons.Sempre
fiel às suas ocupações,Durante 26
anos corridos,Foi
diretor com múltiplas funções... Quatorze
anos presidiu à FEB,E
redigindo o Reformador[2]E
traduzindo obras de KardecE várias
outras obras, com amor,Sua hombridade
nunca esteve em cheque. Durante
anos, visitou detentosA quem sua
palavra confortava,E tornou
vários deles seus amigos,Após
livres das provas e castigos,Que a
todos, com amor, ele ajudava. Saía à
noite pregando o EvangelhoE comovia
a todos, moço ou velho,Com o seu
verbo, cuja inspiraçãoVinha do
Alto, com vigor e luz,Pois
certamente vinha de Jesus. Além de
muito culto em português,Sabia
espanhol, francês, inglês...E
traduziu, com todo brilhantismo,Algumas
delas em italiano, Pois
quatro delas foram de Bozzano.Léon Denis
e até Pietro Ubaldi,Gabriel
Delanne e J. E. Guillet,Jorge
Dejean, Gastin e Artur FindlayE vários
outros foram traduzidos... Prefaciador
por muitos preferido,Correspondeu-se
tanto no BrasilComo
também no mundo exterior.Com belos
textos no ReformadorQue, se
contados, foram mais de mil... Com os
“Trabalhos do Grupo Ismael”.Guillon
jamais deixou-se dominarPelo
desânimo ou difamação.Seu lema
de servir e trabalharCausava a
todos admiração. Deixou
também escritas várias obras,Mas a
grandeza dele é, sem sobras,O amor que
demonstrava por Jesus,Que a
teoria aliada à práticaFizeram
dele Espírito de Luz! Brasília,
DF, 17 de janeiro...Data do
nascimento de Guillon Ribeiro Fonte
consultada:WANTUIL,
Zêus. Grandes espíritas do Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Federação
Espírita Brasileira, 1969.
[1] Guillon Ribeiro nasceu no
Maranhão. Filho de pais pobres e órfão de pai aos 7 anos, sua mãe foi morar com
ele no Rio de Janeiro, onde foi matriculado em escola pública e ingressou na
Escola Militar da Praia Grande, mas não quis seguir a carreira militar.
Formou-se em engenharia civil e foi redator do Jornal do Comércio. Entrou
para o
Senado, na função de
2.º oficial da Secretaria do Senado e, alguns anos depois, alcançou o elevado
posto de diretor da Instituição, no qual se aposentou.[2] Reformador é o periódico
publicado mensalmente pela Federação Espírita Brasileira (FEB). Revista cuja
criação antecede cerca de um ano (21 jan. 1883) à própria fundação da FEB (2
jan. 1884).[3] Obras traduzidas por Guillon
Ribeiro: de Léon Denis: Joana d’Arc, médium; O além e a sobrevivência
do ser; de J. B. Roustaing: Os quatro evangelhos (obra mediúnica
psicofônica recebida pela médium Émillie Collignon, a qual também colaborou com
Allan Kardec na psicografia de algumas mensagens d’O evangelho segundo o
espiritismo)*; de Ernesto Bozzano: A crise da morte; Animismo
ou espiritismo; Xenoglossia;
Psicologia e espiritismo; de Pietro Ubaldi: A grande síntese; de
Gabriel Delanne: A alma é imortal; O espiritismo perante a ciência;
De J. E. Guillet: Os quatro evangelhos e o livro dos espíritos; De
Arthur Findlay: No limiar do etéreo; De Jorge Dejean: A nova luz;
De C. Picone Chiodo: A verdade espiritualista; Espiritismo e
criminalidade. De Luís Gastin: Livre-arbítrio e determinismo. ·
Apud MARTINS, Jorge Damas. In: Em
verdade vos digo: estudo comparado das obras O evangelho segundo o
espiritismo, de Allan Kardec, e Os quatro evangelhos, de Jean
Baptiste Roustaing. Rio de Janeiro: CRBBM, 2008, prefácio.·
“A
obra Os quatro evangelhos [...] é complementar à Codificação
Kardequiana.” Idem.
[3] Obras traduzidas por Guillon
Ribeiro: de Léon Denis: Joana d’Arc, médium; O além e a sobrevivência
do ser; de J. B. Roustaing: Os quatro evangelhos (obra mediúnica
psicofônica recebida pela médium Émillie Collignon, a qual também colaborou com
Allan Kardec na psicografia de algumas mensagens d’O evangelho segundo o
espiritismo)*; de Ernesto Bozzano: A crise da morte; Animismo
ou espiritismo; Xenoglossia;
Psicologia e espiritismo; de Pietro Ubaldi: A grande síntese; de
Gabriel Delanne: A alma é imortal; O espiritismo perante a ciência;
De J. E. Guillet: Os quatro evangelhos e o livro dos espíritos; De
Arthur Findlay: No limiar do etéreo; De Jorge Dejean: A nova luz;
De C. Picone Chiodo: A verdade espiritualista; Espiritismo e
criminalidade. De Luís Gastin: Livre-arbítrio e determinismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário