Em dia com
o Machado 167 (jlo)
Amiga
leitora, é um prazer estar de volta para mais um papo animado contigo, após ter
passado quatro dias em Barreiras, cidadezinha aprazível da Bahia. De lá, fomos
a São Desidério, outra simpática cidade, vizinha àquela, para proferir uma
palestra em homenagem aos quarenta anos de trabalho mediúnico de Zelinha no
centro espírita local.
O
quê? Você não sabe de quem se trata? Estou falando de um dos maiores médiuns da
região. Zelinha começou seu trabalho mediúnico em Barra do Mendes, na Bahia, em
1965. Dez anos depois, um espírito se manifestou a ela e lhe disse:
—
Seu trabalho mediúnico aqui tem sido excelente, mas agora você deverá continuar
o intercâmbio conosco, aliado ao socorro material e espiritual numa cidadezinha
carente de tudo no oeste baiano.
Ao
saber disso, a médium se espantou, bem como todos os seus amigos do centro
espírita de Barra do Mendes, pois Zelinha já se tornara conhecida por toda
aquela cidade, pelo trabalho de socorro aos enfermos que ali acorriam, em
grande número, em busca de orientação do seu guia espiritual... o espírito Irmã
Scheilla.
O
quêêê? Você também não sabe quem é Irmã Scheilla?? Foi uma enfermeira alemã que
morreu durante o bombardeio da tropa aliada, em 1943, na Segunda Guerra
Mundial. Cinco anos depois, ela materializou-se em reunião ocorrida na casa de Rômulo
Joviano, amigo de Chico Xavier. O médium não foi o Chico e, sim, Francisco
Peixoto Lins, mais conhecido como Peixotinho.
De
1950 a 1952 as reuniões de materialização ocorrem na casa de Chico Xavier e,
entre outros espíritos, Scheilla tornaria a se materializar, mas então o médium
de materialização fora o próprio Chico. A cada vez que isso ocorria, esse
espírito promovia inúmeros casos de cura. Porém, Emmanuel, o espírito guia de
Chico, pouco tempo depois, também se materializou e pediu aos presentes para
serem encerradas essas reuniões de materialização, tendo em vista que a grande
tarefa do médium mineiro era com a psicografia, que alcançaria mais de
quatrocentas obras quando ele desencarnou em 2002.
Mas,
como disse Jesus, “o espírito sopra onde quer”, desse modo, o espírito Scheilla
decidiu trabalhar, também, com Zelinha no oeste baiano.
Em 1975, atendendo ao pedido de Scheilla, a médium, após
participar do movimento espírita de Barreiras, fundou o Grupo Espírita Cristão
Irmã Scheilla, em São Desidério. Desde então, sob a proteção espiritual desse
espírito, Zelinha não somente vem sendo uma orientadora do movimento espirita
da região, como também, com o auxílio de diversos colaboradores altruístas,
dirige um trabalho de distribuição de sopa e outros alimentos a mais de cem famílias
da cidade e realiza visitas às comunidades de pessoas necessitadas, entre as
quais os hospitalizados e presidiários locais, levando a todos sua palavra de
incentivo, seu apoio espiritual e material.
Como prova de que o exemplo arrebata, na comemoração dos
quarenta anos de fundação do centro, em demonstração de gratidão à Zelinha, por
seu trabalho comunitário, que não distingue ninguém, esteve presente grande
número de assistidos. O centro lotou, e várias pessoas assistiram à reunião
comemorativa em pé. Um bom número delas era de católicos e evangélicos, além
dos espíritas, alguns dos quais foram de Barreiras, distante seis
léguas, até lá. É como disse
Allan Kardec: “Fora da caridade, não há salvação”.
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