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terça-feira, 12 de julho de 2016


Em dia com o Machado 219 (jlo)

Uma cidade destruída e vidas assassinadas, talvez no maior ataque já anunciado pela Imprensa a uma companhia de carros-fortes de São Paulo. O armamento utilizado por 40 ladrões faz parecer brincadeira de criança a história de Ali Babá e os quarenta ladrões. O poder bélico dos bandidos derrubou diversas edificações ao redor da empresa e fez buracos em paredes e postes tão grandes que, se as bombas nos acertassem, seríamos desintegrados. Aviões cairiam dos céus, como caiu o gavião na musiquinha infantil do “meu pintinho amarelinho”.
Curiosamente, um dia após essa notícia, passei com meu secretário à frente de um clube intitulado Grupamento de Fuzileiros Navais, situado às margens de uma “praia” de Brasília.
Já sei o que o amigo leitor está pensando: “Machado não é capaz de distinguir um quartel de um clube e um lago de um mar. Será que ele não percebeu que nada mais viu do que um quartel da Marinha à beira do lago de Brasília?”
Mas então eu lhe pergunto: Para que serve um quartel da Marinha onde não existe mar?
Estou sugerindo a meu secretário propor um curso de pós-graduação, após o atual, que ainda é o quarto que ele está para concluir. Que o próximo seja na área do direito, meu caro advogado. Tema: Para que servem as Forças Armadas nas grandes e pequenas urbes brasileiras, se nossas fronteiras estão entregues a contrabandistas de drogas e armas?
Já tenho até a sugestão do projeto, que começa pela extinção do Serviço Militar obrigatório e acaba pela profissionalização de todos os nossos militares. Para tal, basta que se repatrie metade dos trezentos bilhões de reais expatriados do Brasil e os invistam em construção de cidades nas fronteiras, com toda a infraestrutura para abrigar a família militar: hospitais, escolas, indústrias, comércios, clubes, parques e quartéis, muitos quartéis...
Algumas organizações militares já realizam, mesmo nas grandes cidades brasileiras, um belo trabalho, como o do Hospital das Forças Armadas, os colégios militares e os Batalhões de Engenharia, tais como o 4º Batalhão de Engenharia de Construção (4º BEC), situado em Barreiras, Bahia, há 600 km de Brasília, que foi responsável pela construção e asfaltamento da estrada rodoviária entre essas duas cidades, além de outras estradas e obras de conservação rodoviária importantes.
Outra organização militar de grande importância é o 1º Batalhão Ferroviário, que construiu, entre outras, a estrada entre São Joaquim, em Santa Catarina, e Bom Jesus, no Rio Grande do Sul. Tudo isso, com início, fim e prestação de contas rigorosas na conclusão...
Só tem um detalhe: as obras de nossas Forças Armadas, como essas, não dão voto e não permitem corrupção, como ocorre com as atuais empreiteiras citadas na “Lava-Jato”.
Se eu fosse eleito presidente, manteria nas grandes cidades do país apenas os batalhões de engenharia e transferiria todos os quarteis, escolas e hospitais militares para as fronteiras brasileiras.
A segurança interna do país ficaria por conta das chamadas forças auxiliares: corpo de bombeiros, polícias civil e militar, além da polícia federal.
O que pensa da ideia, amiga leitora? Não é fantástica? Não, não sou fantasma, tal como Brás Cubas, sobrevivo também e posto minhas “memórias póstumas”...
Se nossas Forças Armadas vigiarem nossas fronteiras com um efetivo profissional motivado, bem remunerado, e sem essa de serviço militar obrigatório, duvido muito que assaltos a companhias de segurança com armamentos de guerra entrariam em nossas cidades.
— Joteli, reapresente seu projeto à Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. Vá por mim... Alea jacta est!
Acesse, abaixo, os hinos das nossas gloriosas Forças Armadas, sinta orgulho por viver num país continental como esse e pesar de ele ainda ser tão mal administrado e lesado.
Hino da Marinha: https://www.youtube.com/watch?v=NBRibScZ2V8
Hino da Aeronáutica: https://www.youtube.com/watch?v=NBRibScZ2V8

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