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quarta-feira, 20 de dezembro de 2023


EM DIA COM O MACHADO 607
A folhinha poética e dois poemas (Irmão Jó)





Alma irmã, recebi de um xará português, que anualmente publica em seu blog uma folhinha poética, em geral com um ou outro poema nosso, novo trabalho que prestigia poetas famosos e meros flecheiros do amor e do espírito, como é o nosso caso. Releve, pois, a pretensão deste insignificante escrevinhador, por vezes metido a poetar, que resolveu compartilhar com você os links do amigo, que tem promovido eventos poéticos aos quais nos convida a participar.

Acesse o link abaixo para visualizar a Folhinha Poética 2024, elaborada pelo Jorge Carlos Amaral. Um poema a cada dia do ano. Depois é só imprimir e encadernar:   

https://drive.google.com/file/d/1jR5KIttSTz9ZMEN6Xs4IomoWbBPUwL0L/view

“Se estiver com dificuldade para baixar a Folhinha, dê uma olhadinha no tutorial no link abaixo”, propõe-nos seu autor.

https://www.youtube.com/watch?v=ry8cjdEmv2c

Em seguida, convida-nos a interagir diariamente neste link. Quem sabe com a proposta de seus belos poemas, alma amiga, para fazer parte de futuras folhinhas:

https://folhinhapoetica.blogspot.com/

 

O poema do dia do meu aniversário, inserido na folhinha 2024, é de autoria de Adriano Correia de Oliveira e tem por título AS MÃOS. E o poema do seu dia, alma querida, quem escreveu e qual é o título dele?

 

AS MÃOS

 

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.

Com mãos tudo se faz e se desfaz.

Com mãos se faz o poema - e são de terra.

Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

 

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.

Não são de pedras estas casas, mas

de mãos. E estão no fruto e na palavra

as mãos que são o canto e são as armas.

 


E cravam-se no tempo como farpas

as mãos que vês nas coisas transformadas.

Folhas que vão no vento: verdes harpas.

 

De mãos é cada flor, cada cidade.

Ninguém pode vencer estas espadas:

nas tuas mãos começa a liberdade.

 

                            Adriano Correia de Oliveira

 

Como não gosto de ficar para trás, embora minha competição seja comigo mesmo, completo o soneto de Adriano com minha homenagem seguinte intitulada OS PÉS.

 

Os pés conduzem-nos por toda parte.

Servem-nos para caminhar em vão,

Como também para correr com arte

Atrás da bola ou do rabecão.

 

Com pés atrofiados, ninguém parte

Para lugar algum com pés no chão.

E isto aqui na Terra ou lá em Marte.

 

Senão fazendo de seus pés as mãos...

Mas pés ligeiros como os de Pelé,

E em pernas tortas como as de Garrincha,

 

Não podem ser os de qualquer mané,

Pois têm que ser quais lavas de vulcões,

Como se diz na língua de Camões.

 

                                               Irmão Jó

 

        Palmo a palmo e pé ante pé, desejo a todos os meus leitores e leitoras um Natal com muitas castanhas, rabanadas, um pouco de vinho e muita saúde, viralizando por todo o ano de 2024.

 

 

 


Um comentário:

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