EM
DIA COM O MACHADO 607
A
folhinha poética e dois poemas (Irmão Jó)
Alma
irmã, recebi de um xará português, que anualmente publica em seu blog uma
folhinha poética, em geral com um ou outro poema nosso, novo trabalho que
prestigia poetas famosos e meros flecheiros do amor e do espírito, como é o
nosso caso. Releve, pois, a pretensão deste insignificante escrevinhador, por
vezes metido a poetar, que resolveu compartilhar com você os links do
amigo, que tem promovido eventos poéticos aos quais nos convida a participar.
Acesse
o link abaixo para visualizar a Folhinha Poética 2024, elaborada
pelo Jorge Carlos Amaral. Um poema a cada dia do ano. Depois é só imprimir e
encadernar:
https://drive.google.com/file/d/1jR5KIttSTz9ZMEN6Xs4IomoWbBPUwL0L/view
“Se estiver
com dificuldade para baixar a Folhinha, dê uma olhadinha no tutorial no link
abaixo”, propõe-nos seu autor.
https://www.youtube.com/watch?v=ry8cjdEmv2c
Em seguida,
convida-nos a interagir diariamente neste link. Quem sabe com a proposta de
seus belos poemas, alma amiga, para fazer parte de futuras folhinhas:
https://folhinhapoetica.blogspot.com/
O poema do
dia do meu aniversário, inserido na folhinha 2024, é de autoria de
Adriano Correia de Oliveira e tem por título AS MÃOS. E o poema do seu dia,
alma querida, quem escreveu e qual é o título dele?
AS MÃOS
Com mãos se
faz a paz se faz a guerra.
Com mãos
tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se
faz o poema - e são de terra.
Com mãos se
faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se
rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de
pedras estas casas, mas
de mãos. E
estão no fruto e na palavra
as mãos que
são o canto e são as armas.
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Adriano Correia de Oliveira
Como não gosto de ficar para
trás, embora minha competição seja comigo mesmo, completo o soneto de Adriano
com minha homenagem seguinte intitulada OS PÉS.
Os pés conduzem-nos por toda parte.
Servem-nos para caminhar em vão,
Como também para correr com arte
Atrás da bola ou do rabecão.
Com pés atrofiados, ninguém parte
Para lugar algum com pés no chão.
E isto aqui na Terra ou lá em Marte.
Senão fazendo de seus pés as mãos...
Mas pés ligeiros como os de Pelé,
E em pernas tortas como as de Garrincha,
Não podem ser os de qualquer mané,
Pois têm que ser quais lavas de vulcões,
Como se diz na língua de Camões.
Irmão
Jó
Palmo a palmo e pé
ante pé, desejo a todos os meus leitores e leitoras um Natal com muitas
castanhas, rabanadas, um pouco de vinho e muita saúde, viralizando por todo o
ano de 2024.
Bravíssimo.
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