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domingo, 18 de agosto de 2024

 

O que conta o historiador



Desde o começo do mundo
Que o ser humano batalha.
Eis um provérbio profundo:
Ele colhe o que espalha.
 
Há milênios, colhedor,
Dominou a água e o fogo
E passou a ser senhor
De qualquer vida em jogo.
 
Pesca, colheita e caça
Eram-lhe rico sustento;
Sua maior ameaça
Não era chuva nem vento.
 
Temia os doutras tribos,
Que, sem um pingo de amor,
Potenciais inimigos,
Espalhavam o terror.
 
Após seculares lutas,
O sangue dos inocentes
Clamava forte nas grutas,
Por nobres atos clementes...
 
Valorização da vida
E do trabalho grupal
Por uma só tribo unida
Pelo bem e contra o mal.
 
Veio a industrialização
E com ela a mão de obra...
A tribo virou nação,
Surgiu trabalho de sobra...
 
E com isso, várias frentes
E variados trabalhos
Formaram vários gerentes,
Criaram vários salários.
 
Pessoas muito influentes
Passaram a explorar
Milhares de inocentes
No ato de governar.
 
Gregório de Matos Guerra,
Chamado o “Boca do Inferno”,
Clamava por toda a terra
Contra os roubos do Governo.
 
Já Machado de Assis,
Com requintada ironia,
Em crônicas descrevia
A maldosa picardia...
 
Pobre povo! Pobre povo!
Apega-te ao Senhor,
Pois tudo volta de novo;
É o que conta o historiador.
 
Brasília, DF, 19 de agosto de 2024.
Dia Nacional do Historiador
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