Em dia com o Machado 157 (jlo)
Amiga
leitora, que lindo dia! Agora emoldurado por enormes construções de pedra e de
aço: edifícios, monumentos, pontes em quase todo o orbe terreno.
Mas
nem sempre foi assim. Houve época, há bilhões de anos, em que a Terra estava em
convulsões diversas. As placas tectônicas formadoras de terremotos se
aproximavam, provocando abalos imensos. A incandescência interna provocava tão
grande calor que o solo se arrebentava e se elevava, formando os conhecidos
vulcões. Os mares e os continentes disputavam espaços, com imensa vantagem para
os primeiros, cuja extensão de três quartas partes dominava o planeta azul.
Da
imensidão telúrica, a vida orgânica começou a brotar e seres diferenciados
foram surgindo, junto às algas marinhas, organismos hermafroditas, outros em
transição e espécies diferenciadas de minerais, vegetais e animais, todos
formados de um elemento primitivo, o hidrogênio.
Alguns
bilhões de anos após, surgiria o ser humano, sob a direção suprema do Cristo,
que por sua vez agia e age em nome do Arquiteto maior do universo, a quem chama
de Pai. Com o desenvolvimento da inteligência, o homem começa a se questionar:
Quem sou eu? O que faço na Terra? Quem me criou? Para que fui criado? Por que
sou diferente dos outros animais?
E
as respostas vão surgindo, gradativamente, mas sem violência, pois o destino do
homem é estagiar na matéria, mas tornar-se luz, vez que o universo é formado de
fótons, antes que do elemento material grosseiro, agregado pela ação da Vontade
Divina e de seus prepostos iluminados, como o Cristo e seus auxiliares.
Assim,
o livre-arbítrio vai se desenvolvendo paulatinamente no animal-homem, até que
este se torne espírito iluminado. Enquanto animalizado, as respostas lhe
parecem estar na própria natureza e na organização diferenciada da matéria que
compõe organismos “vivos e não vivos”, ou seja, biológicos e mineralógicos, que
ele confunde com os que têm e os que não têm vida. Isso decorre do seu
desconhecimento da evolução que tem início no minério, prossegue no vegetal,
continua no animal e, na Terra, se completa no hominal.
Mas
a vida não se limita a essa condição. Transcende-a, e isso é o que assusta
muitos cientistas e filósofos que ainda não conseguiram perceber o elo entre o
espírito e a matéria, que se dá em outra dimensão da vida. Daí suas teorias se
limitarem aos cinco sentidos físicos: tato, olfato, visão, audição e paladar.
Desse
modo, o homem se vê como um animal pouco diferenciado dos demais, que evoluiu
ao longo de milhões de anos, e pensa com isso responder à pergunta sobre quem
é. Vê-se sujeito às mesmas necessidades orgânicas dos seres inferiores
intelectualmente e julga encontrar nas próprias satisfações dos sentidos
físicos a resposta sobre sua finalidade no mundo. Observa os fenômenos naturais
e sua evolução material progressiva e imagina-se criado por uma simples disposição
molecular da Natureza ocorrida nos bilhões de anos precedentes. Não vislumbra uma
finalidade pós-existência física, devido ao seu apego às paixões, até certo
ponto necessárias à sua evolução, e acredita-se criado para a satisfação de
seus instintos materiais. Estuda as leis mecânicas e a evolução biológica ao
longo dos milênios e se julga diferente dos demais animais exclusivamente pela
própria evolução natural das espécies.
Como
a inteligência precede a moral. Alguns pesquisadores, observando o próprio
corpo, assim como os dos demais seres vivos e estudando as leis biológicas e
mecânicas criam determinadas hipóteses e teorias para justificar sua existência
na Terra e a dos demais seres animados e inanimados. Todas essas teorias são muito
respeitáveis, mas são logo superadas por outras ao longo do tempo, pois somente
quando o homem perder o receio e o preconceito de abordar o transcendente
poderá encontrar as respostas reais para todos os seus questionamentos a
respeito do porquê da vida.
Penalizado
da situação desse “caniço pensante”, o Cristo nasceu entre nós e disse:
—
Vim para lhes mostrar que a vida transcende a temporalidade da existência
física e vou provar-lhes que somos imortais. Após realizar verdadeiros
prodígios para a sua compreensão limitada das leis naturais, deixarei que matem
meu corpo físico e, três dias após isso, reaparecerei para os meus apóstolos e,
dias depois, para 500 pessoas na Galileia. Em seguida, tornarei ao mundo
espiritual de onde vim e de onde vocês vieram, para aonde vou e para aonde
vocês irão. Mas não os deixarei sós, estarei com vocês até o fim dos tempos,
pois todos os seres humanos, mesmo os mais ignorantes, são feitos de uma
natureza imortal: a do espírito, cuja evolução se deu com a da matéria, pois
tudo tem uma finalidade no Universo.
Para
o entendimento completo de minhas palavras, pela humanidade, no século XIX,
permitirei uma manifestação organizada do mundo espiritual, que revelará à
Terra a verdade sobre a imortalidade da alma e sobre a destinação real de todos
os seres vivos: a felicidade eterna.
E
foi assim que, a 18 de abril de 1857, Allan Kardec publicou as 1019 questões
respondidas por espíritos de alta elevação. Entre outros, Sócrates, Platão, São
João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, Swedenborg, Franklin,
Fénelon, São Paulo, São Luís e o Espírito da Verdade, que, em nome do Cristo,
coordenou todo o trabalho de trazer, das regiões sidéreas, não mais uma teoria,
mas a verdade a se expandir para todo o sempre e nos consolar das dores ainda
existentes no Mundo.
Essas
questões estão em O livro dos espíritos,
e todas elas foram desenvolvidas em outras quatro obras: O livro dos médiuns, O
evangelho segundo o espiritismo, O
céu e o inferno e A gênese.
Leia-as, estude-as, pratique sua moral, que é a mesma do Cristo, e sua vida
mudará para melhor.
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