Em
dia com o Machado 310 (jÓ]
— Bom dia, amigo Jó. Parabéns por sua cirurgia! Breve você voltará a
ouvir o canto do sabiá, o voo dos aviões, a cascata a despencar no morro dos
gaviões.
Não desanime, 6.6 é apenas o começo, desde 16 de março, de uma nova e
gloriosa etapa a serviço do Cristo.
— Bom dia, Bruxo, não
desanimarei, pois já percebo que ainda é o amor o antídoto do mal, mesmo quando
observo a incoerência, a ambição desmedida e o egocentrismo predominarem em
nosso mundo.
— Como você observou bem, em sua tese aprovada na UnB, Jó, não sei se é
na literatura que está a salvação, mas predomina nos meus personagens e nos de
todos os bons escritores tremenda influenciação espiritual, sem que quase
ninguém perceba isso.
— Pois é, Machado, um dos nossos objetivos foi exatamente este: mostrar
ao leitor ou leitora o fundo moral subjacente em sua obra e expresso por sua
ironia em relação aos costumes depravados da sociedade brasileira. O outro foi
propor aos amantes da literatura a análise do rico conteúdo espírita a ser
explorado pelos pesquisadores e proposto como monografia de final de curso,
seja este de graduação, especialização, mestrado ou doutorado.
— Esteja certo, amigo Jó, que seus objetivos foram alcançados. Os
resultados é que serão atingidos paulatinamente. As pessoas ainda não
perceberam que a palavra “desinteresse” tem um alcance mais amplo do que o
exigido por elas aos trabalhos alheios. Se você é bem-sucedido em algo, não
faltarão atitudes de inveja e ataques destruidores de sua obra. Não se preocupe
com isso, continue trabalhando.
— É verdade, Machado, também o auxílio que damos a outrem é esquecido
facilmente, mas aprendi que não devemos aguardar reconhecimento e, sim,
continuar fazendo o bem.
— Continue, amigo, amando e servindo sem parar.
Ainda que riam de sua honestidade, permaneça sendo honesto.
Mesmo que destruam tudo que você construiu ao longo dos anos, continue
construindo.
Ajude sempre, ainda que o beneficiado seja ingrato e agressivo.
Não busque reconhecimento do mundo. Faça sempre o melhor que puder.
Perdoe sempre. Exercite a compaixão para com todos.
Somente os bons são verdadeiramente felizes.
Nada exija. Sirva sempre.
Um dia, com lágrimas de felicidade, você verá um vulto luminoso caminhar
ao seu encontro. É Jesus que, com sua voz dulcíssima, dir-lhe-á:
— Vem a mim, bendito do meu Pai, pois tive fome e deste-me de comer,
tive sede e deste-me de beber, era órfão e me amparaste, tive frio e me
agasalhaste e quando preso me visitaste.
Então você, emocionado, apenas perguntará ao Cristo: — Senhor, que devo
fazer para merecer tamanha felicidade?
E Ele responder-lhe-á: — Amar sempre!
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