Em dia com o
Machado 324 (jó}
Embora o número de acessos à crônica
passada tenha dobrado, tendo em vista a curiosidade da chamada para a leitura
do texto intitulado pontuação, tenho
certeza de que ninguém teve a curiosidade de reescrevê-lo com o uso dos sinais
gráficos propostos. Ou, se houve algum herói ou heroína que se prestasse a
tanto, certamente não tiveram coragem de enviar-me o texto com a pontuação em
seu devido espaço.
Não tem problema. Eis o gabarito:
O ponto indica uma
parada que não é a do ponto de ônibus, e sim uma pausa no período denominada
ponto final ou ponto parágrafo. Já pontuação implica uso do ponto que encerra
um período não concluído por reticências, interrogação, ponto e vírgula, além
da vírgula, ponto final e, se se tratar da conclusão de um período com o mesmo
centro de interesse, há ponto parágrafo. Sobre o dilema da pontuação, pensei
ter posto um ponto final nesse ponto e comecei o texto com inicial maiúscula. Entretanto, caberia após maiúscula
ponto e vírgula, se o entretanto
completasse o enunciado. Como a vírgula é o sinal gráfico mais utilizado na
escrita, com toda a certeza, aqui caberia melhor a vírgula. Ah! recordo-me de
que nas regras de pontuação, mesmo se tratando do ponto, também é ponto
pacífico haver esses outros pontos que, sem serem pontos, também pontuam: são
os dois pontos, as reticências, além doutros dois pontos a considerar. Sim,
mais dois pontos: a) ponto de interrogação, que pode coincidir com a pausa do
ponto final ou não: se a pausa não encerrou o enunciado, a inicial da palavra
seguinte é minúscula, mas se a pausa for conclusiva, iniciaremos a frase
seguinte com inicial maiúscula; b) ponto de exclamação: se a frase for
conclusiva, a palavra seguinte terá inicial maiúscula, caso isso não ocorra, a
inicial da frase citada será minúscula. Um ponto importante: não use pontuação
antes do emprego de expressões entre parênteses ou colchetes, pontue somente
após fechar parêntese.
Há
outros pontos a citar, mas ficam para a próxima...
Como curiosidade, a pessoa corajosa (ou curiosa amante de
passatempo) que substituiu as palavras do texto anterior pelos sinais gráficos
do atual economizou quatro linhas neste texto em relação àquele.
Retirei uma vírgula do texto
anterior, que já não existe no atual. Se você percebeu, parabéns. Caso
contrário, releia o texto da crônica 323.
Vamos ler mais, pessoal! É lendo, entendendo
e refletindo que se aprende algo.
Quem ouve com muita atenção fala bem. Se ademais
muito lê fala melhor; mas quem ouve, lê bastante e escreve criticamente vive
bem melhor.
Viver é aprender.
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