Em dia com o Machado 326 /jó/
I have a dream,
também, como teve seu sonho o inolvidável pacifista assassinado Martin Luther
King Jr. No seu devaneio, predominavam os ideais de união entre negros e
brancos e de uma sociedade livre. No meu, sobressai-se o desejo de um mundo equânime,
espiritualizado e espirituoso.
Aliás, não era outro o desejo de Allan
Kardec senão o da união de todas as religiões em torno de três pontos: a
imortalidade da alma, as leis morais e os planos divinos para a nossa
perfectibilidade (terceira parte d’O
Livro dos Espíritos). Seu objetivo não foi fundar uma nova religião, até
porque o Espiritismo não é uma religião tradicional, com sacerdotes,
paramentos, dogmas, rituais e cobrança de dízimos. Se a crença espírita é hoje reconhecida
como religião, é graças à intolerância e perseguição a ela movidas pela Igreja.
O Espiritismo, ou Doutrina Espírita,
propunha-se a ser uma Filosofia de consequências morais, com base nos
ensinamentos de Jesus Cristo, nosso Senhor e Mestre. Ela não é uma teoria
meramente humana, e sim a revelação dos Espíritos, coordenados pelo Espírito
Verdade, o Verbo do Cristo.
O Espiritismo jamais pretendeu
substituir qualquer religião, mas sim subsidiá-la com base no desvelar de fenômenos
naturais tidos, até então, na Terra, como fatos miraculosos e sobrenaturais. Para
alcançarmos o objetivo da perfeição, meta cristã, os emissários divinos
recomendam-nos o cultivo do amor e da instrução, as asas simbólicas da evolução
espiritual.
Ao amor, associa-se a compaixão por
nosso próximo. Em consequência, esforçamo-nos em exercitar o perdão das ofensas, a indulgência e a benevolência com todos. É o PIB da caridade, que não é um produto
interno bruto e, sim, um produto interno
bom!
Por conhecimento, entendemos tudo aquilo
que nos faça perceber o tamanho de nossa ignorância e nos torne mais humildes,
sem que nos acomodemos nessa insipiência. Seremos sábios quando praticarmos o
bem que aprendemos e ensinamos.
Este é o plano de Deus para cada um de
seus filhos, que Jesus nos lembrou, quando disse: “— Sede perfeitos, como é
Perfeito vosso Pai Celestial” (Mateus, 5: 48). Esta é, pois, uma jornada
infinita de cada um de nós, filhos de Deus, o Absoluto, eternamente presente em
nossa consciência.
Quando houvermos alcançado a perfeição
do Cristo, modelo para nossas vidas, guia espiritual da humanidade, ainda que
jamais sejamos puros como o Pai, mas plenamente identificados com Este,
poderemos dizer, como Aquele: “— Eu e o Pai somos um” (João, 10: 30).
O materialismo propõe-nos culto ao corpo
e submissão às paixões animalizadas de existência efêmera. O espiritualismo
dá-nos opção pelo amor ao próximo, como a nós mesmos, e a Deus, nosso Pai,
Espírito Perfeito que nos criou para o perfeccionismo na eternidade da vida.
Por saber disso, mais do que acreditar
nisso, eu permaneço firme no meu sonho de um mundo justo, espiritualizado e
espirituoso... mas não ébrio.
Diria, um tanto metaforicamente, que este texto é a excelência do
ResponderExcluirvosso constante e incessante labor, o melhor dos melhores...
Continue assim, conquanto nem sempre estamos tão inspirados para
a produção de pérolas como esta que o nosso amigo pudera de si, e,
de outrem, por inspiração, gratuitamente, nos ofertar.
fernandorosemberbpatrocinio.blogspot.com.br