Continuação da trad. d’O Evangelho segundo o Espiritismo
Por: Jorge
Leite de Oliveira (16.2.2019)
Nem direita, nem esquerda. Nem capitalismo, nem
comunismo. Não haverá verdadeira justiça social enquanto homens e mulheres não
trabalharem em prol da evolução espiritual (individual e coletiva). Prof.
Alexsandro M. Medeiros, mestre e doutor em Filosofia. Universidade Federal do
Amazonas. Site: Sabedoria Política.
III - Enquanto tivermos o nosso corpo e a alma estiver mergulhada
nessa corrupção, jamais possuiremos o objeto de nossos desejos: a verdade. Com
efeito, o corpo suscita-nos mil obstáculos pela necessidade que temos de cuidar
dele. Além disso, ele enche-nos de desejos, de apetites, de temores, de mil
quimeras e de mil tolices, de modo que, com ele, é impossível sermos sábios por
um instante. Mas, se nada se pode conhecer puramente enquanto a alma está unida
ao corpo, de duas uma: ou jamais conheceremos a verdade, ou só a conheceremos
após a morte. Livres da loucura do corpo, conversaremos então, é lícito esperar,
com homens igualmente libertos, e conhecermos por nós mesmos a essência das
coisas. É por isso que os verdadeiros filósofos se exercitam em morrer, e a
morte não lhes parece de maneira alguma temível (Céu e Inferno, 1ª parte, cap. 2º, e 2ª parte, cap. 1º).
Eis aí o princípio das faculdades da alma obscurecidas por
intermédio dos órgãos corporais, e da expansão dessas faculdade após a morte.
Mas trata-se aqui das almas de escol, já depuradas. O mesmo não se dá com as
almas impuras.
IV - A alma impura, nesse estado, encontra-se oprimida e vê-se
novamente arrastada para o mundo visível, pelo horror do que é invisível e
imaterial. Ela erra, então, segundo se diz, ao redor dos monumentos e dos
túmulos, junto dos quais já se têm vistos fantasmas tenebrosos, como devem ser
as imagens das almas que deixaram o corpo sem estarem ainda inteiramente puras,
que ainda conservam alguma coisa da forma material, o que nos permite percebê-las.
Essas não são as almas dos bons, mas as dos maus que são forçadas a errar
nesses lugares, onde carregam as penas de sua primeira vida, e onde continuam a
errar, até que os apetites inerentes à sua forma material as devolvam a um
corpo. Então, elas retomam, sem dúvida, os mesmos costumes que durante a
primeira vida eram objetos de sua
predileção.
Não somente o princípio da reencarnação está aí claramente
expresso, mas também o estado das almas que ainda se mantém sob o império
da matéria é descrito tal como o Espiritismo o demonstra nas evocações. E há
mais, é dito que a reencarnação é uma consequência da impureza da alma,
enquanto as almas purificadas estão isentas de reencarnar. O Espiritismo não
diz outra coisa. Somente acrescenta que a alma que tomou boas resoluções na
erraticidade, e possui conhecimentos adquiridos, traz menos defeitos ao
renascer, mais virtudes e ideias intuitivas do que tinha na existência
precedente. E que, assim, cada existência marca para ela um progresso
intelectual e moral (Céu e Inferno, 2ª parte: exemplos).
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