Perdoar, esquecer e florescer
(Irmão Jó)
Implacáveis, vorazes, violentos,
Os ramos caem adubando o solo,
Após a chuva, sem noções de dolo.
E a Natureza pede: “Esquecer!”...
Sementes brotam em desprendimentos
Dos solos aquecidos pelo sol,
Gerando arbustos lindos no arrebol!
E a Natureza clama: “Florescer!”...
Surgida a Tempestade em alto mar,
Saibamos, pacientes, esperar
Que a vil borrasca passe, e, ao ancorar,
Ouçamos Deus dizendo: “Perdoar!”...
E, mesmo após nossa maior tristeza,
Toda borrasca, como a chuva e o vento,
Trazem de Deus os frutos no momento:
Perdoar, esquecer e florescer!”
In: FRANCO, Divaldo Pereira. Crestomatia da imortalidade. Diversos espíritos. Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada, 2002.