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sexta-feira, 9 de maio de 2025

 

Estudo d'O Livro dos Espíritos com Jorge e Lourdes



Questão 70 – Em que se transformam a matéria e o princípio vital dos seres orgânicos quando eles morrem?

Resposta: A matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital retorna à massa.

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Morto o ser orgânico, os elementos que o compõem sofrem novas combinações, de que resultam novos seres, os quais haurem na fonte universal o princípio da vida e da atividade, absorvendo-o e assimilando-o, para novamente o devolverem a esa fonte, quando deixam de existir.

Os órgãos estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital. Esse fluido dá a todas as partes do organismo uma atividade que opera a cicatrização de certas lesões e restabelece as funções momentaneamente suspensas. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital é impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.

Os órgãos reagem mais ou menos necessariamente uns sobre os outros; da harmonia do conjunto resulta a sua ação recíproca. Quando uma causa qualquer destrói essa harmonia, os órgãos deixam de funcionar, como o movimento de um mecanismo cujas engrengens essenciais estão desarranjadas. Dá-se o mesmo com um relógio que se desgasta com o tempo ou se danifica por acidente: a força motriz é impotente para fazê-lo funcionar.

Num aparelho elétrico temos uma imagem mais exata da vida e da morte. Como todos os corpos da Natureza, esse aparelho contém eletricidade em estado latente. Os fenômenos elétrico só se manifestam quando o fluido é posto em atividade por uma causa especial: então se poderia dizer que o aparelho está vivo. Vindo a cessar a causa da atividade, cessa o fenômeno e o aparelho volta ao estado de inércia. Os corpos orgânicos seriam, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos, nos quais a atividade do fluido produz o fenômeno da vida. A cessação dessa atividade causa a morte.

A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos demais indivíduos da mesma espécie. Há os que estão, a bem dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. Daí, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a manutenção da vida, se não se renovar pela absorção e asssimilação das substâncias que o contêm.

O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior quantidade pode dá-lo a quem o tenha de menos e em cartos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se.

 Kardec informa que, após a morte do organismo, o fluido vital retorna à fonte universal. Extinta a harmonia ente os órgãos do corpo, a vida se extingue. Compara o fluido vital com a energia de um aparelho elétrico, que contém em estado latente a eletricidade; ou com um relógio desgastado pelo tempo ou danificado por acidente, que sem “a força motriz” que o impulsionava não mais funciona.

Explica ainda o Codificador da Doutrina Espírita que a quantidade de fluido vital varia segundo as espécies e, mesmo na mesma espécie, nuns corpos esse fluido seria mais fraco do que nos outros.

Como o fluido vital se esgota, uma pessoa com abundância desse fluido pode transmiti-lo a outra. Do nosso ponto de vista, é o que ocorre também na imposição das mãos, conhecida no meio espírita como passe, que pode auxiliar na cura de diversas enfermidades físicas.


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