Estudo d'O Livro dos Espíritos com Jorge e Lourdes
Questão
70 – Em que se transformam a matéria e o princípio vital dos seres orgânicos
quando eles morrem?
Resposta:
A matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital
retorna à massa.
Comentários
Morto
o ser orgânico, os elementos que o compõem sofrem novas combinações, de que
resultam novos seres, os quais haurem na fonte universal o princípio da vida e
da atividade, absorvendo-o e assimilando-o, para novamente o devolverem a esa
fonte, quando deixam de existir.
Os
órgãos estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital. Esse fluido dá a
todas as partes do organismo uma atividade que opera a cicatrização de certas
lesões e restabelece as funções momentaneamente suspensas. Mas, quando os elementos
essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente
alterados, o fluido vital é impotente para lhes transmitir o movimento da vida,
e o ser morre.
Os
órgãos reagem mais ou menos necessariamente uns sobre os outros; da harmonia do
conjunto resulta a sua ação recíproca. Quando uma causa qualquer destrói essa
harmonia, os órgãos deixam de funcionar, como o movimento de um mecanismo cujas
engrengens essenciais estão desarranjadas. Dá-se o mesmo com um relógio que se
desgasta com o tempo ou se danifica por acidente: a força motriz é impotente
para fazê-lo funcionar.
Num
aparelho elétrico temos uma imagem mais exata da vida e da morte. Como todos os
corpos da Natureza, esse aparelho contém eletricidade em estado latente. Os
fenômenos elétrico só se manifestam quando o fluido é posto em atividade por
uma causa especial: então se poderia dizer que o aparelho está vivo. Vindo a
cessar a causa da atividade, cessa o fenômeno e o aparelho volta ao estado de
inércia. Os corpos orgânicos seriam, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos
elétricos, nos quais a atividade do fluido produz o fenômeno da vida. A
cessação dessa atividade causa a morte.
A
quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo
as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos demais indivíduos da
mesma espécie. Há os que estão, a bem dizer, saturados de fluido vital, enquanto
outros o possuem apenas em quantidade suficiente. Daí, para alguns, vida mais
ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante.
A
quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a
manutenção da vida, se não se renovar pela absorção e asssimilação das
substâncias que o contêm.
O
fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior
quantidade pode dá-lo a quem o tenha de menos e em cartos casos prolongar a vida
prestes a extinguir-se.
Explica
ainda o Codificador da Doutrina Espírita que a quantidade de fluido vital varia
segundo as espécies e, mesmo na mesma espécie, nuns corpos esse fluido seria
mais fraco do que nos outros.
Como
o fluido vital se esgota, uma pessoa com abundância desse fluido pode
transmiti-lo a outra. Do nosso ponto de vista, é o que ocorre também na imposição
das mãos, conhecida no meio espírita como passe, que pode auxiliar na cura de
diversas enfermidades físicas.
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