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sábado, 6 de setembro de 2025

 Estudo d'O Livro dos Espíritos



174. Tornar a viver na Terra constitui uma necessidade?

“Não; mas, se não progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que talvez até seja pior do que ela.”

 Comentário

Os Espíritos nos informam que se não nos esforçarmos para evoluir em amor e conhecimento, ficaremos estacionados na mesma posição espiritual, pois não há retrocesso no adiantemento do Espírito. Entretanto, pode ocorrer de Espíritos preguiçosos ou insistentes no mal serem degredados para mundos inferiores ao em que eles estejam encarnados, como vem ocorrendo com o nosso planeta.

175. Haverá alguma vantagem em voltar-se a habitar a Terra?

“Nenhuma vantagem particular, a menos que seja em missão, caso em que se progride aí como em qualquer outro planeta.”

a) Não se seria mais feliz permanecendo na condição de Espírito?

“Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus.”

 Comentário

Quando um Espírito alcança evolução espiritual que o coloca muito acima daquela em que estão os Espíritos encarnados na Terra, não há mais necessidade de que ele reencarne aqui, salvo em missão, o que ocorre com diversos Espíritos que continuam atuando em nosso planeta por amor a inumeráveis pessoas. Mas até que atinja a pureza, todos terão que reencarnar, ainda que em mundos muito mais felizes do que a Terra, pois é na matéria que o Espírito mais contribui com a obra de Deus.

 

176. Depois de haverem encarnado noutros mundos, podem os Espíritos encarnar neste, sem que jamais aí tenham estado?

“Sim, do mesmo modo que vós em outros. Todos os mundos são solidários: o que não se faz num faz-se noutro.”

a) Assim, homens há que estão na Terra pela primeira vez?

“Muitos, e em graus diversos de adiantamento.”

b) Pode-se reconhecer, por um indício qualquer, que um Espírito está pela primeira vez na Terra?

“Nenhuma utilidade teria isso.”

Comentário

Os mundos são solidários, dizem-nos os Espíritos que colaboram com Jesus no adiantamento da Terra. Daí, é possível que alguns de nós já tenhamos encarnado e reencarnado em outros mundos. Como nosso foco deve ser no que fazer para nosso adiantamento em amor e sabedoria, não há nenhum interesse em saber se já existimos noutros mundos nas inumeráveis reencarnações que já pudemos ter.

177. Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, tem o Espírito que passar pela fieira de todos os mundos existentes no Universo?

“Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.”

a) Como se explica então a pluralidade de suas existências em um mesmo globo?

“De cada vez poderá ocupar posição diferente das anteriores e nessas diversas posições se lhe deparam outras tantas ocasiões de adquirir experiência.”

Comentário

A resposta dos Espíritos, como sempre, é lógica. Não há necessidade que habitemos todos os mundos do Universo, haja vista o nível evolutivo semelhante entre diversos mundos, como vemos na informação sobre a escala dos mundos: primitivos, de expiação e provas, felizes e celestes ou divinos, conforme consta n’O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 3, item 4.

 

178. Podem os Espíritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro onde já viveram?

“Sim, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem.”

a) Mas não pode dar-se também por expiação? Não pode Deus degredar para mundos inferiores Espíritos rebeldes?

“Os Espíritos podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal-empregadas.”

b) Quais os que têm de recomeçar a mesma existência?

“Os que faliram em suas missões ou em suas provas.”

 Comentário

Os Espíritos não retrogradam em sua condição evolutiva, mas podem permanecer estacionados no mal, utilizando de modo errado seu livre-arbítrio. É quando Deus, por intermédio dos Espíritos elevados, bane tais Espíritos malévolos para mundos inferiores, onde muito terão de expiar, mas também poderão aproveitar sua nova situação para auxiliar o progresso dos seres que habitam tais mundos.

 

179. Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado o mesmo nível de perfeição?

“Não; dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns Espíritos são mais adiantados do que outros.”

Comentário

Não sendo todos os Espíritos criados ao mesmo tempo e também havendo aqueles que melhor aproveitaram seu tempo na aquisição da sabedoria, pela prática do amor e do conhecimento, o grau de perfeição é diferente, sendo, portanto, uns “mais adiantados do que outros”, como é informado acima.

 180. Passando deste planeta para outro, conserva o Espírito a inteligência que aqui tinha?

“Sem dúvida; a inteligência não se perde. Pode, porém, acontecer que ele não disponha dos mesmos meios para manifestá-la, dependendo isto da sua superioridade e das condições do corpo que tomar.” (Veja-se: “Influência do organismo”, cap. VII, Parte 2a.)

Comentário

Os conhecimentos adquiridos por cada Espírito jamais se perdem, mas pode acontecer que, renascendo em corpos com limitações, o Espírito fique, por algum tempo, sem condições de manifestar seus conhecimentos.

 181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?

“É fora de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se dá.”

 Comentário

Todos os Espíritos têm corpos, mas quanto mais grosseiro é o estado do mundo em que se esteja encarnado, mais densos são esses corpos. Em mundos superiores, nosos sentidos limitados e instrumentos materiais não permitiria enxergar os corpos eterizados das entidades elevadas que ali encarnam.

182. É-nos possível conhecer exatamente o estado físico e moral dos diferentes mundos?

“Nós, Espíritos, só podemos responder de acordo com o grau de adiantamento em que vos achais. Quer dizer que não devemos revelar estas coisas a todos, porque nem todos estão em estado de compreendê-las e semelhante revelação os perturbaria.”

 Comentário

Ainda hoje, a ciência da Terra não possui condição de identificar o estado físico e moral dos mundos mais evoluídos do que o nosso. Um exemplo disso é Júpiter cujo estado físico é tão etéreo, bem como dos Espíritos que ali encarnam que, para nós, é como se ali não existisse condições de vida. O que ocorre é que o homem na Terra ainda tem por parâmetro de avaliação as leis que aqui vigem. Nos mundos elevados, a matéria é, por assim dizer, quintessenciada, fugindo à nosso observação.

 À medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste se aproxima igualmente da natureza espírita. Torna-se-lhe menos densa a matéria, deixa de rastejar penosamente pela superfície do solo, menos grosseiras se lhe fazem as necessidades físicas, não mais sendo preciso que os seres vivos se destruam mutuamente para se nutrirem. O Espírito se acha mais livre e tem, das coisas longínquas, percepções que desconhecemos. Vê com os olhos do corpo o que só pelo pensamento entrevemos.

Da purificação do Espírito decorre o aperfeiçoamento moral, para os seres que eles constituem, quando encarnados. As paixões animais se enfraquecem e o egoísmo cede lugar ao sentimento da fraternidade. Assim é que, nos mundos superiores ao nosso, se desconhecem as guerras, carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém pensa em causar dano ao seu semelhante. A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem que a morte nenhuma apreensão lhes cause. Encaram-na de frente, sem temor, como simples transformação.

A duração da vida, nos diferentes mundos, parece guardar proporção com o grau de superioridade física e moral de cada um, o que é perfeitamente racional. Quanto menos material o corpo, menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam. Quanto mais puro o Espírito, menos paixões a miná-lo. É essa ainda uma graça da Providência, que desse modo abrevia os sofrimentos.

 

183. Indo de um mundo para outro, o Espírito passa por nova infância?

“Em toda parte a infância é uma transição necessária, mas não é, em toda parte, tão obtusa como no vosso mundo.”

 Comentário

Em todos os mundos, quando encarnado, o Espírito passa por um período de infância, enquanto seu corpo não se desenvolve. Mas em mundos elevados a infância do corpo do Espírito é bastante curta. Um Espírito encarnado ali, tem na infância a inteligência de uma pessoa adulta aqui na Terra. Quando, excepcionalmente, tais Espíritos encarnam em nosso mundo, em missão, já nos primeiros anos de sua existência demonstram uma inteligência muito acima da média. Segundo a revista Exame, o QI médio de uma pessoa é 100, mas o mais novo membro da Mensa é um menino cujo QI é 160. Seu nome é Joseph Harris-Birtill. Com pouco mais de dois anos, esse menino já lia livros inteiros. Em todos os tempos, renasceram na Terra gênios que, desde os primeiros anos, já tinham QI muito acima da média, como Mozart, Beethoven, Einstein etc. São Espíritos que renascem entre nós em missão.


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