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segunda-feira, 5 de março de 2012

Servir para vir a ser (jlo)

Você já pensou na composição silábica da palavra "servir"? Ela é formada por dois verbos: "ser" e "vir". Se mudadas as posições das sílabas e feita a ligação com a preposição "a" teremos "vir (a) ser". É o devenir (devir ou vir a ser: transformação incessante e permanente, segundo o "Aurélio"), consequência natural de nossa predisposição sublime de servir.
Podemos concluir, do dito acima, que é preciso servir em nosso eterno vir a ser. Mas vir a ser o quê? Um ser do devir, um emissário divino, como o próprio Cristo que, no Antigo Testamento, era por vezes confundido com o próprio Deus, ao ser-lhe atribuído o designativo “Eu Sou”. As palavras de Jesus e dos Espíritos superiores não nos deixam dúvidas de que ele é o modelo de perfeição a ser seguido por todos nós aqui na Terra. Em Êxodo, cap. 3, versículo 14, Deus é representado simbolicamente pela expressão “EU SOU”, todavia, João reproduz as seguintes palavras de Cristo, no cap. 8, vers. 12: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Ou seja, Jesus já é “a luz do mundo”. Segui-lo é praticar os seus ensinamentos, é esforçar-nos diuturnamente para nos melhorarmos, é empenharmo-nos em servir, na medida de nossas forças e sem desânimo, nesse eterno “vir a ser” ou “devir” que nos impulsiona, pelas nossas obras do servir, inexoravelmente, à perfeição.
Ser a “luz do mundo”, conforme afirmou-nos Jesus, é possuir a iluminação máxima em nosso orbe. E segui-lo é estar na luz da sabedoria e, consequentemente, longe das trevas da ignorância. Segui-lo é, pois, trabalhar intensamente nas fileiras do bem sem desânimo e cheios de fé e de esperança.
É desse modo que se aprende a servir para vir a ser. Quando entendermos isso, não somente cultuando palavras bonitas para sermos aplaudidos no mundo, mas para aplicarmo-las, antes de tudo, às nossas ações positivas, demonstraremos a perfeita compreensão dos benefícios do bem em nossas vidas e na do nosso próximo.
Sendo um com o Pai, em suas próprias palavras (João, 10:30), Jesus Cristo já transcendeu, em relação a nós, o “vir a ser” e alcançou o “eu sou”, meta de todos nós, quando alcançarmos a pureza total de nossos Espíritos. Entretanto, mesmo esse “ser” ainda equivale, em relação ao SER MAIOR, que é Deus, um eterno devir, cuja consequência é alcançar a felicidade plena.
Ainda são de Jesus as seguintes palavras: “Eu sou a porta das ovelhas” (João, 10: 7). “Eu sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João, 10: 11). “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João, 11: 25). E, por fim, após confirmar ser Mestre e Senhor de todos nós (João, 13: 13), em seguida à atitude humilde de lavar os pés de seus apóstolos, ainda complementa: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”.
É, portanto, necessário aprender com o Cristo de Deus “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João, 17: 21).
Quando aprendermos o verdadeiro significado de servir, sem qualquer intenção de retribuição ao bem que façamos, mas por amor ao próprio bem, como o Senhor nos ensinou, estaremos modificando no nosso Espírito sempre para melhor, nesse eterno vir a ser, o devir que nos irmanará em um só pensamento e uma só vontade. Então, compreenderemos a importância da palavra “servir”.

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