Fui à
Biblioteca da Universidade, pois precisava pegar emprestado um livro esgotado
nas livrarias ou reproduzi-lo para estudo pessoal. Entrei e, de posse de todos
os documentos comprobatórios, dirigi-me a uma jovem, a quem expus minha
intenção. Ela preencheu todos os meus dados, forneceu-me uma senha para acessar
um dos computadores disponibilizados ao estudante e encaminhou-me a outro
balcão com cerca de três funcionárias. Procurei a que estava mais à esquerda,
por ser a primeira a se achar totalmente desocupada. Ao expor-lhe minha
intenção, encaminhou-me para um dos computadores das proximidades da colega do
primeiro balcão, a dez metros dali, e disse-me para acessar o sistema on line com minha senha, em seguida,
informar o nome da obra. Feito isso, o sistema indicar-me-ia o número de série
e o local onde encontraria o livro.
Meio
desconfiado, voltei, introduzi senha e todos os dados no computador, mas algo
deu errado, pois não obtive as informações desejadas. Como estava próximo à
moça do primeiro balcão, falei-lhe sobre minhas dificuldades. Ela quase se
levantou de onde estava, mas preferiu reencaminhar-me à outra funcionária para
informar-lhe que, como aluno novo, precisava de um acompanhamento, a fim de
aprender a lidar com o sistema. Lá fui eu de volta. Ao explicar minha
dificuldade, a segunda funcionária simplesmente digitou no computador à sua
frente o nome da obra e disse-me que por ser título único o livro não poderia
ser emprestado, somente consultado no local.
Perguntei-lhe
se poderia copiá-lo, pois a edição estava esgotada e fui informado que sim.
Para isso, teria de entrar em contato com o pessoal do setor de multimídia.
Então, resolveu ligar para o setor e foi informada de que o funcionário
responsável por abrir a porta da sala onde ficava a obra havia faltado. Então,
eu deveria voltar outro dia e em outro horário. Indaguei-lhe quando poderia ser
isso, pois há muito tempo precisava da obra. Ela consultou a colega do seu lado
e esta informou-lhe que era só descer, pegar a chave no setor multimídia e
entregar-me o livro para cópia pessoal. Enquanto isso, um documento meu ficaria
retido, até a devolução do exemplar.
Fez
mais, essa última funcionária, desceu comigo um lance de escadas, entrou no
corredor onde ficava o setor responsável, pegou a chave, emprestou-me o livro,
entreguei-lhe minha carteira de motorista e ela retornou a seu lugar no andar
de cima. Tudo isso, contando com meu retorno à sua colega, que não anotara o
número de série do exemplar, e voltei lá para esse fim, não demorou nem três
minutos. Terminada a reprodução do material, subi, devolvi a obra, peguei minha
carteira de motorista e estou aqui, agora, escrevendo isto e repetindo Fernando
Pessoa: Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.” Obrigado,
Aline, você é uma funcionária exemplar da Universidade de Brasília.
Bsb,
1º de março de 2012.
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