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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Em dia com o Machado (jlo)

Bom-dia!
    
Inicio esta crônica quando o mundo moderno questiona a validade do romance. Infeliz orbe! Miserável romance.
Um codificador surgiu na França, no século de Machado, e fundaram uma nova religião. Foi decretada a guerra... contra o materialismo.
Passou o século XIX, passaram os homens, a monarquia, surgiu o século das mulheres; o khrónos relata, dia a dia, página a página, os eventos da história que se corrompe, muda de acordo com o humor do escritor. Toda a estrutura da terra, quer creiam ou não, é um grande renascer de coisas, ideias, minerais, vegetais, animais. E a ideia espírita manteve-se de pé, contra todas as ironias, abalando-as mesmo, em especial, no alvorecer da vida. Triste ironia, curta existência, realidade da qual nem os gênios podem fugir.
Um dia, um grupo de seis destemidos rapazes, fartos da política e do comércio religioso, resolveram sair mundo a fora pregando a nova doutrina e falando com os Espíritos.
Pelo cavanhaque do asceta! Há algo mais espírita do que isso? A inquisição da Espanha queimou as obras de Kardec, que dizem não haver inferno, a não ser o da consciência culpada. Anjos são seres humanos (homens e mulheres,viu?) que se aperfeiçoam ao longo de longa jornada vivida na Terra e no espaço. Então, resolveu aquele grupo entrevistar o codificador:
- Quem é o senhor?
- Meu último nome de batismo, conhecido na Terra, foi Hippolyte-Léon Denizard Rivail; mais tarde, cognominei-me Allan Kardec.
- Tua religião?
- Fora da caridade não há salvação!
- Teu profeta?
- Jesus.
- Há um só Deus e um só profeta?
- Deus é a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas, e Jesus é o ser mais perfeito que ele ofereceu à Humanidade, para lhe servir de guia e modelo. Mas, bom mesmo, só Deus o é...
- Perfeito! Queremos segui-lo.
- A mim?
- Não, a Jesus.
- Então, leia as obras da codificação.
- Examinaremos tudo, reteremos o bem.
- Que assim seja!




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