Em dia com o Machado 22 (jlo)
Hoje vamos falar a você, mas não de você, do AVC,
amiga leitora.
Você sabia que a memória e os movimentos de quem é
vitimado pelo “derrame cerebral”, nome popular do acidente vascular cerebral (AVC),
podem voltar com a malhação diária?
Então vamos aos fatos, pois se engana quem pensa
que somente os idosos podem sofrer AVC. Em qualquer idade, isso pode dar-se,
pois esse acidente físico é o responsável pela segunda causa mortis da humanidade. A primeira é a doença cardiovascular.
Conte até seis: um... dois... três... quatro...
cinco... seis. Pronto! Você acaba de matar um habitante da Terra. A cada seis
segundos morre uma pessoa de AVC no mundo.
A memória de quem é vitimado pelo “derrame” pode voltar
com seis meses de treino aeróbico, mais atividades de resistência. Em alguns
casos, pode levar até sete ou oito anos para a pessoa se reabilitar, mas de
qualquer forma, os exercícios físicos são indispensáveis à recuperação da
vítima.
Puxar ferros em academia, caminhar ou correr não
somente proporcionam melhor condicionamento muscular, como também aumentam os
movimentos cardiorrespiratórios da pessoa. Isso foi comprovado por um estudo
científico realizado em Toronto, no Canadá.
Imagina você, leitora amiga, que tem um marido,
namorado ou companheiro extremamente comunicativo, qualquer que seja sua
profissão e, de repente, não mais que de repente, como diria o “poetinha”
Vinícius de Moraes, “do riso fez-se o pranto” e a boca fez-se torta, e o olhar
esbugalhou-se e um dos braços entortou-se... Não ria, pois essa é uma situação
que pode acometer uma em cada seis pessoas, e a próxima vítima pode ser eu ou
você.
O drama pessoal e familiar de quem sofre o “derrame”
é terrível. Ele pode ocorrer em qualquer época de nossa vida. Imagina que
choque leva e provoca uma pessoa que estava em plena atividade profissional,
social e, de repente... No momento extremo, o esgar bucal da pessoa expressa
seus gritos interiores: SOCORRO! SOcorro! socorro...
A pessoa não sabe, após o AVC, se quer continuar
viva ou se não seria preferível a morte. Em especial, os comunicadores que se
veem privados do que mais gostam de fazer, como falar em público, devem sentir,
dia a dia, hora a hora e até minuto a minuto uma frustração imensa, por não
mais poderem encantar a todos com sua eloquência tão admirada.
É nos momentos dos grandes dramas pessoais que as
almas elevadas mostram seu valor. Como exemplo, citamos o caso do seu
Francisco, 64 anos, que acompanhava angustiado o tratamento de um câncer em sua
esposa, dona Maria da Graça. Ela já respondia bem à quimioterapia, quando teve
um AVC. O marido não teve dúvida. Aposentou-se do exercício profissional da
medicina, pois é médico, para cuidar da esposa.
Atualmente, Graça vem melhorando, graças a Deus, aos
médicos, fisioterapeutas e ao dr. Francisco, que não deixa de levá-la e acompanhá-la,
diariamente, à clínica de recuperação. Ali ela fez exercícios aeróbicos e
musculação direcionados à reabilitação de sua perna, recuperada em apenas dois
meses e meio de tratamento. Já está para sair da cadeira de rodas. A nova etapa
é para reabilitar o braço paralisado.
Cada membro recuperado é motivo de alegria imensa
desses verdadeiros sacerdotes da medicina, sejam eles “católicos, judeus,
espíritas ou ateus”, pois todos somos humanos e filhos de Deus, como diz
Roberto Carlos em uma de suas músicas modernas.
A caminhada ou a corrida podem diminuir as chances
de termos um AVC em até cinquenta por cento. Então estamos combinados: a partir
de agora, ninguém fique parado.
Plantar batatas ou outros tubérculos, também pode,
para quem é avesso às outras modalidades de atividades físicas.
Até a depressão vai embora, com os exercícios das
academias e dos parques, aliados à boa leitura!
Então, topa uma voltinha de 10 km no parque? Se não
quiser correr, caminha, caminha, calminha...
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