Em dia com o
Machado 44 (jlo)
E
por que será que algumas pessoas, após serem submetidas às orientações de um(a)
nutricionista e conseguirem emagrecer, engordam novamente poucos meses depois? Segundo
as Seleções deste mês, numa pesquisa
feita pelo dr. Projetto, médico da Universidade de Melborurne, com 34 pacientes que emagreceram quatorze
quilos, eles recuperaram cinco quilos, após uma dieta de dez semanas e se
esforçaram para manter o novo peso, um ano após, em média.
Desse
jeito, em três anos, já terão voltado ao peso anterior e seu esforço de nada
adiantará. Imagine, também,
amiga leitora, se o paciente se rebela e manda a dieta para o espaço... o que
lhe ocorrerá nesse espaço... de tempo?
O
que teria dado errado no projeto do dr. Projetto? Simples: o organismo dessas
pessoas não se conformava com o novo peso e agia como de elas estivessem com
muito mais fome do que o normal. Entram em ação, nesses casos, hormônios
metabólicos que começam a brigar com o gordinho que resolveu ser magro. O
organismo direciona suas baterias de defesa contra o estômago do indigitado magrordro
(neologismo que criei para indicar os magros não naturais) e tome fome.
Tenho
um amigo que trabalhava comigo e pesava uns 120 quilos, embora não tivesse mais
de 1,70m de altura. Certo dia, disse-me que engordava até bebendo água.
Mas
duvidei um pouco de sua afirmativa quando o vi fazendo um pequeno lanchinho numa festa de confraternização ocorrida no Natal.
Enquanto eu comi um cachorro-quente, ele comeu três, enquanto eu tomava um copo
d’água, ele tomou seis, que, se tomados por mim me dariam uma baita dor de
barriga, pois eram sucos de laranja.
Alguém
ofereceu-nos uma bandeja com coxinhas de galinha. Peguei uma coxinha, ele
também pegou uma... bandeja com dez. E a festa ainda estava no começo!
Assim,
fica difícil até mesmo parar de engordar, não é mesmo, amiga leitora?
Nos
EUA, dizia-se que ninguém consegue permanecer magro, após um regime para perda
de excesso de peso. Então, foi feita uma pesquisa com dez mil pessoas, pela dra.
Rena Wing, professora de psiquiatria e comportamento humano da Escola Médica
Alpert, da Universidade Brown. Dois eram os objetivos da pesquisa: 1º provar
que se pode permanecer magro, após uma perda controlada de peso; e 2º descobrir
como essas pessoas se manteriam magras ao longo dos anos.
Pois
bem, a média de perda, mantida durante seis anos, foi de trinta quilos.
Agora
vou ensinar-lhe, amigo gordinho, o segredo. Não o do best-seller de Ronda Byrne, que, entre outras pérolas, nos ensina que, se não pensarmos nas dívidas, as cobranças
nunca chegarão em nossa residência. Deixa então de pagar o imposto de renda e
veja o que acontece! Esse tipo de segredo
tem sido tentado inutilmente por muitas pessoas. O segredo que lhes contarei,
amigas, é o dessas dez mil pessoas que se mantiveram magras durante os seis
anos da pesquisa citada.
—
E o que elas faziam, meu sinhô? Perguntaria Pancrácio, nosso velho conhecido.
—
Simples assim: comiam menos calorias e se exercitavam muito mais do que quem conserva
o mesmo peso naturalmente. Sua rotina? Uma hora de exercícios por dia, controle
do peso diário na balança (ou pelo menos uma vez por semana), dieta com o mesmo
padrão de carboidratos e lipídios, cotidianamente, e...pasme, amigo Pancrácio: nunca dão as
famosas escapadelas de fins de
semana, festa de casamento, batizado, Natal ou quaisquer outros eventos
auspiciosos.
Uma
entrevistada do grupo pesquisado recomendou que é necessário concentração
total, 24h por dia. Simples assim!
Agora,
vou comer alguma coisa, pois já corri meus dez quilômetros regulamentares. Que
tal um omelete com dois ovos, além de seis castanhas do Pará? O acompanhamento,
nesse momento, é de água, mas daquela que não engorda mesmo, viu, meu amigo
gordinho?
—
E o que mais você faz?
—
Faço academia três vezes por semana, o mesmo número de vezes em que corro dez
quilômetros.
—
Só isso?
— Ah, sim, desopilo meu
intestino ao menos uma vez por dia. E à noite, quase não como.
Por que será que não engordo? Será por quê?
Nenhum comentário:
Postar um comentário