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sábado, 27 de julho de 2013


Em dia com o Machado 60 (jlo)

            Estive pensando, amigo, matutando comigo e com o estrupício que escreve estas linhas. Não que queira ofendê-lo, mas ele gostou tanto da palavra, por ter provocado uma crise de riso em sua digníssima esposa, quando esta a ouviu outro dia, que resolveu adotá-la como meu peteleco astral. O que escrever nesta noite que já foi dia, ou melhor, nesta madrugada que sucede o dia do avô?
            Durante a semana que finda, comentávamos sobre comerciais de rádio criativos, cuja lembrança, ao longo dos tempos, reside em nossa memória, ainda que seus criadores e estabelecimentos (serviços e comércio) não mais existam. Entretanto, uma frase nos chamou a atenção no facebook: “Na infância, bastava sol lá fora e o resto se resolvia”.
            Saber o nome do autor dessa frase custa-nos pouco. Basta um ctrl c após selecionar a frase, um clique num site de busca, para não fazer propaganda do explorer, outro ctrl v seguido de um último clique e lá vamos nós.
            Quer ver? Pronto! Acabo de conhecer Fabrício Carpinejar, autor da frase.
            Já que nos propusemos a falar sobre comerciais e agora também do sol da infância, vou conversar um pouco com um vovô carioca. Afinal, ainda podemos dizer que seu dia não terminou, pois qual deles não fica até altas horas assistindo o “Altas horas”, lendo um livro qualquer ou frases quase inúteis, mas indispensáveis ao relacionamento virtual, louco, dos nossos dias, nos sítios de relacionamento eletrônico?
            — Está lembrado, cara, daquela propaganda da Impecável Maré Mansa?
            — Ora se lembro! Na época, 1961, eu tinha seis anos. A propaganda era de uma loja do centro do Rio e cantava aos nossos ouvidos algo mais ou menos assim:

A Impecável veste o trabalhadoor.
Vai escolher a roupa que agrada...
Sem entrada e sem fiador,
basta um ano sim senhor
de carteira assinada...
A Impecável Maré Maansa!.

A loja existe até hoje, não somente na Av. Ministro Edgard Romero, mas também em Madureira e outros lugares.
            — Cara, que memória!...
            — Nem tanto! Nem tanto! Uma ajudinha do Google sempre é bem-vinda. E a das Casas da Banha, cantada por três porquinhos, você lembra?
            — Mas é claro que lembro. Dizia assim:

Vou dançar o tcha, tcha, tcha...
Casas da Banha!
Alegria vem de lá...
Casas da Banha!
Também vou aproveitar...
Casas da Banha!
É lá que eu quero comprar...
É lá que eu quero compRARRR!

            — Caracas, meu, que memória! Mas me diga... O que você vai fazer agora?
            — E eu sei lá... Não sei nem o que estou fazendo aqui... Quem é você?
            — Eu sou o Gérson...
            — Prazer! Machado. Mas vamos dormir, pois um novo dia já está para nascer.
            — Lembro, porém, que alguns comerciais são tão famosos que até dão origem a certas leis...
            — Como assim, leis, que tipo de lei?
          — Uma delas, até hoje, beneficia pessoas e políticos corruptos que gostam de levar vantagem em tudo.
            — Lembrei: a “lei de Gérson”!         

2 comentários:

  1. Rsrsrs... E mano acho que estou com um pouco mais de idade, pois lembro bem destes comerciais e outros. Mais com a graca de Deus isso e um Bau de Felicidades lembrar destes comerciais.

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    1. Grande, Jaciel, sempre amigo. Sua família é linda e merece mil comerciais.

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