Em
dia com o Machado 62 (jlo)
Amigo, o
amor é o sentimento situado acima da paixão, pois não termina na sensação dos
sentidos. Somente o ser espiritual conhece o que é amar, e não o “homem de
espírito” e muito menos os “tolos”, como disse em meu ensaio intitulado “Queda
que as mulheres têm para os tolos”.
No que
tange ao amor, o homem espiritual não se deixa embalar por efêmeras ilusões.
Está convicto de que as mulheres são criaturas da mais alta elevação. Desse modo, respeita e trata-as com cavalheirismo, e desfruta
do esplendor da natureza.
O ser espiritual não corre atrás das borboletas, cuida do seu jardim e, desse modo,
elas vêm até ele.
O ser espiritual, quando amado, desfruta de uma completa felicidade, porque antes de
ser amado já amou sem qualquer desejo de retribuição. Ocupa-se do amor a
todos os seres e a todas as coisas, pois aprendeu que Deus é Amor e, como vaga-lume a iluminar a escuridão, colabora com o Pai que é pura luz.
As trevas
refletem a ausência de Deus, mas Este, em sua imensa bondade, envia o ser
espiritual para iluminá-las.
A mulher
espiritual, longe de repudiar o homem espiritual, busca-o, enternecidamente,
como Clara procurou Assis, por saber que o seu não é um amor efêmero e, sim,
uma ternura sem fim, uma incessante busca do Cristo interior, que se plenifica
na vida eterna.
Esse é o
homem e a mulher espiritual. Eles também amam apaixonadamente, mas, sobretudo,
mantêm entre si uma perfeita lealdade, bem como comunhão de almas e de corpos.
Entende-se,
por este esboço resumido, o quanto diferem os seres espirituais dos “homens de
espírito” e dos “tolos”. Os segundos vivem correndo atrás de ilusões efêmeras,
de quimeras, da exaustão dos sentidos; os primeiros não esperam ser amados, mas
em amar em plenitude.
Terminemos,
portanto, nossos apontamentos, com esta singela quadrinha:
Enquanto presos ao amor carnal,
Estamos sempre insatisfeitos disso,
Mas quando nosso afeto é espiritual
Canta contente junto a Jesus Cristo.
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