Em dia com o Machado 185 (jlo)
Estou escrevendo esta crônica antes do
jogo de futebol Brasil x Peru e alerto o leitor de que não será uma partida
fácil. Não será mesmo surpresa se o Brasil não passar de um empate e até mesmo
perder o jogo. O motivo? Desentrosamento, pouco treino, poucos jogos e
endeusamento de um só jogador...
Mas, indagará o amigo leitor, o Peru
também não está desentrosado, seus jogadores não são bem menos qualificados do
que os nossos?
Primeiro, não se esqueça de que estamos
numa batalha campal eliminatória
contra nuestros hermanos.
Segundo, o futebol evoluiu muito e, para
uma seleção ser bem sucedida, ao menos seis de seus onze jogadores têm que ter
mais de trinta anos. Se duvida, veja o exemplo da Alemanha, cujos craques que
nos golearam já estão todos se aposentando da bola. O limite de idade é 38...
Este também é o número da chuteira do Marcelinho carioca, exímio cobrador de
faltas já aposentado do futebol...
Terceiro, depois dos 7 a 1 que sofremos
da Alemanha, em plena Copa do Mundo, em nosso próprio country, o futebol brasileiro perdeu a moral com o mundo da bola.
E ninguém daqui, até hoje, deu a mínima
bola para o jogo seguinte, contra a Holanda, cujo terceiro lugar seria uma
questão de honra: Holanda 3 a 0 Brasil. Desmoralização total. Um país cerca de
quatorze vezes menor do que nossas Minas Gerais, terra do Pelé, uma nação do
tamanho aproximado do Rio de Janeiro, menor estado da região sudeste do Brasil,
e com censo demográfico semelhante ao carioca completou nossa vergonha
futebolística.
Afinal, não éramos o "país do
futebol"? O que somos agora? Não, não responda, meu amigo. Já sei qual
será sua resposta e não quero mais falar de política.
Um país que não se prepara
suficientemente bem dentro de sua grande
área para uma Copa do Mundo de futebol, após conquistar cinco títulos em campo alheio, não merece mais a
fidelidade da bola, que gosta de ser chamada de minha nega e nossos homens a estão tratando por Vossa Excelência...
Leia, leitor amigo, o que o zagueiro
Ascues, do Peru disse, sobre a nossa seleção:
"— Se vocês têm Neymar, nós temos
Farfán".
Quem no Brasil conhece esse atacante?
Após o jogo desta noite, há o perigo de
Ascues fazer troça com nossa seleção e dizer que nos enganou direitinho, pois
bem sabe ele que, se temos Neymar, eles têm Guerrero na frente e Ascues atrás...
E tem mais, Farfán é apenas um fan... farrão...
Lembra-se de minha crônica antes do jogo
Brasil e Alemanha? Depois do jogo desta noite, releia-a, amigo leitor e veja se
entendo ou não de futebol.
Alerto-o sobre a "goleada" do
Peru, no último jogo de sua preparação para as eliminatórias da Copa: Peru 1 x
0 Paraguai.
Está rindo? Pois não se esqueça de que o
Paraguai tem sido um dos maiores "carrascos" do Brasil em nossos
últimos jogos.
Se ainda fosse corrida de cavalos...
Amanhã veremos se hoje tenho ou não
tenho razão de publicar este alerta e se sou ou não sou um grande entendido da
área... E das linhas também...
Para quem não sabe, joguei muita bola no
Morro do Livramento; não somente no gol; na defesa e no ataque fui o terror dos
meus colegas de pelada.
Pelo menos é o que diz o pai de Brás
Cubas, conhecido por suas pacholices.
Depois não digam que não avisei...
Te cuida, Brasil!
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