EM DIA COM O
MACHADO 262 (jlo)
Reendereçamento da crônica machadiana de 7 de junho de
1889 (Gazeta de Notícias)
Não
aceito que me chamem de falso profeta; então, adianto-me na publicação do que
ocorrerá, no Brasil, nos próximos meses: o sapo cururu continuará cantando e a
vaca permanecerá no brejo.
Evoquei
Nostradamus para uma entrevista sobre o futuro brasileiro (daqui do mundo
espiritual também fazemos evocações) e ele me disse que, ou o Brasil acaba com
o jeitinho, ou o jeitinho acaba com o Brasil. O que não pode, mesmo, continuar
é esses para lamentares no comando da
situação política do país. O povo precisa unir-se e dar um basta à corrupção
endêmica nacional, que alcançou, ultimamente, níveis inimagináveis em
qualquer republiqueta.
Bilhões
foram pelo ralo da roubalheira crassa e institucionalizada nestas últimas duas
décadas. Com o montante desviado, daria para resolver os problemas da educação,
da saúde, da segurança, no Brasil que, assim, ingressaria na elite das nações
mais desenvolvidas do mundo.
—
E qual seria a causa principal de todo esse descalabro, Machado?
—
Uma praga chamada materialismo. Acabemos com ela e tudo será resolvido. O
materialista utiliza-se de todos os recursos que atraem as almas ingênuas para
uma vida inconsequente.
—
Então, que se deve fazer?
—
Investir na educação do espírito, como um todo: corpo, mente e alma.
Nos
cuidados com o corpo, mostrar à criança e ao jovem a importância de uma vida
sadia, pela prática de esportes, cuidados higiênicos, boa alimentação e
atividades intelecto-morais. No trato da mente, educá-los para uma vida intelectual
e moral elevada, buscando o apoio de uma fé que lhes satisfaça a razão e o
coração. No zelo da alma, fornecer-lhes todos os recursos para o conhecimento
de si, a fim de perceber o outro e desenvolver o gosto pelo bem-estar do
próximo, base para o próprio bem. Valorizar o trabalho, como ocorre em países
como a Dinamarca, nivelar os salários e acabar com as mordomias de agentes e
servidores públicos...
—
E que pode o Espiritismo fazer para contribuir
com isso?
—
Faço minhas as palavras de Allan Kardec: “[...] uma nação iniciada no
Espiritismo tornar-se-á a mais
admirável e a mais feliz das nações” (Apud FRIGÉRI, Reformador, maio 2017).
—
E que ganhamos com o estudo do Espiritismo,
amigo Machado?
—
Meu caro Joteli, repetindo o Codificador, “[...] quem se der ao trabalho de
aprofundar a questão do Espiritismo encontra nele uma satisfação moral tão
grande, a solução de tantos problemas que inutilmente havia pedido às teorias
vulgares; o futuro se desdobra à sua frente de maneira tão clara, tão precisa e
tão lógica, que a si mesmo confessa a impossibilidade de as coisas realmente
não se passarem assim [...] (op. cit.).
—
E como podemos divulgá-lo melhor, Machado, uma vez que o Espiritismo é a grande
mensagem do Cristo para regeneração da humanidade e extinção do mal na Terra?
—
Proporcionando a todos o “livre-exame”, mas também pelos efeitos elevados sobre
nossa alma que demonstrarmos a todos que nos observam. Espiritismo prático é a
essência de sua propaganda. Por isso, adotou a máxima: “Fora da caridade, não
há salvação” em sua bandeira. E, finalizando, com as palavras de Kardec, “[...]
sua propagada se faz dizendo: vede os prós e os contras; julgai o que melhor
satisfaz o vosso julgamento, o que corresponde melhor às vossas esperanças e
aspirações, o que mais vos toca o coração, e decidi-vos com conhecimento de
causa” (op. cit.).
Conclui
Kardec que, “[...] Bem compreendido, o Espiritismo é, para a vida da alma, o
que o trabalho material é para a vida do corpo. Ocupai-vos dele com esse
objetivo e ficai certos de que quando
tiverdes feito, para o vosso melhoramento moral, a metade do que fazeis para
melhorar a vossa existência material, tereis feito a Humanidade dar um
grande passo (id.).
—
Machado, se o sapo cururu e os seus cúmplices houvessem tido uma educação intelecto-moral,
como a proposta pela Doutrina Espírita, ou eles mudariam de profissão ou
mudariam o Brasil...
—
... O mundo.
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