EM
DIA COM O MACHADO 267 (jorge leite)
Amigo leitor, vou narrar-lhe uma história
que o deixará indignado, mas enquanto esse sentimento existir nos corações das
pessoas de bem ainda haverá esperança para um mundo menos hipócrita.
Em certo país das Américas, há um tribunal
chamado EST, cuja função principal é
julgar, administrar e legislar tudo o que se relaciona com as eleições
executivas e legislativas do país. It is
the EST que averigua as condições
de elegibilidade ou de inelegibilidade de um candidato a vereador, prefeito,
deputado, senador, governador e presidente da república. A inelegibilidade
decorre dos chamados crimes eleitorais, devidamente comprovados.
Caso seja constatada a responsabilidade de
uma chapa eleitoral, o tribunal, por dever de ofício, deve cassá-la. Antes,
porém, do julgamento, é nomeado um relator que, após minuciosa pesquisa dos
fatos disponibilizados a todos os interessados, submete-o ao plenário do EST, composto de sete ministros, um dos
quais é seu presidente e que também vota quando houver empate, por meio do
chamado voto de Minerva.
E quem fiscaliza essas atividades do EST? O Ministério Público Federal e o
povo.
No citado país, o poder é democrático, ou
seja, o governo é do povo como reza
sua Constituição, também chamada Carta Magna, Carta Maior, Lei Maior, Lei das
Leis, Lei Suprema, Lei Básica, Carta da República, Texto Constitucional etc.,
etc., etc. E haja reza...
O poder político, exercido em nome do
povo, o verdadeiro detentor desse poder, é exercido de duas formas, nessa democracia: direta ou indireta.
Falemos, inicialmente, da última dessas
formas, a indireta, cujo exercício decorre da eleição de seus representantes
que exercerão os cargos administrativos, fiscalizadores e legislativos por meio
do voto. Os administradores são o presidente, os governadores e os prefeitos.
Os legisladores são os parlamentares: vereadores, deputados e senadores. Todas
as pessoas em condições legais de votar e ser votadas possuem direitos
políticos, ou seja, podem escolher e ser escolhidas para o exercício de um dos
cargos supracitados em cada legislatura.
Conclusão: é o povo que exerce o poder. Os
governantes e legisladores são seus representantes. Quando o povo sai às ruas
para manifestar sua insatisfação com algum governante, mas não quando alguns
grupos agitadores, ligados a partidos políticos, se manifestam, é preciso fazer
algo para atender sua vontade. Pois, repito, de acordo com o parágrafo único do
artigo 1º da Constituição Federal da República Federativa do Brasil: “Todo
poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.
Agora, falando o português casto, e se o representante da chapa
eleita nomeia para o TSE ministros para
fiscalizarem a eleição na qual aquele é o presidente da República que, outrora
vice-presidente, em chapa única, substituiu a presidente deposta a pedido do
povo na maior manifestação popular PACÍFICA que se conhece no mundo?
E se, ainda
assim, esses ministros, mesmo os que votaram a favor da não cassação,
consideram que os crimes cometidos na eleição dessa chapa única são
gravíssimos?
E se,
exercendo o direito de seu voto de desempate a favor da chapa única contestada,
que integrava o então vice-presidente da república, o presidente do TSE alega
que não se cassa um chefe de governo a toda hora e vota pela permanência de
quem já não representa a vontade popular, no poder, rejeitando um trabalho
impecável do relator dos fatos probatórios de abuso de poder econômico e
político na campanha eleitoral?
Isso não é
uma vergonha? Você não se sente indignado com essa facécia infame?
Agora, e se,
com base em sua prerrogativa de exercer o poder de forma direta, o povo, e não
manifestantes políticos, como aquele o fez antes do afastamento da primeira
mandatária desse governo espúrio, voltar às ruas e exigir a saída do
presidente?
Duas
consequências podem advir daí: instaurar-se uma ditadura no país, o que não
seria bom para ninguém; ou ser feito um julgamento justo, posteriormente, por
meio de um referendo em que o povo, manifestando sua indignação, possa rejeitar
o mandato do atual presidente da República e de todos os políticos
comprovadamente corruptos que infestam nossa nação.
É preciso uma
limpeza ética profunda no Brasil, para que possamos ser, de fato, o “coração do
mundo e a pátria do Evangelho”, como anunciou o Espírito Humberto de Campos,
pela psicografia do inolvidável Chico Xavier.
Aguardemos os
novos capítulos desta novela, amigos, e confiemos em Deus!
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