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terça-feira, 1 de outubro de 2024

 

Nós e os idosos
(Irmão Jó)


 
Quando nascemos, nos anunciamos
Pela parteira ou pelo obstetra.
Pois pelo choro e gritos que nós damos
Percebem que a vida se completa.
 
A alegria invade, nesse instante
De euforia pelo anunciado
A todos, mas primeiro à gestante
O seu filhinho busca apressado.
 
O tempo passa, a criança cresce,
Correm velozes anos juvenis,
No entanto, ao tempo em que ela amadurece,
Os pais, cansados, tornam-se senis.
 
Feliz de quem é sempre cuidadoso
E muito especialmente com seus pais,
Embora guarde um canto amoroso
Para a mãezinha dos primeiros ais.
 
Agora, o pai cansado quer repouso
Tão merecido quanto a mãe amada,
Mas se se quer ter paz como idoso,
Que eles não chorem com nossa risada.
 
Porém, não querem vidas isoladas,
Querem curtir os netos e os amigos.
Tudo, porém, em doses controladas,
Sem medo de Alzheimers inimigos.
 
Libertem os idosos da prisão,
Pois seu desejo está em, livremente,
Cantar, dançar, jogar sem exclusão...
Que eles não chorem, mas vivam contentes.
 
Brasília, DF, 1.º de outubro de 2024.
Dia Internacional e Nacional dos Idosos
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