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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



Prezados leitores e leitoras,
Como temos dito, o Espiritismo não pretende substituir nenhuma religião, mas  sim complementar aquelas que assim o aceitarem, com os ensinamentos definitivos da Doutrina Cristã, de acordo com a promessa de Jesus Cristo. Só temos um inimigo, que é a desgraça da Humanidade, se levado às últimas consequências, o Materialismo. Pensando nisso, fomos inspirados e compusemos o poema abaixo, que foi publicado na revista "Reformador" de janeiro de 2013. Boa leitura!

CIÊNCIA DO INFINITO
                        Jorge Leite de Oliveira (Barra do Jacuípe, BA, 3 jan. 2012.)

As Cruzadas vão à guerra no combate aos muçulmanos,
matam à espada inocentes, ateiam fogo às cidades.
Em nome do Deus de amor, praticam vis atrocidades,
em nome da paz do Cristo, quantos atos desumanos!

A religião estertorava em convulsões insanas,
a venda de indulgências já não enganava esse povo,
as mentes esclarecidas propunham-lhe algo novo,
algo que lhes justificasse as esperanças humanas.

Gutenberg inventa a imprensa, e o poder de comunicar
expande-se pelas aldeias, nações e continentes.
A humanidade caminha a passos largos e potentes,
e o homem pensa que Cristo mandou morrer ou matar.

Revolta-se Lutero com a simonia cristã,
e, ao lembrar o que o Mestre fez com os vendilhões do templo,
exorta o povo católico a seguir o seu exemplo:
criticar com veemência toda prática pagã.

Após passados dezessete séculos, a Inglaterra
inventa a indústria fabril, e a produção da agricultura
transforma o Reino Unido no novo berço da cultura,
que se empenha em colonizar os povos de toda a Terra.

Swedenborg vê o mundo espiritual e conclama
o homem a crer na realidade do Espírito eterno,
irmão do Cristo, Mestre da bondade e do amor fraterno,
mas o homem nega a verdade e permanece na lama.

Em 1789, a França deu o grito
e a monarquia sucumbiu ante o clamor popular,
que fez da guilhotina um novo modo de protestar.
De Roma, triste e temente, tremia seu Papa aflito.

Pois viera Voltaire a questionar as crenças romanas,
Thomas Hobbes, antes dele, mostrara-nos o homem-lobo
e após viria Schopenhauer com as artes ab ovo
esclarecer a mente humana ante as ideias profanas.

Enquanto Nietzsche “mata Deus”, Marx prega o Socialismo,
a teoria torpe da raça superior é pregada,
chamada ópio do povo, a religião é desprezada,
prega-se o Materialismo e faz escola o Niilismo.

Já não se sabe distinguir o maldito do bendito,
as teorias materialistas grassam por toda a parte,
mas, contrapondo-se à filosofia da arte pela arte,
surge o Espiritismo como Ciência do Infinito!

Publicado em “Reformador”, revista mensal da Federação Espírita Brasileira, em jan. 2013.

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